Após a deflagração da Operação Tarrafa, o Sindicato dos Agentes Penitenciários divulgou nota onde rebate a declaração do chefe da Polícia Civil, Joselito Amaral. Em declaração, a autoridade comenta as regalias do detento Jorge Luiz de Farias na penitenciária, tais como ar-condicionado e televisão na cela onde estava preso. Diante das palavras que apontam para a possibilidade de o preso sair, praticar crimes e voltar à noite para a prisão, os agentes se pronunciaram.
“Vimos relatar que o detento tem ofício de autorização de saída diária realizada pelo Juiz de Execução Penal Roberto Costa Bivar, desde o dia 18 de janeiro de 2017, para trabalhar na empresa ‘Top Car Locadora de Autos LTDA’”. Eles ainda acrescentam que “esta autorização é prevista na legalidade conforme a Lei de Execução Penal nº 7210/84. A saída deste detento como de outros são feitas diariamente e normalmente e escrituradas em livro conforme documento anexo”.
##RECOMENDA##Eles explicam que caso o detento faça delitos no período de saída e entrada, é de responsabilidade do chefe de polícia civil “direcionar o questionamento ao Magistrado e não querer culpar o agente penitenciário da Penitenciária Agro Industrial São João (PAISJ)”. O Sindicato ainda ponta para a necessidade de o chefe da Polícia Civil “observar o previsto na Lei de Execução Penal para a legalidade da referida saída e não querer macular a imagem de uma categoria que está apenas cumprindo o dever legal, e determinação judicial”.
O documento ainda solicita que Joselito Amaral encaminhe o Instituto de Criminalística à cela para fotografar o local, a fim de comprovar as regalias citadas. Por outro lado, o Sindicato diz ter informações de que o relato do chefe da polícia “não demonstra ter veracidade, pois tal cela encontra-se isolada e a chave com o Gerente da Unidade supracitada”.
A nota mostra ainda mais revolta por parte dos agentes penitenciários quando afirma que o pronunciamento de Amaral “joga a mídia contra uma categoria sem fatos verídicos, quando documentos mostram a veracidade que a saída foi autorizada legalmente pelo juiz e quanto as regalias informada deve ser comprovado com fotos e onde o sindicato já está tomando as providências para entregar o vídeo a imprensa o local da cela que o preso encontrava-se”.
Por fim, o Sindicato pede a retratação pública de Joselito Amaral sobre as declarações que julga serem “infundadas”. Eles ainda pedem que a autoridade peça ao Magistrado o motivo das referidas autorizações e afirmam o alto grau de periculosidade de Jorge Luiz “e não culpe os agentes penitenciários sobre as referidas saídas”.
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