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A taxa de desemprego no conjunto das seis regiões metropolitanas onde a Fundação Seade e o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Econômicos (Dieese) realizam a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) recuou de 11,1% em abril para 10,9% em maio. De acordo com o levantamento, o nível de ocupação nas regiões se manteve relativamente estável (-0,1%), com eliminação de 19 mil postos de trabalho. O total de desempregados nas seis regiões foi estimado em 2,267 milhões de pessoas em maio.

A pesquisa aponta que o nível de ocupação aumentou no Recife (1,4%) e Belo Horizonte (0,9%), mas recuou em Porto Alegre (-1,8%) e Fortaleza (-0,5%). As variações em Salvador (-0,3%) e São Paulo (-0,2%) são consideradas como estabilidade.

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Entre os setores avaliados, o nível de ocupação nas seis regiões aumentou em Serviços (0,7%, criação de 74 mil postos de trabalho) e na Construção (2,5%, aumento de 37 mil postos). Foram registradas retrações em Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (eliminação de 89 mil postos de trabalho ou recuo de 2,5%) e na Indústria de Transformação (-1,7%, eliminação de 48 mil postos de trabalho).

O rendimento médio real dos ocupados nas seis regiões subiu 0,5% em abril ante março, para R$ 1.735. Já o rendimento médio real dos assalariados recuou 0,4%, para R$ 1.742. No conjunto das seis regiões, a massa de rendimentos dos ocupados subiu 0,5% e a dos assalariados recuou 0,8%.

A taxa de desemprego no município de São Paulo ficou em 10,2% em junho, a menor para este mês desde 1989, quando foi de 8,9%, de acordo com a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), divulgada nesta quarta-feira, 31, pela Fundação Seade e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), a taxa de desemprego ficou em 11,3%. Tirando junho de 2012 (11,2%) e de 2011 (11%), a taxa na RMSP também é a menor desde 1989 (9,7%).

O coordenador da pesquisa da Fundação Seade, Alexandre Loloian, disse que esperava resultados menos expressivos devido aos números da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgada no último dia 24 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de desemprego apurada pelo órgão subiu de 5,8% em maio para 6% em junho. "Apesar do alarmismo que se fez em torno dos números do IBGE, o desemprego não está ruim pela nossa análise."

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Sobre a taxa de desemprego em junho na capital paulista, Loloian afirmou não saber dizer o que a levou a ser a menor para junho desde 1989. "Uma das hipóteses é de que a indústria melhorou um pouco e o comércio e os serviços também tiveram boa participação."

Segundo o coordenador da PED, a tendência para o segundo semestre é de que a taxa de desemprego na RMSP registre variações negativas. "Nada muito expressivo, mas deve fechar o ano um pouco mais baixa. É uma questão sazonal. O segundo semestre costuma ser melhor."

A economista Ana Maria Belavenuto, técnica do Dieese, também acredita nessa tendência para o conjunto das sete regiões metropolitanas onde a PED é realizada: Distrito Federal, Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo. "O que acontece em São Paulo acaba se refletindo nas demais regiões", afirmou. A taxa de desemprego no conjunto das sete regiões passou de 11,2% em maio para 10,9% em junho.

Loloian chamou a atenção ainda para o rendimento médio real dos ocupados na RMSP, que subiu 1,5% em maio ante abril. "Essa é uma boa notícia, já que o rendimento vinha caindo desde outubro do ano passado."

A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) da Fundação Seade e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgada nesta quarta-feira, mostra que queda no rendimento médio dos ocupados na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), iniciada em outubro do ano passado, permaneceu em janeiro, último mês considerado no levantamento. A baixa no primeiro mês do ano foi de 4,5%, ante igual período de 2012 e atingiu 12,2%, sobre a base de janeiro de 2000.

"Isso preocupa, porque o aumento no rendimento é a galinha dos ovos de ouro da (presidente) Dilma (Rousseff)", resumiu o coordenador da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) da Fundação Seade, Alexandre Loloian. Desde outubro, houve ainda uma queda de 4,9% no volume da massa de rendimentos dos ocupados na RMSP. Já nas sete regiões avaliadas pelo Seade/Dieese o rendimento médio em janeiro ficou 2,6% acima de janeiro de 2012 e a massa dos rendimentos era 6,2% superior na mesma base de comparação.

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Na soma dessas regiões, a preocupação é outra: a desaceleração mensal no ritmo de crescimento do nível de ocupação. Em novembro, o nível de ocupação teve alta de 2% ante outubro, mas o crescimento recuou para 1,6% em dezembro, para 1,2% em janeiro e até 0,9% em fevereiro.

Segundo o Seade/Dieese, a alta no nível de ocupação em fevereiro é a menor para o mês desde igual mês de 2009, quando houve um recuo por conta dos impactos da crise econômica mundial. "Podemos pensar que o nível de ocupação cresça menos no próximo mês", avaliou a economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Ana Maria Belavenuto.

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