Tópicos | Semana de Moda de Nova York

O desfile repleto de celebridades da marca da cantora Rihanna, Savage x Fenty, a volta de Vera Wang às passarelas e os ternos poderosos dos anos 1980 de Proenza Schouler foram destaque no quarto dia da Semana de Moda de Nova York, nesta terça-feira.

- Rihanna domina -

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O desfile da marca de lingerie da estrela do pop Rihanna, Savage x Fenty, foi o evento mais aguardado da semana e também o mais exclusivo. Funcionou como um show ao que só se podia ir com convite, e que contou com a participação do grupo de hip-hop Migos e da cantora Halsey.

No desfile houve a participação de muitas celebridades como as irmãs Bella e Gigi Hadid, as modelos Joan Smalls e Cara Delevingne e a cantora Normani.

Rihanna lançou neste ano sua nova linha de luxo, casa Fenty, com a companhia francesa LVMH.

Agora em seu segundo ano, seu popular desfile realizado no Barclays Center do Brooklyn será difundido pela Amazon Prime Video em 20 de setembro, uma novidade para a indústria da moda.

A marca de Rihanna se apresenta como o oposto da Victoria's Secret - obcecada pela magreza -, com corpetes e calcinhas fio-dental de estampa floral, shorts e sutiãs de gola alta para todos os tipos de corpo.

- Vera Wang retorna -

A estilista Vera Wang regressou às passarelas pela primeira vez em três anos, e disse à AFP que era "um momento excelente" porque o calendário da NYFW foi reduzido de sete para cinco dias.

"Em algum momento havia quase 400 desfiles, e acho que isso te faz perder qualquer tipo de perspectiva", indicou.

Para seu retorno, a estilista conhecida por seus vestidos de noiva propôs sua visão da sensualidade, trabalhando a sobreposição.

Houve tules que revelavam o corpo, e suspensórios pendurados de saias e tops, com ares de cinta-liga. A parte de trás de algumas peças deixava as costas à mostra, como se fossem rasgadas.

"Visto grande parte de Hollywood e queria criar minha visão de Hollywood quando não estou vestindo uma estrela em particular", explicou Wang.

- Christian Cowan e sua família na Galícia -

Com apenas 24 anos, o britânico Christian Cowan já veste regularmente várias estrelas, de Lady Gaga a Cardi B, passando pelo rapper revelação Lil Nas X.

Seu gosto pelo strass e as lantejoulas causam furor.

Na terça-feira apresentou uma coleção inspirada em família, natural da pequena cidade espanhola de Moaña, na Galícia.

Com mangas bufantes e rendas e tecidos com fru-fru, prestou homenagem a "todas as mulheres fortes" de sua família "que fazem com que seus negócios e lares funcionem impecavelmente".

- Uma nova década -

Inspirado pela chegada de uma nova década, o estilista da Coach, Stuart Vevers, "queria uma coleção que fosse sobre a mudança e também algo que fosse mais minimalista e positivo, otimista, olhando para o futuro da nova década".

Originalmente uma marca de bolsas e acessórios, a Coach continua utilizando muito couro.

Mas embora o couro tenha estado presente nesta coleção, Vevers não o tornou protagonista, jogando assim com o legado da marca mas conferindo-lhe um toque de frescor.

O estilista britânico, que presidiu o lançamento da linha de prêt-à-porter da Coach em 2015, regressou ao básico, oferecendo jaquetas, saias e calças de couro, muitas vezes combinando.

- O poder dos anos 80 -

As modelos que andaram pela passarela de Proenza Schouler pareciam ainda mais esculturais com seus ternos sob medida confeccionados arquitetonicamente, usados sobre drapeados femininos.

A coleção de prêt-à-porter desta temporada apresentou jaquetas poderosas, com grandes ombreiras, junto com golas-cachecol elegantes em cores neutras, muito usadas com brincos grandes.

Algumas modelos vestiam calças com pregas, e outras usavam saias longas e estreitas com meia-calça opaca preta ou branca com sandálias de tiras.

Os estilistas Jack McCollough e Lázaro Hernández adicionaram aos trajes mais femininos cintos ajustados ou gabardinas clássicas, modernizadas com botões assimétricos.

