Tópicos | Tóquio-2020

"Amor à camisa desde o início. Ganharam com merecimento". Foi com essas frases que o técnico André Jardine explicou a conquista da segunda medalha de ouro olímpica seguida do Brasil no futebol masculino. Neste sábado (7), em Yokohama, no Japão, a seleção brasileira derrotou a Espanha por 2 a 1 na prorrogação, após empate por 1 a 1 no tempo normal, para repetir na Olimpíada de Tóquio-2020 a campanha de cinco anos atrás nos Jogos de Rio-2016.

"Temos a característica de nos adaptarmos a estilos diferentes de jogo e nos defendermos de maneira diferente. Foi uma grande final contra uma grande equipe. É uma escola (a espanhola) muito difícil de enfrentar, de quem tem o controle da bola, e lutamos para não entregá-la. Construímos uma equipe com

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muita determinação", disse o técnico brasileiro logo após presenciar, do lado de fora do gramado, a festa dos jogadores no lugar mais alto do pódio.

Para André Jardine, a entrada do atacante Malcom na prorrogação, no lugar de Matheus Cunha - que havia feito o primeiro gol brasileiro -, foi decisiva. O ex-jogador do Corinthians, hoje no Zenit St.Petersburg, da Rússia, marcou o gol do título olímpico na parte final do tempo extra. "A entrada de Malcom foi decisiva no lado esquerdo. Foi uma mudança que já estávamos pensando e que graças a Deus deu certo", afirmou o treinador.

"A substituição em si, para eu fazer, tem que fazer muito sentido. Sentia o (Matheus) Cunha ainda com a energia para poder decidir o jogo. Acho que a dupla de ataque preocupava muito, mas aí começamos a sofrer na parte defensiva", prosseguiu André Jardine, que recebeu críticas pela demora em mudar o time.

O técnico aproveitou para exaltar o processo que os jogadores passaram ao longo do ciclo olímpico, que durou cinco anos com o adiamento dos Jogos de Tóquio-2020 por conta da pandemia do novo coronavírus. "Muitos vimos crescer e virarem jogadores de seleção brasileira, hoje almejando um espaço na (seleção) principal. É muito gratificante. Somos muito vitoriosos por causa do trabalho de todo mundo", comentou.

Daniel Alves tem mais títulos do que idade. Aos 38 anos, o lateral-direito chegou neste sábado (7) a sua 42ª conquista com a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio, após vitória na prorrogação por 2 a 1 diante da Espanha. Mas, o jogador do São Paulo admitiu que o título no Estádio Internacional de Yokohama foi especial.

"Sabíamos que a luta ia ser muito difícil, mas que o final ia valer a pena e assim foi. Estamos muito felizes. É um momento indescritível que a gente tem de desfrutar porque foi muito suado colocar essa medalha de ouro no peito", disse.

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Apesar de ter acumulado ao longo da carreira dezenas de títulos, disputar - e ganhar - uma Olimpíada era um meta que o jogador do São Paulo vinha perseguindo há bastante tempo. Ele esteve perto de disputar os Jogos Olímpicos em outras duas oportunidades, mas acabou ficando de fora da competição.

"Tem momentos na vida que as palavras somem e esse é um deles. Poder ser um atleta olímpico, representando a minha Bahia, meu Nordeste, as pessoas que eu amo, que batalham comigo, é muito incrível. Gostaria de compartilhar isso com todos eles", disse.

Daniel Alves foi um dos três jogadores acima de 24 anos convocados pelo técnico André Jardine - os outros dois são o goleiro Santos e o zagueiro Diego Carlos. "Eu tinha falado antes que, por mais história que a gente tenha, mais vivência, era virgem nesse aspecto. Vir aqui pela primeira vez e voltar com o prêmio maior. Estar aqui no maior evento do mundo, onde estão os melhores do esporte."

