A campanha de Raquel Lyra (PSDB) conseguiu na Justiça uma liminar para que sejam retiradas do ar as propagandas eleitorais de Marília Arraes (Solidariedade) que associam a ex-prefeita de Caruaru à morte de um adolescente na Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), que teve a cabeça decepada em 2012.
Raquel, que foi secretária da Criança e Juventude de Pernambuco, alega que na época dos fatos estava afastada do cargo devido a sua licença maternidade. O desembargador eleitoral Dário Rodrigues Leite disse em sua decisão que a propaganda de Marília apresenta "fatos dissociados da realidade".
##RECOMENDA##"Marília Arraes tá no modo ‘vale tudo eleitoral’. Ela tenta associar Raquel a uma tragédia que ocorreu há 10 anos na Funase. É uma farsa. Em 1º de setembro de 2012, um jovem foi assassinado em uma rebelião. Na época, Raquel estava de licença maternidade da Secretaria da Criança e Juventude. Ela nunca comandou a Funase e pediu demissão da secretaria por isso. Marília sabe e mesmo assim usa a dor de uma mãe para atacar Raquel, é desumano”, diz a campanha de Raquel por meio de suas inserções no rádio e na TV.
Na terça-feira (25), Lyra já tinha denunciado Arraes na Justiça comum acusando a adversária de calúnia e difamação, justamente por conta desse episódio da Funase apontado por Marília, que em todos os debates afirma que Raquel foi responsável pela morte do adolescente. Para a parlamentar, seria obrigação da então secretária evitar tais episódios.
Após ser denunciada, a deputada federal também procurou a Justiça, onde apresentou uma queixa-crime contra a ex-prefeita por denunciação caluniosa. A defesa de Marília diz que a candidata tucana quer cercear a liberdade de expressão da candidata da coligação Pernambuco na Veia, uma vez que as falas de Arraes "não configuram crime".