O Partido Republicano da Armênia, do presidente Serge Sarkisian, venceu as eleições parlamentares do domingo e obteve uma maioria no Parlamento, informaram nesta segunda-feira as autoridades eleitorais do país. O partido governista elegeu pelo menos 68 dos 131 deputados, obtendo assim uma maioria simples. No Parlamento que deixa o poder, o Partido Republicano não tinha maioria simples e dependia do seu aliado Armênia Próspera para governar. O partido Congresso Nacional Armênio, da oposição, ficou em terceiro lugar. Na legislatura que deixa os cargos, o governo tinha 62 das 131 cadeiras.
As eleições parlamentares foram vistas como um teste para as eleições presidenciais que acontecerão no próximo ano e nas quais Sarkisian tentará a reeleição.
##RECOMENDA##"A Armênia merece o reconhecimento por suas reformas eleitorais e seu ambiente político aberto e pacífico, mas nessa disputa várias partes fracassaram frequentemente em cumprir a lei e as autoridades eleitorais não conseguiram fazer com que ela fosse cumprida", disse François-Xavier de Donnea, parlamentar belga que chefiou a missão observadora da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa. Alguns observadores europeus reportaram "interferências" dos partidos nas salas de votações, segundo uma matéria publicada na página da OSCE.
A OSCE pediu ao governo armênio que melhore a organização dos sufrágios antes da eleição presidencial de 2013. O Congresso Nacional Armênio, do líder da oposição Levon Ter-Petrossian, ficou em um distante terceiro lugar. Ter-Petrossian não fez nenhuma declaração após as eleições. Em 2008, após as eleições presidenciais, a oposição acusou o governo de fraude eleitoral. Os protestos ficaram violentos e choques com a polícia deixaram pelo menos 10 mortos e 250 feridos.
O governo de Sarkisian tem laços próximos tanto com a Rússia, que tem base militar na Armênia, quanto com o Ocidente, em parte por causa da enorme diáspora de armênios na Europa e nas Américas. Milhões de armênios vivem no exterior, grande parte na vizinha Geórgia, Rússia, França e Estados Unidos.
As informações são da Associated Press.