Mesmo com a idade avançada, Daniel Alves suportou bem a maratona de seis jogos em 17 dias que a seleção brasileira enfrentou na Olimpíada. Inclusive foi um dos que apresentou melhor preparo físico ao longo da competição. Na decisão contra a Espanha, por exemplo, ficou os 120 minutos em campo (90 no tempo normal e mais 30 da prorrogação), sem apresentar sinais evidentes de cansaço como outros jogadores mais novos.

"Gostaria de agradecer a todos que acreditaram em mim como jogador extra (acima de 24 anos). É sempre muito difícil escolher esse atleta extra e eles confiaram em mim. Graças a um grande trabalho bem feito, a gente conseguiu realizar um sonho, não só por ser um momento olímpico, mas subir no lugar mais alto do pódio representa muito para a gente", afirmou.

Daniel Alves recebeu de Jardine a faixa de capitão e foi uma referência para o grupo durante a Olimpíada. Vários foram os atletas que fizeram questão de elogiar o comportamento do lateral. Gabriel Menino, por exemplo, chegou a dizer que os ensinamentos que recebeu do veterano eram "surreais".

Desde 2003 quando foi convocado pela primeira vez para a seleção brasileira sub-20, Daniel Alves fez 141 jogos pela equipe nacional, incluindo os times principal e olímpico também. Com a medalha de ouro garantida, seu próximo objetivo é disputar a Copa de 2022, no Catar, quando terá 39 anos. O jogador está nos planos de Tite para o Mundial e só não participou da última Copa América porque se machucou.

Quadro de medalhas após as finais deste sábado (7) nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020:

