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O primeiro dia de greve dos rodoviários foi de muito tumulto e longas filas nos terminais integrados da Região Metropolitana do Recife (RMR). No TI do Barro, Zona Oeste do Recife, os passageiros arremessaram pedras contra os veículos e incendiaram um ônibus.
##RECOMENDA##A confusão começou quando o coletivo que estava atrasado chegou ao TI. “Os ônibus da linha BR-101/Cajueiro Seco estavam demorando pra chegar ao terminal. Quando finalmente um veículo chegou, o motorista desceu, disse que não ia mais sair e que a população poderia quebrar o ônibus”.
Revoltados com a demora dos veículos, os passageiros também bloquearam a BR-101, no sentido Macaxeira, Zona Norte. A manifestação durou pouco mais de 30 minutos e foi encerrada após negociação com a Polícia Militar.
No TI Tancredo Neves não há confusão. Alguns ônibus deixam o terminal e seguem seus roteiros de costume. No Centro do Recife, a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) montou pontos de bloqueio para ônibus, na tentativa de impedir que os motoristas estacionem os veículos nas ruas e avenidas da área central.
Por volta das 10h30, parte da categoria se reuniu em assembleia no Parque Treze de Maio, área central do Recife. Durante o debate, eles decidiram convocar uma coletiva para às 15h de hoje. Até o momento, a greve continua por tempo indeterminado.
Apesar de uma liminar expedida pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinar que 100% dos empregados do setor prestem serviços durante os horários de pico – das 6h às 9h e das 16h às 20h – a categoria garantiu que cumprirá os 30% exigido por lei. Às 10h, a classe patronal afirmou que 75% da frota estava circulando.
Greve - As negociações entre a categoria e a classe patronal começaram nas últimas semanas. A Urbana-PE e o Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários de Passageiros do Estado de Pernambuco (Serpe) fizeram uma proposta de 5% no aumento de salário, criação de um banco de horas com validade de um ano, ampliação dos intervalos intrajornadas para quatro horas e a revalidação das cláusulas sociais da Convenção Coletiva de 2013, o que não foi aceito.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) propôs 10% de aumento no salário e reajusto no ticket alimentação, que passaria de R$ 171 para R$320, o que agradou a categoria, mas não houve acordo entre os rodoviários e a classe patronal.
Atualmente, os motoristas recebem o salário equivalente a R$ 1.605 e cobradores R$ 783,30. Com o aumento de 10%, os valores subiriam, em média, para R$ 1.765,50 e R$ 861,63.