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Parecia que seria um massacre, com direito a dois gols - um deles do atacante brasileiro Gabriel Jesus - em apenas 13 minutos e expectativa de mais pelo volume de jogo mostrado em campo. Assim o Manchester City começou o duelo contra o Napoli, nesta terça-feira, no Etihad Stadium, em Manchester, mas o clube inglês diminuiu o ritmo, permitiu uma reação dos italianos e se segurou para vencer por 2 a 1, mantendo a liderança isolada do Grupo F da Liga dos Campeões da Europa.

Com nove pontos em três rodadas, o Manchester City segue com 100% de aproveitamento e jogou o Napoli para a terceira colocação, com apenas três. O segundo colocado é o Shakhtar Donetsk, que chegou a seis ao derrotar de virada o lanterna Feyenoord, sem pontuar, por 2 a 1, em Roterdã, na Holanda. O atacante Bernard, ex-Atlético Mineiro, foi o autor dos dois gols do clube da Ucrânia. Para as oitavas de final passam os dois primeiros e o terceiro vai para a Liga Europa.

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A quarta rodada do Grupo F será disputada no dia 1.º de novembro e terá os duelos invertidos. Na Itália, o Napoli enfrentará o Manchester City e terá obrigatoriamente que ganhar no estádio San Paolo, em Nápoles, para seguir sonhando com a classificação. Isso porque o Shakhtar Donetsk jogará contra o Feyenoord como franco favorito na Ucrânia.

Em Manchester, o time da casa mostrou as razões de ser o melhor clube da Inglaterra, e um dos melhores na Europa, na atualidade. Com bom toque de bola, bem ao estilo de seu técnico Pep Guardiola, o Manchester City envolveu o Napoli, que tem as mesmas características de jogo sob o comando de Maurizio Sarri. Nos primeiros 20 minutos, os italianos não viram a cor da bola e se livraram de sofrer mais do que os dois gols feitos pelos ingleses.

A abertura do placar aconteceu aos nove minutos. Em jogada pela esquerda, Kyle Walker chegou até a linha de fundo e cruzou rasteiro para trás. O chute de Gabriel Jesus foi bloqueado, mas a sobra ficou com Sterling na grande área, que tocou para as redes. Pouco depois, aos 13, o Manchester City envolveu a zaga do Napoli pela direita e o belga Kevin de Bruyne, livre, tocou rasteiro para o atacante brasileiro completar para o gol vazio.

A pressão dos donos da casa não parou por aí. Ainda tiveram mais duas oportunidades de gol, mas na primeira o zagueiro senegalês Koulibaly tirou em cima da linha e na segunda a bola explodiu no travessão da meta do espanhol Pep Reina em chute de Kevin de Bruyne.

Só a partir daí, aos 20 minutos, que o Napoli conseguiu respirar e criar algumas jogadas ainda no primeiro tempo. Teve uma grande chance aos 38, mas o atacante belga Dries Mertens não aproveitou um pênalti sofrido pelo zagueiro Raul Albiol. O chute rasteiro, no meio do gol, foi defendido com os pés pelo brasileiro Ederson, reserva da seleção brasileira do técnico Tite.

Na segunda etapa, o Napoli voltou do vestiário mais calmo e equilibrou as ações. Teve mais posse de bola e tentou imprimir o seu estilo de jogo de toque de bola rápido. Em uma jogada individual do lateral-esquerdo Ghoulam, mais um pênalti foi marcado e desta vez o gol saiu, aos 28 minutos, com o volante Diawara. A pressão italiana continuou, mas nada que assustasse Ederson.

O meia Fred, do Shakhtar Donetsk, está de volta à seleção depois de dois anos. Neste período, foi suspenso após ser pego no exame antidoping e viu o seu clube o impedir de disputar os Jogos Olímpicos. Agora, se apresenta ao técnico Tite, em Teresópolis, para os jogos contra Bolívia e Chile, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, e corre contra o tempo para convencer o treinador que merece estar na Copa.

A seleção brasileira começou a se apresentar a Tite neste domingo visando estas duas rodadas finais do qualificatório sul-americano ao Mundial. O jogo contra os bolivianos será na próxima quinta-feira, em La Paz, enquanto a partida diante dos chilenos está marcada para o dia 10 de outubro, no Allianz Parque, em São Paulo. Confira a entrevista concedida por Fred à reportagem do Estado:

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O torcedor tem pouco acesso aos jogos do Shakhtar. Como você avalia seu atual momento?

Realmente, o Campeonato Ucraniano não é tão forte e não tem tanta visibilidade. Não tem como comparar com o Inglês, o Alemão, o Espanhol... Do Brasil, é difícil de acompanhar, mas agora, com a Liga dos Campeões, o pessoal consegue nos ver bem e avaliar o nosso desempenho. Venho em uma sequência muito boa, fazendo boas partidas e ajudando a equipe a evoluir.

Faltam seis jogos (duas partidas de Eliminatórias e quatro amistosos) até a convocação para a Copa. O que será preciso fazer para convencer o Tite?

O que preciso fazer é mostrar o meu trabalho em campo. Todos os convocados querem estar no Mundial, e comigo não é diferente. Vou procurar fazer o meu melhor para agarrar com unhas e dentes essa chance na seleção e poder ser chamado mais vezes. E, claro, tenho de manter o alto nível de atuações no Shakhtar.

Quais são os seus principais concorrentes e qual é o seu diferencial para ganhar a vaga?

A disputa é sadia, com grandes jogadores. Na minha posição, temos Renato Augusto, Paulinho, Fernandinho... O que importa é que o Brasil está muito bem servido, com uma safra de muita qualidade. Farei de tudo para buscar uma vaga.

Por que você foi pego no exame antidoping na Copa América de 2015? O que aconteceu?