Ouro Prata Bronze Total

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China 38 31 18 87

Estados Unidos 36 39 33 108

Japão 27 12 17 56

Comitê Olímpico Russo 20 26 23 69

Grã-Bretanha 20 21 22 63

Austrália 17 7 22 46

Alemanha 10 11 16 37

Holanda 10 11 12 33

Itália 10 10 19 39

França 9 12 11 32

Nova Zelândia 7 6 7 20

Brasil 7 4 8 19

Hungria 6 7 6 19

Canadá 6 6 11 23

Coreia do Sul 6 4 10 20

Cuba 6 3 5 14

Polônia 4 5 5 14

República Tcheca 4 4 3 11

Noruega 4 2 1 7

Jamaica 4 1 4 9

Espanha 3 8 6 17

Suécia 3 6 0 9

Suíça 3 4 6 13

Dinamarca 3 4 4 11

Quênia 3 4 2 9

Croácia 3 3 2 8

Irã 3 2 2 7

Bélgica 3 1 2 6

Eslovênia 3 1 1 5

Geórgia 2 5 1 8

Taiwan 2 4 6 12

Turquia 2 2 9 13

Sérvia 2 1 4 7

Bulgária 2 1 2 5

Uganda 2 1 1 4

Equador 2 1 0 3

Israel 2 0 2 4

Uzbequistão 2 0 2 4

Catar 2 0 1 3

Grécia 2 0 1 3

Bahamas 2 0 0 2

Kosovo 2 0 0 2

Ucrânia 1 5 12 18

Belarus 1 3 3 7

Romênia 1 3 0 4

Venezuela 1 3 0 4

Índia 1 2 4 7

Hong Kong 1 2 2 5

Eslováquia 1 2 1 4

Filipinas 1 2 1 4

África do Sul 1 2 0 3

Áustria 1 1 5 7

Egito 1 1 4 6

Indonésia 1 1 3 5

Etiópia 1 1 2 4

Portugal 1 1 2 4

Tunísia 1 1 0 2

Irlanda 1 0 2 3

Estônia 1 0 1 2

Fiji 1 0 1 2

Letônia 1 0 1 2

Tailândia 1 0 1 2

Bermuda 1 0 0 1

Marrocos 1 0 0 1

Porto Rico 1 0 0 1

Colômbia 0 4 1 5

Azerbaijão 0 3 4 7

República Dominicana 0 3 2 5

Armênia 0 2 2 4

Quirguistão 0 2 1 3

Mongólia 0 1 3 4

Argentina 0 1 2 3

San Marino 0 1 2 3

Jordânia 0 1 1 2

Nigéria 0 1 1 2

Arábia Saudita 0 1 0 1

Bahrein 0 1 0 1

Lituânia 0 1 0 1

Macedônia do Norte 0 1 0 1

Namíbia 0 1 0 1

Turcomenistão 0 1 0 1

Cazaquistão 0 0 8 8

México 0 0 4 4

Finlândia 0 0 2 2

Botsuana 0 0 1 1

Burkina Faso 0 0 1 1

Costa de Marfim 0 0 1 1

Gana 0 0 1 1

Granada 0 0 1 1

Kuwait 0 0 1 1

Malásia 0 0 1 1

Moldávia 0 0 1 1

Síria 0 0 1 1

Depois de superar o recorde de medalhas em uma mesma edição olímpica e confirmar 21 conquistas (falta definir a cor de duas delas), o Brasil igualou neste sábado a melhor marca em número de ouros. Com a vitória do futebol masculino diante da Espanha, o País chegou sete vezes ao lugar mais alto do pódio nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Esse foi o mesmo número dos Jogos do Rio-2016.

Em Tóquio, o Brasil já foi campeão olímpico com Italo Ferreira (surfe), Rebeca Andrade (ginástica artística), Martine Grael e Kahena Kunze (vela), Ana Marcela Cunha (maratona aquática), Isaquias Queiroz (canoagem), Hebert Conceição (boxe) e agora com o futebol masculino. Só neste sábado, o Brasil conquistou três ouros.

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O Brasil ainda tem duas possibilidades de superar esse recorde. Uma delas é a final do boxe feminino com Bia Ferreira contra a irlandesa Kellie Harrington. A outra chance é a final do vôlei feminino com os Estados Unidos. O Time Brasil já colocou 19 medalhas no peito (sete ouros, quatro pratas e oito bronzes).

Confira as medalhas de ouro conquistadas pelo Brasil em Tóquio-2020:

ÍTALO FERREIRA - SURFE

O potiguar de Baía Formosa chegou a Tóquio como atual campeão mundial de surfe e se despediu como o primeiro campeão olímpico da modalidade, que fez sua estreia. Na final, o brasileiro superou o japonês Kanoa Igarashi, que havia avançado nas semifinais sobre Gabriel Medina, após decisão polêmica dos juízes.

ANA MARCELA CUNHA - MARATONA AQUÁTICA

A baiana tem um arsenal tão grande de títulos na carreira que aos 19 anos já é um dos principais nomes da história da maratona aquática. Mas faltava uma medalha em olimpíadas. E não podia ter cor melhor. Na terceira participação dela no evento, Ana Marcela completou a prova de 10km com um corpo na frente, batendo na placa da linha de chegada em prmeiro lugar, com o tempo de 1hora59min30seg8. A prata ficou com a holandesa Sharonvan Rouwendaal e o bronze com a australiana Kareena Lee.

ISAQUIAS QUEIROZ - CANOAGEM VELOCIDADE

Isaquias Queiroz realizou o sonho de ser campeão olímpico. O baiano ganhou a medalha de ouro no C1 1.000m na canoagem velocidade. O feito reafirma a contribuição do treinador Jesus Morlán, que forjou outros campeões da modalidade, mas faleceu durante o ciclo para a Olimpíada. Isaquias está a apenas uma medalha dos recordistas brasileiros, os velejadores Robert Scheidt e Torben Grael, que somam cinco pódios olímpicos no currículo.

MARTINE GRAEL E KAHENA KUNZE - VELA (49er FX)

Martine e Kahena chegaram à medal race dependendo apenas de si para se tornarem bicampeãs olímpicas A dupla de velejadoras de 30 anos terminou na terceira colocação, com larga vantagem sobre as adversárias diretas. São duas participações olímpicas e dois ouros na classe 49er FX.

