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Pelo menos 35 pessoas morreram e outras 28 ficaram feridas hoje (5) após uma série de ataques do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) na cidade de Tikrit, no Iraque, a 150 quilômetros de Bagdá, informou a agência de notícias EFE. Os ataques ocorreram no bairro de Al Zuhur, em Tikrit, capital da província de Saladino, e a maior parte das vítimas é de civis.

Além disso, cinco supostos terroristas morreram nessas ações, três deles em troca de tiros com a polícia e outros dois detonaram cinturões explosivos diante do cerco das forças de segurança. O ataque começou quando os terroristas, vestidos com uniforme militar, dispararam contra um posto de controle da polícia, em Al Zuhur.

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Após os confrontos com os agentes, o grupo atacou a casa de um oficial da polícia, perto do posto de controle, e depois invadiu várias casas de civis. Durante a madrugada, as forças de segurança conseguiram impor um cerco ao bairro, matando três dos jihadistas, enquanto outros dois se suicidaram.

A situação estava sob controle na parte da manhã.  As autoridades decretaram toque de recolher. As aulas nas escolas foram suspensas.

O governo do Iraque executou neste domingo 36 homens condenados por participação no massacre de centenas de soldados do país perpetrado pelo grupo Estado Islâmico em 2014, segundo informações de autoridades iraquianas. Eles foram enforcados na prisão de Nasiriyah, no sul do país, segundo o governador da província, Yahya al-Nasiri. Um oficial do Ministério da Justiça que preferiu não ser identificado conformou a informação.

Em 2014, membros do Estado Islâmico capturaram aproximadamente 1,7 mil soldados após tomarem a cidade natal de Saddam Hussein, Tikrit. Os soldados tentavam fugir do campo Speicher, uma ex-base militar dos Estados Unidos ao norte de Tikrit. Logo após tomarem Tikrit, o Estado Islâmico postou imagens de um integrante do grupo atirando em um homem após forçá-lo a se deitar em uma vala rasa com o rosto virado para baixo.

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O massacre de Speicher disseminou revolta em todo o país e contribuiu para mobilizar milícias xiitas a lutar contra o grupo Estado Islâmico, de base sunita. As milícias agora lutam contra as forças armadas oficiais do Iraque.

Após retomar o controle de Tikrit em 2015, militares do país prenderam centenas de homens acusados de ligação com o massacre, com o apoio de ataques aéreos comandados pelos EUA. Os homens executados neste domingo tinham recebido sentença de morte por um tribunal iraquiano no começo deste ano.

O chefe do conselho da província de Salahuddin (da qual Tikrit é a capital), Ahmed

al-Karim, criticou o processo judicial afirmando que alguns dos homens executados foram torturados para que confessassem o crime. Alguns deles, segundo al-Karim, "sequer estavam presentes na cena do crime. "Apoiamos a pena de morte para os que cometeram o crime, mas o uso de violência e tortura (nas prisões do Iraque) devem ser investigadas", disse ele.

O primeiro ministro do Iraque Haider al-Abadi vem buscando acelerar a implementação de sentenças de morte no país, após uma série de atentados à bomba de grande escala em Bagdá e arredores nos últimos meses. A Organização das Nações Unidas (ONU) criticou esta política no começo do mês, alegando que "dada a fragilidade do sistema de justiça do Iraque, há risco de as sentenças estarem promovendo um grande injustiça".

O Iraque figura entre os cinco países do mundo que mais utilizam pena de morte como punição por crimes, de acordo com dados compilados pelo grupo Anistia Internacional. Fonte: Associated Press.

O Iraque declarou nesta quarta-feira ter conquistado uma "vitória magnífica" nesta quarta-feira sobre o grupo Estado Islâmico em Tikrit, passo importante na estratégia para expulsar os militantes de outros redutos dos extremistas.

O ministro da Defesa do Iraque, Khalid al-Obeidi, fez o pronunciamento dizendo que as forças de segurança "cumpriram sua missão" durante a ofensiva de um mês contra a cidade natal de Saddam Hussein e também em outras áreas da província de Salahuddin.

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"Temos o prazer, com todo nosso orgulho, de anunciar as boas novas de uma vitória magnífica", disse Obeidi em comunicado gravado em vídeo. "Agora vamos para Anbar! Agora vamos a Nínive e dizemos isso com total resolução, confiança e persistência", afirmou ele nomeando outras províncias sob o domínio dos extremistas.

Extremistas do Estado Islâmico tomaram Tikrit no ano passado durante o avanço do grupo pelo norte e oeste do país. A batalha por Tikrit é vista como um passo importante na direção da tomada de Mosul, a segunda maior cidade do Iraque e capital de Nínive.

Forças iraquianas, das quais fazem parte soldados, policiais, milícias xiitas e tribos sunitas, lançaram uma operação de larga escala para retomar Tikrit em 2 de março. Na semana passada, os Estados Unidos começaram a realizar ataques aéreos contra a cidade a pedido do governo iraquiano.

Após a tomada da cidade, o objetivo é voltar à normalidade o mais rápido possível, disse o ministro do Interior, Mohammed Salem al-Ghabban, nesta quarta-feira.

"Após limpar a área de bombas instaladas em vias e de carros-bomba, vamos reabrir as delegacias de polícia e retomar a normalidade da cidade. Formaremos comitês para supervisionar o retorno das pessoas desalojadas de suas casas", afirmou Al-Ghabban. Ele disse que o governo vai ajudar moradores desalojados a voltar para a cidade e que uma unidade de defesa civil fará a varredura local em busca de bombas e carros-bomba.

