João Victor Ribeiro Leal, o motorista que provocou o trágico acidente no bairro da Tamarineira, no dia 26 de novembro, ao avançar o sinal vermelho, dirigia seu carro, um Ford Fusion, a 108km/h. A informação foi divulgada nesta terça-feira (5), nove dias após o ocorrido, pela Polícia Civil. Na perícia apresentada pelos agentes também ficou confirmado que Miguel Arruda, uma das vítimas, dirigia sua caminhonete a 30km/h; 78 km/h menos que o João. A velocidade máxima permitida na rua Cônego Barata, local onde aconteceu a colisao, é de 60km/h. .
O delegado titular da Delegacia de Delito e Trânsito, Paulo Jeann, informou que João Victor saiu com alguns amigos por volta das 12h com destino a Casa Caiada, em Olinda. Chegando no local consumiu cerca de 8 cervejas de 600ml, juntamente com os seus amigos. Depois disso, ele foi até a sua casa, trocou o veículo que estava (Ford Ranger), pelo carro Ford Fusion, que acabou se envolvendo no acidente.
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Ainda segundo a polícia, às 16h, João seguiu para um bar que fica localizado em Casa Forte, Zona Norte do Recife. Chegando lá, ele consumiu mais bebida alcóolica, dessa vez uísque. Ainda de acordo com a perícia, ao perceber que João Victor estava muito bêbado, um dos seus amigos o levou até Ford Fusion para que ele descansasse um pouco. Exatamente às 19h20, mesmo embriagado, o suspeito saiu dirigindo o carro. Minutos depois os amigos ficaram sabendo, por meio das redes sociais, que o suspeito havia deixado o local e se envolvido no acidente.
Além de dirigir a 108km/h, o acusado avançou o sinal vermelho e atingiu o carro das vítimas que, por conta da força do impacto não teve seu sistema de segurança ativado para amenizar a pancada. João Victor saiu ileso, por conta do airbag. A perícia não conseguiu confirmar se todas as vítimas estavam com o cinto de segurança.
A colisão causou a morte de três pessoas - Miguel Arruda da Motta Silveira Neto, de 3 anos; Maria Emília Guimarães, mãe das crianças; e Rosiane Maria de Brito Souza, que estava grávida e era babá da família. Miguel Filho Motta Silveira, de 46 anos, e a filha, Marcela Guimarães Motta Silveira, de 5 anos, continuam internados no Hospital Santa Joana, Zona Norte do Recife.
João Victor, que teve sua prisão preventiva decretada no dia de sua audiência de custódia, pode agora responder por Triplo Homicídio Doloso, assumindo a intenção de matar, e por Lesão Corporal Grave de Miguel e Marcela. Se condenado, João pode pegar até 70 anos de prisão.
O veículo
O carro que João Victor vinha dirigindo está no nome de uma terceira pessoa. Imputadas ao carro tem várias multas por conta de excesso de velocidade e avanços de sinais vermelhos, que contaram na hora de apresentar o inquérito ao juiz. No momento se mantém apenas a prisão preventiva até o finalizar deste inquérito. O acusado está preso no Cotel.
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