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O principal órgão de segurança do mundo afirmou nesta quinta-feira (22) que as leis adotadas pela Rússia após a invasão da Ucrânia criaram um "clima de medo e intimidação" que restringe o trabalho de jornalistas e ativistas.

O relatório da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) indica que "a repressão se intensificou gradualmente desde 2012 (...) e atingiu seu auge com as novas leis adotadas após o início da guerra" na Ucrânia.

De acordo com o relatório, há "um clima de medo e intimidação" criado pelo uso do direito penal, violência contra ativistas e a imprensa, propaganda e outras táticas.

Os novos dispositivos legais levaram ativistas, jornalistas, advogados e outros a “reduzir ou abandonar suas atividades ou deixar o país”.

"Sucessivamente, todas as agências policiais federais e regionais foram colocadas sob o controle direto do presidente", acrescenta Vladimir Putin.

A Rússia não participou do estudo nem respondeu ao pedido dos autores para visitar o país, segundo o documento visto pela AFP.

Dois relatórios anteriores iniciados por membros da OSCE se concentram na Ucrânia e acusam a Rússia de "padrões claros de violações do direito internacional humanitário".

Ao discursar na OSCE em Viena, Evgenia Kara-Murza, esposa de um ativista russo detido, pediu aos países ocidentais que apoiem a sociedade civil russa.

Seu marido Vladimir Kara-Murza, um crítico proeminente de Putin, foi preso em abril por denunciar o conflito na Ucrânia e pode ser condenado à prisão.

"É muito importante lembrar que esta invasão da Ucrânia está ocorrendo no contexto de repressão maciça na Rússia", disse Evgenia Kara-Murza a repórteres em Viena.

A Ucrânia vai usar todos os meios disponíveis para defender sua independência e sua integridade territorial, tendo em vista o que o país chama de invasão russa, afirmou o embaixador ucraniano na Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), Ihor Prokopchuk, nesta quinta-feira

Prokopchuk disse aos jornalistas, do lado de fora de uma reunião emergencial do conselho permanente da OSCE, que há evidências não apenas do apoio russo aos rebeldes separatistas no leste ucraniano, mas também provas do "engajamento direto russo no combate e confrontos com militares ucranianos lá (leste do país)".

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O embaixador chamou o agravamento da situação de uma "invasão direta do Exército russo nos regiões do leste da Ucrânia". Ele comparou a situação com a da Crimeia, que levou a Rússia a anexar a península.

Prokopchuk acrescentou que pediu apoio a outros países membros da OSCE e que uma reunião de alto nível dos integrantes da organização para discutir a questão seria oportuna e útil.

Andrey Kelin, embaixador russo na OSCE, disse que os únicos militares russos que entraram na Ucrânia foram os integrantes de um grupo de dez soldados que "involuntariamente cruzaram a fronteira". Ele também repediu declarações anteriores de que a Rússia não está fornecendo qualquer apoio a grupos separatistas pró-Rússia na região. Kelin disse que a região enfrenta uma crise humanitária.

O embaixador dos Estados Unidos na organização, Daniel Baer, afirmou que a Rússia não está interessada na situação humanitária, tendo em vista que a Federação Russa está por trás da intensificação da violência no leste da Ucrânia. Baer, que disse que o aumento da violência é "muito preocupante", declarou que os Estados Unidos estão comprometidos em garantir que, se a Rússia continua a aumentar suas atividades destrutivas, "haverá custos crescentes". Fonte: Dow Jones Newswires.

O Ministério de Relações Exteriores da Rússia criticou neste sábado a declaração de uma autoridade da Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) de que a instituição poderia encerrar sua missão de monitoramento na Ucrânia, por questões de segurança.

Na quinta-feira, a OSCE perdeu contato com um grupo de monitores no leste ucraniano, sendo que outra equipe é mantida refém desde segunda-feira. O conflito interno na Ucrânia já deixou mais de 300 mortos.

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Wolfgang Ischinger, negociador da OSCE para a situação na Ucrânia, disse que a organização pode encerrar a missão no país, já que teme pela vida dos seus enviados. Mas a chancelaria russa afirmou que, em meio a repressão intensa promovida pelo governo ucraniano contra grupos rebeldes no leste do país, "é essencial aumentar o trabalho dos observadores internacionais".