- Vestidos robóticos -

Uma série de surpreendentes vestidos robóticos desfilaram na Semana de Moda, incluindo um perfeito para a era pós #MeToo, com apliques de folhas metálicas em um ombro que balançam e tilintam quando alguém se aproxima demais, graças a sensores de movimento ocultos.

Os vestidos foram feitos com um kit criado pela ex-modelo americana-alemã Anina "Net" Trepte, fundadora da empresa 360Fashion Network, que permite que estilistas que não sabem programar utilizem a tecnologia em suas roupas.

A pedido da empresária e com a ajuda desses kits, duas estilistas, Clare Tattersall e Azrael Yang, criaram seis vestidos que desfilaram pela passarela do show do movimento artístico Melange, em uma igreja episcopal do Harlem, o início da Semana de Moda de Nova York.

Tattersall, que é britânica mas reside em Nova York, criou o vestido com as folhas que se agitam, e outro com grandes pétalas futuristas que se abrem mecanicamente. E finalmente, um terceiro com um grande capuz prateado que abre e fecha sozinho quando se aperta um botão.

Ralph Lauren mostrou mais uma vez, nesta quinta-feira, no final da Semana de Moda de Nova York, que sabe vestir as mulheres: um look dândi inglês para o dia e outro muito glamouroso e feminino com saias que parecem feitas de ouro líquido para a noite.

Vestida de preto, a atriz Sienna Miller foi a convidada de honra, sentada ao lado da sacerdotisa da moda, a editora da Vogue americana Anna Wintour, e da família Lauren, no que é tradicionalmente o desfile mais esperado da Semana de Moda.

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O estilista autodidata de 76 anos, que contribuiu para definir o estilo chique moderno americano, escolheu um look masculino para o dia. A passarela estava cheia de tons outonais: cinzas, marrons, verdes e bordôs.

Em sua coleção outono/inverno 2016, usou muito tweed, xadrez escocês e seus clássicos tecidos pesados para criar pantalonas, blazeres e gabardinas acompanhados por gravatas masculinas clássicas.

Para adocicar o tom formal dos ternos, também foram usados tecidos delicados de caxemira, pantalonas plissadas e camisas de seda.

Ralph Lauren completou o look campestre de dândi inglês com detalhes de estilo intrínseco americano como cintos, botas e jeans com ares de cowboy.

Seus looks para noite vão em outra direção, com uma elegância de influência vitoriana: golas altas, renda, veludo preto, ou plissado, além de golas prussianas (altas e dobradas para baixo como nos uniformes) e um casaco que parecia um manto da era romântica.

Ouro líquido

Um vestido amplo de veludo, desfilado pela top americana Karlie Kloss, chamou atenção com seus detalhes brancos de plissados na gola e nos punhos grandes.

Outro look marcante foi um vestido coquetel preto com punhos de babados de couro plissado e gola que desafiava a gravidade, dando um aspecto escultural à peça.

A grande novidade do desfile foi uma série de saias amplas, tão típicas do estilista, e um vestido mikado (com mistura de seda e mais pesado do que a seda pura) de tecido dourado resplandecente que dava a impressão de ser feito de ouro líquido.

Ralph Lifshitz, seu verdadeiro nome, nasceu no bairro do Bronx, em Nova York, de pais imigrantes judeus pobres e começou sua carreira como estilista autodidata de gravatas. Nunca se formou em uma escola de moda.

Conseguiu fama e sucesso graças a sua típica camisa polo com o símbolo de um jogador de polo com seu cavalo, uniforme não-oficial da classe alta em muitos países.

As coleções de passarelas de Ralph Lauren encarnam um look polido com aspirações de aristocracia europeia, mas que, com sua elegância simples, criou um visual único americano.

A Semana de Moda começou nesta quinta-feira em Nova York com seu frenesi habitual de desfiles e uma pergunta que a preocupa: como continuar tendo importância em um mundo em que as redes sociais são onipresentes e os clientes querem tudo de imediato?

Tradicionalmente, os estilistas apresentam suas coleções com seis meses de antecedência. A semana de moda que começa nesta quinta-feira (11) mostra o outono-inverno 2016-2017 para um público muito especializado composto por compradores, jornalistas, blogueiros e famosos. A venda em lojas acontece apenas em alguns meses.

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Mas nessa época de Instagram e de outras redes sociais, a paciência já não existe. Várias marcas divulgaram recentemente que apresentarão coleções nas passarelas que estarão disponíveis imediatamente para compra, e não seis meses depois.

