Tópicos | Tóquio-2020

A seleção brasileira masculina de vôlei já conhece o seu adversário das quartas de final dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Em sorteio realizado neste domingo, ficou definido que o Japão será o rival na primeira partida eliminatória desta trajetória olímpica. A equipe dirigida pelo técnico Renan Dal Zotto terá na madrugada desta terça-feira, à 1 horas (de Brasília), este primeiro duelo decisivo.

O Brasil chega com quatro vitórias - sobre Tunísia, Argentina, Estados Unidos e França - e uma derrota - para o Comitê Olímpico da Rússia - na fase de grupos. Agora, segundo o treinador, toda a atenção está voltada para os japoneses. E o comandante faz questão de destacar a qualidade dos adversários.

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"O Japão é uma seleção extremamente técnica, que não dá ponto de graça para o time adversário porque quase não erra e de um volume de jogo muito grande. É uma partida onde precisamos ter bastante paciência porque dificilmente se derruba a bola logo no primeiro lance, além de, normalmente, ser um confronto mais longos", disse Renan Dal Zotto.

O técnico tem pouco tempo para deixar o time pronto para este duelo. "Temos que estar muito bem preparados porque quartas de final sempre é uma fase difícil, jogo único e em torno disso tem uma tensão muito grande. Vamos estudar muito e treinar em função da equipe japonesa", afirmou.

O Japão chega para a fase decisiva do campeonato com a campanha de três vitórias - sobre Venezuela, Canadá e Irã - e duas derrotas - para Itália e Polônia.

O Brasil busca a sua quinta final olímpica consecutiva. Em Atenas-2004, o Brasil foi ouro; em Pequim-2008 e Londres-2012, a seleção masculina ficou com a medalha de prata; e no Rio-2016 o grupo brasileiro subiu ao degrau mais alto do pódio.

Alison e Álvaro Filho voltam à quadra nesta segunda-feira, em jogo válido pelas oitavas de final dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Depois de passarem em primeiro lugar no Grupo D - considerado o mais difícil do torneio de vôlei de praia no Japão -, os brasileiros terão pela frente Gaxiola/Rubio, do México, em partida que vale vaga nas quartas. Este será o primeiro duelo entre os times nas areias, sendo que nenhum dos dois, mesmo com outros parceiros, enfrentaram os mexicanos antes.

"É um time forte, muito técnico e que jogou bem na fase de grupos. É uma dupla com bloqueio forte e que defende muito bem", alertou Alison, o "Mamute", medalha de ouro nos Jogos do Rio-2016 e prata em Londres-2012.

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"Nunca nos enfrentamos antes, estudamos bastante o jogo deles. É um time que tem qualidade, bom volume de jogo, e esperamos uma partida difícil. Agora é decisão, é uma 'primeira final', um jogo que se define nos detalhes e estamos preparados", afirmou Alvinho.

Alison e Álvaro Filho terminaram em primeiro lugar na chave D, deixando para trás Brouwer/Meeuwsen (Holanda) e Lucena/Dalhausser (EUA). Gaxiola/Rubio se classificou no Grupo B, onde estavam os campeões mundiais Krasilnikov/Stoyanoskiy (RUS), como um dos melhores terceiros colocados do campeonato.

Como melhores resultados em 2021, os mexicanos possuem o título da Continental Cup e o vice-campeonato do Grand Slam de Doha, no Catar, pelo Circuito Mundial.

De volante a lateral-direito, sua atual posição, Gabriel Menino aproveita a convocação para a Olimpíada de Tóquio-2020 para ganhar, aos 20 anos, experiência no novo posto a partir dos conselhos de Daniel Alves. Com 18 anos a mais, o capitão da seleção olímpica é a principal referência para o jogador do Palmeiras se destacar e jogar mais na equipe do técnico André Jardine.

"O Daniel Alves é o melhor lateral do Brasil, já conquistou vários títulos, é o maior campeão que eu já conheci. É uma pessoas sensacional, um profissional sem palavras, o que ele está me ensinando é surreal. É um cara fantástico, ele está aqui e eu estou aprendendo, tirando um pouco da experiência dele", disse Gabriel Menino.

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No último sábado, o jovem atleta participou da vitória por 1 a 0 contra o Egito, que garantiu o Brasil na semifinal do torneio olímpico, ao entrar no segundo tempo. "Se precisarem de mim, vou dar meu melhor, independentemente de qualquer coisa, nem que seja apoiando do lado de fora, torcendo, jogando", afirmou.

Outro jogador que vem se destacando é o camisa 11, Antony, que mostrou muita personalidade em campo. Os dribles envolventes do atacante, que, atualmente joga no Ajax, ofuscaram outros elementos da partida em alguns momentos.

"É minha característica, sempre tive isso, no momento certo eu uso, como nesses dois lances. Objetividade sempre, em um lance que vejo que vai terminar em uma jogada boa. Fico muito feliz, espero dar continuidade. Minha característica é enfrentar o adversário e mostrar minha habilidade", explicou Antony.

Nesta terça-feira, o Brasil encara o México, às 5 horas (de Brasília), pela semifinal da Olimpíada de Tóquio-2020. A partida promete ter um clima de muita rivalidade, afinal os mexicanos venceram os brasileiros na final dos Jogos Olímpicos de Londres-2012.

Após não conseguir participar dos últimos Jogos Olímpicos, no Rio de Janeiro, há cinco anos, em função de uma lesão no tornozelo às vésperas da competição, Gianmarco Tamberi viu a glória neste domingo (1°) na Olimpíada de Tóquio-2020. O italiano de 29 anos foi o atleta que voou mais alto no salto em altura, faturando a medalha de ouro.

