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Após a novela Quanto Mais Vida, Melhor!, a Globo levará ao ar o folhetim Cara e Coragem. Estrelada por Tais Araújo, Ícaro Silva, Paolla Oliveira e Marcelo Serrado, a trama teria como trilha de abertura a voz de Iza e Emicida, mas parece que a ideia não vingou.

De acordo com Patrícia Kogut, colunista do jornal O Globo, os cantores recusaram interpretar Vida, Louca Vida por conta do compositor da canção, Lobão. A decisão dos artistas foi crucial devido ao posicionamento político do músico, que muitas vezes demonstrou apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

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Em meio ao disse-me-disse, a assessoria de Iza afirmou que a notícia não procede. A dona do hit Pesadão não aceitou dar uma repaginada na letra porque está finalizando a gravação do seu próximo álbum. Emicida, até o momento, não se manifestou sobre o assunto. O nome de Lobão acabou repercutindo nas redes sociais.

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) decidiu nesta terça-feira, 19, referendar a decisão individual do Corregedor Nacional, Rinaldo Reis Lima, que mandou abrir procedimento administrativo disciplinar para apurar se os 11 procuradores da extinta força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro violaram o sigilo funcional ao divulgarem uma denúncia contra os ex-senadores Romero Jucá e Edison Lobão e o filho dele, Márcio Lobão, no portal do Ministério Público Federal.

Foram oito votos a favor da abertura do processo, um contrário e outros dois favoráveis à abertura de sindicância. A maioria do colegiado entendeu que há 'justa causa' para o aprofundamento do caso. O procedimento disciplinar pode terminar em suspensão e até demissão.

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Prevaleceu o entendimento de que parte dos dados estava encoberta por sigilo judicial na data em que eles foram divulgados no site institucional. "O ponto central que nós temos que debater para referendar esse PAD é se o membro do Ministério Público, como titular da ação penal, como aquele que oferece a denúncia que é o ato inaugural da ação penal, tem o domínio do sigilo daqueles dados que são sigilosos por lei", disse o corregedor. "São fatos que estavam sob o sigilo dos procedimentos e não poderiam ser publicizados", acrescentou.

O procedimento atinge os procuradores Eduardo El Hage, Fabiana Schneider, Marisa Ferrari, José Vagos, Gabriela Câmara, Sergio Dias, Rodrigo Silva, Stanley Silva, Felipe Leite, Renata Baptista e Tiago Martins.

Na semana passada, a Câmara de Combate à Corrupção do Ministério Público Federal aprovou uma orientação com diretrizes para a divulgação das denúncias oferecidas por promotores e procuradores. A norma estabelece o 'dever de publicidade' mesmo quando a investigação que subsidiou as acusações estiver sob sigilo e independente do recebimento ou não da denúncia pela Justiça - tese defendida pelos procuradores da Lava Jato do Rio junto ao CNMP.

Na sessão colegiada desta segunda, 18, o CNMP aplicou pena de demissão ao procurador da República Diogo Castor de Mattos, que integrou a Lava Jato em Curitiba, pela compra de um outdoor para homenagear a força-tarefa.

Os reveses aos membros da extinta Lava Jato foram impostos pelo Conselhão em meio à tramitação, na Câmara, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que tenta reformar o órgão, sob argumento de que há 'sensação de corporativismo e de impunidade' envolvendo sua atuação. O texto recebeu, de procuradores e promotores, o apelido de 'PEC da Vingança' - uma resposta da classe política a investigações contra a corrupção. Os deputados devem votar ainda hoje a proposta.

Grande apoiador de Jair Bolsonaro nas eleições de 2018, o cantor Lobão agora compartilha, em suas redes sociais, apoio as manifestações que pedem o impeachment do presidente. Em entrevista à BBC, o artista falou de política e disse que não votaria em Lula.

“Bolsonaro não fez nada de bom, tudo o que ele toca vira mer**, é uma virtuose na mer**", disse o cantor em entrevista à BBC Brasil.

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Mesmo compartilhando apoio, ele disse que não irá a nenhum, por receio de se infectar com a Covid-19. "Não vou porque tomei só uma dose da vacina. A mãe da minha mulher está morando com a gente. Não posso bobear. Quando eu tomar a segunda dose, ainda vou sair de casa com todo o cuidado. Mas agora não vou sair, não", explicou.

O cantor diz acreditar que nas manifestações esquerda e direita podem caminhar lado a lado, mesmo com os ressentimentos, pois os dois tem que concordar que a saída do presidente é necessária.

“Bolsonaro não fez nada de bom desde que entrou. O simples fato de esse cara andar na rua sem máscara, tirando máscara de criança, já é motivo (para impeachment). Ele é o presidente da República de um país com 500 mil mortos na pandemia, e ele dá esse exemplo todos os dias na televisão. Isso já é criminoso por si só, é genocida por si só".

Arrependido?

Sobre seu voto em 2018, Lobão alega que não havia nada melhor a ser feito. "O Brasil queria se ver livre do PT, não tinha mais alternância de poder. Ele foi corresponsável pelo chavismo na Venezuela, e iria dar um golpe", disse.

Perguntado sobre em quem votaria, na possibilidade de um segundo turno entre Lula, a quem já chamou de “ladrão e psicopata”, e Jair Bolsonaro, Lobão afirmou que não vota em nenhum dos dois.

Depois de se afastar do PT anos atrás, lutar pelo impeachment de Dilma e apoiar Bolsonaro nas eleições, o músico Lobão, uma das figuras mais controvertidas e provocadoras da arena cultural do País, tornou-se um antibolsonarista radical. Em seu novo livro, Lobão: 60 anos a mil, que deve chegar às livrarias em meados de março, ele conta por que se afastou de Bolsonaro e solta o verbo contra o escritor Olavo de Carvalho, guru do presidente e de sua prole.

Nesta entrevista ao Estado, Lobão, de 62 anos, diz que Bolsonaro cometeu "estelionato eleitoral", ao trair promessas de campanha, como o combate à corrupção, e deve ser afastado do cargo. Segundo ele, Olavo "é o cérebro e a alma" do governo e o líder dos ataques feitos pelas legiões bolsonaristas contra adversários e aliados nas redes sociais.