Um exemplo é a estilista Rebecca Minkoff, que apresenta nesse domingo sua coleção primavera-verão 2016.

"Tudo o que verão na passarela estará disponível de maneira imediata, ou em no máximo 60 dias", prometeu Minkoff em um vídeo no YouTube.

"A imagem não vai se esgotar. Não estarão cansados da jaqueta que viram em todas as contas do Instagram e nos portais na internet", afirmou.

Comprarão "o verdadeiro produto, não uma cópia feita até antes que eu mesma possa fazer", disse.

Em Londres, a marca Burberry também anunciou que, a partir de setembro desse ano, vai colocar suas coleções à venda imediatamente após os desfiles, que não vão mais se diferenciar por temporada.

Sistema ineficaz

O Conselho de Criadores de Moda americano (CFDA, na sigla no inglês), proprietário também do calendário da semana de moda, tenta encontrar há vários meses um novo modelo. Para o CFDA, o atual é "ineficaz".

Em dezembro de 2015, o conselho encomendou um estudo sobre essa questão com uma empresa de consultoria. Os resultados estarão prontos em algumas semanas.

"Os criadores, os distribuidores e os editores se perguntam há um certo tempo sobre a pertinência da semana de moda em seu formato atual", explica o presidente do CFDA, Steven Kolb.

A chegada de celebridades que fazem da moda um espetáculo acelerou esse processo. O rapper Kanye West apresenta hoje sua coleção no Madison Square Garden, sua terceira coleção Yeezy, junto com o lançamento mundial de seu novo álbum.

Os 18.000 lugares são pagos, entre US$ 50 e US$ 135, e o público, que habitualmente não tem acesso aos desfiles de moda, é mais do que bem-vindo. O espetáculo será transmitido em 700 salas de cinema em 23 países.

Entre as outras celebridades presentes de maneira ativa no evento está a cantora Rihanna, que apresenta sua coleção Puma nesta sexta-feira.

No total, o programa oficial da Semana de Moda de Nova York tem 147 estilistas em 97 desfiles e 50 apresentações. Outros criadores mostrarão seus trabalho de forma independente.

Nesta quinta, é a vez da dupla nova-iorquina Nicholas K, dos irmãos Christopher e Nicholas Kunz, que tradicionalmente abrem o evento, seguidos por BCBG, Brock Collection, Creatures of the Wind, Pas de Calais e Ulla Johnson, entre outros.

Na sexta-feira, apresentam-se Tadashi Shoji, Zimmermann e Jason Wu, antes de um fim de semana agitado com Lacoste, Hervé Leger, Alexander Wang, Altuzarra, Victoria Beckham, Public School e Diane Von Furstenberg.

Na semana que vem, desfilam pesos pesados como Tommy Hilfiger, Zac Posen, Vera Wang, Oscar de la Renta, Ralph Lauren, Calvin Klein e Marc Jacobs.

Durante muito tempo fechada a uma elite, a Semana de Moda de Nova York, transmitida ao vivo pelas redes sociais e os serviços de retransmissão on-line, está se transformando em uma diversão global para os amantes da moda.

Um time de maquiadoras trabalham ao redor de uma modelo de camiseta, uma blogueira faz uma selfie em um clima de ebulição antes do desfile: um vídeo transmitido ao vivo de um desfile dos estilistas nova-iorquinos da Public School para a Saks, grande loja de luxo americana em Manhattan.

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A Saks não incluiu nenhuma publicidade. Para a companhia, o objetivo é estabelecer um vínculo com essa nova geração de consumidores de moda ultraconectada, ávida por conteúdo que seja original e instantâneo.

Mais um diálogo do que um monólogo

O temor geral da marcas de moda, criadores e da mídia especializada é perder o rumo e ficar isolado de todos aqueles que pedem "um diálogo e não simplesmente um monólogo", diz Jessica Michault, editora-chefe do influente portal de moda .

"Hoje há pessoas que entendem o que é a Semana de Moda e descobrem as tendências de imediato, não seis meses mais tarde, estejam onde estiverem no mundo", comprando muitas vezes logo em seguida algumas peças on-line, diz Emily Bungert, da empresa de relações públicas EB Consults.

