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O Supremo Tribunal Federal (STF) pode julgar nos próximos dias o pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que ele aguarde em liberdade o julgamento de recursos contra sua condenação na Operação Lava Jato. Em função da condenação a 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba desde 7 de abril.

O julgamento pode ocorrer na próxima quinta-feira (9), antes de o PT registrar a candidatura de Lula na Justiça Eleitoral para concorrer à Presidência da República, fato que deve ocorrer no dia 15 de agosto, último dia previsto pela legislação eleitoral. 

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Na semana passada, após o relator do caso, o ministro Edson Fachin, defender celeridade para definir a situação jurídica de Lula antes das eleições, a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, responsável pela pauta do plenário, indicou nos bastidores que pode pautar a questão nesta semana. 

No entanto, diante da possibilidade de o caso ser julgado pelo plenário, e não pela Segunda Turma, como deseja a defesa do ex-presidente, os advogados podem desistir do recurso e o julgamento poderá ser adiado. De acordo com dois ministros do STF ouvidos reservadamente pela Agência Brasil, o tribunal deverá aceitar o recuo, caso a defesa confirme a desistência. 

O pedido de liberdade do ex-presidente também tem implicações na esfera eleitoral. Caso a defesa consiga suspender temporariamente a condenação e a soltura de Lula, o ex-presidente poderá concorrer livremente às eleições sem precisar de uma decisão que avalie sua inelegibilidade.

Com a confirmação da condenação na Lava Jato na segunda instância da Justiça Federal, o ex-presidente pode ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa, que impede a candidatura de condenados pelos órgãos colegiados da Justiça. 

Se a decisão do Supremo for contrária à pretensão de Lula, o STF pode confirmar a inelegibilidade e levar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a negar o registro de candidatura.

Desde junho, quando entrou com recurso na Segunda Turma da Corte, a defesa de Lula pretende que a Corte julgue somente a concessão de liberdade e tenta evitar que o plenário analise a questão da inelegibilidade para as eleições de outubro deste ano porque o ex-presidente ainda pode ser beneficiado por uma liminar e disputar as eleições caso tenha a candidatura barrada. 

No entanto, a inelegibilidade não é automática e a questão somente será analisada pelo TSE a partir do dia 15 de agosto, quando o PT pretende protocolar o pedido de registro da candidatura da Lula à Presidência da República nas eleições de outubro.

No dia 22 de junho, Fachin enviou pedido de liberdade do ex-presidente para julgamento pelo plenário, e não na turma, como queria a defesa. Ao justificar o envio, Fachin disse que a questão deve ser tratada pela Corte por passar pela análise do trecho da Lei da Ficha Limpa, que prevê a suspensão da inelegibilidade “sempre que existir plausibilidade da pretensão recursal”.

No entanto, a defesa de Lula recorreu e afirmou que a análise da questão não foi solicitada. “O embargante requereu exclusivamente a suspensão dos efeitos dos acórdãos proferidos pelo Tribunal de Apelação para restabelecer sua liberdade plena. A petição inicial, nesse sentido, é de hialina [límpida] clareza ao requerer o efeito suspensivo para impedir a 'execução provisória da pena até o julgamento final do caso pelo Supremo Tribunal Federal'”, sustentou a defesa.

Lula foi condenado a 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do triplex em Guarujá (SP) e teve a pena executada pelo juiz federal Sergio Moro após o fim dos recursos na segunda instância da Justiça, conforme definiu o STF.

 

Quando a gente pensa que neste país nada está tão ruim que não possa piorar, eis que o Estadão soltou uma matéria ampla destacando a enorme movimentação de deputados, senadores e ministros do STF para reajuste de salário. Diz a matéria que participam do debate alguns ministros do Supremo insatisfeitos com a decisão da presidente do supremo de não propor aumento novamente para o próximo ano. Uma proposta que vem sendo debatida, ainda de forma reservada, é passar o teto constitucional dos atuais R$ 33,7 mil para R$ 38 mil. O reajuste de R$ 4,3 mil é justamente o valor do auxílio-moradia, que seria incorporado aos vencimentos dos magistrados. A informação foi publicada nesta segunda-feira (16/7) pela coluna do jornal Estado de São Paulo O último aumento do teto foi aprovado em dezembro de 2014, quando o salário de ministros do STF subiu de R$ 29,4 mil para R$ 33,7 mil. O Congresso quer colocar o reajuste em votação após as eleições, quando vencerem nas urnas. A velha pergunta, como estre país vai para frente, de que maneira esse país será um dia um país honesto com seus cidadãos? Nunca.