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Nas eleições, você apoiou o presidente Jair Bolsonaro. Agora, tornou-se um antibolsonarista radical. Por que esse desencanto? Você se arrependeu de ter votado nele?

Não, não me arrependi. Não havia alternativa. Não poderia ficar mudo, porque fui um dos primeiros a ficar na oposição ao PT e a levar pedra do partido, em 2014, 2015. Então, depois de tanta luta, optei pelo Bolsonaro, porque achava uma imoralidade, uma obscenidade, o PT se eleger de novo após o impeachment da Dilma. Seria muito mais maligno do que entrar numa aventura com o Bolsonaro. Não houve desencanto. Meu tempo de tolerância é que foi muito mais curto (do que com o PT), porque os descalabros agora aconteceram numa intensidade e rapidez fora do comum.

No livro, você chama o presidente de "demente", "delirante", e diz que ele "não tem capacidade de administrar o Brasil". Por que essa ira contra ele?

Não é ira. É um diagnóstico. Sem nenhum tipo de destempero, posso dizer que ele não tem realmente condições de administrar o Brasil. Nem morais nem emocionais nem intelectuais. Eu o conheço pessoalmente. Quando falo que ele tem desequilíbrio moral, é só ver as milícias, as rachadinhas, o nepotismo, o estelionato eleitoral em que o governo se transformou. Emocionalmente, você o vê dando uma banana, xingando todos os presidentes do mundo. Intelectualmente, nem se fala. Um cara que não consegue ler três linhas de um livro já mostra que nunca teve apetite intelectual. Então, não se trata aqui de ira nenhuma. São fatos que ele nos mostra e que estou, friamente, localizando nas áreas emocional, moral e intelectual.

Você não acha os termos "demente" e "delirante" um exagero?

Não acho exagero, porque ele é um cara paranoico. Tudo para ele é teoria da conspiração. São todos paranoicos: ele, o Olavo de Carvalho, o (Abraham) Weintraub (ministro da Educação). Todos têm o mesmo discurso, desconfiam de Deus e o mundo. Para eles, quem não é olavista é comunista. Então, acho o delírio uma coisa bastante evidente.

Você diz que o Bolsonaro promoveu um "estelionato eleitoral". Ele não está cumprindo as promessas de campanha?

Houve traições desabusadas das promessas de campanha. Todo mundo sabe. Ele prometeu não concorrer à reeleição, mas só fala nisso desde antes da posse. Esvaziou a luta contra a corrupção, retirou o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) do Ministério da Justiça. Transformou o (Sérgio) Moro num eunuco da Justiça. Ficou amigo do (Dias) Toffoli (presidente do Supremo) e com todas as falcatruas familiares sujou mais as mãos. Outra coisa são os efeitos colaterais. A agressividade e as condutas autoritárias estão à flor da pele. A milícia gerou uma metástase no Brasil, depois da entrada do Bolsonaro.

Em termos de promessas de campanha, o que mais o Bolsonaro estaria descumprindo, além do combate à corrupção?

É tanta coisa que só com uma cola para a gente enumerar de maneira precisa todas as traições. Ele prometeu extinguir a EBC (Empresa Brasil de Comunicação), que agora virou um antro de olavetes. Na economia, também fez uma série de desvios do que prometeu. Só com o cartão corporativo já gastou mais de R$ 1 milhão. Isso sem falar nas deformidades esdrúxulas na educação e nas relações internacionais, no nepotismo escancarado e obsceno, na volta da censura, na perseguição cultural, no revanchismo, no assassinato de reputações.

Você tem defendido a remoção do presidente do cargo, ainda que por vias democráticas. Não é uma solução muito radical?

Defendo o afastamento não só pela incompetência, porque é um perigo ter ali uma pessoa do nível do Bolsonaro, que fala o que ele fala. Ele é uma pessoa absolutamente horrorosa, um desserviço e um insulto para a Nação. Não tem o mínimo de dignidade para ocupar o cargo. O PT criou uma época de animosidade no País. A única salvação era ter um governo de aglutinação e apaziguamento. Mas não. Temos um governo que desde o começo detona a própria base, os chamados "isentões", que não são considerados puros dentro da receita bolsonarista. Isso tudo é um coquetel molotov para uma distopia social muito grave.

Você acredita que há clima para outro impeachment? Do ponto de vista legal, qual a justificativa?

Vamos falar claramente: a Dilma só foi impedida porque jogou o País na pior recessão da história. Com o (ex-presidente Fernando) Collor, aconteceu algo parecido. O Bolsonaro ainda está no vácuo do (ex-presidente) Michel Temer, que deu uma ajeitadinha na economia. O acordo do Mercosul com a União Europeia quem alinhavou foi o Temer. Mas o Bolsonaro xingou todo mundo e agora a gente provavelmente não vai conseguir nada. A mudança da embaixada em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém vai criar animosidades com todo o Oriente Médio.

Mas, na economia, a situação não está melhorando?

Não vejo por que essa euforia toda. Está havendo uma evasão de investimento estrangeiro. O dólar está batendo recorde. Ainda por cima, tem a falta de habilidade do Paulo Guedes, que é um cara de pavio curto. A reforma da Previdência só foi aprovada porque o Congresso fez praticamente outra reforma. Então, com suas ações diplomáticas e medidas econômicas capengas, o governo Bolsonaro é um desastre. Temos quebra de decoro do cargo a três por quatro. Falta apenas vontade política. É só esperar a próxima cagada do presidente, enumerar tudo, colocar num dossiê e botá-lo no pau.

Como você vê a libertação do Lula e sua volta à cena política?

Pífia. Não houve nenhuma guerra civil, nenhuma luta ou efusividade maior. Ele está no oblívio total. Agora o PT está preocupado, querendo fazer autocrítica, porque não tem ninguém para colocar no lugar do Lula. Ele está muito desgastado também, porque, por mais que o brasileiro seja otário, não chega a ponto de voltar a engolir o Lula.

O que você pensa da polarização que a gente vive hoje no País?