REBECA ANDRADE - GINÁSTICA ARTÍSTICA

Depois de emocionar o País com a prata conquistada no individual geral, Rebeca foi além. A ginasta se sagrou campeã olímpica no salto sobre a mesa. O pódio foi completado com a americana Mykayla Skinner, com a prata, e a sul-coreana Seojeong Yeo, com o bronze. Com o feito duplo, a ginasta de Guarulhos (SP) tornou-se a primeira brasileira a ganhar duas medalhas em uma mesma edição olímpica.

HEBERT CONCEIÇÃO - BOXE

O boxeador Hebert Conceição conquistou a medalha de ouro na categoria dos pesos médios (até 75 quilos), ao vencer, neste sábado, o ucraniano Oleksabdr Khyzhniak, por nocaute técnico, no terceiro assalto. Aos 23 anos, o baiano de Salvador repete o feito de Robson Conceição, campeão olímpico n Rio-2016.

FUTEBOL MASCULINO

O Brasil conquistou o bicampeonato olímpico com a vitória sobre a Espanha por 2 a 1, na prorrogação, neste sábado. Richarlison, um dos destaques da equipe, foi artilheiro da competição. O gol do título foi marcado pelo atacante Malcolm, do Zenit, da Rússia.

Coube ao atacante Malcom ser o improvável herói do bicampeonato olímpico do futebol brasileiro neste sábado nos Jogos de Tóquio-2020. O ex-jogador do Corinthians, atualmente no Zenit St.Petersburg, da Rússia, saiu do banco de reservas na prorrogação para fazer o gol da dramática vitória por 2 a 1 sobre a Espanha, no estádio Internacional de Yokohama.

A chegada do jogador à Olimpíada foi uma epopeia, cheia de idas e vindas. Ele foi convocado na lista inicial do treinador André Jardine ainda no dia 17 de junho. O problema é que o Zenit St.Petersburg não liberou o atleta e a comissão técnica, então, resolveu chamar Martinelli, do Arsenal. Tudo mudou depois que Douglas Augusto, lesionado, acabou cortado. A CBF voltou a pedir ao clube russo a convocação de Malcom e conseguiu que o atacante se juntasse à seleção somente faltando três dias para a estreia, mais de um mês depois da convocação inicial.

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Com o triunfo deste sábado, o Brasil passa agora a ter dois ouros (Rio-2016 e Tóquio-2020), três pratas (Los Angeles-1984, Seul-1988 e Londres-2012) e dois bronzes (Atlanta-1996 e Pequim-2008). A seleção saltou para o terceiro lugar no ranking de todos os tempos do futebol masculino nos Jogos Olímpicos, ultrapassando a Argentina (dois ouros e duas pratas), atrás apenas de Hungria e Grã-Bretanha (três ouros cada).

O título invicto marca uma campanha na qual Jardine não pôde contar com todos os jogadores que gostaria sem a liberação de nomes como Neymar, Marquinhos, Weverton, Rodrygo, Vinicius Junior e Pedro. Apesar de tantas ausências, ele conseguiu montar um time forte e competitivo.

A final deste sábado, no entanto, poderia ter sido menos complicada para o Brasil se Richarlison não tivesse desperdiçado, aos 37 minutos do primeiro tempo, um pênalti sofrido por Matheus Cunha. A volta do atacante Hertha Berlin, recuperado de uma contratura muscular, inclusive, melhorou muito o poder ofensivo do time.

Com Antony pela direita, Claudinho na esquerda e Matheus Cunha e Richarlison se movimentando próximo à área, o Brasil marcava sob pressão e criou boas chances de gol ao longo do primeiro tempo. O lance mais efetivo da Espanha foi aos 15 minutos, mas Diego Carlos salvou em cima da linha.

O belo gol marcado por Matheus Cunha já nos acréscimos fez justiça ao time que mais atacou na etapa inicial, apesar da tensão e do equilíbrio do jogo. Aos 46 minutos, após invertida de bola de Claudinho, Daniel Alves mandou para o meio da área, onde Matheus Cunha se livrou da marcação de três espanhóis com um único toque na bola e bateu de primeira com estilo.