Infelizmente, fui pego no doping. É difícil entender o que se passou. Sempre fui profissional ao extremo e foi duro ficar tanto tempo sem fazer o que mais gosto. Mas já passou e a gente amadurece com tudo isso. Estou ainda mais focado no Shakhtar e na seleção. O que aconteceu serve de aprendizado.

O veto do Shakhtar para que você participasse da Olimpíada te prejudicou na seleção?

É complicado falar. Não sei o que poderia acontecer. Acho que algumas outras oportunidades poderiam, sim, ter aparecido. Mas, tudo tem o seu momento. Continuei trabalhando, o Tite viu esse meu desempenho e acabei chamado.

O que fazia você manter a esperança de voltar a ser convocado?

A gente tem de viver um dia após o outro, com dedicação e sabedoria. Sempre fui um cara cabeça boa, focado no trabalho, e consegui mostrar o meu futebol. A oportunidade pode aparecer a qualquer momento e temos de estar prontos.

O Manchester City fez o suficiente nesta terça-feira (26) para vencer mais uma vez na Liga dos Campeões da Europa. Em casa, no Etihad Stadium, em Manchester, o time da Inglaterra derrotou o Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, por 2 a 0, com direito a um belo gol do meia belga Kevin de Bruyne, e assumiu a liderança isolada do Grupo F com 100% de aproveitamento após duas rodadas.

Com seis pontos, o Manchester City já abre três de vantagem para os seus concorrentes mais fortes: o próprio Shakhtar Donetsk e o Napoli, que na Itália derrotou o lanterna Feyenoord por 3 a 1, no estádio San Paolo, em Nápoles, e subiu para a segunda colocação por ter mais saldo de gols (1 a -1) que os ucranianos. O clube da Holanda segue sem pontuar.

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A terceira rodada será realizada no dia 17 de outubro, uma terça-feira. Neste dia, o Manchester City jogará novamente em sua casa e o adversário será o Napoli. Na Holanda, o Feyenoord buscará os seus primeiros pontos na Liga dos Campeões contra o Shakhtar Donetsk.

Em campo, o Manchester City fez o que devia para vencer. Com seu toque de bola e rapidez no ataque com o brasileiro Gabriel Jesus e o argentino Sergio Agüero, o time inglês até conseguia chegar na área, mas pecava na finalização. Foram poucas as reais chances de gol para os dois lados, já que o Shakhtar Donetsk se preocupou mais em se defender e tentar algo em um contra-ataque.

No segundo tempo, o Manchester City resolveu acelerar mais o toque de bola e logo conseguiu abrir o placar. Aos três minutos, De Bruyne recebeu na intermediária, pelo meio, e acertou um belo chute no ângulo esquerdo alto do goleiro Piatov, que não conseguiu chegar na bola.

Com a vantagem, o time inglês mostrou mais segurança e, mesmo ameaçado em esporádicos ataques dos ucranianos, teve a chance de marcar o segundo, mas Agüero perdeu uma cobrança de pênalti aos 27 minutos - Piatov espalmou no seu canto direito. O gol que confirmou a vitória do Manchester City saiu mesmo aos 45, em um chute do atacante Raheem Sterling.

Na Itália, o Napoli foi dominante do início ao fim. Logo aos sete minutos, abriu o placar em um belo chute de fora da área do atacante Lorenzo Insigne e, assim, comandou as ações da partida. Derrotado por goleada na estreia (4 a 0), o Feyenoord mostrou que o seu setor ofensivo é fraco e não ameaçou no primeiro tempo a meta defendida pelo goleiro espanhol Pep Reina.

Na segunda etapa, novamente o Napoli não deu chances ao rival holandês de tentar algo ao marcar o segundo gol logo aos quatro minutos. O atacante belga Dries Mertens aproveitou um erro defensivo do zagueiro Diks e balançou as redes.

Com a desvantagem, o Feyenoord resolveu enfim atacar e conseguiu um pênalti, mas a cobrança rasteira de Jens Toornstra, aos 23 minutos, foi defendida por Reina no canto esquerdo. Pouco depois, aos 25, o Napoli fez o terceiro com o atacante espanhol Callejón após assistência de Mertens. No final, o time holandês fez o seu de honra, com Sofyan Amrabat aos 48, mas o vencedor já estava definido.

Embalado por seis vitórias consecutivas, o Manchester City recebe o Shakhtar Donetsk nesta terça-feira (26) pela Liga dos Campeões. Apesar do favoritismo todo do lado inglês, o técnico Pep Guardiola não poupou elogios ao rival, principalmente pela atuação dos brasileiros, e previu bastante dificuldade para o confronto.

"É a sétima vez que jogo contra eles e sempre me impressionam. São dos melhores rivais jogando futebol, com muitos brasileiros. O problema sobre o Shakhtar é que jogam na Ucrânia e ninguém os conhece, mas são muito bons. Sempre foram muito difíceis de vencer", opinou o treinador.

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Na estreia da Liga dos Campeões, o Shakhtar recebeu o Napoli e venceu por 2 a 1, com direito a gol do brasileiro Taison. Além dele, o time ucraniano teve como titulares Ismaily, Marlos, Bernard e Fred, todos do País. Dentinho entrou no segundo tempo e Alan Patrick e Márcio Azevedo ainda ficaram como opções.

Se o elenco ucraniano representa uma dificuldade para o City, Guardiola ainda terá que lidar com desfalques. O zagueiro Kompany não se recuperou de uma lesão na panturrilha sofrida a serviço da seleção belga, no início do mês, e está fora. Assim como o volante Gündogan, com problema no joelho.

"O Kompany não está pronto para amanhã. O Gündogan participou de apenas parte do treino de ontem, situação similar à do Kompany", explicou Guardiola, que pode ficar também sem o lateral-esquerdo Mendy, com dores no joelho. "Ainda vamos fazer um teste para saber se o Mendy pode jogar."

