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Dos principais líderes de movimentos de sem-teto de São Paulo, dois foram nomeados em cargos comissionados da gestão do prefeito Fernando Haddad (PT). O coordenador da Frente de Luta por Moradias (FLM), Osmar Silva Borges, um dos principais líderes das invasões ocorridas no centro da capital paulista em fevereiro e outubro de 2012, virou assessor de superintendência na presidência da Companhia Metropolitana de Habitação (Cohab), com salário mensal de R$ 5.538,55, de acordo com relação oficial de funcionários da estatal disponível no portal da transparência da Prefeitura.

A coordenadora da Associação dos Trabalhadores Sem Teto da Zona Noroeste, entidade filiada à União Nacional por Moradia Popular (UNMP), Vera Eunice Rodrigues da Cunha, virou assessora do gabinete da presidência da Cohab com salário de R$ 5.516,55. Eunice e Borges coordenaram as invasões em prédios da Avenida São João em 2012, ano das eleições municipais vencidas na capital pelo PT.

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As nomeações fazem parte de um pacote de benefícios que a atual gestão concedeu aos movimentos de moradia que pressionavam Haddad a cumprir promessas de campanha. Na semana passada, ele publicou portaria na qual permitiu que entidades organizadas de sem-teto indiquem quem precisa de atendimento no programa do governo federal. Os movimentos querem indicar ao todo 20 mil famílias, o equivalente a 36,6% das 55 mil unidades que a gestão Haddad quer construir até o fim de 2016.

O prefeito de São Paulo também quer transformar em moradia popular definitiva 13 dos 47 prédios estão invadidos por movimentos organizados. Outros sete terrenos públicos estão ocupados por entidades na zona sul. Agora, esses movimentos também poderão indicar quem mora nessas ocupações para atendimento no programa da administração federal Minha Casa, Minha Vida. A Cohab, onde Borges e Eunice ganharam cargos, é hoje comandada pelo PP do deputado Paulo Maluf (SP).

Cerca de mil sem-teto tomaram nesta manhã de quarta-feira (17), o Viaduto do Chá, na região central, onde fica a sede da Prefeitura de São Paulo. Vários grupos do movimento prometem fazer o maior protesto enfrentado até hoje pela gestão de Fernando Haddad (PT). Eles têm a intenção de reunir 10 mil pessoas.

O prédio da Prefeitura foi isolado pela Guarda Civil Metropolitana (GCM), com a colocação de barreiras feitas com cavaletes de aço. Os sem-teto se reuniram na Praça da Sé, no centro, e no Terminal Barra Funda, na zona oeste, antes de seguirem até o Edifício Matarazzo, sede do Executivo Municipal.

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Os líderes do movimento se recusam a negociar com o secretário de Habitação, José Floriano de Azevedo Marques Neto (PP) e com um interlocutor escolhido pela pasta. "Não é de bom tom você escolher o interlocutor. Da mesma forma que a Prefeitura não pode escolher com quem conversa", disse o prefeito.

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) aconselhou aos motoristas a evitarem a região.

Um grupo de sem-teto formado por cerca de 250 pessoas protesta na manhã desta quarta-feira na Avenida Paulista, reivindicando direito à moradia. De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), os sem-teto reúnem-se, desde as 10h, em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp) e complicam o tráfego no sentido Consolação.

O grupo chegou a ocupar a faixa da direita da Paulista, no sentido Consolação, mas liberou o trecho depois de alguns minutos. Por curiosidade, os motoristas reduzem a velocidade na altura do protesto, o que causa lentidão de aproximadamente 1 km na avenida, desde a Praça Oswaldo Cruz até a Alameda Joaquim Eugênio de Lima.

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A Polícia Militar acompanha a manifestação e diz que foi informada sobre uma passeata até a Praça da República, no centro da cidade. A CET afirma que não há previsão de interdições nas ruas por conta do ato.

Os quatro acusados de atear fogo no sem-teto Daniel Pinto dos Santos, de 26 anos, na madrugada de sábado, no centro de Salvador, estão presos, segundo a polícia baiana. Três deles foram detidos na segunda-feira e o último foragido, Moisés Silva dos Santos, entregou-se na manhã desta terça-feira à polícia. Todos confessaram participação no crime. Os agentes, agora, procuram o taxista que fez o transporte do grupo.

Daniel morreu horas depois do ataque, no Hospital Geral do Estado (HGE). Segundo informações do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), ele não era o alvo da agressão dos criminosos, que procuravam por outro homem, que seria conhecido da vítima e teria roubado o celular de um dos acusados horas antes.