Os confrontos continuaram neste sábado entre as tropas do governo e rebeldes. Em um posto de fiscalização na cidade de Slovyansk, tropas foram atacadas, mas repeliram os rebeldes. Ninguém ficou ferido no episódio. Segundo Vladislav Seleznyov, secretário de imprensa para a operação antiterrorista do governo ucraniano, o Exército destruiu um canhão que era usado pelos rebeldes para atacar prédios civis. Em Donetsk, as forças de segurança também conseguiram evitar que os insurgentes retomassem o aeroporto internacional da cidade.

Enquanto isso, o governo ucraniano acusa a Rússia de fazer uma campanha para que outros países não reconheçam o resultado da eleição presidencial realizada este mês, na qual venceu o empresário Petro Poroshenko, que tem uma postura mais alinhada com o Ocidente.

Apesar da campanha russa, o novo governo ucraniano conta com o importante apoio dos Estados Unidos. O presidente norte-americano, Barack Obama, deve se encontrar com Poroshenko na próxima quarta-feira, em Varsóvia (Polônia). Fonte: Dow Jones Newswires.

Um líder rebelde do leste ucraniano anunciou por meio da agência russa Interfax que quatro observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) foram sequestrados.

Vyacheslav Ponomarev, autoproclamado prefeito do povo de Slovyansk, na região de Donetsk, disse que os quatro monitores estão seguros e prometeu que eles serão libertados em breve. O líder não colocou nenhuma condição para a libertação.

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Na segunda-feira à tarde, a OSCE disse ter perdido contato com um membro da equipe de quatro pessoas monitorando a situação em Donetsk. Eles foram enviados ao país para monitorar a região após a Rússia anexar a Crimeia e grupos separatistas pró-Rússia entrarem em conflito com o governo ucraniano no leste do país. Fonte: Associated Press.

A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), o principal grupo de monitoração para eleição presidencial na Ucrânia, disse que a votação no país pode ser "caracterizada por uma elevada taxa de participação e pela determinação clara das autoridades em realizar uma eleição genuína", em linha, na maioria da vezes, com os compromissos internacionais e com respeito pela liberdades fundamentais, na grande maioria do país.

O grupo teve mil observadores no país durante a votação e disse, em uma análise preliminar divulgada nesta segunda-feira, que o processo ocorreu bem em 98% dos postos eleitorais analisadas, com uma participação de cerca de 60%. "O processo de votação e de contagem foi ordenado e bem organizado na maioria das mesas de votação observadas, com apenas problemas processuais menores observados," disse o relatório.

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O grupo relatou dificuldades nas regiões de Donetsk e Luhansk, no leste da Ucrânia, onde grupos pró-Rússia tomaram prédios do governo e realizaram referendos, no qual buscaram se separar da Ucrânia. A votação não ocorreu na Crimeia, que foi anexada pela Rússia.

A OSCE disse que comissões eleitorais locais foram fechadas por grupos armados nessas áreas. Além disso, foram relatadas intimidação das autoridades eleitorais, incluindo sequestros, ameaças de morte e entrada forçada em casas particulares. O representante de um candidato foi baleado, acrescentou o relatório.

No geral, a votação não ocorreu em 10 dos 12 distritos eleitorais em Luhansk e em 14 de 22 em Donetsk, afirmou a OSCE. Essa foi uma parcela relativamente pequena dos distritos eleitorais entre os mais de 200 em todo o país. Fonte: Dow Jones Newswires.

Observadores militares da Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE, na sigla em inglês) que eram mantidos reféns há mais de uma semana na cidade de Slovyansk, no leste da Ucrânia, foram libertados pelos militantes pró-Rússia, segundo informou a própria instituição neste sábado. Os sete membros da OSCE, que vinham da Alemanha, Dinamarca, Polônia e República Checa, foram libertados juntamente com cinco militares ucranianos, de acordo com a agência estatal de notícias russa RIA Novosti, citando o enviado especial do Kremlin, Vladimir Lukin.