Assistir no celular cenas selecionadas dos bastidores de Alexander Wang através do aplicativo Periscope, por exemplo, ou sentar na primeira fila de um desfile da Altuzarra ou ver do sofá as rainhas da moda nas ruas já não é só uma opção da Semana de Moda, mas se transformou em seu próprio eixo.

Nessa era onde tudo é digital, os personagens tradicionais perdem sua influência para aqueles que são mais conectados, diz Bungert.

"Hoje 70% da nossa lista de imprensa são sites e blogs. Os 30% restantes são jornais e revistas", explica.

"É simples, agora, quando organizo a posição dos convidados nos desfiles, escrevo na lista o número de seguidores no Twitter ou Instagram. Aqueles que têm mais ficam com os melhores lugares", diz.

"Acabou a época em que havia a necessidade de um convite para assistir" a um desfile com editoras e profissionais, diz Eila Mell, autora de um livro sobre a Semana de Moda de Nova York.

InstaShow

Conscientes do que está em jogo, cresceram nesta últimas semana as iniciativas das marcas para criar um evento digno de ser compartilhado ou tornar a experiência ainda mais participativa.

O americano Tommy Hilfiger inaugurou na segunda-feira o serviço "Twitter Halo", que oferece uma visão de 360 graus em tempo real de um desfile através de um dispositivo multicâmera.

A maison francesa Givenchy, que desfilou pela primeira vez em Nova York, resolveu na sexta-feira passada convidar 800 pessoas eleitas por sorteio para seu desfile.

Na primeira fila estavam estrelas como Julia Roberts, Courtney Love e Kim Kardashian, e seis telas gigantes foram instaladas em diferentes partes de Manhattan.

Em uma escala menor, a jovem estilista americana Misha Nonoo lançou no sábado o primeiro "InstaShow", desfile disponível exclusivamente através do aplicativo de compartilhamento de imagens Instagram.

Na quarta-feira, o música e rei das redes sociais Kanye West agitou o calendário ao apresentar sua segunda coleção, batizada de Yeezy, provocando a ira dos estilistas tradicionais e ao mesmo tempo um tsunami de mensagens no Instagram, Twitter e Facebook.

Para muitos essa tendência de fazer um espetáculo aberto para o grande público está apenas dandos os primeiros passos. Um dos organizadores da Semana de Moda é a empresa gigante do setor de esporte e entretenimento WME-IMG, que acaba de comprar sua pequena rival local MADE Fashion Week.

Nômades com turbantes de Nicholas K e a boemia chique de BCBG Max Azria abriram a Semana de Moda de Nova York com todo fôlego nesta quinta-feira, com desfiles cada vez mais ousados em que dança, vídeo e teatro se unem às apresentações tradicionais.

A dupla Nicholas K abriu as passarelas, como de costume, no Lincoln Center, com uma coleção primavera-verão 2015 inspirada no Saara e repleta de capas ultraleves, calças com fendas na altura das coxas, cabelos adornados com turbantes e saltos agulha amarrados nos tornozelos.

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A proposta de BCBG Max Azria também foi marcada pela leveza, com estampados de flores abstratas, elegantes drapeados de seda acinturados para uma elegante boemia de verão, sem esquecer de rosas, azuis e lilases. Mais de 270 desfiles e apresentações acontecerão nesta semana em Nova York, espalhados por toda a cidade.

Entre os desfiles mais esperados está o do britânico Gareth Pugh, que deixou nesta temporada as passarelas de Paris. Aos 32 anos, ele prometeu sacudir a poeira dos arquétipos na noite desta quinta-feira com uma "performance 'live' em imersão", com bailarinos e vídeos.

O que nunca falta na indústria é imaginação, por isso a cerimônia de inauguração levará um pouco mais longe as fronteiras da Semana de Moda apresentando um peça de 30 minutos do diretor Spike Jonze, ganhador de um Oscar neste ano de melhor roteiro original por "Ela". A peça servirá de cenário para sua nova coleção em 7 de setembro.

Já Tommy Hilfiger anunciou para seu desfile do dia 8 um "programa digital exclusivo" que "destacará quem marca tendência no mundo da música, da dança e até da arquitetura".

Ralph Lauren apresentará sua coleção Polo no Central Park, pela primeira vez. "Nova York quer dizer que tudo é possível", afirmou uma animada Diane von Furstenberg, presidente do Conselho de Designers de Moda dos Estados Unidos (CFDA). "Estou muito emocionada porque há muitos estilistas jovens, interessantes, empresários", disse em entrevista à AFP.