Isso é o que há de pior que a gente pode ter. Espero que uma parte da população comece a se educar mais e a ter mais coragem, para formar um caldo de tolerância e não ficar refém desses dois extremos. A única forma de parar esse looping é ter uma coisa meio zen de falar "não vou entrar nessa pilha de insultos". Não estou dizendo para a gente ficar parado, mas utilizar as nossas armas com o mínimo de elegância e educação, para poder corrigir essa rota de destempero.

Qual sua opinião sobre o Olavo e a influência dele no governo?

Acho que ele é o cérebro e a alma do governo. Está vinculado ao clã Bolsonaro de maneira muito mais atávica, visceral, do que eu imaginava. Pensei que fosse uma coisa mais fortuita. Não é. O Olavo fica detonando todo mundo e os olavetes ficam promovendo esse espetáculo horroroso de linchamentos virtuais dos mais tóxicos possíveis.

Como você analisa os ataques virtuais dos bolsonaristas na internet contra adversários e aliados que fazem qualquer crítica ao governo ou ao presidente?

É uma coisa nociva e deletéria para eles próprios. Eles são autodestrutivos demais. Anseiam pelo purismo. Quem diverge um grau daquele vetor é isentão, comunista, não é direita, é esquerda. Com essa coisa de procurar uma pureza, se circunscrevem a um número cada vez menor de pessoas que aturam aquilo.

Na sua visão, qual a relação do presidente e de seus filhos com esses ataques virtuais?

Eles estão dentro dessa onda o tempo todo. São uma rede. Tem o tal "gabinete do ódio" dentro do Palácio do Planalto. É uma coisa obscena, promíscua, incestuosa, imoral. Isso é o bastante para ter impeachment. É absurdo a gente pagar para ser linchado. A gente vê todo dia o Carlos, o Eduardo, o próprio Bolsonaro publicando posts. O Flávio é o que menos aparece. Quando você ocupa um cargo público, representa uma instituição até deixar de ocupá-lo. Eles não notaram isso e continuam com essa presepada.

Há um líder nessas ações dos bolsonaristas? Quem é o comandante dessa legião?

Você tem alguma dúvida? É o Olavo, com seus asseclas. Foi ele que criou os vaporwaves. Todos os grupos de linchadores são olavetes. Não atacam a esquerda, mas aliados que manifestam discordância. Seguem a cartilha dos trotskistas, que botaram no paredão os social-democratas, seus primeiros aliados. Tem essa coisa de traição que não se coaduna com a política.

Como vê as ações do governo Bolsonaro na área cultural?

Um verdadeiro desastre. Quando assumiram o governo, começaram a falar em guerra cultural, em acabar com os comunistas. É muito nocivo. Evangelizaram tudo. O cara da Funarte (Fundação Nacional das Artes) falou que não vai subvencionar o rock porque é coisa de satanás. É um obscurantismo total. Quando não são pastores, são terraplanistas, olavistas. Censuraram o Chico Buarque. Estão dando palco para os artistas que estavam superdesgastados por anos de beneplácito chapa-branca nos governos do PT.

O que você pensa sobre a ida da atriz Regina Duarte para a Secretaria de Cultura?

É um tremendo cinismo, porque a agenda cultural não vai mudar. Fica essa cortina de fumaça cor-de-rosa, porque ela é muito fofa, mas já está sob ataque dos bolsolavistas, porque demitiu uma pastora. Ela não terá a liberdade de fazer o que deseja. Mesmo que tenha, está no lugar errado, na hora errada. Está na hora de derrubar o governo, democraticamente. Não dá para remendar um governo "irremendável". 

O cantor e compositor Lobão voltou a fazer duras críticas ao presidente Jair Bolsonaro. Intitulado "Cala a boca, Bolsonaro", o vídeo divulgado por Lobão no seu canal do YouTube deixou diversos internautas revoltados com declarações de decepção ao governo do PSL.

No conteúdo, Lobão explicou que votaria novamente em Bolsonaro para evitar que o PT retornasse ao comando da presidência do país. "É muita me***. Para deixar de votar no Haddad você tem que cair no colo desse crápula, imbecil, tosco, essa pessoa delirante. Eu acho que me precipitei quando falei que ele era um homem bom. Ele [Bolsonaro] não está se mostrando de maneira nenhuma uma pessoa realmente do bem", disse.

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"Ele já deixou bem claro que é uma pessoa má. Ainda tem gente aplaudindo. Se fizer um cocô na cabeça do cara, o cara vai dizer: 'Bolsonaro é um mito'. A coisa está ficando muito grave, insuportável", emendou o músico. Em maio, entrevistado pelo jornal Valor Econômico, Lobão detonou Jair Bolsonaro, dizendo que o presidente "não pode ficar reinando no Palácio do Planalto, achando que o Twitter é o Brasil". 

Confira:

Após fazer criticas ao governo de Jair Bolsonaro (PSL), o cantor Lobão afirmou que o "Brasil é um país que não quer crescer" e que sempre tentou votar no "menos pior". O músico foi um dos artistas que se posicionou a favor do atual presidente durante as eleições de 2018.

Lobão também descartou qualquer possibilidade de seguir carreira política. "Seria uma involução. Eu sou um artista", pontuou. As declarações foram feitas durante sua participação no "Programa Raul Gil" (SBT), onde foi o convidado do quadro "Youtubers Querem Saber".

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No bate-papo com o apresentador, o músico também falou sobre o lançamento do vinil duplo com os clássicos do rock dos anos 80 e sobre seu desentendimento com o rapper Mano Brown, do Racionais MC’s. Lobão também opinou sobre a reforma da Previdência e confessou a Raul Gil que já foi preso vinte vezes. O programa vai ao ar neste sábado (15), a partir das 15h15, no SBT.

O cantor e compositor Lobão concedeu entrevista à Folha de S. Paulo e comentou sua decepção com o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Durante as campanhas presidenciais de 2018, Lobão foi um dos artistas que mais se posicionou a favor do atual presidente.

 Na entrevista, o cantor criticou atitudes recentes de Bolsonaro e também pontuou o seu descontentamento com o filósofo Olavo de Carvalho. Além disso, o artista comentou a relação entre Bolsonaro e seus filhos nas questões presidenciais.

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“O cara faz piada com tamanho do pau de japonês e os imbecis gritam ‘Mito!’ e tal. Esse cara não me representa. Com a minha história, não posso ficar calado com tanta grosseria e burrice”, disse Lobão.

