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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta terça-feira (20), que o semipresidencialismo é uma espécie de "golpe" para evitar que ele e seus aliados voltem a governar o país. A instalação do modelo governista no país vem sendo defendida pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e endossada por outras lideranças políticas.

Ao conceder entrevista para a Rádio Jovem Pan do Sergipe, Lula comentou sobre o assunto e deu detalhes sobre sua percepção da eventual reforma política no Brasil.

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"Distritão não é reforma política, é um jeito deles se perpetuarem no poder. E semipresidencialismo é outro golpe pra tentar evitar que nós possamos ganhar as eleições. Não dá pra brincar de reforma política, isso é coisa que tem que ser discutida com muita seriedade", disse o petista, segundo trecho reproduzido na sua conta oficial do Twitter.

Voto impresso

Lula também comentou sobre a proposta de impressão dos votos depositados na urna eletrônica. "O Bolsonaro ao invés de ficar falando bobagem de voto impresso, deveria falar como vai gerar emprego, como vai fazer pra colocar comida na mesa do povo. Voto impresso é uma justificativa de quem não tem o que dizer pro povo", afirmou.

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A deputada estadual por São Paulo, Janaína Paschoal (PSL), tem feito alertas e críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) e seus aliados. Nesta quarta-feira (22), ela usou as redes sociais para para se referir a quem chamou de ‘bolsonarista’ e observar a necessidade deles agirem com inteligência e deixarem de fazer ameaças contra ela, o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), ao cantor Lobão e ao vice-presidente da República, o general Hamilton Mourão.

Para exemplificar seu apelo, Janaina citou que leu sobre uma reunião de pessoas de vários partidos em que se começou o discurso de que a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seria política e um líder de um partido de oposição ao petista disse que se retiraria do local, mas antes que o clima ficasse acirrado um deputado estadual do PT, que ela não denomina, arrefeceu a conversa e convocou os colegas a conversarem apenas sobre temas que eles - oposição e governo - tinham convergentes.

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“Esse deputado é um dos nomes históricos do Partido dos Trabalhadores. Pergunto: Ele é inteligente, ou ele é burro? Acredito que a resposta seja óbvia. Ele é inteligente e perspicaz. Ele percebeu que se não tomasse as rédeas da situação, a reunião se perderia. Ele captou o que unia (une) todas aquelas pessoas e conseguiu restituir a parceria”, explicou Janaina.

“Imagino que já tenha uma horda bradando: ‘traidora, está elogiando petista!’, ‘comunista’. Não, eu não estou elogiando petista, eu estou tentando mostrar o que é ser inteligente. Eu estou tentando mostrar por qual razão eles ficaram tantos anos no poder e, ao que tudo indica, vão voltar”, acrescentou.

A deputada paulista seguiu dizendo que muitos articulistas em favor do presidente Jair Bolsonaro estão hoje sendo perseguidos por “exigirem a mudança prometida” pelo presidente, mas enquanto eles estavam “colocando nossas carreiras (e vidas) em risco, a maior parte dos bolsonaristas estava fazendo sinal de arminha, arrumando confusão e tirando ‘selfie’”.

“Não estou falando isso para humilhar ninguém, pois não é do meu feitio. Estou falando isso por ser justa. Estou recebendo vídeos de pessoas absolutamente desconhecidas detonando o Kim. Estou recebendo mensagens insanas dando ordens para pegar os outros na rua. Palhaçada! Não tem outro nome para isso”, argumentou.

“Enquanto o deputado estadual do PT, inteligentemente, está reunindo a turma do lado de lá, para retomar o poder; eu estou falando para as paredes. Entendem? Ninguém vai conseguir aprovar reforma chamando todo mundo de ladrão, de traidor, de comunista, de vendido e coisa pior. Ninguém vai conseguir aliados, colocando um alvo na testa de quem trabalhou duro para que esse pessoal chegasse ao poder”, emendou Janaina Paschoal.

A parlamentar ainda chamou de “injustiça” e “ignorância” o fato de muitos estarem taxando ela, Kim Kataguiri, Lobão e Mourão de “comunistas”. “Quando os bolsonaristas estavam no bem bom, eu desafiava o petismo na USP e General Mourão enfrentava a subserviência das instituições aos crimes do petismo. Se os bolsonaristas lessem, se estudassem, se se preocupassem em entender como os outros (inclusive os oposicionistas) pensam, eu não precisaria estar escrevendo o óbvio”, cravou, pontuando que insiste no discurso porque acredita que há como recuperar o tempo perdido.

Por fim, Janaina também disse que eles vão reconstruir o país, mas será mais fácil se os bolsonaristas estiverem com eles. “Parem de atacar os verdadeiros responsáveis pela mudança de paradigmas! Nós elegemos um presidente, pelas regras do Estado Democrático de Direito e queremos que esse presidente governe (com sucesso) pelas mesmas regras. Trabalhamos e estamos trabalhando muito por isso. Temos o direito de exigir o que nos foi prometido”, finalizou.

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