O Manchester City foi impiedoso em sua estreia na Liga dos Campeões da Europa. Nesta quarta-feira, o clube da Inglaterra comandado pelo técnico espanhol Pep Guardiola ignorou a festa feita pelo Feyenoord em seu estádio De Kuip, em Roterdã, na Holanda, pela volta à competição após encerrar um longo jejum de 18 anos sem o título nacional, e goleou por 4 a 0, pela primeira rodada do Grupo F. O atacante brasileiro Gabriel Jesus, ex-Palmeiras, fez um.

No outro jogo da chave, o Shakhtar Donetsk derrotou o Napoli por 2 a 1, no Metalist Stadion, em Kharkiv, na Ucrânia - o time não pode jogar em sua cidade por causa de uma guerra civil na região da Crimeia -, com um gol de outro atacante brasileiro presente nas convocações do técnico Tite para a seleção: Taison, ex-Internacional.

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Com três pontos cada, Manchester City e Shakhtar Donetsk lideram o grupo e farão um confronto direto na segunda rodada, no próximo dia 26, no Ettihad Stadium, em Manchester, na Inglaterra. No mesmo dia, Napoli e Feyenoord buscarão a reabilitação e os primeiros pontos no duelo que será realizado no estádio San Paolo, em Nápoles, na Itália.

Na Holanda, o Manchester City foi arrasador e acabou com a festa e a empolgação dos torcedores do Feyenoord com três gols em 25 minutos. O primeiro saiu logo aos 2 com Stones, de cabeça. Aos 10, o centroavante argentino Sergio "Kun" Agüero fez o seu e, aos 25, Gabriel Jesus aproveitou um rebote dado pelo goleiro Bradley Jones e, livre dentro da área, só teve o trabalho de mandar a bola para as redes.

Com a larga vantagem no placar, a intensidade da partida diminuiu com o toque de bola mais cadenciado do Manchester City, que mostrou eficiência em seu setor defensivo e não permitiu qualquer reação do Feyenoord. Na segunda etapa, a goleada foi sacramentada novamente com Stones, aos 18 minutos, em outra cabeçada após cruzamento do belga De Bruyne.

Em um jogo mais emocionante, o Shakhtar Donetsk jogou como o planejado para vencer o Napoli na estreia. Usou a rapidez de seu setor ofensivo - que tem os brasileiros Marlos (ex-São Paulo), Taison e Bernard (ex-Atlético Mineiro - para pressionar e conseguiu abrir o placar aos 15 minutos com o ex-jogador colorado. Ele recebeu na entrada da área, tirou um rival da jogada e bateu rasteiro no canto esquerdo do goleiro espanhol Pep Reina.

Em desvantagem, o Napoli passou a ter mais a posse de bola e começou a criar algumas chances. O goleiro Andriy Pyatov se destacou com duas boas defesas e evitou o empate no primeiro tempo. Depois do intervalo, o Shakhtar Donetsk mostrou inteligência ao jogar no contra-ataque e fez o segundo gol desta maneira, aos 13 minutos, com o centroavante argentino Facundo Ferreyra.

O revés por 2 a 0 fez com que o técnico italiano Maurizio Sarri resolvesse colocar o belga Dries Mertens em campo e ele fez de tudo para recuperar o prejuízo do Napoli. Tentou dribles, chutes de fora da área e conseguiu um pênalti, aos 27 minutos, que o centroavante polonês Milik converteu com perfeição. Mas os napolitanos não tiveram mais forças para obter o empate na Ucrânia.

O Shakhtar Donetsk anunciou nesta terça-feira a renovação contratual de um dos brasileiros há mais tempo no seu elenco. O atacante Dentinho, que está na Ucrânia desde maio de 2011, assinou um novo acordo para continuar no clube por mais cinco temporadas, até 2021.

Ainda que nunca tenha conseguido se firmar como titular, chegando a ser empresado para o Besiktas, da Turquia, em 2013, Dentinho tem sido útil ao Shakhtar. Na atual temporada, por exemplo, é um dos jogadores que mais atuou pelo clube no Campeonato Ucraniano, participando de todas as 14 rodadas e marcando quatro gols. Já tem o mesmo número de partidas do que a temporada passada inteira, por exemplo.

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No total, segundo o Shakhtar, Dentinho fez 91 partidas pelo clube e marcou 13 gols. Títulos são sete, todos nacionais: duas vezes do Campeonato Ucraniano, duas da Taça da Ucrânia e três da Supercopa da Ucrânia.

Além do ex-corintiano, o elenco da equipe de Donetsk ainda tem os brasileiros Ismaily, Marlos (ex-São Paulo), Fred (ex-Inter), Bernard (ex-Atlético-MG), Wellington Nem (ex-Fluminense), Taison (ex-Inter) e Eduardo Da Silva (ex-Flamengo).

O volante Fred, do Shakhtar Donetsk, foi suspenso pelo Comitê Disciplinar da Fifa por um ano devido ao teste positivo para doping durante a disputa da Copa América, no Chile, no ano passado, quando ele defendeu a seleção brasileira. A punição é retroativa a 27 de junho de 2015. Assim, ele poderá voltar a campo no segundo semestre deste ano.

A Conmebol já havia punido Fred pelo período de um ano, mas a suspensão só era válida para competições organizadas pela entidade. Com a decisão da Fifa, o volante agora não poderá disputar nenhum jogo - nem mesmo amistosos - em qualquer país do mundo.

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Com a nova punição, Fred está fora da disputa da Copa América do Centenário, que será realizada nos Estados Unidos entre os dias 3 e 26 de junho, e fica com sua vaga na seleção que disputará os Jogos Olímpicos do Rio ameaçada, já que não poderá atuar até o fim de junho. Ele completará 23 anos no próximo mês.

À época do exame, Fred foi flagrado pelo uso de hidroclorotiazida, um diurético usado para controle de doenças como hipertensão e insuficiência cardíaca. O medicamento é considerado doping porque pode mascarar outra substância ilegal.