Mas um fato curioso aconteceu no estádio Olímpico. O ponto mais privilegiado do pódio foi compartilhado com Mutaz Essa Barshim, do Catar, por ele ter atingido o mesmo número: 2,37 metros.

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Os atletas chegaram a tentar uma meta mais alta, de 2,39 metros, mas ambos falharam em suas tentativas. Com isso, Barshim não pensou duas vezes e disse: "Podemos ter dois ouros?", perguntou o atleta ao oficial da prova, que acenou positivo com a cabeça. Bastou o aval para ambos comemorarem juntos o ouro em Tóquio. Maksim Nedasekau, de Belarus, ficou com a medalha de bronze.

Já na final do salto triplo feminino, também disputada neste domingo, a venezuelana Yulimar Rojas ganhou a medalha de ouro com estilo. Ela quebrou o recorde mundial da prova, com 15,67 metros, ultrapassando a marca da ucraniana Inessa Kravetz de 15,50 metros, obtida em 1995.

A portuguesa Patricia Mamona ficou com a prata, com um salto de 15,01 metros, e a espanhola Ana Peleteiro saltou 14,87 metros, garantindo a medalha de bronze.

A brasileira Rebeca Andrade estava radiante após conquistar mais uma medalha nos Jogos de Tóquio-2020, sua primeira de ouro. Ela foi a melhor no salto na ginástica artística e confessou que se preparou bastante para a disputa, mas procurou omitir detalhes de sua apresentação. Sob os olhares de Simone Biles, ela se tornou campeã olímpica.

"Eu tentei usar todas as cartas que tinha. Usei dupla e meia, que muita gente achava que não conseguiria porque era uma chegada cega, ou por causa do meu joelho, mas estava preparada. A mesma coisa com o Cheng, pois estava treinada. Eu não coloco na internet, mas podia fazer. E acho bom assim porque é importante surpreender", disse.

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A ginasta se tornou a primeira mulher do Brasil a ganhar mais de uma medalha na mesma edição dos Jogos Olímpicos. Ela nem sabia do feito logo após a cerimônia de pódio. "Me sinto muito orgulhosa, pois consegui representar a força da mulher. É com muito esforço e trabalho que conquistei isso", afirmou.

Ela sabe que sua vida mudou nos últimos dias, com a medalha de prata no individual geral, e deve mudar mais ainda com este ouro. "Nas redes sociais está bombando. Mas na minha cabeça eu sou a mesma de quando saí do Brasil, com foco em tudo que importa. É muito legal que está todo mundo torcendo por mim, gente que eu nem conheço. Mas ainda tem amanhã mais uma disputa e vou dar 110% de mim", avisou.

Ela tem a chance de conquistar mais uma medalha no Japão, pois disputa nesta segunda-feira (2) as finais do solo, quando vai apresentar seu "Baile de Favela", que já teve ótima aceitação na fase classificatória e também na final do individual geral. "Dei tudo de mim neste aparelho que até saí do solo", disse, rindo. "Isso é esporte e vai vencer o melhor. O resultado é consequência".

Pouco tempo depois de perder a disputa pela medalha de bronze em simples nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, Novak Djokovic anunciou a sua desistência do torneio de duplas mistas. O sérvio disputaria a medalha de bronze neste sábado ao lado de Nina Stojanovic, mas justificou a sua ausência por motivo de lesão no ombro esquerdo. Com isso, a dupla australiana formada por Ashleigh Barty e John Peers ficou com o bronze.

Líder do ranking da WTA, Barty chegou a Tóquio embalada pela conquista de seu segundo Grand Slam da carreira, em Wimbledon, mas não passou da primeira rodada de simples, superada pela espanhola Sara Sorribes Tormo. Ainda assim, não desistiu do sonho da medalha, chegando também às quartas de final nas duplas femininas, ao lado de Storm Sanders, e ao bronze nas duplas mistas.

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Esta é a sexta medalha olímpica na história do tênis australiano, com destaque para a parceria de Todd Woodbridge e Mark Woodforde, ouro em Atlanta-1996 e prata em Sydney-2000. A medalha mais recente havia sido o bronze de Alicia Molik, nos Jogos de Atenas, na Grécia, em 2004.

Djokovic havia perdido mais cedo neste sábado para o espanhol Pablo Carreño Busta, por 2 sets a 1, e assim ele sairá de Tóquio sem medalhas. A final de duplas mistas acontece neste domingo e terá duas parcerias do Comitê Olímpico Russo: Anastasia Pavlyuchenkova e Andrey Rublev contra os compatriotas Elena Vesnina e Aslan Karatsev.

SIMPLES FEMININO - A Suíça levou a medalha de ouro na chave de simples feminina. Na final deste sábado, a tenista Belinda Bencic, de 24 anos, superou as oscilações no duelo contra a checa Marketa Vondrosouva e conquistou seu título mais importante, vencendo os Jogos Olímpicos ao triunfar por 2 sets a 1 - com o placar final de 7/5, 2/6 e 6/3, depois de 2 horas e 27 minutos.

Campeã neste sábado em simples, Bencic pode ainda conquistar o ouro também nas duplas, novamente encarando rivais checas. Ao lado de Viktorija Golubic, com quem bateu as brasileiras Luísa Stefani e Laura Pigossi nas semifinais, ela enfrentará Barbora Krejcikova e Katerina Siniakova, as cabeças de chave 1 do torneio.

Até então apenas três mulheres conseguiram vencer simples e duplas em uma mesma edição olímpica, todas americanas. A primeira delas foi Helen Wills, em Paris-1924, e as outras duas foram as irmãs Williams - Venus, em Sydney-2000, e Serena, em Londres-2012.