Como precisava do gol, a Espanha se arriscou mais ao ataque no segundo tempo e passou a oferecer espaços para os contragolpes da seleção. Em uma dessas escapadas, o Brasil esteve muito perto de ampliar aos oito minutos, quando Richarlison carimbou o travessão.

O problema é que a seleção recuou demais a marcação e deixava a bola muito tempo com a Espanha. Após tanto rondar a área do Brasil, os espanhóis empataram aos 14 minutos em um belo gol de Oyarzabal após cruzamento da direita.

A partida, então, ficou perigosa para a seleção. O Brasil deixou de pressionar a saída de bola e aceitava passivamente o jogo da Espanha. Os jogadores ignoraram o fair play, passaram a trocar provocações e empurrões. Nesse jogo de imposição física, o Brasil parecia mais cansado do que a Espanha. Os espanhóis acertaram duas bolas no travessão em sequência. Aos 39 minutos com Soler e aos 42 com Bryan Gil.

Na prorrogação, a entrada de Malcom no lugar de Matheus Cunha renovou o fôlego do ataque e quem passou a ser mais perigoso foi o Brasil. Faltava, no entanto, melhorar o acabamento das jogadas. Até que, aos dois minutos do segundo tempo, Malcom disparou em velocidade pela esquerda e tocou na saída do goleiro para garantir mais uma medalha de ouro para o Brasil.

FICHA TÉCNICA

BRASIL 2 x 1 ESPANHA

BRASIL - Santos; Daniel Alves, Nino, Diego Carlos e Guilherme Arana; Douglas Luiz, Bruno Guimarães, Claudinho (Reinier) e Anthony (Gabriel Menino); Richarlison (Paulinho) e Matheus Cunha (Malcom). Técnico: André Jardine.

ESPANHA - Unai Simón; Óscar Gil (Vallejo), Èric Garcia, Pau Torres e Cucurella (Miranda); Zubimendi (Moncayola), Mikel Merino (Soler) e Pedri; Marco Asensio (Bryan Gil), Oyarzabal e Dani Olmo. Técnico: Luis de La Fuente.

GOLS - Matheus Cunha, aos 46 minutos do primeiro tempo; Oyarzabal, aos 14 minutos do segundo tempo; e Malcom, aos 2 minutos do segundo tempo da prorrogação.

CARTÕES AMARELOS - Guilherme Arana, Richarlison e Matheus Cunha (Brasil); Eric García e Bryan Gil (Espanha).

ÁRBITRO - Chris Beath (Fifa-Austrália).

RENDA E PÚBLICO - Jogo com portões fechados.

LOCAL - Estádio Internacional, em Yokohama (Japão).

A vitória do Brasil diante da Coreia do Sul pela semifinal do vôlei feminino foi histórica. Com o resultado, o País bateu em Tóquio-2020 o recorde de medalhas em uma edição dos Jogos Olímpicos. A marca anterior havia sido conquistada na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, com 19 pódios.

Nos Jogos de Tóquio, o Time Brasil já colocou 16 medalhas no peito (quatro ouros, quatro pratas e oito bronzes) e tem mais quatro pódios garantidos. São duas finais no boxe, com Bia Ferreira e Hebert Souza, o futebol masculino, que decide o ouro diante da Espanha, e, claro, o vôlei feminino contra os Estados Unidos.

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Esse número ainda pode aumentar, já que o hipismo brasileiro está na final por equipes dos saltos, e Isaquias Queiroz tem boas chances de conquistar uma medalha na canoa individual, prova de 1.000m. Ele é um dos favoritos e já garantiu a prata nos Jogos Olímpicos do Rio-2016.

Até o momento, o Brasil conquistou ouro com o surfista Italo Ferreira - primeiro campeão olímpico da modalidade -, a ginasta Rebeca Andrade, no salto, a dupla Martine Grael e Kahena Kunze - bicampeãs olímpicas na classe 49erFX da vela-, e Ana Marcela Cunha, na maratona aquática.

No individual geral, a atleta da ginástica artística Rebeca Andrade também conquistou a prata, assim como os skatistas Kelvin Hoefler, Pedro Barros e Rayssa Leal.