Tradicionalmente, Nova York abre a temporada das semanas de moda, seguida por Londres, Milão e Paris.

Tecnologia convidada de honra

Os fashionistas caçadores de celebridades em Nova York provavelmente estão muito empolgados à espera do desfile do "enfant terrible" da moda americana, Jeremy Scott, que anunciou para sua passarela, no dia 10, uma misteriosa colaboração com a cantora Miley Cyrus.

No início da Semana de Moda, Olivier Saillard, diretor do Palais Galliera - museu da moda de Paris -, anunciou que vai contribuir também para a renovação do gênero, com seu show "As modelos nunca falam", que justamente dará a palavra a sete ex-modelos dos anos 90 para contarem a história das roupas que usaram.

Enquanto milhares de modelos, jornalistas, compradores, blogueiros e estilistas chegam à cidade, a marca Desigual, de Barcelona, aproveita para celebrar seus 30 anos no Lincoln Center, e o ítalo-belga Anthony Vacarello vai mostrar sua primeira coleção para Versus Versace, em colaboração com Donatella Versace.

Em tempos de Twitter, Instagram e fashionistas cada vez mais conectados e impacientes, BCBG anunciou que as pessoas poderão comprar imediatamente algumas peças presentes em seu desfile, via Instagram e pelo aplicativo LiketoKnow:IT.

A tecnologia também marcará presença em alguns desfiles que terão braceletes inteligentes.

Outros grandes nomes estarão presentes em Nova York nesta temporada: Marc Jacobs, que tradicionalmente fecha a semana; Alexander Wang, que após se aventurar no Brooklyn na temporada passada volta a Manhattan; Proenza Schouler; Vera Wang; Michael Kors; Calvin Klein; Victoria Beckham; Rodarte; Prabal Gurung; Carolina Herrera; Ralph Lauren; J. Mendel; Oscar de la Renta; Jason Wu; Altuzarra; Donna Karan; Lacoste e as gêmeas Olsen.

As inspirações são, como sempre, diversas: para Diane Von Furstenberg é a Côte d'Azur. Jason Wu celebrará a beleza e Peter Som dará destaque às camadas.

A marca Desigual busca inspiração nas flores de um jardim imaginário, Tadashi Shoji vai reproduzir o ambiente do palácio veneziano Ca d'Oro, Monique Lhuillier levará o amanhecer à passarela e Carolina Herrera vai se basear nas cores das flores.

O estilista americano Michael Kors exibiu nesta quarta-feira (11) sua nova proposta sensual e elegante para a primavera na Semana de Moda de Nova York, na qual não faltaram vestidos e saias com fendas. Kors enviou as modelos para a passarela ao som romântico de Dream a Little Dream of Me, de Mama Cass, no penúltimo dia do frenesi de apresentações da coleção Primavera-Verão de 2014 na Big Apple.

O desfile começou com uma jaqueta acinturada de linho branco sobre uma saia rodada de tafetá, contrapondo o esportivo ao romântico e peças muito elaborada com algo mais suave. "O romance de verão... uma atitude mais relaxada", escreveu Kors, em suas notas de apresentação.

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Um cardigã felpudo e bem folgado foi proposto com um cinto preso sobre uma saia de crochê, enquanto uma camisa transpassada de manga curta acompanhava shorts na cor verde-oliva. Kors recorreu ao mundo animal para buscar inspiração, acrescentando uma pele de raposa branca nos ombros da modelo de camisa masculina listrada de azul e branco e bermuda jeans de cintura alta.

Os vestidos se apresentaram longos, abaixo dos jogos e com movimento, em tons nus, ou herbal, cores também usadas nos estampados, bermudas e biquínis enfeitados com margaridas brancas. Kors usou ainda cor cevada e pele de píton em saias com fendas combinadas com jérseis azul índigo, e em camisas.

A Semana de Moda termina nesta quinta-feira (12), com os desfiles de outros grandes nomes, como Ralph Lauren, Calvin Klein e Marc Jacobs, que já apresentou sua linha na terça.