A disputa pela medalha de bronze foi marcada por uma difícil virada de Elina Svitolina. Depois de ser dominada no início da partida, a ucraniana conseguiu a virada diante da casaque Elena Rybakina e venceu uma batalha de 2 horas e 24 minutos por 2 sets a 1 - com parciais de 1/6, 7/6 (7/5) e 6/4.

O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 anunciou neste sábado que dois judocas da Geórgia que conquistaram medalhas de prata foram expulsos das instalações do evento por violarem a regra que proíbe que os atletas saiam da Vila Olímpica, na capital do Japão, para fazer turismo.

Os anfitriões decidiram retirar as credenciais de acesso à Vila Olímpica e aos locais de competição após comprovarem que os atletas descumpriram o regulamento contra a Covid-19, informou em entrevista coletiva o porta-voz do Comitê Organizador, Masanori Takaya. "Ninguém pode sair da Vila Olímpica para fazer turismo", declarou.

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Os atletas punidos são os judocas Lasha Shavdatuashvili e Vazha Margvelashvili, que conquistaram medalhas de prata nas categorias de até 73kg e 66kg, respectivamente, e ainda estavam hospedados na Vila Olímpica, segundo detalhou o Comitê Olímpico da Geórgia.

Ambos os atletas saíram da Vila Olímpica na noite da terça-feira passada, um dia após o fim de suas competições, e se deslocaram por outras partes da capital japonesa, entre elas a Torre de Tóquio, um ponto turístico popular, segundo a imprensa local.

Jornais japoneses publicaram fotos nas quais supostamente aparecem os dois atletas fora da Vila Olímpica e vestidos com camisetas com o nome da Geórgia. Esta é a primeira punição deste tipo aplicada pelo Comitê Organizador a atletas participantes dos Jogos por descumprimento da normativa conhecida como "Playbook" para a edição de 2020.

Com base nessas diretrizes, os atletas só poderiam sair da Vila Olímpica ou outros alojamentos durante os Jogos para ir a treinos ou competições. Não é permitido deixar o local para fazer turismo, passear ou realizar outras atividades de lazer. Os atletas também não podem usar o transporte público (apenas os oferecidos pela organização) e deveriam enviar com antecedência um plano indicando todas as movimentações previstas durante os Jogos Olímpicos.

As regras desta edição também obrigam que os atletas tenham dois aplicativos para smartphone que monitoram o estado de saúde e registram os deslocamentos. Os participantes também precisam ser submetidos a testes diários do novo coronavírus e usar máscara, exceto quando estiverem competindo ou treinando.

Uma vitória justa, mas que poderia ser maior. Foi assim que o lateral-direito e capitão Daniel Alves analisou o triunfo da seleção brasileira sobre o Egito neste sábado. Com gol do atacante Matheus Cunha, o Brasil derrotou os egípcios por 1 a 0 e garantiu vaga na semifinal do torneio de futebol masculino dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020.

"Poderíamos ter feito mais um gol. Mas não existe jogo fácil. As equipes evoluíram muito, criaram dificuldades, mas em nenhum momento perdemos o controle. Tivemos chances para fazer mais gols e o placar acabou sendo injusto pelas chances que criamos", avaliou o capitão.

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Na próxima fase, o Brasil enfrentará o México, que derrotou a Coreia do Sul por 6 a 3, em Yokohama, nas quartas de final. Daniel Alves sabe que a competição fica cada vez mais apertada e pediu respeito a todos os adversários. "Faltam dois jogos e está cada vez esta mais perto. Porém para passar de fase você precisa respeitar os adversários e melhorar algumas coisas, para não precisar fazer um esforço muito maior no final", finalizou.

Para o atacante Paulinho, uma das chaves para este desempenho foi o trabalho para antecipar a estratégia dos egípcios nos treinamentos. "Nosso time veio muito empenhado em criar muitas chances, a gente sabia que eles poderiam vir numa linha de 5 e prejudicar o nosso jogo. Mas trabalhamos muito nos treinamentos, exatamente com o que eles pretendiam fazer, e conseguimos o nosso objetivo", disse.

A seleção dominou toda a partida, teve 61% de posse de bola no primeiro tempo e, mesmo quando viu os adversários crescerem, não sofreu muitos sustos. Paulinho admitiu que o placar em Saitama poderia ter sido mais elástico, mas vê o time bem preparado para brigar por uma vaga na decisão.

"Tivemos muitas chances, eu tive duas em que poderia ter marcado, acabo me cobrando bastante por isso. Mas acho que o time foi muito bem, criou bastante e acho que temos tudo para chegarmos nessa semifinal bem, fazer mais um bom resultado e chegar à final", avaliou.

Brasil e México se enfrentam nesta terça-feira, às 5 horas (de Brasília), em Kashima. A outra semifinal será entre Espanha e Japão.

Em 2021, Rebeca Andrade conquistou a medalha prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio e se tornou a primeira medalhista olímpica da ginástica feminina brasileira. Em 2005, Daiane dos Santos se tornou a primeira brasileira a conquistar uma medalha de ouro em Campeonatos Mundiais da modalidade.

Embora separados por quase duas décadas, as duas realizações levam para um ponto único: o aumento da representatividade dos negros em uma modalidade que ainda luta para se popularizar. Esse é o principal consenso entre estudiosos da questão racial no Brasil.

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A relação de continuidade entre os feitos das duas ginastas foi observada pela própria Daiane. Em um discurso emocionado, logo após a conquista de Rebeca, ela destacou a importância das duas realizações para as mulheres negras do País.

"A primeira medalha de ouro do Brasil em Mundiais foi negra. E agora a gente tem a primeira medalha olímpica da ginástica artística brasileira também com uma negra. Isso é muito forte", disse Daiane, chorando durante a transmissão. "Durante muito tempo, disseram que as pessoas negras não poderiam fazer alguns esportes. A primeira medalha foi de uma negra. Existe uma representatividade muito grande atrás disso", completou.