 Sobre o que esperar do futuro com Bolsonaro, Lobão disse não saber o que pensar.

“Autocracia de direita? Impeachment? Renúncia, embora essa opção eu ache pouco provável? Guerra civil? O Bolsonaro é um Jânio Quadros protopunk, mais tosco. Chamar estudante de massa de manobra é coisa de imbecil”, disparou.

A deputada estadual por São Paulo, Janaína Paschoal (PSL), tem feito alertas e críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) e seus aliados. Nesta quarta-feira (22), ela usou as redes sociais para para se referir a quem chamou de ‘bolsonarista’ e observar a necessidade deles agirem com inteligência e deixarem de fazer ameaças contra ela, o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), ao cantor Lobão e ao vice-presidente da República, o general Hamilton Mourão.

Para exemplificar seu apelo, Janaina citou que leu sobre uma reunião de pessoas de vários partidos em que se começou o discurso de que a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seria política e um líder de um partido de oposição ao petista disse que se retiraria do local, mas antes que o clima ficasse acirrado um deputado estadual do PT, que ela não denomina, arrefeceu a conversa e convocou os colegas a conversarem apenas sobre temas que eles - oposição e governo - tinham convergentes.

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“Esse deputado é um dos nomes históricos do Partido dos Trabalhadores. Pergunto: Ele é inteligente, ou ele é burro? Acredito que a resposta seja óbvia. Ele é inteligente e perspicaz. Ele percebeu que se não tomasse as rédeas da situação, a reunião se perderia. Ele captou o que unia (une) todas aquelas pessoas e conseguiu restituir a parceria”, explicou Janaina.

“Imagino que já tenha uma horda bradando: ‘traidora, está elogiando petista!’, ‘comunista’. Não, eu não estou elogiando petista, eu estou tentando mostrar o que é ser inteligente. Eu estou tentando mostrar por qual razão eles ficaram tantos anos no poder e, ao que tudo indica, vão voltar”, acrescentou.

A deputada paulista seguiu dizendo que muitos articulistas em favor do presidente Jair Bolsonaro estão hoje sendo perseguidos por “exigirem a mudança prometida” pelo presidente, mas enquanto eles estavam “colocando nossas carreiras (e vidas) em risco, a maior parte dos bolsonaristas estava fazendo sinal de arminha, arrumando confusão e tirando ‘selfie’”.

“Não estou falando isso para humilhar ninguém, pois não é do meu feitio. Estou falando isso por ser justa. Estou recebendo vídeos de pessoas absolutamente desconhecidas detonando o Kim. Estou recebendo mensagens insanas dando ordens para pegar os outros na rua. Palhaçada! Não tem outro nome para isso”, argumentou.

“Enquanto o deputado estadual do PT, inteligentemente, está reunindo a turma do lado de lá, para retomar o poder; eu estou falando para as paredes. Entendem? Ninguém vai conseguir aprovar reforma chamando todo mundo de ladrão, de traidor, de comunista, de vendido e coisa pior. Ninguém vai conseguir aliados, colocando um alvo na testa de quem trabalhou duro para que esse pessoal chegasse ao poder”, emendou Janaina Paschoal.

A parlamentar ainda chamou de “injustiça” e “ignorância” o fato de muitos estarem taxando ela, Kim Kataguiri, Lobão e Mourão de “comunistas”. “Quando os bolsonaristas estavam no bem bom, eu desafiava o petismo na USP e General Mourão enfrentava a subserviência das instituições aos crimes do petismo. Se os bolsonaristas lessem, se estudassem, se se preocupassem em entender como os outros (inclusive os oposicionistas) pensam, eu não precisaria estar escrevendo o óbvio”, cravou, pontuando que insiste no discurso porque acredita que há como recuperar o tempo perdido.

Por fim, Janaina também disse que eles vão reconstruir o país, mas será mais fácil se os bolsonaristas estiverem com eles. “Parem de atacar os verdadeiros responsáveis pela mudança de paradigmas! Nós elegemos um presidente, pelas regras do Estado Democrático de Direito e queremos que esse presidente governe (com sucesso) pelas mesmas regras. Trabalhamos e estamos trabalhando muito por isso. Temos o direito de exigir o que nos foi prometido”, finalizou.

O cantor Lobão resolveu soltar o verbo contra o presidente Jair Bolsonaro. Entrevistado pelo jornal Valor Econômico, Lobão não poupou nas palavras ao falar da sua insatisfação com o atual governo. Para o músico, Bolsonaro não tem estrutura para comandar o Brasil.

"Eu tinha que optar por alguém e esse alguém foi o Bolsonaro. Mas ele mostrou que não tem a menor capacidade intelectual e emocional para poder gerir o Brasil. Isso está muito claro para mim e fico muito triste. É óbvio que o governo vai ruir", declarou, ao explicar o seu posicionamento de ter escolhido Jair Bolsonaro para ser o vencedor no processo eleitoral para a presidência da República em 2018.

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Lobão também citou o envolvimento do filósofo Olavo de Carvalho com o clã Bolsonaro, atestando de que ele será o responsável pelo fim do governo no país. "É óbvio que o Olavo vai acabar com esse governo, porque ele é uma pessoa muito autodestrutiva. Olavo é um sociopata. Não tem empatia por ninguém. É um ególatra", disse ao jornal.

Inconformado com os rumos da política brasileira, Lobão afirmou que o presidente "não pode ficar reinando no Palácio do Planalto, onde todo mundo diz que o Bolsonaro anda de bermuda e camisa falsificada de futebol, achando que o Twitter é o Brasil".

Após demonstrar sua decepção ao longo da entrevista, Lobão foi elogiado e criticado na internet. No seu perfil do Twitter, o cantor fez questão de compartilhar as opiniões divididas que recebeu dos internautas. "Lobão é um vira casaca vaidoso pra car****! Fumou maconha transgênica e gospe (sic) chumbo naqueles que ajudaram Bolsonaro! Está com ciúmes pela perda de sua relevância pós eleições", escreveu um dos seguidores.

"Inteligente! Foi um comentário cirúrgico, no ponto certo. Parabéns pelo bom senso, por ser também a minha voz. Votei no Bolsonaro, mas estou decepcionada com suas atitudes", pontuou outra pessoa. 