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O grupo teria parado para perguntar a Daniel por seu colega e ele teria dito que ele havia saído do local minutos antes. Sem conseguir localizar o alvo, os homens teriam despejado gasolina sobre a vítima e ateado fogo com um isqueiro. O crime começou a ser elucidado na segunda-feira, quando policiais localizaram, no HGE, Jadson Santos Dórea. Ele está na unidade sendo tratado por queimaduras nas pernas e no rosto, causadas durante o ataque a Daniel, e ficará sob custódia, até receber alta médica.

Dórea confessou participação no crime e apontou os outros agressores. O segundo preso, Franklin Nascimento, também está internado com queimaduras no HGE. Já Gustavo da Silva Santos - que seria o mentor do crime, depois de ter o celular roubado - foi detido em uma casa no bairro de Cajazeiras. De acordo com a polícia, Gustavo já foi preso por tráfico de drogas.

Agentes do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Bahia prenderam na manhã desta segunda-feira um dos quatro homens acusados de atear fogo no sem-teto Daniel Pinto dos Santos, de 26 anos, na madrugada de sábado, no Centro de Salvador. Ele morreu horas depois, no Hospital Geral do Estado (HGE).

Jadson Santos Dórea foi localizado pelos agentes no mesmo hospital, onde está internado por queimaduras nas pernas e no rosto. De acordo com a polícia, ele confessou participação no crime e teria ficado ferido enquanto ateava fogo ao morador de rua. Ele ficará na unidade, sob custódia, até receber alta médica. Dórea também teria apontado os outros agressores, entre eles um taxista responsável pelo transporte do grupo.

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Segundo policiais militares que atuam na região onde ocorreu o ataque ao sem-teto, a vítima usava drogas e praticava furtos e roubos pelo Centro de Salvador. A polícia investiga se o homicídio tem relação com os crimes praticados por Santos.

Um grupo de manifestantes do Movimento dos Sem-Teto do Ipiranga (MSTI), de São Paulo, faz um protesto em frente ao Banco Central (BC). Eles pedem moradia, redução dos juros e dos custos para a compra de material de construção. Segundo o coordenador do movimento, Maksuel José Costa, o grupo protocolou uma carta aberta ao presidente do BC, Alexandre Tombini, com as reivindicações.

Segundo Costa, cerca de 600 pessoas vieram em caravana da capital paulista em 13 ônibus para participar do protesto. Ele avalia que além da redução de juros, é preciso isenção tributária para os impostos que incidem sobre os mais importantes materiais de construção. Costa disse que o grupo espera ser recebido por Tombini, e que uma secretária do BC já teria feito a interlocução para o encontro. Depois disso, o grupo se dirigirá ao ministério do Cidades.

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Cerca de 200 mulheres ligadas a vários movimentos de luta por moradia popular invadiram, à 0h15 de hoje, um prédio de 10 andares abandonado, na Praça João Mendes, próximo à Rua Quintino Bocaiuva, no centro da capital paulista.

Por volta das 20h de ontem, três grupos se reuniram e formaram um bloco único com o objetivo de entrar no imóvel, particular, uma ação que pretende, neste Dia Internacional da Mulher, chamar a atenção das autoridades municipais e estaduais para vários assuntos, entre eles a necessidade de se construir moradias para pessoas que não têm imóvel nem condições de pagar aluguel.

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Policiais militares chegaram em frente ao prédio minutos antes da invasão e, segundo a liderança do movimento, tentaram dialogar com o objetivo de evitar a invasão, mas as mulheres não se intimidarem e entraram no imóvel. Essa ocupação pretende ser temporária e durar somente esta quinta-feira, quando grupos de sem-teto devem fazer uma passeata pela capital paulista.

Em nota, a liderança do movimento afirma: "Nós, mulheres dos movimentos populares e da luta pela reforma urbana, neste dia 8 de março de 2012, ocupamos o prédio para reivindicar políticas públicas inclusivas e democráticas, para denunciar a violência nos despejos, a falta de habitação, a criminalização das lutas e das lutadoras do povo, a falta de condições mínimas de vida nas cidades e a subtração de direitos conquistados pela luta popular".

Ainda hoje, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) pretende realizar uma grande manifestação no centro de São Paulo. As famílias de várias ocupações organizadas pelo MTST na Região Metropolitana de São Paulo se reunirão às 9h em frente à estação da Luz.

De lá a marcha acessa a Avenida Tiradentes, passando pela sede das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), da PM, encerrando o ato na sede do Comando Geral da PM de São Paulo. O objetivo do MTST, segundo os manifestantes, é denunciar os estupros praticados por policiais da Rota durante o despejo do Pinheirinho, em São José dos Campos, e exigir punição aos policiais. "O segundo objetivo é deixar claro à Polícia Militar e ao Estado que não aceitaremos um novo massacre, tal como ocorreu em São José", acrescenta o movimento.