É preciso lembrar que, além das conquistas de Daiane e Rebeca, está o feito de Daniele Hypolito, que foi a primeira brasileira a conquistar uma medalha em Mundiais, uma prata no solo de 2001.

"A Rebeca se inspirou na Daiane para ser campeã. Ela quis chegar aonde a Daiane chegou. Aí entra a questão da representatividade e a importância de mostrar para as crianças negras que elas podem chegar aonde elas quiserem. Durante muitos anos, a comunidade negra brasileira teve certa carência de exemplos. É importante perceber o significado dessa vitória", opina o pesquisador Marcelo Carvalho, presidente do Observatório da Discriminação Racial.

Essa é a mesma visão do professor Amailton Azevedo, da Pontifícia Universidade Católica (PUC/SP). "O discurso de Daiane emite uma mensagem positiva para uma parcela significativa da população, em especial, para as meninas adolescentes das camadas populares e mais vulneráveis, socialmente", observa o autor do livro As micro-áfricas em São Paulo.

Um dos autores do curso "Esporte Antirracista", oferecido pelo Comitê Olímpico do Brasil para os atletas, o professor Tiago Vinícius André dos Santos lembra o racismo estrutural. "Daiane se refere ao fato de que os negros eram supervalorizados para determinados papéis relacionadas ao esforço físico. No esporte, o atletismo seria o seu lugar mais apropriado. Enquanto é possível praticá-lo mesmo descalço, a esgrima, natação, tênis ou vela exigem a inscrição em um clube ou algo assim", explica o professor de Direito da Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul.

A questão racial é delicada na ginástica, como lembra o cientista social e historiador Marcel Tonini, que cita um caso de repercussão nacional. O ginasta Ângelo Assumpção, que já foi uma das promessas da modalidade, está desempregado há quase um ano. Em novembro do ano passado, ele foi demitido do Esporte Clube Pinheiros e afirma que foi alvo de racismo dentro do clube.

"Esta medalha de Rebeca também é do Ângelo Assumpção, que, embora campeão de salto na Copa do Mundo de Ginástica em 2015, foi banido pelos poucos clubes, em torno de 20 apenas, do Brasil por denunciar o racismo sofrido ao longo de anos. Por esse motivo, também, o feito de Rebeca é ainda maior", afirma. "Não nos esqueçamos que este esporte é elitista, com presença pobre e negra sendo contada nos dedos, em sua maioria fomentada pelo programa Bolsa Atleta, do Governo Federal", completa o doutor em História Social pela USP.

Para o estudioso, a manutenção de políticas de incentivo ao esporte e a adoção de outras de ação afirmativa, como cotas raciais, sociais, de inclusão, vai diminuir a desigualdade de acesso, permanência e resultados nas mais diferentes modalidades. "Quando tivermos dirigentes negros, a estrutura será abalada. Casos como os de Aline Pellegrino, no futebol, são ainda raríssimos e muito pontuais", completa.

No mesmo momento da Olimpíada de Tóquio-2020 em que a seleção brasileira feminina de futebol foi eliminada pelo Canadá, nas quartas de final, os Estados Unidos viveram um momento de glória que faltava às americanas tetracampeãs olímpicas. De forma dramática, venceram a Holanda por 4 a 2 na dispita de pênaltis, após empate por 2 a 2 no tempo normal e na prorrogação, e estão na semifinal do torneio.

A partida foi uma reedição da final do Mundial de 2019, disputado na França, e a vitória novamente ficou do lado das americanas. Nome do jogo, a goleira Naeher parou as cobranças de Miedema e Nouwen e garantiu a classificação dos Estados Unidos. Agora, a seleção americana enfrentará o Canadá.

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Nas outras partidas que definiram as semifinais, a Suécia acabou com o sonho de medalha do Japão. As suecas, que venceram por 3 a 1 as anfitriãs, terão confronto com a Austrália, que superou a Grã-Bretanha com uma vitória por 4 a 3.

A disputa das semifinais do torneio olímpico de futebol feminino será na próxima segunda-feira.

A volante Formiga, símbolo histórico da seleção feminina de futebol, não descansa nem mesmo durante a sua despedida. Recordista brasileira em participações olímpicas, a jogadora esperava que a sua última vez durasse um pouco mais. Depois da eliminação para o Canadá, nas quartas de final dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, fez um pedido que ela mesma sempre atendeu: continuar lutando pelo futebol feminino do país.

"Gostaria de estar feliz nesse momento, fazendo mais de 100 jogos, última Olimpíada, querendo a classificação. Mas pênaltis e o futebol como um todo são assim, acontece. Agora é levantar a cabeça, encarar novos jogos, novos campeonatos. Foi o que disse a elas: perdemos uma batalha, mas a guerra continua. Vamos continuar trabalhando e dando sempre o nosso melhor e tenho certeza que essa nova oportunidade de ganhar uma Olimpíada vai acontecer o quanto antes", projetou.

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Formiga esteve com a seleção em todas as edições olímpicas desde que o futebol feminino passou a ser disputado, em Atlanta-1996. Foi duas vezes medalhista de prata e chegou às semifinais em outras três oportunidades. Na sétima e última vez, a lenda do esporte brasileiro não conteve as lágrimas e, muito emocionada, reiterou a sua confiança no rumo que o Brasil tem seguido.

"Este é um dos melhores grupos com os quais já trabalhei. Acredito muito no trabalho que está sendo feito aqui, que encantou não só a mim mas a todas nós. Tenho certeza que as meninas que estão vindo aí terão um pouco mais de tempo para aplicar e entender melhor a filosofia de trabalho da Pia, que está sendo muito importante. Não é porque fomos eliminadas agora que não houve coisas boas; houve sim, muitas. Agora é levantar a cabeça e pensar já no próximo porque a gente não pode perder tempo para ficar lamentando", disse, defendendo o planejamento de longo prazo como crucial para manter a evolução da modalidade.