Na época da divulgação do doping, Fred se defendeu, negando qualquer irregularidade. "Confio na minha inocência e vou provar isso perante os órgãos competentes. Tenho uma trajetória limpa no futebol e conto com o apoio de todos", disse.

A CBF, por sua vez, informou naquela ocasião que nenhuma substância que poderia se constituir doping foi receitada ao jogador enquanto ele esteve na seleção brasileira, que Fred defendeu em duas partidas da Copa América do ano passado - vitória por 2 a 1 sobre o Peru e derrota por 1 a 0 para a Colômbia. A divulgação do doping ocorreu apenas depois do fim da competição continental.

Alex Teixeira é mais um brasileiro que ganhou espaço no Shakhtar Donetsk, se destacou e passou a interessar alguns dos principais clubes da Europa. Criado no Vasco, o jogador está sendo bastante especulado como possível reforço do Liverpool para esta janela de transferências, mas o time ucraniano promete fazer jogo duro para liberá-lo.

Em entrevista à revista Four Four Two, o técnico Mircea Lucescu estabeleceu um preço alto pelo brasileiro: "Ele vale 50 milhões de euros (cerca de R$ 221 milhões)". O valor é bem superior aos 28 milhões de libras (cerca de R$ 163 milhões) que o Liverpool teria oferecido e o Shakhtar negado, de acordo com a imprensa europeia.

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Lucescu ainda explicou o motivo de acreditar que Alex Teixeira vale esta fortuna. O treinador listou as qualidades do brasileiro e o comparou ao argentino Angel di María, que custou 75 milhões de euros ao Manchester United em 2014 e, no ano seguinte, 65 milhões de euros ao Paris Saint-Germain.

"Ele (Alex Teixeira) é incrível, muito rápido, com técnica muito boa. Eu o comparo a outros jogadores da mesma ideia, que mudaram de clube por uma fortuna. Di María é um exemplo, no PSG. O Teixeira pode estar no mesmo nível, até melhor. Ele não se lesiona e a cada ano fica melhor e melhor", elogiou.

Alex Teixeira já marcou 26 gols em 25 partidas pelo Shakhtar Donetsk nesta temporada e pode seguir os passos de nomes como Willian e Douglas Costa, que deixaram o clube recentemente para brilhar em centros maiores - Chelsea e Bayern de Munique, respectivamente. "Nosso presidente sabe a hora de deixar o Teixeira ir. Não quero manter um jogador contra seu desejo. Ele quer jogar em um grande campeonato", comentou Lucescu.

O volante Fred, do Shakhtar Donetsk, deverá ser julgado nesta quinta-feira pelo Tribunal Disciplinar da Conmebol pela acusação de doping durante a Copa América do Chile. O exame feito após uma partida da seleção brasileira detectou a presença da substância hidroclorotiazida na urina do jogador. Fred garante inocência e pretende comparecer diante do tribunal para se defender. Ele corre risco de suspensão que pode chegar até a quatro anos.

O jogador, de 22 anos, garante não ter usado nenhuma substância proibida - a hidroclorotiazida é um diurético que pode mascarar o consumo de substância considerada doping, como anabolizantes, ou drogas sociais como a cocaína. No entanto, tanto a prova como a contraprova, realizadas em laboratórios credenciados pela Conmebol, atestaram o resultado positivo. Ainda assim, Fred não foi suspenso e tem jogado normalmente pelo time ucraniano.

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Na época da divulgação do doping, Fred se defendeu, negando qualquer irregularidade. "Confio na minha inocência e vou provar isso perante os órgãos competentes. Tenho uma trajetória limpa no futebol e conto com o apoio de todos", disse, por meio de sua assessoria de imprensa.

A CBF, por sua vez, informou na ocasião que nenhuma substância que poderia se constituir doping foi receitada ao jogador enquanto ele esteve na seleção brasileira.

A presença de Fred no julgamento é uma estratégia desenvolvida por seus advogados de defesa. Eles entendem que o fato de o jogador apresentar-se perante os integrantes do tribunal aumentam suas chances de absolvição.

Na Copa América, disputada em junho e julho no Chile, Fred participou das duas primeiras partidas da seleção - vitória por 2 a 1 sobre o Peru e derrota por 1 a 0 para a Colômbia. A divulgação do caso de doping ocorreu depois do fim da competição.

O Milan parece mesmo disposto a deixar para trás o péssimo desempenho das últimas temporadas e, para isso, não tem economizado. Só nesta quinta-feira, o clube anunciou dois reforços para o ataque. Depois do colombiano Carlos Bacca, foi a vez do brasileiro Luiz Adriano ser confirmado como novo integrante do elenco.

Luiz Adriano, de 28 anos, estava no Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, há pouco mais de oito anos, e após uma ótima temporada em 2014/2015 chamou a atenção de alguns dos principais gigantes da Europa. O Milan não confirmou, mas a imprensa europeia noticiou que o clube desembolsou 6 milhões de euros (quase R$ 21 milhões) para conseguir sua liberação.

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Recentemente, o técnico do Shakhtar, Mircea Lucescu, chegou a confirmar que Luiz Adriano não continuaria na Ucrânia. O clube chegou a aceitar uma proposta do Al Ahly, do Egito, mas o atacante não entrou em acordo. Roma e Fenerbahçe também demonstraram interesse em contratá-lo, mas o Milan venceu a concorrência.

Com isso, Luiz Adriano se tornou mais um integrante da debandada de brasileiros do Shakhtar. Antes dele, Douglas Costa já havia se transferido para o Bayern de Munique, enquanto Ilsinho e Fernando já acertaram suas saídas do clube mas ainda não revelaram o destino - o volante deve ir para a Sampdoria. O atacante Dentinho é mais um que deve deixar o time de Donetsk.

