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O governo do Egito está buscando 120 militantes na Península do Sinai e acredita que ao redor de 1.600 extremistas islâmicos estejam escondidos no árido território, reportou a agência estatal egípcia de notícias MENA nesta quarta-feira. Os militares enviaram tanques e soldados de infantaria para perseguir os extremistas na península, que fica próxima à Faixa de Gaza e a Israel, após agressores terem atacado um posto militar e matado 16 soldados no dia 5 de agosto.

"Existem pelo menos 120 pessoas procuradas pela Justiça, incluindo grupos que atacaram delegacias de polícia e mataram um certo número de policiais e soldados", disse a MENA, ao citar um oficial egípcio. Segundo ele, que falou sob anonimato, a maioria dos elementos segue a ideologia takfiri, um ramo sanguinário do Islã sunita, que amaldiçoa os outros muçulmanos que não compartilham suas crenças e que além disso prega a morte dos não muçulmanos sunitas.

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"Acreditamos que os números desses extremistas se aproxime de 1.600, eles são de várias províncias (do Egito) e alguns são de outros países", disse o oficial.

No final de semana passada, atiradores extremistas voltaram a atacar a polícia e feriram três guardas com granadas, vários dias após os soldados matarem seis militantes em um reide contra um vilarejo no norte do Sinai. O governo egípcio enfrenta, além dos extremistas, beduínos insubmissos, contrabandistas e traficantes de drogas no Sinai. A situação de segurança na Península, que sempre foi precária, ficou pior após a queda do ditador Hosni Mubarak em fevereiro de 2011. O novo presidente do Egito, Mohammed Mursi, prometeu restaurar a segurança no Sinai.

As informações são da Dow Jones.

Mohammed Mursi deve se tornar o primeiro presidente eleito livremente da história do Egito e o primeiro presidente islâmico eleito do mundo árabe, de acordo com a comissão eleitoral egípcia. O resultado representa um momento emblemático da chamada Primavera Árabe, uma onda de manifestações a favor de governos mais democráticos que se espalhou pelos países da região.

Mohammed Mursi, o candidato do Irmandade Muçulmana, obteve 51,7% dos votos da eleição presidencial realizada na semana passada, de acordo com Farouq Sultan, o presidente da Comissão Eleitoral, derrotando por uma margem apertada Ahmed Shafiq, que foi primeiro-ministro do ex-ditador egípcio Hosni Mubarak, deposto no ano passado.

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A vitória de um político islâmico alinhado à Irmandade Muçulmana, que permaneceu na ilegalidade por décadas em razão do regime autocrático egípcio, deve enviar ondas de choque pelo mundo árabe que tem sido governado por autocratas seculares com relações estreitas com o Ocidente.

O resultado iniciará uma nova fase da diplomacia para os governos ocidentais que ao longo das últimas décadas endossavam o poder de Mubarak como um baluarte contra os poderosos governantes islâmicos e outros autocratas.

A presidência nas mãos de Mursi pode causar desconforto no equilíbrio de forças diplomáticas apoiadas pelos EUA. O governo militar de Mubarak garantiu uma paz frágil entre os países do Golfo, ricos na produção de petróleo, que dependiam do respaldo de Mubarak para assegurar o tratado de paz que garantia estabilidade na região e protegia as fronteiras ocidentais do Estado de Israel.

E a imagem de Mursi assumindo o mais alto posto na nação mais populosa do Mundo Árabe deve, provavelmente, galvanizar os violentos levantes que estão ocorrendo na Síria e no Bahrein e a transição política em andamento no Iêmen, Líbia e Tunísia. As informações são da Dow Jones.

Eleitores egípcios terão de escolher entre o candidato da Irmandade Muçulmana, Mohammed Mursi, e o ex-primeiro ministro do governo de Hosni Mubarak Ahmed Shafiq, em um segundo turno das eleições presidenciais nos dias 16 e 17 de junho, segundo a mídia estatal.

Mursi teria 25,3% dos votos até o momento contra 24,9% de Shafiq. Os dois candidatos representam forças que vêm se enfrentando há décadas no país.

O resultado oficial só será anunciado na terça-feira (29), mas a mídia estatal vêm divulgando resultados parciais de seções eleitorais em todo o país e anunciou agora os dois líderes na corrida presidencial.

A eleição é vista como uma conquista histórica por observadores internacionais, mas analistas dizem que muitos egípcios, especialmente aqueles que apoiaram a revolução, vão achar o resultado decepcionante.

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