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A cantora israelense Noa, conhecida ativista de esquerda, muito comprometida em favor da paz com os palestinos, foi ameaçada e insultada no aeroporto de Tel Aviv, denunciou neste domingo a artista em sua conta no Facebook.

Achinoam Nini, uma cantora israelense de origem iemenita conhecida como Noa, voltou há alguns dias a Israel, após uma turnê pela Itália, e disse que ao chegar ao aeroporto um grupo de pessoas gritou em sua direção "Israelofóbica".

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Segundo Noa, a agressão foi um ato espontâneo, depois que um grupo de pessoas a reconheceu no aeroporto.

"Vamos nos ocupar de você, assim como de Gefen", disseram os agressores, segundo o testemunho da cantora publicado no Facebook.

Na sexta-feira, Yonatan Gefen foi agredido por um desconhecido, que gritou "traidor", depois que o escritor afirmou nas redes sociais que a vitória de Benjamin Netanyanu nas eleições de semana passada era uma catástrofe.

"Bem-vindos ao pesadelo no qual despertamos", afirmou Noa.

Netanyahu, cujo partido terminou em primeiro lugar nas eleições de semana passada, declarou durante a campanha que se permanecesse no cargo de primeiro-ministro seria descartada a possibilidade de criar um Estado palestino. No entanto, após as eleições matizou sua postura.

Os conflitos entre israelenses e palestinos na Faixa de Gaza cancelaram mais um evento esportivo na região. Nesta segunda-feira (4), a ATP informou que deixará de organizar a primeira edição do Torneio de Tel Aviv, de nível 250, em setembro. Seria a primeira edição de uma competição da ATP em solo israelense desde 1996.

A competição entrou no calendário do circuito profissional de tênis no lugar de St. Petersburg, na Rússia. E seria disputado entre os dias 15 e 21 de setembro. A ATP, contudo, decidiu cancelar o evento alegando falta de segurança. "Lamentamos que o ATP de Tel Aviv, em Israel, não será disputado neste ano", disse o presidente da entidade, Chris Kermode.

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"Infelizmente, não acreditamos que poderemos proceder como planejamos dada as atuais condições da região. Garantir a segurança de nossos jogadores, fãs e todos os envolvidos na organização de um evento de nível mundial é nossa prioridade número 1", declarou o dirigente. "Esperamos estar de volta à Tel Aviv no próximo ano".

Presidente da Associação de Tênis de Israel, Asaf Tochmeir também lamentou o cancelamento do evento. "Fizemos de tudo para garantir um evento da ATP bem-sucedido em Israel. Levantamos fundos suficientes e cuidamos de todos os detalhes da organização", afirmou o dirigente. "Gostaríamos de expressar nossa preocupação com os soldados assim como expressar nossas condolências aos civis que acabaram morrendo".

Antes do torneio de tênis, já havia sido cancelado a segunda edição do Campeonato Mundial Júnior de Maratonas Aquáticas, que seria realizado na cidade de Eilat, em Israel, nos últimos três dias de agosto. No futebol, a Uefa determinou que as partidas com mando de campo dos times israelenses em seus torneios serão disputadas no Chipre.

A companhia aérea americana Delta anunciou nesta terça-feira (22) que suspendeu seus voos com destino a Israel por causa das tensões na região, e para garantir a segurança de seus passageiros e funcionários.

A companhia afirmou que um de seus Boeing 747, que partiu do aeroporto JFK de Nova York com destino a Tel Aviv (290 pessoas a bordo) foi desviado para o aeroporto Charles de Gaulle de Paris depois de receber informações sobre o fato de que estavam caindo foguetes perto do aeroparque israelense.

Mais de 30 mil solicitantes de asilo africanos, que chegaram clandestinamente a Israel, se manifestaram sem incidentes neste domingo (5) em Tel Aviv, segundo a polícia. A manifestação é o maior protesto deste tipo registrado no país.

Congregados na Praça Yitzhak Rabin, os manifestantes denunciaram a recusa das autoridades israelenses em examinar seus pedidos para obter um estatuto de refugiado. Também protestaram contra a prisão de centenas de pessoas na sua situação.

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"Todos somos refugiados! Sim à liberdade e não à prisão", gritaram, em inglês, portando bandeiras eritreias e etíopes. Todos alegaram estar fugindo de ditaduras, guerras civis ou genocídios.

Segundo uma lei votada em 10 de dezembro, os imigrantes clandestinos podem ser colocados, sem aviso prévio, em um centro de detenção durante o período de um ano.

As autoridades israelenses calculam em 60.000 os africanos que entraram clandestinamente no país, e lançaram em 2012 uma campanha que levou à saída ou expulsão de 3.920 deles.

Paralelo a isso, Israel terminou em 2013 a construção de uma vala eletrônica ao longo dos 230 km de fronteira com o Egito, o que permitiu reduzir praticamente a zero o número de entradas ilegais.

Milhares de pessoas participavam nesta sexta-feira da Parada do Orgulho Gay de Tel Aviv, um encontro de gays e lésbicas que reúne todos os anos pessoas do mundo inteiro.

Este é o vigésimo aniversário da organização desta manifestação por parte da prefeitura da cidade.

"Tel Aviv é uma cidade pluralista que defende os direitos dos homossexuais", disse Mira Marcus, do serviço de comunicação de Tel Aviv.

Desde sua primeira edição, em 1998, a Parada do Orgulho Gay de Tel Aviv se tornou uma das datas chave no cenário homossexual mundial.

Os atos de violência e vandalismo antissemita aumentaram 30% no mundo, principalmente na França, durante o ano passado, segundo relatório anual publicado neste domingo pela Universidade de Tel Aviv.

"No ano passado foi registrado um aumento considerável do nível de violência e atos de vandalismo contra judeus", destacou o documento, que indica 686 atos deste tipo em todo o mundo contra os 526 de 2011, isto é, uma alta de 30%.

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A França foi o país onde ocorreu o maior número de incidentes antissemitas (200), seguido de Estados Unidos (99), Grã-Bretanha (84) e Canadá (74), acrescentou este relatório, divulgado pouco antes do começo das cerimônias anuais em memória das vítimas do Holocausto, na noite deste domingo, em Israel.

O relatório considera que o aumento dos atos antissemitas na França está, em parte, relacionado ao assassinato de três meninos judeus e de um professor em março de 2012 em frente a um colégio judaico em Toulouse por Mohamed Merah, jovem francês de origem argelina que morreu depois durante uma operação da polícia.

"Esse atentado provocou uma onda de violentos incidentes contra alvos judeus, principalmente na França", prosseguiu o informe.

No documento também se faz referência à ascensão de grupos de extrema direita que aproveitaram as dificuldades econômicas na Europa para fazer avançar seu programa "claramente antissemita".

"Na Hungria, na Grécia, assim como na Ucrânia, representantes desses partidos incitaram com veemência contra as comunidades judaicas locais em seus parlamentos", lamentou o relatório.

Por outro lado, a filial israelense do Centro Simon Wiesenthal também criticou a Austrália e outros países por não terem agido com o vigor suficiente para levar perante a justiça os criminosos de guerra nazistas e seus colaboradores.

Os Estados Unidos obtiveram a melhor classificação nesta campanha, seguidos de Canadá, Alemanha, Hungria, Itália e Sérvia.

No fim da lista, Austrália, Áustria, Estônia, Letônia, Lituânia, Ucrânia, Noruega, Suécia e Síria registraram as piores classificações, segundo o Centro Simon Wiesenthal, que leva o nome de um famoso caçador de nazistas.

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