Farra e folia em Brasília

Sem nenhum problema e tirando onda da cara do eleitor, deputados que são donos de negócios em seus estados tomaram as rédeas de projetos e emendas que beneficiam firmas de suas próprias famílias. O deputado Nelson Marquezin (PTB-SP) não demonstrou constrangimento ao apresentar uma emenda que dispensa multas aplicadas na greve dos caminhoneiros. Destaque é que ele é dono de uma frota de 120 caminhões que distribui produtos da Ambev.

Sempre nega

Marquezelli negou conflito de interesses e disse que a empresa não pertence a ele, mas aos filhos como se isso amenizasse o favorecimento. De todo modo, Michel Temer deve vetar a emenda.

Mais desordem

Pasmem os senhores o deputado João arruda do (MDB-PR) relata a Lei de Licitações, que exige de empreiteiras seguro-garantia de 30% dos grandes contratos com o poder público. O sogro de Arruda, veja só, é dono da JMalucelli Seguradora.

 Justificativa

“Não posso abrir mão da minha função parlamentar por conta do sucesso empresarial do meu sogro”, justificou Arruda. O deputado não foi o autor desse trecho do projeto, que saiu do Senado, mas fala como se a escalação de outro relator para o texto fosse uma perda irreparável. Vergonha na cara que é bom nada.

Mais absurdos

Os exemplos são variados. O projeto que flexibiliza o uso de agrotóxicos foi apresentado em 2002 por Blairo Maggi (PP-MT), bilionário da produção rural. O relator na Câmara é o deputado Luiz Nishimori (PR-PR), cuja família manda em uma empresa agrícola que, no passado, vendia agrotóxicos.

Quer mais?

O deputado Newton Cardoso Jr. (MDB-MG) relatou e ajudou a aprovar um programa de refinanciamento de dívidas de contribuintes, no ano passado. Em seguida, aderiu ao parcelamento com duas empresas.

Claro todos negam

Os parlamentares negam estar em busca de benefícios. Ninguém quer impedi-los de exercer seus mandatos, mas eles deveriam seguir a regra de impedimento dos juízes. Basta recusar o comando e a relatoria de processos que podem render ganhos financeiros particulares em geral, às custas dos cofres públicos.

Correndo do senado

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) sinalizou a parlamentares mineiros que vai concorrer a deputado federal nas eleições de outubro. Segundo aliados, o tucano concluiu que não há condições políticas para tentar obter nas urnas um novo mandato ao Senado. Apesar de aparecer em segundo nas pesquisas, o senador teria um índice de rejeição elevado, o que, na avaliação dos tucanos de Minas, inviabilizaria sua candidatura.

Sujo na justiça

Aécio é réu em uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) que apura os crimes de corrupção passiva e obstrução de Justiça no episódio do repasse de R$ 2 milhões de Joesley Batista. Ele também é investigado no Supremo em inquéritos derivados da Operação Lava-Jato.

Venderam a casa de José Dirceu

A casa do ex-ministro José Dirceu no bairro Saúde, na zona sul de São Paulo, com 200 metros quadrados, foi arrematada por R$ 465.187,50 em um leilão. Esse e outros bens dele foram colocados para venda depois das condenações dele em duas ações penais da Lava Jato, que somam 32 anos e 1 mês de prisão.

Quem comprou?

O comprador foi identificado como "Jorge 1960". De acordo com a Marangoni Leilões, a residência estava avaliada em R$ 750.375,00. A comissão do imóvel ao leiloeiro é a de R$ 23.259,38.

 

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