A missão da Organização das Nações Unidas (ONU) no Iraque, a Unami, disse nesta quarta-feira que a violência fez pelo menos 997 vítimas fatais em março no país, uma pequena queda em relação aos números de fevereiro.

A Unami declarou em comunicado que dentre os mortos há 729 civis e que os demais eram integrantes de forças de segurança. Pelo menos 2.172 pessoas ficaram feridas, dentre elas 1.785 civis.

O novo enviado da ONU ao Iraque, Jan Kubis, disse estar chocado com o fato de os iraquianos continuarem a "suportar o peso" da violência em vigor no país.

Kubis também disse nesta quarta-feira que o ofensiva em Tikrit é "uma vitória para todo o povo iraquiano" e que a ONU está pronta para ajudar as autoridades provinciais e nacionais do país. Fonte: Associated Press.

Tropas iraquianas lançaram a última fase de uma ofensiva para retomar Tikrit, cidade natal do ex-ditador Saddam Hussein, informou um oficial nesta quinta-feira, horas depois de os Estados Unidos lançarem ataques aéreos contra a cidade, tomada pelo grupo Estado Islâmico.

Os confrontos se intensificaram na medida em que tropas iraquianas e forças especiais avançaram na direção do centro da cidade, informou o tenente-general Abdul-Wahab Al-Saadi à Associated Press. Um repórter da AP ouviu o som de ataques aéreos sobre Tikrit mais cedo nesta quinta-feira.

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O Estado Islâmico tomou a cidade sunita no ano passado, durante seu rápido avanço pelo norte do Iraque. A batalha por Tikrit é vista como um passo importante na direção da expulsão dos militantes da segunda maior cidade iraquiana, Mosul, que fica mais ao norte.

Em discurso realizado na noite de quarta-feira, o primeiro-ministro iraquiano Haider al-Abadi disse que as forças deram início à "fase final" da ofensiva em Tikrit, mas não reconheceu que as forças da coalizão têm participação direta na missão. Ele afirmou que os iraquianos "e ninguém mais" vão reivindicar a vitória contra o grupo militante.

A pedido do Iraque, os Estados Unidos deram início a ataques aéreos em Tikrit na quarta-feira, em apoio à ofensiva em terra, disse o comandante norte-americano, tenente-general James L. Terry.

Segundo ele, os ataques aéreos vão "destruir os redutos do Estado Islâmico com precisão, poupando vidas iraquianas inocentes enquanto minimiza" danos acidentais a estruturas civis.

A primeira vez que os Estados Unidos lançaram ataques aéreos em auxílio ao Exército iraquiano foi em agosto.

Conselheiros militares iranianos têm fornecido apoio significativo desde que a ofensiva em Tikrit começou, em 2 de março, armando e treinando milícias xiitas, que têm tido um papel bastante importante nos campos de batalha. Milicianos compõem mais de dois terços das forças que combatem o Estado Islâmico em Tikrit. Fonte: Associated Press.

Diversos atentados a bomba na capital iraquiana, Bagdá, mataram ao menos 19 pessoas e 36 ficaram feridas nesta segunda-feira, quando as forças iraquianas estavam se preparando para uma operação de grande escala com o intuito de recuperar a cidade de Tikrit do grupo Estado Islâmico.

Um dos atentados matou nove pessoas e feriu 22 em uma rua comercial movimentada, em Habibiya, no bairro de Sadr City. Outro ataque ocorreu em um mercado em Tarabya, matando ao menos seis pessoas e ferindo outras 14.

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Na manhã de hoje, a polícia local disse que uma outra bomba foi detonada perto do setor de inteligência do Ministério do Interior, matando um casal e duas crianças. Nenhum grupo assumiu a autoria dos ataques.

As forças de segurança iraquianas permanecem nas proximidades de Tikrit, à espera do melhor momento para entrar na cidade. Autoridades militares disseram que optaram por não invadir a cidade ainda para minimizar o número de vítimas e assegurar a segurança da infraestrutura do local. Fonte: Associated Press.

Atentados e chacinas deixaram 17 mortos no Iraque nesta quinta-feira, incluída uma família de quatro pessoas assassinadas a facadas em Kirkuk, no norte iraquiano. Os agressores invadiram a casa família, da etnia turcomana, e mataram o marido e a mulher a facas em quarto. Depois, mataram a facas as duas filhas dos casal. Uma fonte da polícia disse que nada foi roubado e a chacina parece ter sido um ataque sectário ou uma vingança.

Habitada por curdos, árabes e turcos, Kirkuk fica na região disputada entre o Iraque e o Curdistão iraquiano.

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Atiradores também mataram quatro policiais em Tikrit, no Iraque central, enquanto três combatentes da milícia Sahwa, que luta contra a rede terrorista Al-Qaeda, foram mortos por uma bomba perto da cidade de Balad, ao norte da capital iraquiana, disseram fontes médicas.

No norte de Bagdá, um carro-bomba no bairro de Husseiniyah matou três pessoas, disse um funcionário do Ministério do Interior, acrescentando que parte da população, incitada pelo ataque, destruiu alguns veículos e agrediu policiais federais iraquianos.

A violência do começo de agosto ocorre um dia após o governo iraquiano informar que em julho foram mortas 325 pessoas no país, o maior número de baixas desde agosto de 2010.

As informações são da Dow Jones.

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