"Temos o Mundial (em 2023) pela frente e precisamos acelerar esse processo. É o que disse a elas: futebol é isso, alguém ganha, alguém perde, mas a gente precisa sempre pensar à frente, se cuidar, porque o trabalho vai continuar. Não faltou empenho, não faltou entrega. E tenho certeza que é daqui para melhor", concluiu.

Com a derrota para o Canadá nos pênaltis, a seleção feminina deu adeus à disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. A equipe agora volta as suas atenções para o próximo ciclo, que inclui as disputas da Copa América e do Mundial de 2023, que será na Austrália.

O Brasil encerrou nesta sexta-feira a sua participação no remo dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Lucas Verthein fez a semifinal B do single skiff, no Sea Forest Waterway, e ficou em sexto lugar na prova, terminando em 12.° no geral. Ao se classificar para a semifinal, o atleta havia igualado o melhor resultado do País na história da Olimpíada. Ele repetiu o feito de Paulo Cesar Dvorakowski, em Moscou-1980.

Uma das promessas do remo brasileiro, foi terceiro colocado no Mundial Júnior, em 2016, Lucas Verthein fez o tempo de 6min52s09 e o alemão Oliver Zeidler, que venceu sua bateria, marcou 6min44s44. O brasileiro falou sobre a sua participação em Tóquio-2020.

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"Avaliando minha participação nos Jogos, meus primeiros, fiz uma campanha muito positiva. Eu treinei muito para estar aqui e ficar entre os 12 melhores do mundo é muito bom. Obviamente, não estou satisfeito, eu quero conseguir mais um resultado histórico para o Brasil. É um passo de cada vez. Estamos construindo o nosso trabalho com muito amor e dedicação. Eu espero que agora, com um pouco da visibilidade que conseguimos trazer para o remo, possamos evoluir mais, conseguir mais recursos e trazer mais atletas para a modalidade. Hoje (sexta-feira) consegui cravar minha melhor marca pela FISA (Federação Internacional de Remo)", disse Lucas Verthein.

"Hoje, na final B, disputa do sétimo ao 12.º lugar, Lucas remou melhor tecnicamente que o dia anterior, mas não conseguiu obter uma média regular na terceira parcial. Lucas fez uma corrida justa, de orgulho e entrega, fechando sua última corrida com o tempo de 6min52s09, sendo seu melhor tempo confirmado pela FISA. Um ótimo resultado para um país sem tradição e cultura no remo, superando resultados anteriores e nos enchendo de esperança para dar sequência ao trabalho e buscar bater às metas que são essências dentro do esporte", afirmou Paulo Vinícius de Souza, técnico do remo.

A seleção brasileira feminina de vôlei chegou ao terceiro resultado positivo nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Nesta quinta-feira, o Brasil venceu o Japão por 3 sets a 0, na Ariake Arena, sendo que antes havia batido Coreia do Sul e República Dominicana. A ponteira Fernanda Garay foi a maior pontuadora do confronto, com 13 acertos. A atacante Gabi também teve boa pontuação, com nove.

A levantadora Macris deixou a quadra no terceiro set depois de sofrer uma lesão no tornozelo direito e foi substituída por Roberta. Segundo o médico da seleção feminina, Júlio Nardelli, a jogadora já começou o tratamento de fisioterapia e está em observação. "A Macris já está fazendo tratamento fisioterápico, vai ser acompanhada de perto e vamos realizar uma ressonância entre hoje (quinta-feira) e amanhã (sexta)", disse.

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A capitã Natália, que entrou bem na partida, comentou sobre a vitória diante das japonesas. "Nosso time jogou mais solto desde o início do primeiro set. Essa vitória em três sets contra o Japão foi muito boa para a nossa confiança. É sempre muito difícil jogar contra as japonesas que têm um dos melhores sistemas defensivos do mundo e acaba sendo um teste de paciência. O grupo todo atuou muito bem", afirmou.

Roberta destacou a postura brasileira em toda a partida e mostrou confiança na campanha do Brasil. "Ficamos chateadas com a lesão da Macris, mas tentei manter o nível que ela estava imprimindo na partida. Fico feliz que o time se juntou e conseguimos fechar o set por ela. Temos 12 atletas prontas para jogar, vamos focar em mandar boas energias para Macris e pensar na Sérvia. É um time muito alto e que bloqueia com eficiência", comentou.

O Brasil terá a Sérvia como próxima adversária nos Jogos de Tóquio-2020, em duelo que acontecerá às 4h25 (de Brasília) neste sábado. Na última edição olímpica, no Rio de Janeiro, em 2016, a seleção feminina ficou em quinto lugar. O País tem dois ouros e dois bronzes no vôlei feminino em Olimpíadas.

A goleira da seleção brasileira feminina de futebol, Bárbara, se envolveu em uma confusão nesta quarta-feira no Instagram. A integrante do elenco comandado por Pia Sundhage foi marcada em um post de Andrea Pontes, atleta paraolímpica da canoagem, dizendo que ela deveria ser substituída por Babi Arenhart, arqueira da seleção brasileira feminina de handebol.

A jogadora do Avaí/Kindermann-SC então fez um comentário, questionando se Pontes teria competência em seu esporte e capacidade de chegar em quatro Paralimpíadas, já que, em Tóquio, ela está em sua quarta edição de Jogos Olímpicos. A canoísta respondeu dizendo que já foi a 6ª melhor do mundo e que não lembrava de Bárbara nem como a 6ª melhor goleira do Brasil.