O bronze veio com os nadadores Fernando Scheffer e Bruno Fratus, os judocas Daniel Cargnin e Mayra Aguiar, Alison dos Santos e Thiago Braz no atletismo, a dupla de tenistas Laura Pigossi e Luisa Stefani e no boxe com Abner Teixeira.

Um percurso técnico, uma nova regra e uma noite tensa para os cavaleiros. Na fase classificatória por equipes do Hipismo Saltos, nesta quinta-feira, muitos cavalos refugaram e acabaram eliminando suas equipes, como aconteceu com a forte Irlanda, nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. O cavalo Carlitos Way 6, de Rodrigo Pessoa, terceiro e último cavaleiro a entrar no picadeiro pelo Brasil, deu um susto no atleta, refugou mais de uma vez e derrubou dois obstáculos.

A experiência de Pessoa, que está em sua sétima edição olímpica, fez com que ele terminasse o percurso e garantisse a classificação do país para a final. Mas a sua participação na decisão, marcada para esse sábado, está praticamente descartada.

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"O cavalo estava muito tenso. Ele ficou impressionado com os obstáculos. Essa nova regra da modalidade em Tóquio, mesmo sendo criticada por alguns, hoje (sexta-feira) nos ajudou. Além dos dois percursos espetaculares do Pedro e do Marlon, a eliminação dos times nos deixou uma margem", analisou o cavaleiro, que complementou. "Amanhã (sábado) o jogo zera e vamos brigar por medalhas. A experiência nesse momento contou, pois consegui levar o cavalo até o final. Os cavalos são imprevisíveis e demos sorte. Para mim Tóquio acaba aqui. O meu cavalo não está em condições de ajudar a equipe. O Yuri (cavaleiro alternativo) deve entrar para brigar por medalha".

Marlon Zanotelli foi o primeiro cavaleiro do Brasil a enfrentar o circuito. Ele fez um percurso limpo, sem erros, e não perdeu pontos. Pedro Veniss derrubou um obstáculo e o excesso de tempo custou cinco pontos no total. Rodrigo Pessoa, o último da equipe, perdeu um total de 20 pontos. A equipe ficou em oitavo lugar e vai disputar a final no Equestrian Park.

Pela primeira vez na prova de saltos do hipismo em Jogos Olímpicos, as equipes contam com quatro cavaleiros, sendo três titulares e um reserva. Este último pode ser escalado ainda após o início da competição. No novo formato da disputa por equipes, não há descarte, ou seja, serão computados os três resultados. Anteriormente entravam quatro conjuntos e a cada rodada havia o descarte do pior resultado.

A quinta-feira foi de trabalho para a seleção brasileira de futebol masculino, que se prepara para a decisão dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 contra a Espanha, neste sábado, em Yokohama. O técnico André Jardine comandou uma atividade com o grupo completo no Mitsuzawa Football Stadium. Todos os jogadores foram para o campo, sendo que os titulares contra o México fizeram apenas trabalho leve e atividades aeróbicas e de condicionamento. Reservas e não relacionados participaram de uma atividade tática, com foco em finalizações e jogadas de um contra um em campo reduzido.

A novidade ficou por conta do retorno de Matheus Cunha, que trabalha para se recuperar de uma contratura sofrida na partida contra o Egito. O atacante foi o único jogador lesionado durante a campanha dos Jogos Olímpicos. O preparador físico Marcos Seixas comentou o trabalho feito para preservar as condições dos atletas nessa "maratona" de jogos.

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"O torneio de futebol dos Jogos Olímpicos é uma maratona física para os atletas. São seis jogos em 17 dias. O jogo contra o México nos exigiu muito fisicamente. Antes de qualquer coisa, precisamos recuperar muito bem nossos jogadores para a decisão. Estamos muito preocupados em dar descanso e promover atividades muito bem controladas, mantendo o nível dos atletas que não estando jogando", comentou Marcos Seixas.