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O cantor e compositor Lobão, que é assumidamente apoiador de causas mais voltadas à direita e um crítico ferrenho dos governos de esquerda, gravou um vídeo com sua opinião sobre a ditadura militar e deu o que falar nas redes sociais.

Em seu vídeo, o artista critica o processo que se iniciou em 1964 e durou 21 anos no Brasil, além de repudiar a iniciativa do presidente Jair Bolsonaro (PSL) de comemorar a data em que o golpe militar completa 55 anos, no próximo dia 31 de março.

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Lobão afirmou que o período ditatorial foi “muito escroto” e “uma merda”, além de dizer que ter saudade do regime militar é uma “estupidez”. O vídeo divulgado por ele mesmo foi parar nos tópicos de assuntos mais comentados no Twitter nesta quarta-feira (27).

“Eu acho que temos que perceber que o regime de 64 era autoritário e isso já é uma ‘merda’. Nós tivemos 23 anos de uma censura estúpida, que não deixava vazar maior parte das informações que eles não queriam. Eu tive uma música que era sobre um triângulo amoroso e foi censurada por atentado violento ao pudor”, lembrou. A OAB condenou, inclusive, essa comemoração proposta por Bolsonaro.

Militantes da direita e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro acusaram o cantor de ter “mudado de lado” após dar essas opiniões. O senador Humberto compartilhou o vídeo e disse que “ídolo da direita e eleitor de Bolsonaro, Lobão mandou a real sobre a ditadura”.

“Eu era parado na rua, em blitz, o tempo todo. Eu nunca fui comunista, eu era simplesmente um rockeiro. Então nós vivemos um período muito escroto e se não tivéssemos esse período escroto, nós não estaríamos agora sofrendo todas essas mazelas”, continuou Lobão.

O artista ainda falou que “ter saudades de um regime desses é de uma estupidez que revela exatamente aquilo que tenho falado sobre a direita. A gente não pode glorificar expedientes sombrios. Ficar glorificando esse período é contra gente. Não estamos olhando para frente. Isso é de uma imbecilidade muito grande”, garantiu.

Porém, sem perder suas raízes conservadoras, Lobão disse que “não podemos demonizar de maneira nenhuma os militares porque eles salvaram a gente do ‘Cubão’, isso é verdade”.

“Mas também não podemos glorificar e torná-los heróis porque foi um regime tacanha, imbecil, ingênuo porque a direita em essa ingenuidade que a esquerda vai lá e prevarica-se”, completou.

O apresentador Danilo Gentili e o cantor Lobão comemoraram nesse domingo (28) o resultado das eleições do segundo turno que elegeu Jair Bolsonaro, candidato pelo PSL, à Presidência do Brasil. No Instagram, Gentili publicou fotos que encenavam a morte do Partido dos Trabalhadores (PT).

Ao lado de Lobão e de alguns membros do programa "The Noite", do SBT, Danilo Gentili compartilhou com os seguidores os momentos de euforia com charutos, espumantes e pão com mortadela, além de ter a imagem de Lula em formato de boneco inflável, conhecido mais como "Pixuleco".

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"Noite de velório", classificou Danilo na legenda da imagem. Durante a postagem, o colega de emissora Ratinho opinou sobre a forma de celebração na rede social. "Nada mais sábio do que o povo", escreveu.

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O cantor Lobão, conhecido por opiniões polêmicas, resolveu se posicionar diante do cenário eleitoral do país. Em um vídeo ao vivo publicado postado na sua página oficial do Facebook, ele declarou seu voto em jair Bolsonaro (PSL).

No vídeo, o artista afirma que a escolha "custou um tempão de ponderação e reflexão", mas que, "pondo na balança", escolheu voto. "Ele está merecendo toda a nossa confiança", diz Lobão, ressaltando no entanto que não tem motivo para chamar Bolsonaro de 'mito', e quem tem muitas restrições a um grupo de eleitores do candidato do PSL. 

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Lobão ainda conta que já votou em Lula, Aecio e Dória, mas se decepcionou com todos. "Vou votar na única coisa diferente, que pode acenar com uma possibilidade de uma diferença dessa 'Terra do Nunca' que a gente está vivendo", diz ele, completando que "O vice dele me causou uma excelente impressão".

Para o cantor, por conta de seu histórico, ele não poderia ficar à parte do processo eleitoral. "A partir de hoje, eu me declaro um eleitor de Jair Bolsonaro", finaliza Lobão.

Assista ao vídeo:

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O senador licenciado Edison Lobão (MDB-MA), de 81 anos, está internado em Brasília desde a noite de domingo, 18, devido a um trauma no fêmur esquerdo. Segundo boletim médico divulgado nesta segunda-feira, 19, pelo Hospital Santa Lúcia, ele foi submetido a uma cirurgia durante a madrugada de hoje para correção da fratura. Ainda de acordo com o comunicado, o procedimento foi bem sucedido e o quadro é "estável".

Presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Lobão tirou uma licença de quatro meses do mandato parlamentar em 17 de dezembro do ano passado, dos quais 90 dias seriam para tratar de assuntos médicos e 30 dias para assuntos pessoais. Em seu lugar, assumiu o suplente Pastor Bel (PRTB-MA). A assessoria de imprensa de Lobão afirmou que as informações sobre seu estado de saúde serão atualizadas pelo hospital.

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Lobão esteve no Recife, na noite desta terça (3), para o lançamento do quarto livro de sua carreira, Guia politicamente incorreto dos anos 80 pelo Rock. Antes de receber os leitores para uma sessão de autógrafos, o artista falou ao LeiaJá sobre como foi escrever sobre a época que "detestou" viver mas que, para ele, foi a "última epopeia musical brasileira". Lobão também comentou sobre como enxerga a cultura brasileira como um "metiê" do "coronéis" da MPB, como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Choco Buarque, entre outros, desde os anos 1980 até hoje, passando por um Chico Science "filiado" a esse circuito. Ele também confirmou que se orgulha de ser um 'fora da curva' da música brasileira e que somente a partir do próximo disco, Antologia Politicamente Incorreta Dos Anos 80 Pelo Rock, é que pode ser chamado de cantor. Confira.