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Na sequência, ela desafiou a goleira e mencionou seu peso. "Quer fazer um tiro 200m velocidade comigo? Você aguenta? "Cheinha" como você está, o arrasto do caíque vai ser grande!" O print foi mostrado pela atleta da categoria VL1, que marcou novamente Bárbara: "Ao invés de ficar discutindo no Instagram, vai treinar para ver se emagrece", disse Pontes.

Depois disso, a goleira da seleção brasileira baixou o nível da discussão de vez e, por DM, não deixou as mensagens sobre sua performance e seu peso passarem batido. Falou que não daria IBOPE às provocações e mandou a atleta paraolímpica procurar um esporte para competir.

Muitas palavras de baixo calão foram mencionadas pela pernambucana de 33 anos, principalmente de cunho sexual. "Acha que só porque é deficiente pode falar o que quer?", indagou Bárbara.

As mensagens privadas só foram vistas, pois Andrea Pontes postou mais um story dizendo: "Além de frangueira é mal educada! Essa é a goleira da seleção".

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Depois de uma vitória tranquila sobre a Tunísia e um triunfo apertado, de virada, sobre a Argentina, a seleção brasileira masculina de vôlei perdeu pela primeira vez nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Nesta quarta-feira, o time comandado pelo técnico Renan Dal Zotto foi facilmente dominado pelo Comitê Olímpico Russo, que ganhou por 3 sets a 0 - com parciais de 25/22, 25/20 e 25/20 -, em duelo realizado na Ariake Arena, pela terceira rodada do Grupo B.

O Brasil soma agora duas vitórias e uma derrota e tem cinco pontos. Os russos lideram com folga, invictos, com nove pontos. A derrota nesta quarta-feira empurra a seleção brasileira para o terceiro lugar no grupo, atrás ainda dos Estados Unidos, que fizeram 3 sets a 1 na lanterna Tunísia. Os quatro melhores se classificam às quartas de final.

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O time de Renan Dal Zotto volta à quadra nesta quinta-feira, às 23h05 (de Brasília). Para que a classificação à próxima fase não se torne um drama, a seleção precisa vencer os Estados Unidos. Na última rodada, no sábado, ainda encara a França, que nesta rodada foi derrotada pela Argentina por 3 a 2.

A Rússia joga em Tóquio-2020 sob o nome de ROC (Comitê Olímpico Russo, em inglês) por conta da punição imposta devido ao escândalo de doping no esporte do país. Não pode usar nome, bandeira ou qualquer coisa que lembre sua nação - ainda que o vermelho do uniforme seja predominante. Assim como na derrota na Liga das Nações também por 3 sets a 0, em maio, na Itália, o Brasil não esboçou reação.

Em quadra, Renan Dal Zotto manteve a base do time titular e o Brasil começou o jogo com: Bruno, Leal, Wallace, Maurício Souza, Lucão, Lucarelli e o líbero Thales. E como era de esperar, os times entraram com tudo e o início foi bastante equilibrado. A seleção brasileira conseguia se manter na frente do placar, até que a Rússia se encontrou no jogo. A equipe, muito bem encaixada, virou o marcador, tendo o bloqueio como principal diferencial.

O bloqueio russo voltou igualmente afiado para o segundo set e continuava complicando a vida do Brasil. O Comitê Olímpico Russo, no entanto, errava muitos saques, dando pontos de graça para a seleção brasileira, que, por sua vez, não conseguia aproveitar e viu os adversários abrirem vantagem novamente. Renan Dal Zotto, então, mexeu na equipe, apostando na velocidade de Douglas Souza no ataque e na boa distribuição de bola de Cachopa. As mudanças surtiram efeito em um primeiro momento, mas a Rússia seguia muito firme em quadra e logo barrou a reação brasileira, abrindo 2 a 0.

O técnico brasileiro manteve Douglas Souza em quadra e ele virou praticamente todas as bolas no terceiro set. A parcial começou mais equilibrada, com as equipes trocando pontos, sem abrir vantagem confortável. Até a metade dela, quando a Rússia embalou de novo e passou a construir a diferença no marcador. O Brasil tentava reagir e colar no placar, mas tinha dificuldades e cometia erros em momentos cruciais.

A equipe brasileira de ginástica artística, na categoria masculina, saiu do Centro de Ginástica Ariake, nesta quarta-feira, sem nenhuma medalha no peito no individual geral, na Olimpíada de Tóquio-2020. Caio Souza e Diogo Soares não foram páreos às grandes apresentações do japonês Daiki Ashimoto, medalhista de ouro, que arriscou mais nas piruetas e teve mais precisão nos movimentos.

O pódio ficou completo com o chinês Xiao Ruoteng, medalhista de prata, e o russo Nikita Nagornyy, atual campeão mundial, terminando com o bronze.

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Caio Souza foi bem no começo, principalmente nas argolas e no salto, suas provas preferidas no Circuito Mundial. Chegou a figurar no terceiro e no quarto lugar no ranking geral, mas os outros competidores tiveram notas ainda mais altas, elevando o nível. Terminou em 17.º, com 81,532 pontos. O atleta brasileiro foi bastante penalizado no cavalo com alças após uma queda que lhe custou muitos pontos.

O risco foi bastante pontuado nas provas da final masculina, o que fez com que Diogo Soares, mais cauteloso nos movimentos, não se destacasse e perdesse muitas posições. Mesmo assim, o ginasta brasileiro ficou feliz com o resultado.

"Eu estou muito feliz com as minhas séries. Tive alguns errinhos aqui, ou ali. Alguns aparelhos que eu tirei mais nota na classificatória, outros menos. Mas no geral estou bem feliz. Eu consegui aumentar a pontuação e era isso que eu vinha buscar", disse o atleta, que terminou em 20.º lugar na classificação geral, com 81,198 pontos.

