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O ministro das Finanças do Japão, Taro Aso, afirmou nesta terça-feira que a economia do país não está em recessão, mantendo sua já tradicional visão otimista apesar dos dois trimestres consecutivos de retração econômica.

Segundo números divulgados ontem, o Produto Interno Bruto (PIB) do Japão teve uma contração maior do que a leitura preliminar sugeria para o período de julho a setembro, diminuindo 1,9% em termos anualizados. O recuo no terceiro trimestre veio na sequência de uma contração de 6,7% entre abril e junho ante o mesmo período do ano anterior, evidenciando o quanto o aumento do imposto sobre vendas tirou a economia do trilho de recuperação.

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Os comentários de Aso, feitos durante uma coletiva de imprensa, vieram em resposta a pressão crescente para que o Ministério das Finanças solte as rédeas das contas públicas para que o governo do premiê Shinzo Abe possa investir mais para resgatar a economia.

O ministro rebateu a ideia de que o enfraquecimento do iene contra o dólar, impulsionado pelas medidas agressivas de estímulo adotadas pelo Banco do Japão (BOJ), é um problema para as empresas. "Será que as empresas estavam bem quando o iene estava muito forte? Acredito que não", disse.

Aso se recusou a fazer comentários sobre os níveis atuais do iene, mas afirmou que mantém estreita vigilância sobre as taxas de câmbio. O ministro também se recusou a comentar o rebaixamento do rating soberano do Japão, de Aa3 para A1, feito pela Moody's no início do mês. Fonte: Dow Jones Newswires.

O ministro das Finanças do Japão, Taro Aso, disse que a prioridade do governo continua sendo impulsionar a economia. "Temos dito que a maior prioridade do gabinete de Abe (primeiro-ministro) está na economia e foi dessa forma que atuamos este ano", disse Aso em entrevista à rede nacional de notícias NHK.

A entrevista foi gravada na quinta-feira após uma controversa visita ao memorial de Yasukuni, que homenageia os mortos na guerra do Japão e autoridades do governo durante a Segunda Guerra Mundial, condenados por crimes de guerra. Visitas de autoridades do governo ao memorial causam normalmente reação da China e da Coreia, por conta da ocupação dos dois países durante a guerra pelo Japão.

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Aso não fez menção direta à visita de Abe ao memorial, mas disse que o governo precisa garantir de que a economia esteja crescendo com vigor antes da elevação, prevista para abril, do imposto nacional sobre consumo, com o qual se espera melhorar as finanças federais.

O imposto sobre consumo deve subir para 8% em abril e para 10% em outubro de 2015, dos atuais 5%. O aumento em duas fases será direcionado para pagar os custos de expansão dos benefícios sociais da população idosa e recuperar o sistema de saúde do país.

Aso observou que o sucesso das políticas de flexibilização reforçaram os indicadores econômicos, o que é reconhecido até internacionalmente. Mas a inesperada visita de Abe a Yasukini indica um risco político ultranacionalista. Teme-se que Abe, com forte vantagem no Parlamento, abandone o foco na economia e se dedique a uma agenda política, que inclui reforma constitucional para reforçar o exército.

Investidores, principalmente de fora do Japão, colocaram muito dinheiro na Bolsa de Tóquio no ano passado, apostando que Abe cumprirá sua promessa de fortalecer a economia por meio de um programa abrangente de desregulamentação e incentivo ao empresariado. Fonte: Dow Jones Newswire.

O ministro de Finanças do Japão, Taro Aso, afirmou que a cura para a deflação no país pode demorar mais do que os dois anos determinados pelo Banco do Japão (BoJ) e disse que a recuperação da economia japonesa está pelo menos "alguns anos" distante.

Os comentários foram feitos em entrevista ao Wall Street Journal durante a reunião de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial em Washington, EUA, um dia depois de autoridades do G-20 emitirem um comunicado em apoio ao agressivo relaxamento monetário do BoJ, apesar dos possíveis efeitos colaterais do relaxamento quantitativo adotado pelas economias avançadas.

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"Vamos dizer alguns anos. De dois a três anos. É o que nós estamos esperando", declarou Aso em resposta a uma pergunta sobre quanto tempo vai demorar para a economia do Japão crescer firmemente sem estímulos fiscais ou uma política monetária expansionista. Aso também se mostrou cauteloso com relação à meta do BoJ de atingir uma taxa de inflação de 2,0% em dois anos. "Nós achamos que pode demorar mais do que o BoJ espera", disse.

As declarações sugerem que as economias emergentes devem se preparar para mais alguns anos de abundante fluxo de capital para seus mercados em busca de retornos mais altos, o que pode provocar valorização das moedas locais e, assim, reduzir a vantagem das exportações desses países. Também existem riscos de a ampla liquidez gerar bolhas nos mercados de ativos emergentes.

Perguntado sobre a possibilidade de os persistentes problemas na Europa e o impasse político nos EUA levarem os investidores globais a aplicarem recursos no Japão, provocando valorização do iene, Aso afirmou que isso é possível, mas improvável. "Os investidores sentem que existe um problema com a situação financeira do Japão", disse.

"Eu não sei se (uma crise econômica em outro país) levaria a uma ampla compra de JGBs (títulos do governo japonês) porque os retornos deles são muito baixos. Isso pode elevar o iene, mas, honestamente falando, minha aposta é de que isso não seria simples assim."

As informações são da Dow Jones.

O ministro de Finanças do Japão, Taro Aso, disse no início dessa semana que deve ser permitido o idoso "apressar-se e morrer" em vez de custar dinheiro do governo para cuidados médicos para o "fim de vida". Aso, que também é vice-primeiro-ministro do país, expôs seu ponto de vista durante uma reunião do Conselho Nacional de Reformas da Segurança Social.

As declarações fortes a respeito da morte de idosos geraram repercussão.  "Deus nos livre se você é forçado a viver quando você quer morrer. Você não pode dormir bem quando você pensa que está tudo pago pelo governo. Isso não vai ser resolvido, a menos que você deixe eles se apressar e morrer", comentou o ministro.

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Taro argumentou posteriormente que havia deixado instruções escritas para que sua vida não seja prolongada artificialmente. Durante a reunião, ele se referiu como "povo tubo" ao falar de pacientes que não conseguem se alimentar. "Eu não preciso desse tipo de atendimento. Vou morrer rapidamente”, declarou.

Repercussão - Depois do discurso, ele disse que só tinha falado sobre seus desejos pessoais. "Eu disse o que pessoalmente acredito, não o que o sistema de cuidados médicos 'fim da vida' deve ser”, justificou o ministro que declarou a repórteres que "é importante que você passe os últimos dias de sua vida em paz".

Perfil - Taro Aso tem 72 anos de idade e está em seu atual emprego há menos de um mês, porém, possui uma longa história de declarações duras proclamadas anteriormente.   Em 2001, ele provocou um furor ao dizer que um país de sucesso era o qual os "judeus ricos" queriam viver.

Aso nasceu em uma família industrial de "sangue azul", mas seus deslizes verbais estão em contraste marcante com a sua herança. Ele é casado com a filha de outro ex-premiê e neto de Shigeru Yoshida, um dos mais influentes primeiros-ministros do Japão que ajudou a reconstruir o país das cinzas da Segunda Guerra Mundial.  No Japão o envelhecimento é uma questão sensível. No país, existe quase um quarto de seus 128 milhões de pessoas com idades acima de 60 anos.

*Com informações da AFP.

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