Matheus Cunha realizou um trabalho leve com bola sob os cuidados da fisioterapia e preparação física. O jogador segue evoluindo, mas sua escalação para a final depende de avaliação médica durante os próximos dias.

Nesta sexta-feira, a seleção brasileira fará o último treinamento antes da decisão. O trabalho será no Hodogaya Park Soccer Field.

Jogador experiente, com passagens e títulos por diversos clubes da Europa - especialmente o Barcelona -, o lateral-direito Daniel Alves, capitão da seleção brasileira masculina de futebol nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, admitiu nesta quinta-feira viver um momento especial da carreira em disputar a medalha de ouro do torneio contra a Espanha, um adversário que é familiar a ele.

"Enfrentar uma seleção que conheço muito bem dá uma certa vantagem. Conheço a forma de jogar, os jogadores, a identidade da Espanha de propor o jogo. É um prazer chegar á final com a Espanha. Vocês sabem o amor que tenho por esse país, por tudo o que me deu. Uma parte de mim é espanhola", disse Daniel Alves, em entrevista coletiva.

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O lateral-direito aproveitou para falar como a seleção brasileira encara a partida, que acontecerá neste sábado, às 8h30 (de Brasília), no estádio Internacional de Yokohama, em que o segundo ouro olímpico consecutivo no futebol masculino pode ser garantindo para o Brasil.

"Vamos jogar nossas cartas e tentar propor o jogo. Tomara que seja um grande dia. Todos merecemos estar neste dia, mas temos que buscar merecer mais do que eles", afirmou Daniel Alves, um dos três jogadores com mais de 24 anos do elenco convocado pelo técnico André Jardine.

"São duas seleções que propõem, que tratam bem a bola, e será um jogo bonito de se ver. Será preciso estarmos concentrados no jogo para conseguir o objetivo máximo na competição", completou o jogador do São Paulo.

A equipe brasileira de ginástica artística está no Japão desde o dia 26 de julho para a disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Após um período de aclimatação, está pronta para pôr em prática o que treinou nos últimos anos. O time se apresenta nesta sexta-feira e a confiança é grande para voltar a disputar uma final olímpica, o que não ocorre desde Atenas-2004, na Grécia. E, estando lá, lutar por uma medalha.

"Nós queremos entrar e sair felizes da quadra de competição, estamos prontas, treinamos todos os dias para isso. Queremos entrar na final, e, em uma final, tudo pode acontecer. Sonhamos e visualizamos todos os dias uma medalha no pescoço de cada uma", contou Duda Arakaki, a capitã da equipe.

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Além de Duda, o conjunto brasileiro é formado também por Beatriz Linhares, Déborah Medrado, Geovanna Santos e Nicole Pircio. Em nome do grupo, Duda diz como foi o período de aclimatação no Japão antes da estreia.

"Na verdade, foi e está sendo uma experiência incrível e de extrema importância, especialmente por entrarmos no clima dos Jogos, nos acostumarmos com o fuso horário etc. Todos aqui foram muito prestativos, tudo maravilhoso", disse, elogiando a estrutura montada pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) no Japão para a modalidade.

Duda conta sobre o dia a dia dela e das companheiras e o porquê da confiança em uma boa apresentação. "Nosso ponto forte é o amor que sentimos pelo que fazemos, a perseverança e a união, estamos sempre ajudando uma a outra. Isso com certeza faz toda a diferença dentro e fora da quadra", completou.

Os jogadores da seleção brasileira de futebol masculino levaram um susto na madrugada desta quarta-feira. Por volta das 5h40 (horário local), 17h40 de terça no Brasil, a cidade de Narita, local em que a delegação esteve hospedada para a grande final, foi atingida por tremores. Segundo sites especializados, foram registrados terremotos de 4,7 e 6 graus na costa de Ibaraki.

Na hora do ocorrido, a delegação brasileira estava dormindo, pois tinham pegado no sono algumas horas antes, já que demoraram a repousar devido à comemoração da vitória sobre o México, que resultou na classificação para a decisão do torneio de futebol masculino da Olimpíada de Tóquio-2020.