A seleção brasileira de futebol masculino terá pela frente o Egito nas quartas de final dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. A definição do confronto se deu nesta quarta-feira, com o encerramento da fase de grupos do torneio. Os africanos venceram a Austrália por 2 a 0, em Miyagi, terminaram em segundo lugar no Grupo C e ficou no caminho da equipe comandada pelo técnico André Jardine, neste sábado, às 7 horas (de Brasília), em Saitama.

A classificação do Egito foi surpreendente pelo fato também de eliminar a Argentina, uma das favoritas ao ouro olímpico, que empatou com a Espanha por 1 a 1 no outro duelo da chave. Com quatro pontos, a seleção africana terminou empatada com a sul-americana, mas ficou à frente pela diferença no saldo de gols: 1 contra -1. E no domingo passado os argentinos haviam derrotado os egípcios por 1 a 0.

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Com a igualdade contra a Argentina, a Espanha ficou com a primeira colocação do grupo, somando cinco pontos na tabela de classificação, e abre as quartas de final contra Costa do Marfim, a segunda da chave do Brasil, também neste sábado, às 5 horas.

OUTROS JOGOS - Nem Espanha, Argentina, Alemanha ou Brasil. A seleção que terminou a fase de grupos com 100% de aproveitamento foi o Japão. Os donos da casa, líderes do Grupo A, golearam a França por 4 a 0, nesta quarta-feira, em Yokohama, e eliminaram os europeus.

No primeiro tempo, os gols japoneses foram do meia Takefusa Kubo, aos 26 minutos, e do lateral-direito Hiroki Sakai, aos 33. Koji Miyoshi, que entrou na vaga de Kubo no intervalo, marcou o terceiro aos 24. O atacante Daizen Maeda fechou a conta nos acréscimos.

A adversária do Japão nas quartas de final será a Nova Zelândia, que empatou sem gols com a Romênia e ficou em segundo lugar no Grupo B. A partida está marcada para este sábado, às 6 horas, em Kashima.

Por fim, a Coreia do Sul passou em primeiro no Grupo B ao golear Honduras por 6 a 0 e vai pegar o México, segundo do Grupo depois de bater a África do Sul por 3 a 0. O confronto será neste sábado, às 8 horas, em Yokohama.

O astro da NBA, Luka Doncic, que disputa a Olimpíada de Tóquio-2020 com a seleção da Eslovênia, foi flagrado, ao lado de colegas da equipe, em uma festa clandestina na Vila Olímpica nesta terça-feira. As informações são do jornal espanhol Mundo Deportivo, que afirma que o encontro foi realizado depois da vitória dos eslovenos sobre a Argentina, em que o Doncic se destacou com 48 pontos. A comemoração se tornou pública depois que Cristina Ouviña, da seleção de basquete da Espanha, divulgou imagens do encontro em suas redes sociais. Ela chegou a apagar, mas não a tempo das imagens viralizaram na internet.

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Nas fotos registradas pela espanhola é possível ver Doncic sem máscara e bem próximo de colegas (alguns sem camisa) na mesma condição. As imagens ainda mostram que as pessoas presentes estão em volta de mesas com baralho, fichas de pôquer, garrafas de vodca e narguilé.

Até o momento, o jogador e a delegação da Eslovênia não se pronunciaram sobre a festa. Quem se manifestou foi Cristina Ouviña, que pediu desculpas à delegação eslovena pela publicação das fotos e assumiu o erro de compartilhar a sua experiência na Vila Olímpica.

"Me equivoquei ao compartilhar minha experiência olímpica, mas quero ressaltar que todos os atletas que estamos em Tóquio somos conscientes da situação da pandemia que estamos vivendo e que não devemos nos relacionar com ninguém de fora da bolha da Vila Olímpica", escreveu a atleta em uma de suas redes sociais.

As aglomerações na Vila estão proibidas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), que tem incentivado o máximo distanciamento possível entre os atletas. Entre as regras de convivência impostas pela entidade está a de fazer as refeições de forma individual em seus alojamentos. Além de impedir a presença de torcedores nas arenas, o COI também estabeleceu aos atletas um protocolo de testagem constante, restrição de deslocamento pela cidade, a necessidade de praticar distanciamento social e utilizar a máscara de forma obrigatória. O COI, contudo, ainda não acenou sobre alguma possível punição aos envolvidos na festa clandestina.

Os Jogos de Tóquio-2020 acontecem sob protestos de parte da população japonesa preocupada com o aumento de casos de covid-19 no país e com a possibilidade do evento se tornar um propagador do vírus. O evento, que foi adiado por um ano em razão da pandemia, estava sob riscos de um novo cancelamento na semana de sua abertura.

A seleção da Eslovênia e Doncic voltam para quadra nesta quinta-feira, à 1h40 (de Brasília), para enfrentar a equipe do Japão.

A ginasta Simone Biles ficou fora da final por equipes do time dos Estados Unidos nos Jogos Olímpicos de Tóquio nesta terça-feira, dia 27 (no horário do Brasil). Sem ela, o time americano perdeu o ouro para as rivais russas e não confirmou o tricampeonato olímpico da disputa. Restou a medalha de prata, e a Grã-Bretanha completou o pódio. A maior estrela dos Jogos de Tóquio vive um drama emocional. Ela se sente pressionada por grandes resultados. Sua participação nas cinco provas individuais, na quinta-feira, não está confirmada. A brasileira Rebeca Andrade está entre as finalistas.