O que o leitor vai encontrar no livro?

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Os anos 1980. Como eles nasceram, como cresceram e como morreu. A rapidez com que ele apareceu e a proficuidade com que foram geradas canções, que até eu mesmo me assustei com a quantidade de canções lindas, dentro de uma precariedade extrema, tecnológica, cultural, o coronelato da MPB todo contra, o fenômeno de contribuir com o cancioneiro da música popular brasileira com o rock, que é uma coisa americanizada, que sempre houve tanto preconceito contra. Então, é uma epopéia, praticamente. Eu acho que os anos 1980 foram a última epopeia musical brasileira.

Você traz muito esse momento da MPB sendo subvertida pelo rock. Você acha que o rock tem uma importância maior que os outros estilos?

Eu acho que o rock tinha, contra ele e a favor dele ao mesmo tempo, o fato dele ter sido negligenciado, ninguém pensava que o rock poderia ter uma música de sucesso no quarteirão da minha tia, quanto mais ser o gênero hegemônico daquela época. Isso foi de encontro ao que estava fora da esfera do poder. Eles até tentaram, lançaram bandas como Cor do Som, 14 Bis, coisas que eram da tutela desses caras, mas quem dominou mesmo culturalmente foi o grupo independente dessa tutela. E não porque o rock era mais forte, mas porque ele estava fora do escopo do controle desses coronéis.

Você acha que a música brasileira piorou desde aquela época?

A música brasileira piorou muito só que, o que acho interessante é você ver, pela maneira que eu relato, a hegemonia desse grupo de coronéis que até então produziu coisas muito boas e a volta dos anos 1990 com muito mais política do que artística desses caras já dominando tudo, porque eles dominavam o axé, o sertanejo, o pagode e até mesmo os grupos de rock. Você vê por exemplo, o Chico Science ele veio beijando a mão do Gilberto Gil, cantando Maracatu Atômico, já filiado. Então os anos 1990 já vêm com todo mundo filiado, mesmo o rock, então já não é mais nada de mais.

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Você acha que o pessoal da década de 1980 envelheceu bem?

Eu sempre fui um outsider dos anos 1980, meus amigos morreram muito antes de eu me enturmar com qualquer um deles. Eu fui dos sócio-fundadores, mas eu não concordo com praticamente nenhum deles, eu só reconheci, durante esse livro, o talento de muitos daqueles que eu nunca tinha reconhecido, que era puro preconceito meu. Mas eu não tenho contato com quase nenhum deles. Eu tinha um contato maior com o Cazuza, com o Evandro, que foi meu companheiro de banda, o Roger, nós fizemos uma parceria no começo desse ano. Mas, sinceramente, envelhecer, eu não sei. Eu acho que os anos 1980 pagaram um preço muito caro, mas ao mesmo tempo muito exato, pela covardia de muitos, pelo silêncio de quase todos e pela credulidade de todos em relação a determinadas figuras que eu sempre falei que não eram da menor confiança. Como eu falava para o Cazuza: 'você já é um homem feito, você não é mais uma tiete pra ficar bajulando Caetano, esses caras não são seus amigos'. Esses caras (da MPB) acham que pra ser músico brasileiro tem que ter componentes étnicos, um pandeiro, a prosódia, as influências subjetivas não contam pra essas pessoas contanto que se você tiver o beneplácito deles e uma forma de se submeter à autoridade deles você passa desapercebido. Você conviver com esses fatos gritando na sua cara é uma coisa muito assustadora de como a cultura brasileira se coloca diante desses caras. Eu nunca me coloquei. Acho que é por isso que eu tenho autoridade pra falar. Eu até gosto, conheço o trabalho deles a ponto de admirá-los. Ok. Mas nenhum deles é um gênio, muito menos um deus. São compositores, têm seu talento, mas ter esse poder todo é uma coisa que só um metiê muito subserviente pra poder se submeter a isso. E eu avisei que isso ia acontecer. A Marisa Monte é o símbolo do corvo da destruição. Ela toda vestida de luxo, a MPB tratada como artigo de luxo e nós carregando toda essa indústria com discos de baixíssimo orçamento. Levando toda a economia adiante só que não recebendo as benesses desse desenvolvimento. e também por bundamolice das pessoas, inocência nossa, ninguém sabia como lidar com um sucesso tão repentino.

Você se diz um "outsider", esse é de fato o seu lugar na música brasileira, 'fora da curva'?

É, com toda certeza. Nunca me enturmei, não tenho porque me enturmar, e estou muito confortável assim. Eu tenho a minha força, me nutro da minha própria força, meu habitat é o campo de batalha. Me sinto muito confortável com qualquer tipo de desafio, quanto mais tosqueira, mais eu cresço, quanto mais desafios mais eu me reinvento. Eu sou assim.

Depois do livro vem um disco duplo, Antologia Politicamente Incorreta Dos Anos 80 Pelo Rock. Deve ter sido difícil fazer esse repertório...

Já foi difícil escrever o livro, foi um sofrimento enorme. Foi uma época que eu detestei viver, foram meus piores discos. Eu nem era um artista, eu era um acidente. Mas, fazer o disco me emocionou muito porque eu tive que tratar como se fossem minhas músicas de arqui-inimigos de outrora. Imagina eu cantar Paralamas do Sucesso, ou a emoção quando eu gravei O tempo não para, ou as músicas dos punks, Inocentes, Plebe Rude. Foi uma aventura épica, ainda mais nas condições que a gente gravou. O desafio de em 28 dias produzir 25 músicas, isso é quase que inaceitável. Mas a gente conseguiu.

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Você não gosta de ser chamado de cantor. Por quê?

Porque eu sou baterista desde os três anos de idade. Eu lembro quando a gente fazia banda na rua, a gente escolhia assim os mais bem dotado seriam os instrumentistas, o cara que não fazia p*** nenhuma ia ser o cantor. Então quando me chamam de cantor eu até fico meio ofendido. Apesar de na cultura mainstream o cantor ser o cara. Mas, eu também não me acho cantor, eu estudei bateria, violão e nunca estudei canto. Então não me considero porque nunca fiz por onde ser um cantor. Mas esse meu próximo disco é uma experiência como intérprete, eu nunca interpretei nada que não fosse meu, então, a partir de agora, pode me chamar de cantor, realmente.  