Revelado pelo Internacional, Luiz Adriano chegou ainda muito jovem ao Shakhtar, em 2007, aos 20 anos. Foi na última temporada, no entanto, que ele atingiu seu auge. Se destacou na Liga dos Campeões e chegou a marcar cinco gols em uma partida, na goleada sobre o BATE Borisov. A boa fase rendeu convocações à seleção brasileira, mas o atacante acabou ficando fora da lista para a Copa América.

O Shakhtar Donetsk deve perder três dos 13 brasileiros em seu elenco para a próxima temporada. Nesta segunda-feira, o técnico Mircea Lucescu admitiu que o clube "está pronto" para negociar o volante Fernando, o meia Douglas Costa e o atacante Luiz Adriano, que atraíram a atenção de times do exterior e devem mesmo deixar a Ucrânia para 2015/2016.

"Estamos prontos para liberar ou vender jogadores que já há muito tempo defendem as cores do nosso clube. Nomeadamente, o Douglas Costa, o (Luiz) Adriano e o Fernando. Estamos atualmente em conversações relacionadas a esses jogadores", declarou em entrevista coletiva na Áustria, onde o time realiza pré-temporada.

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Destes, quem chama mais atenção é Douglas Costa. Convocado por Dunga para a seleção brasileira que disputou a Copa América deste ano, o jogador atraiu os olhares de Pep Guardiola e está em negociação avançada para defender o Bayern de Munique na próxima temporada. O próprio Lucescu admitiu ter indicado o brasileiro ao time alemão.

"A última vez que falei com ele (Guardiola) foi na Liga dos Campeões. Honestamente, eu já achava que o Bayern tentaria contratar o Douglas. Mas ainda é prematuro falar da transferência como um ato já ocorrido. Ela será considerada apenas quando o Douglas Costa assinar o contrato", afirmou.

Em relação aos outros dois brasileiros, o destino ainda é incerto. Lucescu não falou sobre quem estaria interessado em contratar Fernando. Já Luiz Adriano foi procurado pelo Al Ahly, do Egito, que inclusive entrou em acordo com o Shakhtar, mas a proposta não agradou o atacante.

"Fui informado que esse clube (Al Ahly) tem um acordo pelo Luiz. Mas, pelo que eu sei, o Adriano não aprovou a proposta deles. Ainda há tempo até 31 de agosto, que é quando fecha a janela de transferências. Vamos ver o que acontece", disse o treinador.

O Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, confirmou nesta sexta-feira (2) que vai fazer neste mês de janeiro uma excursão pelo Brasil, quando disputará cinco partidas contra times do País e passará por quatro capitais: Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre e Brasília. Das partidas marcadas, duas serão pelo torneio amistoso Copa Granada.

O primeiro jogo do Shakhtar no Brasil será no dia 16 de janeiro, contra o Bahia, em Salvador. Dois dias depois o time entrará em campo em Brasília, onde enfrentará o Flamengo. No dia 21, o adversário será o Atlético-MG, em Belo Horizonte. Na sequência, os dois últimos compromissos serão em Porto Alegre, contra o Internacional, e novamente em Brasília, dessa vez diante do Cruzeiro.

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O Shakhtar é um dos times europeus com a maior presença de brasileiros no elenco. São 13 jogadores, alguns com passagem inclusive pela seleção brasileira como o volante Fernando, o meia Douglas Costa e os atacantes Bernard e Luiz Adriano.

Com isso, os amistosos contra times brasileiros também vão marcar reencontros de alguns desses jogadores com seus antigos clubes, como o de Bernard com o Atlético-MG e de Luiz Adriano com o Inter.

Segundo nota oficial do clube, todas as partidas em território brasileiro devem ser transmitidas pela televisão ucraniana. O time ganhou o último campeonato nacional e na edição atual é o vice-líder, atrás apenas do Dínamo de Kiev.

Com o forte inverno no país, a competição é interrompida e só volta a ser realizada no fim de fevereiro. Assim, o Shakhtar vai aproveitar esse período de intertemporada para excursionar pelo Brasil.

Confira o calendário de jogos do Shakhtar no País:

16 de janeiro - Shakhtar x Bahia, Salvador

18 de janeiro - Shakhtar x Flamengo, Copa Granada, Brasília

21 de janeiro - Shakhtar x Atlético Mineiro, Belo Horizonte

23 de janeiro - Shakhtar x Internacional, Porto Alegre

25 de janeiro - Shakhtar x Cruzeiro, Copa Granada, Brasília

O centroavante Luiz Adriano, com certeza, nunca mais vai se esquecer do Bate Borisov, clube da Bielo-Rússia. Depois de massacrar o rival com cinco dos sete gols que a sua equipe - o Shakhtar Donetsk - fez no duelo da rodada passada, fora de casa, o ex-jogador do Internacional marcou mais três nesta quarta-feira, em mais uma goleada do time ucraniano - em Lviv, aplicou 5 a 0 pela quarta rodada do Grupo H da Liga dos Campeões da Europa. Foram oito gols no total do brasileiro, o deixando assim como artilheiro da competição, com nove.

O resultado praticamente garantiu o Shakhtar Donetsk nas oitavas de final do torneio. Com oito pontos, o clube ucraniano está na vice-liderança da chave e tem cinco a mais que o próprio Bate Borisov, o terceiro colocado. A primeira colocação, com a vaga garantida, é do Porto, que chegou aos 10 pontos ao bater o lanterna Athletic Bilbao (1 ponto) por 2 a 0, na Espanha.

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Convocado por Dunga para os amistosos do Brasil contra Turquia e Áustria, neste mês, na Europa, Luiz Adriano fez questão de mostrar ao técnico que está em grande forma. No primeiro gol, de Srna, deu a assistência de cabeça. No segundo, de Alex Teixeira, fez um corta-luz e "matou" dois zagueiros ao deixar a bola livre para o brasileiro marcar. Depois, balançou as redes três vezes, sendo que o primeiro foi em um pênalti que ele mesmo sofreu.