Já em relação às mulheres, esse grupo de 200 que ocupou o prédio deve aumentar para duas mil pessoas. Elas querem realizar um panelaço à tarde e fazer uma passeata com manifestação em frente ao Tribunal de Justiça e, na sequência, na sede da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU).

A administração do prefeito Gilberto Kassab (PSD) deve ser o alvo central de uma série de manifestações de movimentos por moradia que estão sendo organizadas na capital paulista. Elas devem começar em abril e se estender até maio. Estão previstas ocupações de terrenos e edifícios em diferentes regiões da cidade.

"Em seis anos de governo o Kassab não fez nada pela moradia popular, não construiu uma casa", diz Luiz Gonzaga da Silva, mais conhecido como Gegê, um dos articuladores das manifestações, ao explicar a ofensiva contra o prefeito. "Se aconteceu alguma coisa foi porque pegou carona em alguma programa de moradia do governo federal ou do Estado."

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Gegê é diretor do Movimento de Moradia de São Paulo, uma das seis organizações que promovem reuniões para iniciar a ofensiva a partir de abril. "No nosso próximo encontro vamos ter a participação de mais duas associações. Quando começarmos as ocupações teremos pelo menos dez movimentos."

Embora seja militante histórico do PT e já tenha integrado a direção nacional do partido em duas ocasiões, Gegê nega qualquer interferência petista na articulação. "Os movimentos populares não têm ligações com partidos nem com centrais sindicais", afirma. "Ideologicamente podem ter proximidade com essa ou aquela central, mas isso não significa que sejam guiados por ela."

Resistência

Os atritos entre Kassab e a maior parte dos movimentos por moradia na capital são antigos. Semanas atrás, quando ainda se tentava costurar uma aliança entre o PT e o PSD para a eleição municipal deste ano, um dos maiores focos de resistência à aproximação foi localizado justamente entre petistas vinculados a esses movimentos. Era uma reação tão forte que, nos bastidores, em seus encontros com o prefeito, os emissários do PT disseram que, caso a aliança fosse adiante, ele teria de adotar imediatamente alguma medida de impacto na área de moradia. Isso serviria para refrear os descontentes.

Sem aliança nem medidas de impacto, os movimentos decidiram abrir carga contra o prefeito. As ocupações e os ataques à política administrativa de Kassab vão ocorrer às vésperas do período eleitoral.

Além de dirigente do Movimento de Moradia da Cidade de São Paulo, Gegê atua como vice-presidente da Central Nacional de Movimentos P0pulares, entidade que agrega grupos de defesa dos interesses sem-teto, sem terra, indígenas, quilombolas, trabalhadores na área de saúde e da educação, entre outros. Segundo suas informações, também devem ocorrer manifestações por mais moradias populares em outros Estados. No caso paulista, diz ele, embora Kassab seja o alvo principal, os governos federal e estadual também deverão ser cobrados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dezessete pessoas foram presas neste domingo durante a reintegração de posse no acampamento Pinheirinho, na zona sul de São José dos Campos, interior de São Paulo. Segundo a Polícia Militar, alguns dos presos não fazem parte da comunidade. A desocupação deve terminar até o fim da noite de hoje, quando todos os moradores terão sido retirados. Segundo a PM, as pessoas que não possuem local para ir devem procurar o Centro de Triagem, montado pela Prefeitura em frente ao acampamento.

Segundo a PM, foi uma "ação brilhantemente planejada, onde não foi encontrada resistência". O elemento surpresa foi o sucesso, segundo a PM. A área já está 100% tomada pela polícia e amanhã será feita a retirada dos móveis dos moradores por homens contratados pela prefeitura. A polícia deixará a área apenas depois que todos os invasores saírem. Segundo o batalhão de choque, foram encontradas armas improvisadas e todas foram levadas para a delegacia em São José. Seis veículos foram queimados, sendo um da TV Vanguarda.

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O homem ferido durante a reintegração, de acordo com a PM, fazia parte do grupo de vândalos que derrubou o portão do Centro Esportivo, hoje. Um guarda civil municipal teria atirado contra o manifestante. O homem foi operado para a retirada de uma bala, na região lombar, e passa bem, segundo a prefeitura.

Cerca de 30 manifestantes que apoiam os moradores do Pinheirinho estão em frente ao Condomínio Bosque Imperial, onde mora o prefeito de São José dos Campos, Eduardo Cury (PSDB). Os integrantes do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, da OJE (Organização dos Jovens e Estudantes) e da Anel (Assembleia Nacional dos Estudantes - Livre).

Eles exigem que Eduardo Cury atenda à reivindicação dos moradores e regularize a área do Pinheirinho. Apesar dos governos federal e estadual já terem apresentado propostas para regularizar a Ocupação, Cury continua omisso em relação ao caso, segundo o sindicato.

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