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O cantor Lobão vem ao Recife no próximo dia 19 para lançar o livro "Guia politicamente incorreto dos anos 80 pelo Rock". Conhecido por suas posturas polêmicas, diante da música e da política brasileira, na publicação ele faz um panorama do rock desde as parcerias firmadas até as canções que marcaram a época. O lançamento será às 19h, na Livraria Cultura do Shopping Rio Mar. Além da sessão de autógrafos, Lobão também vai participar de um debate sobre o assunto.  

No livro, o cantor também expõe seus confrontos com as contradições daqueles anos, a atmosfera política e o desinteresse da nova geração de músicos que surgia pelo que chama de "desgastada e empolada linguagem da ingênua, presunçosa e reacionária MPB".

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Serviço

Lançamento do livro ''Guia politicamente incorreto dos anos 80 pelo Rock''

Dia 19 de setembro

Livraria Cultura do Shopping Rio Mar

19h

Nessa quinta-feira (6), o músico Lobão, mais uma vez, polemizou ao participar do programa Pânico, na Jovem Pan. Desta vez, o artista criticou os cantores Wesley Safadão e Anitta, afirmando que o País não avança politicamente e socialmente devido às letras das músicas e dos sucessos que destacam o ‘malandro’ e o rebolado.

Durante entrevista à rádio, ele disparou. “Eu me recuso a ouvir Anitta e Wesley Safadão. Não tenho curiosidade e meu cérebro não é penico, isso é poluente”, disse o artista que recentemente lançou a obra ‘Guia Politicamente Incorreto dos Anos 80’. Não é a primeira vez que Lobão polemiza. Ele já travou alguns desentendimentos com Herbert Vianna, do grupo musical Paralamas do Sucesso, além de Tony Belotto. 

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O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Edison Lobão (PMDB-MA), marcou a votação do projeto que atualiza a lei do abuso de autoridade para próxima quarta-feira (26). Ele disse que não vai mais admitir "obstrução, nem nenhum outro tipo de chicana regimental" para protelar a apreciação do texto.

A leitura do relatório na CCJ, nesta quarta-feira, 19, durou mais de duas horas. Como já era previsto, o relator da proposta, senador Roberto Requião (PMDB-PR), rejeitou o projeto de autoria do líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), e apresentou um substitutivo baseado na proposta alternativa do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, com diversas alterações.

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Desde o final do mês de março, havia um acordo informal para que a votação do texto ocorresse hoje. Porém, após o fim da leitura, diversos parlamentares pediram vista, o que impediria a apreciação. Eles argumentavam que, como Requião fez modificações no texto do Ministério Público, precisariam de mais tempo para análise.

No final do mês passado, Requião havia apresentado outro parecer sobre o mesmo tema, com base no projeto de Renan. Depois do pedido de vista coletiva de uma semana, houve um acordo para que a votação do texto ocorresse hoje. Nesta quarta, o relator justificou que pedidos de vista só podem ocorrer uma vez e que a intenção do adiamento seria de caráter protelatório.

Já o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) argumentou que o próprio relator mostrou que este é um projeto novo, que "nada tem a ver" com o parecer anterior. Lasier Martins (PSD-RS) disse que o novo texto tem diversos trechos subjetivos que precisam ser revistos pelos parlamentares.

O senador Magno Malta (PR-ES), favorável ao projeto, afirmou que o projeto é polêmico e precisa ser melhor discutido. "Ainda mais na situação atual, a situação não é de cair o queixo, é de cair os dentes, está aí o senador Hélio José (PMDB-DF) para provar", brincou. Ontem, a prótese dentária do parlamentar caiu durante discurso em uma comissão. Na sessão de hoje, Hélio José disse que estava defendendo os interesses dos trabalhadores e que já foi ao dentista arrumar a prótese, provocando risos no colegiado.

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) alegou que o relatório de Requião traz o resultado das vistas concedidas da última vez. "Não cabe dizer que temos pressa, esse é um projeto de 2009", justificou. Ela defendeu que qualquer mudança poderia ser discutida durante a votação hoje. "Não tem por que isso se arrastar ainda mais", ponderou.

Enquanto Jorge Viana (PT-AC) disse que, não fosse a pressão popular, todos os senadores já teriam decidido pela votação. Jader Barbalho (PMDB-PA) também entrou na discussão para pedir que a votação ocorresse impreterivelmente na próxima semana, pois aprovar um adiamento novamente representaria que o Congresso está "com medo" da Justiça.

O executivo Benedicto Júnior, ex-presidente da Construtora Odebrecht, mencionou, em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o pagamento de propina nas obras da usina de Belo Monte e citou o nome do senador Edison Lobão (PMDB-MA). Ele disse que a obra foi incorporada à sua área depois que as tratativas do pagamento já estavam feitas, mas falou em "compromissos" destinados a dois partidos: o PT e o PMDB.

Com relação ao PT, segundo ele, o herdeiro do grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, indicou que as contribuições não deveriam ser feitas. "Não houve nada ao PT especificamente feito por Belo Monte por orientação do próprio Marcelo", disse.

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BJ, como é conhecido, prestou depoimento na ação que investiga abuso de poder político e econômico na eleição presidencial de 2014. Ele não deu detalhes sobre os pagamentos ao PMDB pela obra de Belo Monte, mas disse que as informações constam em relatos de outros executivos que firmaram acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal.

"Os nomes das pessoas são os que estão circulando aí. Se não me engano, foi combinado através do Doutor Edison Lobão e teve um outro, um deputado ou um ex-deputado, que posteriormente ao doutor Edson Lobão foi quem recebeu em nome do PMDB, um deputado do Pará. Essas foram as duas pessoas cujos nomes eu ouvi."

De acordo com BJ, o executivo que cuidava da obra de Belo Monte é Augusto Roque. "Eu não li o depoimento do meu executivo, Augusto Roque, e quando recebi a obra isso já estava combinado, que haveria contribuições a serem feitas a dois partidos, o PT e o PMDB", complementou.