Na Espanha, o Porto mostrou competência para derrotar o Athletic Bilbao em pleno Novo San Mamés. Grande decepção do grupo, o time do País Basco teve uma péssima atuação defensiva e "deu" dois gols ao clube português. O primeiro do colombiano Jackson Martínez e o segundo de Brahimi, em uma falha grotesca do goleiro Iraizoz.

O Porto estava perdendo por 2 a 0 até os 44 minutos do segundo tempo, mas conseguiu uma incrível reação e foi buscar o empate de 2 a 2 com o Shakhtar Donetsk, nesta terça-feira (30), em Lviv, na Ucrânia. Com isso, o time português manteve a liderança isolada do Grupo H da Liga dos Campeões da Europa.

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Como tinha goleado o BATE Borisov por 6 a 0 na estreia, o Porto lidera agora com quatro pontos. O segundo lugar é justamente do time bielo-russo, que se recuperou da derrota na primeira rodada e ganhou nesta terça-feira do lanterna Athletic Bilbao por 2 a 1, chegando aos três pontos.

Agora com dois pontos no Grupo H, o Shakhtar não pôde jogar em seu estádio porque a cidade de Donetsk é uma das mais afetadas pelo conflito político que atinge a Ucrânia. Assim, o time foi a Lviv para encarar o Porto nesta terça-feira, em sua estreia em casa na competição continental.

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Nesta terça-feira, o Shakhtar Donetsk abriu 2 a 0 com dois gols brasileiros. Alex Teixeira fez 1 a 0 aos sete minutos do segundo tempo e Luiz Adriano ampliou aos 40. Mas o Porto teve forças para buscar o empate: o colombiano Jackson Martinez marcou duas vezes, aos 44, de pênalti, e já aos 49.

No outro jogo do grupo, o BATE Borisov aproveitou o fato de jogar em casa e se reabilitou. Polyakov e Karnitskiy abriram 2 a 0 para o time bielo-russo ainda no primeiro tempo. O Athletic Bilbao ainda diminuiu com Aduriz, mas não evitou a derrota que o deixou com apenas um ponto na competição.

O estádio do Shakhtar Donetsk foi mais uma vez alvo de duas bombas, nesta sexta-feira (19), conforme confirmou a direção do clube em nota oficial. De acordo com o site do Shakhtar, parte da fachada da Donbass Arena foi danificada pelo estilhaço das bombas, mas ninguém se machucou.

"Em 19 de setembro, às 12h35 (locais), duas explosões foram ouvidas nas imediações da Donbass Arena. A parte nordeste da fachada do estádio foi danificado por estilhaços. Os funcionários da Donbass Arena foram imediatamente evacuados para um lugar seguro. Nenhum deles ficou ferido", escreveu o Shakhtar.

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No dia 23 de agosto, o estádio do Shakhtar Donetsk já havia sofrido um ataque por bomba, que também não deixou nenhum ferido. Na ocasião, também a fachada noroeste do estádio e algumas instalações internas foram danificadas.

Desde o início dos conflitos entre russos e ucranianos, a região de Donetsk é um dos principais alvos dos separatistas pró-Rússia. Com os riscos, o clube decidiu se mudar para Kiev. A equipe conta com os brasileiros Ismaily, Márcio Azevedo, Bernard, Fernando, Alex Teixeira, Dentinho, Fred, Marlos, Douglas Costa, Ilsinho, Wellington Nem, Luiz Adriano e Taison.

Em um grupo com três clubes com mais tradição disputando duas vagas às oitavas de final, o Porto se deu bem em sua estreia contra a equipe mais fraca. Nesta quarta-feira (17), no estádio do Dragão, na Cidade do Porto, o time português não deu chances ao BATE Borisov, da Bielo-Rússia, e goleou por 6 a 0 em sua estreia no Grupo H da Liga dos Campeões da Europa.

O grande destaque da partida foi um meia francês naturalizado argelino que tem o apelido de "Garrincha de Granada". Com três gols - um deles em perfeita cobrança de falta e os outros dois em jogadas individuais -, Yacine Brahimi comandou o Porto e justificou a alcunha recebida nos tempos em que defendeu o Granada nas duas últimas temporadas do Campeonato Espanhol - tempo suficiente para despertar o interesse português pelo seu futebol.

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Os outros três gols do Porto na estreia foram marcados pelo atacante colombiano Jackson Martínez, pelo também atacante espanhol Adrian - recém-contratado junto ao Atlético de Madrid - e pelo camaronês Vincent Aboubakar.

A goleada em casa colocou o Porto na liderança isolada do grupo porque a outra partida da chave terminou empatada. No Novo San Mamés, em Bilbao, o Athletic Bilbao não conseguiu superar a forte marcação do Shakhtar Donetsk e ficou na igualdade sem gols. Em campo, o time ucraniano teve a presença de oito jogadores brasileiros - seis titulares e dois reservas.

O meia-atacante Bernard se pronunciou nesta quinta-feira (14) sobre o seu sumiço do Shakhtar Donetsk, que o levou a ser duramente criticado por Mircea Lucescu, técnico do time ucraniano. O jogador reconheceu que não se reapresentou na data combinada - 10 de agosto -, prometeu retornar ao clube, mas se defendeu ao dizer que está com medo da situação de instabilidade política na Ucrânia, o que o levou a adiar a sua viagem de volta, agora marcada para a próxima segunda-feira.

"Confesso sim, que estou com receio de voltar à Ucrânia. Respeito os atletas que retornaram, mas é um sentimento muito particular e que envolve a minha vida e a de meus familiares. Contudo, pedi a meu agente que mantivesse contato com o clube, e definimos em conjunto, que, mesmo com todos esses problemas que o país vive e com meu receio explicado à diretoria do Shakhtar, vou voltar ao país no dia 18 de agosto", escreveu, em nota oficial.

