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A presidente Dilma Rousseff negou nesta quarta-feira, 25, que tenha promovido um "tarifaço" nos preços dos combustíveis, cujo recente reajuste desencadeou uma onda de protestos de caminhoneiros pelo País. "O que fizemos foi recompor a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico). Não elevamos em uma vírgula o preço dos combustíveis", afirmou. Sobre a principal demanda dos caminhoneiros que bloquearam estradas por todo o País, a presidente disse que o governo não tem como baixar o preço do diesel. Dilma Rousseff esteve na manhã de desta quarta-feira (25) em Feira de Santana, na Bahia.

Aconselhada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente usou Feira de Santana como primeiro destino de uma série de viagens marcadas com o intuito de recuperar sua popularidade, que despencou em meio ao aumento de preços, especialmente dos combustíveis e da energia, e às denúncias de corrupção na Petrobras. A escolha da cidade não foi ao acaso. Nas últimas eleições presidenciais, Dilma obteve 66,71% dos votos válidos de Feira de Santana.

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Acompanhada do ex-governador da Bahia e ministro da Defesa, Jaques Wagner, ela foi ovacionada pelo público. Também acompanharam a presidente o governador Rui Costa e o ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD). Ela aproveitou seu discurso para defender as medidas de contenção de gastos empreendidas por sua equipe econômica. Disse que as correções que vêm sendo feitas são mais do que necessárias.

A presidente Dilma Rousseff se negou nesta segunda-feira (8), durante a série Entrevistas Estadão, a dizer qual o valor e quando será o próximo reajuste da gasolina no País. A presidente disse, no entanto, que não vai haver um "tarifaço" após as eleições. Para justificar sua posição, a presidente comparou o aumento do combustível na refinaria com a inflação medida pelo IPCA.

Segundo Dilma, o combustível teve um aumento real de cerca de 7%. A presidente disse levar em conta os custos de produção que são importados, mas afirmou que não há obrigação de atrelar o aumento do combustível no Brasil ao mercado internacional. "Não existe uma lei divina que obrigue a atrelar ao mercado internacional", defendeu, dizendo que os Estados Unidos têm política parecida com relação ao gás de xisto, cujo preço mais baixo ajuda na competitividade da indústria norte-americana. "Querem vincular o preço do petróleo do Brasil ao praticado lá fora. Por que, a quem interessa e a quem beneficia?", questionou.

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A presidente disse considerar legítima a demanda da Petrobras por um reajuste maior para os combustíveis, uma vez que a empresa tem acionistas e deve visar o lucro. Mas ao mesmo tempo, Dilma disse que a riqueza explorada pela empresa tem "202 milhões de acionistas", o povo brasileiro. "É uma discussão que cabe à Petrobras e ao seu conselho", afirmou. A presidente disse ainda que o reajuste será feito "moderadamente". Dilma garantiu ainda que não há represamento de preços de energia elétrica e desafiou alguém a mostrar atraso na tarifa de energia. "Tudo que está previsto pela legislação está sendo repassado", afirmou.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, negou nesta terça-feira (12) que o governo esteja trabalhando agora ou depois das eleições com a possibilidade de um "tarifaço" ou aumento nas contas de energia elétrica. "Não falo sobre o que não existe. Esse assunto, quando tiver de ser examinado, vai ser estudado pelo Ministério da Fazenda, agências e etc", respondeu o ministro.

Lobão participa na tarde desta terça do lançamento do site "O Brasil da Mudança", organizado pelo Instituto Lula. Participam do evento em Brasília a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de outros ministros e correligionários.

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