"Eles libertaram todas as 12 pessoas que estavam na minha lista", comentou Lukin, que ajudou na negociação com os militantes. "Este foi um ato humanitário voluntário e nós estamos muito agradecidos aos líderes da cidade", acrescentou. Uma semana atrás um dos observadores, um major sueco, já havia sido libertado por razões de saúde.

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O enviado russo disse esperar que o ato de boa vontade dos militantes inspire outras ações humanitárias, incluindo o fim dos confrontos entre os insurgentes e as forças de segurança ucranianas.

Os militantes pró-Rússia, que tomaram a cidade de Slovyansk e exigiram a realização de um referendo sobre o futuro da região, sequestraram os representantes da OSCE no dia 25 de abril, acusando-os de serem espiões da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). A visita deles era parte de um acordo assinado em Viena dias antes para tentar diminuir as tensões entre Ucrânia e Rússia. Entretanto, eles são militares e não fazem parte da missão especial de monitoração da OSCE, formada por civis.

A libertação dos reféns ocorre no momento em que o Exército ucraniano aperta o cerco contra a cidade de Slovyansk, em meio à tentativa de conter os tumultos no leste do país. Fonte: Dow Jones Newswires.

Um porta-voz do presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que o Kremlin descolou um enviado ao sudeste da Ucrânia para negociar a liberação de observadores militares estrangeiros da Organização para a Segurança e Cooperação (OSCE) que foram capturados pela milícia pró-Rússia na cidade de Slovyansk. Em comentários reproduzidos por agências de notícias da Rússia, Dmitry Peskov não especificou para onde o enviado Vladimir Lukin foi mandado, mas disse que o Kremlin não foi capaz de entrar em contato com Lukin desde que a Ucrânia lançou uma operação contra as forças pró-russas na leste do país. Segundo relatos, pelo menos três pessoas foram mortas e duas ficaram feridas em meio à ação ucraniana.

Na Europa, o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, disse que as negociações sobre a libertação da equipe "estão em uma fase muito delicada". O ministro fez os comentários antes de um encontro com Catherine Ashton, chefe de política externa da União Europeia.

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Steinmeier disse que a reunião com Ashton se concentrará em encontrar um caminho para a retomada de um acordo para diminuição de tensões alcançado entre a Ucrânia, Rússia, EUA e União Europeia em meados de abril em Genebra. Além disso, o ministro relatou que os acontecimentos na Ucrânia - que ele descreveu como "a pior crise" que a Europa teve em muitos anos - vai dominar as conversas entre a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente dos EUA, Barack Obama, mais tarde nesta sexta-feira (2).

Um porta-voz do governo alemão disse em uma coletiva de imprensa regular nesta sexta-feira que houve contato com os observadores e com a OSCE no início do dia, embora ele não tenha fornecido mais detalhes. Com informações da Dow Jones e da Associated Press

Os principais membros do Congresso dos Estados Unidos estão exigindo que a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) envie imediatamente uma missão internacional para o leste e o sul da Ucrânia.

A carta aberta assinada pelos senadores Dick Durbin, do Partido Democrata, e John McCain, do Partido Republicano, e por outros seis legisladores diz os monitores internacionais são necessários para aliviar as tensões na Ucrânia após a anexação da península da Crimeia ao território da Rússia.

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O grupo de legisladores visitou a Ucrânia na semana passada e afirmam que a Rússia está usando "provocadores e agentes de inteligência para descaradamente causar mais transtornos" no leste da Ucrânia e como um possível "pretexto para justificar uma ação militar adicional".

Até agora, o governo russo tem impedido a atuação de observadores da OSCE, órgão que reúne 57 países e tem sede em Viena. Mas, o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, sinalizou que um acordo com a Rússia estava mais próximo.

O governo de Vladimir Putin quer, agora, que observadores visitem o oeste da Ucrânia, para acompanhar as alegações de abusos contra a população de etnia russa. Grupos de direitos humanos, porém, não relatam nenhum desses casos. Fonte: Associated Press.

A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) disse que observadores devem tentar entrar novamente na Crimeia neste sábado, dois dias depois de terem sido impedidos.