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A ausência de Bernard na data combinada irritou Lucescu. O treinador, inclusive, declarou que o jogador não deu qualquer satisfação ao Shakhtar Donetsk nos últimos três meses, numa referência ao início do período em que ele foi liberado para defender a seleção brasileira na Copa do Mundo. O meia-atacante, então, reconheceu o seu erro, mas ironizou a declaração do seu treinador.

"Acertei com o Shakhtar meu retorno à Ucrânia para 10 de agosto. Assim, teria praticamente o equivalente a um mês de férias. O clube, ciente e de acordo com a data, me enviou passagem aérea datada do dia 10 de agosto, para que eu voltasse. Reconheço, portanto, que hoje, dia 14 de agosto, completarão quatro dias que não estou presente na Ucrânia, E isso, claramente não representa que estou três meses de férias. Este adiamento de minha apresentação tem motivos que considero muito sérios e quero explicá-los", disse.

Bernard, porém, tentou usar o momento de turbulência na Ucrânia para justificar o seu atraso e avaliou estar sendo "profissional" ao voltar ao time no início da próxima semana. "Estou retornando a um país que vive um conflito que tem tirado muitas vidas e não há qualquer garantia de término. Mesmo assim, sou um profissional que irá cumprir o contrato que assinou. Apenas coloquei na balança, além do profissionalismo, o medo de envolver a mim e meus familiares em um conflito tão perigoso pelo qual passa a Ucrânia. Quem não faria isso?", questionou.

Contratado pelo Shakhtar Donetsk no meio do ano passado, Bernard se apresentou ao clube ucraniano pouco depois de conquistar o título da Copa Libertadores pelo Atlético Mineiro. E, em sua nota oficial, ele afirmou que chegou a um clube e a um país com um clima bem diferente do atual.

"É de domínio público que a Ucrânia vive um conflito perigoso e que tem colocado vidas em risco. Vivo com toda minha família por lá desde o ano passado. Quando assinei meu contrato para atuar pelo Shakhtar, o país não vivia esse momento conturbado. Assinei o compromisso também porque havia a promessa de morar em uma cidade com estrutura excelente, trabalhar em um CT e jogar em um estádio com condições de 1º mundo", disse.

A Ucrânia passa por um momento de forte tensão política com a Rússia. Donetsk é a cidade com maior predominância de manifestantes pró-russos, que querem a união com o país vizinho e enfrentam a resistência do governo central da Ucrânia. Até por isso, o Shakhtar não treina e nem joga na cidade, mandando as suas partidas em Lviv, o que foi lembrado por Bernard para explicar o seu medo.

"Os problemas não acabaram, tanto que o próprio clube teve de mudar de sua sede para seguir suas atividades em uma cidade a 700 km de distância. Hoje, não posso retornar para Donetsk. Em casa ficaram os meus pertences pessoais e de minha família. Todas minhas roupas, por exemplo, estão por lá. Objetos que levei da minha residência no Brasil hoje estão inacessíveis e não sei quando, e se, poderei um dia pegá-los de volta", escreveu Bernard, agora esperado na Ucrânia no começo da próxima semana.

Ainda sem se reapresentar ao Shakhtar Donetsk, o atacante Bernard foi alvo de duras críticas por parte do técnico do time ucraniano, Mircea Lucescu, nesta terça-feira. Em entrevista publicada em português no site oficial do clube, o treinador disse que o brasileiro não está se comportando como um jogador profissional por não dar notícias ao clube sobre seu retorno. "Já vai fazer quase três meses que a gente não o vê. E, em todo esse tempo, ele continua recebendo o salário do seu contrato", disparou Lucescu.

"O comportamento dele é simplesmente inexplicável para mim. Em 40 anos da minha carreira de treinador, eu nunca tinha me deparei antes com uma situação como esta que estou observando com ele! Nós nos separamos de Bernard no dia 15 de maio. Permitimos que ele fosse para casa mais cedo. Pois agora já vai fazer quase três meses que a gente não o vê. E, em todo esse tempo, ele continua recebendo o salário do seu contrato", reclamou.

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Bernard foi liberado mais cedo pelo clube porque não vinha sendo titular do time e também para se preparar melhor para a Copa do Mundo. No Brasil, ele foi reserva no time de Luiz Felipe Scolari, mas ganhou chances no decorrer de algumas partidas do Mundial. Foi titular apenas uma vez, justamente na trágica goleada de 7 a 1 para a Alemanha, na semifinal. Ao fim da Copa, ele ganhou folga extra assim como os demais jogadores que atuaram no Mundial. No entanto, não deu mais notícias ao clube ucraniano, de acordo com o técnico do Shakhtar.

"Nunca recebi dele nenhum telefonema, nenhum parabéns pela Supercopa da Ucrânia [título conquistado quando Bernard já havia sido liberado], nem mesmo palavras de ânimo sobre os outros jogadores. Eu ainda não tinha encontrado nenhum outro jogador que não confraternizasse com ninguém da equipe, nem brasileiros, nem ucranianos. Com ninguém!", criticou.

"A sensação que dá é que ele é um jogador de Twitter e das redes sociais. Aí ele contata com os fãs. Mas, ao mesmo tempo, não se comunica com a sua equipe, que é quem lhe paga o salário, e que não é nada pequeno! Estou surpreso com o comportamento dele", prosseguiu Lucescu.

O técnico disse ainda que já não estava satisfeito com o comportamento do brasileiro antes mesmo da liberação para a Copa. "Quando ele assinou o contrato, eu lhe expliquei a filosofia da nossa equipe e a minha filosofia pessoal. Expliquei-lhe o que era um campeonato ucraniano, o que os torcedores esperam do clube: entrega total em todos os jogos", afirmou.

