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Um tribunal egípcio condenou 14 homens de uma seita extremista à morte por enforcamento, responsabilizando os acusados por ataques contra a polícia na Península do Sinai. Os 14 são membros da seita El Tawihd wi al Jihad, do movimento Takfiri, um grupo extremista islâmico que considera os outros muçulmanos como apóstatas. O líder da seita foi executado pelo governo do Egito em 1978, quando Anwar Sadat era presidente.

Seis dos acusados estavam presentes quando as sentenças foram pronunciadas nesta segunda-feira por um tribunal na província de Ismaília, no Canal de Suez, enquanto oito estão foragidos e foram condenados à revelia.

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Em junho de 2011, homens armados da seita atacaram uma delegacia de polícia e uma agência bancária no Sinai, matando um civil e alguns policiais. O grupo também é acusado de atacar a delegacia de El-Arish, no Sinai.

Em agosto, militantes atacaram tropas egípcias no Sinai, matando 16 soldados. Na sexta-feira passada, extremistas armados e vestindo cintos explosivos abriram fogo contra soldados israelenses na fronteira, matando um. Não se sabe se os extremistas que conduziram esses ataques eram Takfiri.

O tribunal emitiu as sentenças de morte após as supremas autoridades religiosas no país terem aprovado as execuções, como ocorre nas sentenças de morte sob o sistema jurídico do Egito.

As informações são da Associated Press.

O governo do Egito está buscando 120 militantes na Península do Sinai e acredita que ao redor de 1.600 extremistas islâmicos estejam escondidos no árido território, reportou a agência estatal egípcia de notícias MENA nesta quarta-feira. Os militares enviaram tanques e soldados de infantaria para perseguir os extremistas na península, que fica próxima à Faixa de Gaza e a Israel, após agressores terem atacado um posto militar e matado 16 soldados no dia 5 de agosto.

"Existem pelo menos 120 pessoas procuradas pela Justiça, incluindo grupos que atacaram delegacias de polícia e mataram um certo número de policiais e soldados", disse a MENA, ao citar um oficial egípcio. Segundo ele, que falou sob anonimato, a maioria dos elementos segue a ideologia takfiri, um ramo sanguinário do Islã sunita, que amaldiçoa os outros muçulmanos que não compartilham suas crenças e que além disso prega a morte dos não muçulmanos sunitas.

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"Acreditamos que os números desses extremistas se aproxime de 1.600, eles são de várias províncias (do Egito) e alguns são de outros países", disse o oficial.

No final de semana passada, atiradores extremistas voltaram a atacar a polícia e feriram três guardas com granadas, vários dias após os soldados matarem seis militantes em um reide contra um vilarejo no norte do Sinai. O governo egípcio enfrenta, além dos extremistas, beduínos insubmissos, contrabandistas e traficantes de drogas no Sinai. A situação de segurança na Península, que sempre foi precária, ficou pior após a queda do ditador Hosni Mubarak em fevereiro de 2011. O novo presidente do Egito, Mohammed Mursi, prometeu restaurar a segurança no Sinai.

As informações são da Dow Jones.

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