De Zac Posen a Marchesa, cada vez mais estilistas conquistam o público com linhas alternativas no promissor mercado das coleções "contemporâneas", que oferecem glamour a um preço razoável e podem ser vistas também nas passarelas. Nesta Semana de Moda de Nova York foram apresentadas aproximadamente uma dezena de coleções "bis", de Marc Jacobs a Prabal Gurung e Donna Karan, passando por Victoria Beckham.

Aproveitando esta tendência, o estilista americano Zac Posen e as fundadoras da hollywoodiana Marchesa, presença garantida nos tapetes vermelhos, acabam de anunciar o lançamento de uma segunda linha para o outono 2013. "Quero poder oferecer minhas criações a um público mais amplo sem comprometer a concepção, os materiais e o enfoque estilístico", disse Zac Posen em entrevista à AFP, estilista reconhecido por seus majestosos vestidos de noite.

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Após ter lançado no final de 2009 a Z Spoke, linha de "difusão" a preço acessível para um público jovem, Posen focou pouco a pouco no "setor da criação contemporânea" que conserva, a seu entender, "a sensibilidade da criação de costura" a preços mais acessíveis. Como tantos outros antes dele, como Marc Jacobs com Marc by Marc Jacobs ou DKNY por Donna Karan, o estilista ofereceu à sua marca uma alternativa com um nome facilmente identificável, ZAC Zac Posen, para que se beneficie da atração provocada por sua linha de luxo.

Apesar da boa intenção, os preços continuam altos: não chegam aos cerca de 12.000 dólares do luxuoso vestido preto transparente de organza de Posen usado pela atriz January Jones na entrega dos Prêmios Emmy, mas ficam entre 490 dólares para um vestido curto e 1.690 dólares para um modelo de noite. "É um pouco como se você comprasse um Toyota e um dia trocasse para um Lexus", o carro mais luxuoso da montadora japonesa, resumiu Hal Rubinstein, fundador da revista InStyle. "Isso permite aos compradores mais dinâmicos, geralmente os jovens, ter acesso a um vestido de uma marca grande", acrescentou.

A jovem editora de moda Alex Apatoff confirma esta tendência: "As pessoas querem ter algo de Alta-Costura, mas são as linhas contemporâneas que podem comprar". Além do custo, a linha promete também abrir as portas para o vestuário diário, mais fácil de vestir no trabalho. Nos Estados Unidos, cada vez mais criadores entram para esse mercado promissor, insistindo na qualidade e originalidade frente à competência dos gigantes do prêt-à-porter, como a espanhola Zara (Inditex) e a sueca H&M.

"Para nós, fazer um vestido por 500 dólares significa fazer algo muito especial ao preço mais baixo possível", explicou a americana Tory Burch, popular por seu estilo que combina cortes clássicos e detalhes audaciosos. Outros estilistas que mergulharam no setor, denominado antes como "intermediário" são Rebecca Minkoff e Jenna Lyons para J.Crew, que tem a primeira-dama Michelle Obama como cliente e principal divulgadora.

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Até a próxima quinta-feira (13) todas as atenções estão voltadas para um dos mais importantes eventos da moda comercial do mundo. A Semana de Moda de Nova York reúne as marcas mais tradicionais do segmento e lança tendências que influenciam profissionais do mundo inteiro.

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Nomes como Marc Jacobs, Calvin Klein e Ralph Lauren confiam suas criações à modelos que precisam vestir as peças e o espírito da marca. Ashley, de 18 anos, é estreante nas passarelas e sabe da responsabilidade que recai sobre seu desempenho “Parece o primeiro dia na escola, a primeira é sempre importante”, explica.

Beleza não é tudo para quem quer se profissionalizar, o mercado prioriza também modelos que esbanjem saúde, disposição, personalidade e carisma. Mil modelos participam da Semana de Moda de Nova York deste ano e 400 delas são estreantes.





Uma das frequentadoras mais assíduas da Semana de Moda de Nova York,  Zelda Kaplan, faleceu nesta quarta-feira (15) enquanto assistia aos desfiles na primeira fila do evento.

Segundo a agência de notícias EFE, a causa da morte foi um enfarte. Zelda Kaplan, de incríveis 95 anos, caiu da onde estava e foi imediatamente encaminhada para o Hospital Roosevelt, porém as tentativas de reanimá-la foram inúteis.

A socialite ficou conhecida por usar roupas extravagantes e por introjetar influências africanas em suas vestimentas.

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