"Eu chamei a atenção dele para ele pensar muito bem antes de assinar o contrato. Talvez eu até tenha mesmo ido contra os interesses do clube naquele momento... Ele não me escutou, assinou o contrato, provavelmente para receber dinheiro. E, como resultado, a gente o viu muito pouco aqui", disse. "Eu entendo que uma pessoa pode atrasar uma vez. Acontece. Mas a segunda, terceira, quarta vez... Bernard viajou por todo o mundo com a seleção brasileira, mas a gente aqui, infelizmente, não o viu."

Apesar das críticas, Lucescu deu a entender que Bernard ainda tem chances de seguir no time. "Ele é um jogador talentoso, com boas qualidades futebolísticas, mas o mais certo é que não seja para o Campeonato da Ucrânia. Se Bernard assumir uma postura mais séria e voltar para o clube que assinou com ele por cinco anos, então talvez algo mude", afirmou, antes de destacar: "Mas eu não sei quando ele vai aparecer".

A falta de contato com o clube deve gerar ao menos uma punição ao atacante. "Ele é o brasileiro mais bem pago da nossa equipe. E ele sabe que será punido. Embora eu nunca antes tenha feito isso. Eu lhe dei tempo para se adaptar."

Bernard ainda não se manifestou sobre as declarações do treinador, via assessoria ou através das redes sociais. O atacante vem adiando o retorno à Ucrânia por medo da tensão política com a Rússia. Donetsk é a cidade com maior predominância de manifestantes pró-russos, que querem a união com o país vizinho e enfrentam a resistência do governo central da Ucrânia.

Por essa razão, o brasileiro vinha negociando uma possível transferência para outro clube da Europa antes de se reapresentar ao Shakhtar. A demora, contudo, irritou o treinador da equipe, o que agora pode facilitar a saída do atacante da Ucrânia.

OUTROS BRASILEIROS - Lucescu também falou das situações de Alex Teixeira e Douglas Costa, meias que também se apresentaram com atraso e são especulados em equipes maiores da Europa. "Eles já estão trabalhando com o grupo. Eu disse aos jogadores antes do jogo com o Metalist. 'Se alguém sente que não está pronto para jogar, que admita isso honestamente'. Eu respeito as pessoas quando tudo é feito de modo correto. Àqueles que foram corretos comigo eu prometi logo: 'Eu não vou puni-los por isso. Vocês apenas terão problemas com os colegas de equipe'. Espero que no futuro eles se comportem profissionalmente. Eles são jogadores queridos pelos nossos torcedores", declarou.

A grave crise política que atravessa a Ucrânia está longe de ter um fim, mas isso não impediu que o meia Fred retornasse ao Shakhtar Donetsk nesta quinta-feira. Ele era um dos cinco brasileiros que haviam se recusado a se reapresentar ao clube depois de um amistoso de pré-temporada na França, mas parece ter voltado atrás na decisão e inclusive já treinou com os companheiros.

No último sábado, após a derrota por 4 a 1 para o Lyon em amistoso, os brasileiros Douglas Costa, Alex Teixeira, Fred, Dentinho e Ismaily, além do argentino Facundo Ferreyra, se recusaram a voltar com a equipe. Os jogadores admitiram que tomaram a decisão pelo "medo" que sentem em meio ao momento violento que passa a Ucrânia devido à crise política no país.

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O Shakhtar chegou a ameaçar estes atletas e garantiu que os puniria se não cumprissem o contrato que têm com o clube. O técnico da equipe, Mircea Lucescu, chegou a acusar o empresário Kia Joorabchian, ex-homem forte da MSI, de ter se "aproveitado" da situação para aliciar os atletas e convencê-los a se transferir.

Em meio à confusão, sem maiores explicações, Fred decidiu se reapresentar. De acordo com o Shakhtar, um outro brasileiro também deve voltar ao clube em breve. "O Shakhtar continua se preparando para o início do campeonato na Ucrânia. Fred já regressou ao local dos treinos e se espera que nos próximos dias também Ismaily se junte à equipe", apontava uma nota no site oficial do time ucraniano.

Aos poucos, parece que o Shakhtar vai se acertando com alguns dos "desertores", mas o imbróglio ainda deve se desenrolar pelas próximas semanas. Nomes como Douglas Costa, Alex Teixeira e Dentinho, que inclusive retornou ao Brasil, parecem menos dispostos a voltar ao clube enquanto a situação política estiver caótica.

Os cinco jogadores brasileiros, além de um argentino, que se recusaram a voltar à Ucrânia com a delegação do Shakhtar Donetsk podem ser punidos. Quem garantiu foi o magnata Rinat Akhmetov, proprietário do clube, que se revoltou com a atitude dos atletas e garantiu: "Se não voltarem, serão os primeiros a sofrer as consequências".

Alex Teixeira, Fred, Dentinho, Douglas Costa e Ismaily, além do argentino Facundo Ferreyra, se recusaram a voltar com a delegação do Shakhtar para a Ucrânia depois do amistoso de sábado diante do Lyon, na França. Eles tomaram a decisão por temerem o caos instalado no país do leste europeu, que atravessa grave crise política.

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"Os jogadores têm contratos que são obrigados a cumprir. Se eles não voltarem, penso que eles mesmos serão os primeiros a sofrer as consequências. Cada um deles tem uma cláusula de rescisão de dezenas de milhões de euros. E se alguém quiser reduzir esse montante em um milhão que seja, então, estaremos no nosso direito de decidir como acharmos mais conveniente conforme a situação", disse Akhmetov em entrevista à agência R-Sport.

Inicialmente, os seis jogadores não avisaram a decisão para o clube e, por isso, foram dados como "desaparecidos", mas depois ficou esclarecido o motivo do sumiço. Além dos cinco já citados, o Shakhtar conta com outros sete brasileiros em seu elenco: Wellington Nem, Fernando, Taison, Ilsinho, Marlos, Bernard e Luiz Adriano, que retornaram normalmente à Ucrânia.

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