Advogado de Lobão, o criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse que o vazamento de delação é um "ato criminoso, ilegal, imoral". "Pelo que me disseram, o Benedicto Junior fala em talvez, que apenas teria ouvido dizer que seria o senador Edison Lobão. Não posso acreditar que uma delação vai levar a sério uma afirmação de 'ouvir dizer'", afirmou.

Doações e caixa 2

O executivo disse ao TSE que a Odebrecht tinha uma política de doação eleitoral "sem critério político nenhum, era genérica". BJ cuidava das doações para campanhas de governadores, senadores e deputados. "A campanha presidencial, na sua magnitude, era sempre levada para o Marcelo (Odebrecht) diretamente."

De acordo com o ex-presidente da construtora, em 2014 a Odebrecht doou, no total, R$ 200 milhões. O valor engloba as doações a todas as campanhas. Deste montante, R$ 120 milhões foram em "caixa 1" das empresas do grupo Odebrecht - ou seja, declarados à Justiça Eleitoral. O restante foi dividido entre doações oficiais feitas por outras empresas a pedido da Odebrecht e doações por caixa 2.

Ele explica que não necessariamente as doações em caixa 2, portanto não registradas, eram fruto de propina e que a Odebrecht não queria se expor na lista de maiores doadoras. "Quando recebi a obra isso já estava combinado, que haveria contribuições a dois partidos, o PT e o PMDB".

Sentenças dos tribunais suíços confirmam que o senador Edison Lobão (PMDB-MA) estão entre os políticos brasileiros que "fazem parte de uma investigação" por corrupção. Os documentos também apontam que contas secretas na Suíça em nome dos dois filhos do senador foram bloqueadas. O Ministério Público da Suíça confirmou que as contas estão em nome de Edison Lobão Filho e Márcio Lobão, alvo já da Polícia Federal no Brasil.

De acordo com sentenças dos tribunais suíços de 15 de julho de 2015, delações premiadas no âmbito da Lava Jato "revelou um vasto sistema de corrupção, de financiamento de partidos e de lavagem de dinheiro". "Partidos políticos e empresas fazem parte da investigação. Entre as pessoas está Edison Lobão. Seus dois filhos, Edison Lobão Filho e Márcio Lobão também são alvos da investigação brasileira", indicou a sentença.

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As suspeitas são de que essas contas receberam depósitos de origem criminosa. De forma preventiva, os recursos estão bloqueados em mais de uma conta desde 2015 e um processo criminal foi lançado contra ambos. "Podemos informar que o Escritório do Procurador-Geral da Suíça abriu processo criminal em fevereiro de 2015", indicou o MP em um comunicado. "Nesse contexto, o Procuradoria Geral congelou contas bancárias", declarou. Uma delas estaria em nome de Edison Lobão Filho. A outra estaria "em nome de seu irmão", indicou o MP suíço e numa referência Márcio Lobão.

"A investigação suíça está em andamento", completou a procuradoria, sem informar os valores congelados. Ao jornal O Estado de S. Paulo, o Ministério Público Federal já indicou que vai pedir cooperação dos suíços para obter os dados.

Lobão atua como presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Mas foi citado nas delações da Lava Jato.

A reportagem apurou que as contas não estão em nome do senador, mas a pessoas e empresas ligadas a ele. O que chamou a atenção dos investigadores é que parte das transferências ocorreu com a movimentação de somas de dinheiro sem qualquer tipo de justificativa, o que acendeu os sinais de alerta entre os serviços de monitoramento.

Segundo a apuração do jornal, foi o próprio banco usado que, diante do surgimento do nome de Lobão entre os citados nas delações da Lava Jato, optou por comunicar às autoridades suíças a existências das contas.

Agora, elas estão sendo investigadas diante da suspeita de que tenham sido usadas para receber dinheiro de propina no setor elétrico, em especial no que se refere à usina de Belo Monte.

Nos últimos meses, os dois filhos de Lobão usaram todos os mecanismos legais para impedir que os dados relacionados com as contas fossem enviados ao Brasil e, assim, usados em um eventual processo no País.

A reportagem apurou que, por duas vezes, os tribunais suíços rejeitaram os recursos apresentados pelos donos das contas. Numa das decisões, os advogados alegaram que não existem provas de que o dinheiro tenha origem suspeita e que a medida é desproporcional. Os juízes, porém, rejeitaram o argumento.

Outro argumento era de que o banco que tomou a decisão do congelamento não havia informado de forma adequada os filhos do senador. A tese também foi derrubada.

Ainda assim, o processo está em andamento na Suíça e, portanto, os documentos e extratos não foram repassados aos procuradores brasileiros. O Ministério Público da Suíça optou por manter bloqueadas as contas até que seja esclarecida a origem.

Futuro

Esgotados todos os procedimentos legais, a esperança de procuradores brasileiros é de que o caso seja enviado ao Brasil, assim como ocorreu no processo do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Não tendo residência na Suíça e nem vínculos com o país, os suspeitos teriam maiores chances de serem punidos.

Para que haja uma repatriação do dinheiro, porém, os envolvidos precisam ser condenados em última instância ou fechar um acordo de delação premiada em que estejam de acordo a devolver os recursos.

A Polícia Federal encontrou 1200 quadros nesta quinta-feira, 16, em endereços do filho do senador Edison Lobão (PMDB/MA), Márcio Lobão.

Alvo da Operação Leviatã - desdobramento da Lava Jato -, deflagrada por ordem do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, Lobão foi citado na delação do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado. Ele teria recebido propinas em contrato das obras da usina de Belo Monte.

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A informação foi divulgada com exclusividade pela reportagem da Globo News. Durante as buscas autorizadas por Fachin os agentes não levaram os quadros, mas catalogaram peça por peça. A PF comunicou a Lobão que os quadros não podem ser retirados até o fim da investigação.

Os agentes também acharam dinheiro vivo na residência e no escritório de Márcio Lobão, num total de R$ 40 mil em várias moedas.

Na residência do ex-senador Luiz Otávio, que também é alvo da Operação Leviatã, a PF encontrou R$ 135 mil em espécie.

A defesa de Márcio Lobão afirma que ele não praticou nenhum ato ilícito. Ressalvou que não teve acesso aos fundamentos do mandado de busca que alcançou os endereços do filho do senador Lobão.

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