No Centro de Ginástica Ariakea, a americana de 24 anos cometeu uma falha no salto, a primeira prova por equipes, e foi retirada da disputa dos outros aparelhos. Além de problemas no tornozelo direito, a dona de quatro medalhas de ouro e uma de bronze nos Jogos Olímpicos do Rio-2016 não estaria suportando a pressão emocional e a cobrança por repetir o feito e se tornar uma das maiores ginastas de todos os tempos.

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Na entrevista coletiva após a conquista da medalha de prata, a ginasta confirmou a decisão de deixar a prova. "Eu senti que seria melhor que eu me afastasse... Eu não queria arriscar uma medalha do time, porque elas trabalharam duro demais para eu estragar tudo". Os Estados Unidos não perdiam uma grande competição (Olimpíadas e Mundiais) desde o Mundial de Roterdã, em 2010, quando as russas foram campeãs.

Simone Biles negou problemas físicos. Depois da desistência, ele continuou no ginásio apoiando as companheiras. A USA Gymnastics (Federação de Ginástica dos Estados Unidos) chegou a afirmar que Simone Biles havia sido retirada da decisão por motivos médicos. A ginasta confirmou que se sente pressionada.

"A saúde mental vem em primeiro lugar porque se você não se diverte no seu esporte, você não consegue fazer as coisas que você gostaria. Preciso me concentrar no meu bem-estar, há vida além da ginástica. Infelizmente aconteceu nesse palco. Esses Jogos Olímpicos têm sido muito estressantes. Tivemos um longo ano em uma preparação olímpica também longa. Não temos público. Estamos todos muito estressados. Nós deveríamos estar nos divertindo, mas não é o caso", afirmou a ginasta que, mesmo cometendo falhas nas fases classificatórias, conseguiu avançar para cinco finais.

O drama de Biles já vinha sendo noticiado pela imprensa americana. De acordo com o jornal The New York Times, a estrela da ginástica vive profundo estresse emocional por causa das cobranças por grandes resultados. Ela luta contra o estresse de ser a maior ginasta da história e que estava com dificuldades para administrar as cobranças. Por isso, a ginasta teria colocado em dúvida sua participação nas próximas provas.

As dificuldades fizeram Biles mudar até o planejamento de suas apresentações. Ela havia planejado fazer um salto em Yurchenko com duas voltas e meia na saída, mas mudou de ideia e executou o movimento com apenas uma volta e meia sobre o corpo. Para uma ginasta do nível dela, a falha foi grave. O salto errado foi um golpe enorme também para a equipe americana. O salto recebeu 5,0 pela dificuldade. Sua pontuação total foi de 13,766, uma nota baixa para sua habilidade na ginástica.

Nos últimos dias, Biles já havia dado indícios dos problemas que estava sofrendo. Na segunda-feira, depois de se classificar às finais mesmo cometendo falhas, ela publicou que estava sentindo um "peso nos ombros". "Não foi um dia fácil ou o meu melhor, mas consegui superá-lo. Eu realmente sinto que às vezes tenho o peso do mundo sobre meus ombros. Eu sei que ignoro e faço parecer que a pressão não me afeta, mas às vezes é difícil hahaha! As Olimpíadas não são brincadeira! MAS estou feliz que minha família foi capaz de estar comigo virtualmente? Eles significam o mundo para mim!" postou em suas redes sociais.

De qualquer forma, ela tem mais dois dias para se colocar em pé novamente. Se não tiver condições, possivelmente chegará a notícia de sua desistência. Se a contusão tiver dor suportável para ela, Simone poderá pedir para competir. Nenhuma outra atleta é chamada em seu lugar para as decisões.

A terça-feira do Brasil no vôlei de praia dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 terminou com uma derrota. Depois de vencerem com facilidade na estreia, Agatha e Duda não conseguiram encaixar bem seu estilo de jogo e foram derrotadas pela dupla chinesa Wang/Xia por 2 sets a 0 - com as parciais de 21/18 e 21/14. A partida contou com grande atuação das asiáticas - principalmente de Wang -, marcadas por poucos erros.

O resultado positivo levou as chinesas à liderança do Grupo C, com duas vitórias e quatro pontos. A situação da chave só será definida na última rodada, mas as brasileiras podem terminar ainda na segunda colocação em caso de vitória sobre a dupla canadense Bansley/Brandie. O jogo está marcado para as 9 horas (de Brasília) desta quinta-feira. No mesmo dia, uma hora antes, Wang e Xia enfrentam as argentinas Gallay e Pereyra.

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O regulamento da competição prevê a seguinte dinâmica: são seis grupos com quatro duplas e as duas primeiras avançam às oitavas de final. Além disso, as duas melhores terceiras colocadas também passam direto. As outras quatro terceiras jogam entre si, em uma espécie de repescagem, para apontar mais duas duplas que totalizarão as 16 participantes da fase eliminatória.

Em quadra, as brasileiras ficaram no bloqueio chinês no começo do jogo, perdendo por 2 a 0, até equilibrar a partida e empatarem em 5 a 5, graças a Duda, que forçou as adversárias ao erro com o saque. O Brasil passou à frente no placar fazendo 9 a 8, mas as chinesas endureceram e não permitem distanciamento no placar, abrindo dois pontos de vantagem em 11 a 9.

No entanto, a dupla chinesa se recuperou e virou a partida para 13 a 12. Sem cometer erros, conseguiram abrir vantagem e fecharam o primeiro set por 21 a 18.

Já a segunda parcial iniciou como o primeiro com Wang e Xia abrindo 3 a 0, seja em bloqueios ou abusando de bolas curtas. Porém a dupla brasileira virou o jogo para 4 a 3 e deixou a partida equilibrada. Após viradas e empates, o duelo estava empatado em 10 a 10. Na volta de um tempo técnico, as chinesas cresceram e com erros das brasileiras abriram ampla vantagem e confirmaram a vitória por 21 a 14.

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