"Sim, a missão vai tentar entrar na Crimeia hoje novamente. Eles estão viajando agora pela estrada para o ponto de verificação de Armyansk", disse a porta-voz da organização, Tatyana Baeva. Fonte: Dow Jones Newswires.

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Um grupo de militares e civis da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE, na sigla em inglês) foi impedido de entrar na península da Crimeia nesta quinta-feira, após tentativas em dois postos de fronteira, afirmou a porta-voz da organização Tatyanna Baeva em Viena. "Eles estão indo para Kherson, a noroeste da península da Crimeia", apontou a porta-voz, acrescentando que o grupo está avaliando seus próximos passos.

O grupo, composto por 41 pessoas das 21 nações integrantes da OSCE, viajou para a Crimeia para avaliar a situação na península por uma perspectiva militar, disse Tatyanna.

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Uma outra delegação, liderada por Tim Guldimann, enviado especial do escritório suíço da OSCE, deixou a Crimeia esta manhã depois de passar a quarta-feira lá, informou a porta-voz. Astrid Thors, alta comissária da OSCE em minorias nacionais, que também integrava a delegação, irá sair da região ainda nesta quinta-feira. Fonte: Dow Jones Newswires.

A Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) enviará em breve uma missão militar de observação à Ucrânia. A missão será enviada a pedido do governo interino instalado há poucos dias em Kiev, anunciou o representante dos Estados Unidos na OSCE, Daniel Baer.

Após uma reunião em Viena, 15 integrantes da OSCE, inclusive os EUA, ofereceram-se voluntariamente para integrar a missão, prosseguiu Baer. Ele disse que pretende viajar à Ucrânia ainda esta semana com o objetivo de chegar à Crimeia.

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A Rússia reforçou no fim de semana a segurança em suas bases militares na Península da Crimeia, no sul da Ucrânia. Essas bases são mantidas pela Rússia com base em um acordo bilateral assinado em 1991, quando a União Soviética se dissolveu.

O Partido Republicano da Armênia, do presidente Serge Sarkisian, venceu as eleições parlamentares do domingo e obteve uma maioria no Parlamento, informaram nesta segunda-feira as autoridades eleitorais do país. O partido governista elegeu pelo menos 68 dos 131 deputados, obtendo assim uma maioria simples. No Parlamento que deixa o poder, o Partido Republicano não tinha maioria simples e dependia do seu aliado Armênia Próspera para governar. O partido Congresso Nacional Armênio, da oposição, ficou em terceiro lugar. Na legislatura que deixa os cargos, o governo tinha 62 das 131 cadeiras.

As eleições parlamentares foram vistas como um teste para as eleições presidenciais que acontecerão no próximo ano e nas quais Sarkisian tentará a reeleição.

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"A Armênia merece o reconhecimento por suas reformas eleitorais e seu ambiente político aberto e pacífico, mas nessa disputa várias partes fracassaram frequentemente em cumprir a lei e as autoridades eleitorais não conseguiram fazer com que ela fosse cumprida", disse François-Xavier de Donnea, parlamentar belga que chefiou a missão observadora da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa. Alguns observadores europeus reportaram "interferências" dos partidos nas salas de votações, segundo uma matéria publicada na página da OSCE.

A OSCE pediu ao governo armênio que melhore a organização dos sufrágios antes da eleição presidencial de 2013. O Congresso Nacional Armênio, do líder da oposição Levon Ter-Petrossian, ficou em um distante terceiro lugar. Ter-Petrossian não fez nenhuma declaração após as eleições. Em 2008, após as eleições presidenciais, a oposição acusou o governo de fraude eleitoral. Os protestos ficaram violentos e choques com a polícia deixaram pelo menos 10 mortos e 250 feridos.

O governo de Sarkisian tem laços próximos tanto com a Rússia, que tem base militar na Armênia, quanto com o Ocidente, em parte por causa da enorme diáspora de armênios na Europa e nas Américas. Milhões de armênios vivem no exterior, grande parte na vizinha Geórgia, Rússia, França e Estados Unidos.

As informações são da Associated Press.

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