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Alguns jogadores e membros da comissão técnica relataram que sentiram o hotel tremer. No entanto, não foram todos que perceberam o terremoto e alguns afirmam que não sentiram nada.

Presidente da Federação Tocantinense de Futebol e chefe da delegação da seleção brasileira masculina de futebol no Japão, Leomar Quintanilha declarou que viu algumas pessoas comentarem algo. Porém, alguns, assim como ele, não sentiram os tremores. "As construções daqui são preparadas para isso, os prédios contam com amortecimento", explicou.

A seleção masculina já seguiu em direção a Yokohama, local da final contra a Espanha. O jogo acontecerá neste sábado, às 8h30 (de Brasília), e o time brasileiro tenta o bicampeonato olímpico.

O técnico José Roberto Guimarães mal teve tempo de comemorar a vitória da seleção feminina de vôlei diante do Comitê Olímpico Russo nesta quarta-feira e já está com a cabeça na Coreia do Sul, adversária do Brasil na semifinal dos Jogos de Tóquio-2020. O próximo jogo será nesta sexta-feira, às 9 horas (de Brasília).

"A Coreia é uma pedra no nosso sapato. Se não jogar bem, complica", explica o treinador. A estreia do Brasil na primeira fase foi justamente contra a Coreia do Sul e a seleção venceu sem grandes dificuldades por 3 sets a 0. Agora, na briga por uma vaga na final, Zé Roberto projeta um jogo diferente.

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"Nas quartas de final, a Coreia enfrentou a Turquia e 90% das pessoas apostavam na Turquia. Mas a Coreia foi lá, ganhou e passou. Na nossa estreia, eu estava preocupado porque não tínhamos muitas informações sobre o time coreano. Nós havíamos perdido para elas na Copa do Mundo por 3 a 1. Para a semifinal, temos de ter o mesmo comportamento que tivemos contra a equipe russa. Se jogar abaixo, vamos ter problema", avisa o treinador.

Diante do Comitê Olímpico Russo, o Brasil começou perdendo o primeiro set, mas depois virou a partida e acabou vencendo por 3 a 1. Foi uma vitória com a marca da superação da equipe, que não chegou a Tóquio como uma das favoritas, mas agora está na disputa direta por um lugar no pódio. Se perder da Coreia do Sul, ainda terá pela frente a partida valendo o bronze.

"Esse time tem força, não vai entregar fácil. É um time que luta e que faz do Brasil uma equipe competitiva. O pessoal sabe que se deixar o Brasil crescer, vai ter trabalho. Se a gente encontrar um pouco de força, vamos brigar. Tomara que tudo caminhe como está caminhando", disse Zé Roberto.

Gabi segue a linha do treinador e destaca ainda a força do conjunto da equipe. "Está muito nítido para o mundo inteiro que o que tem feito a diferença para o Brasil é o time e acreditar o tempo inteiro. Começamos a partida perdendo de 1 a 0, quase perdemos o segundo set e sempre acreditamos uma na outra. Sabíamos que não éramos as grandes favoritas, mas que juntas podíamos fazer coisas incríveis. E é o que estamos fazendo", disse.

A oposta Rosamaria ilustra bem essa situação. Ela começou no banco contra o Comitê Russo, mas quando entrou em quadra no segundo set foi fundamental para a virada do Brasil. E alerta que não há favoritismo na semifinal. "É um novo campeonato. A gente não pode se basear no que aconteceu no primeiro jogo. A Coreia do Sul melhorou muito e cresceu. Também temos pontos a melhorar."

Sob os olhares da nadadora Ana Marcela Cunha, que horas antes havia conquistado a medalha de ouro na maratona aquática, mas deixou o cansaço de lado para marcar presença nas arquibancadas da Ariake Arena, a seleção brasileira feminina de vôlei segue firme em busca do tricampeonato olímpico nos Jogos de Tóquio-2020. Nesta quarta-feira, a equipe bateu o Comitê Olímpico Russo por 3 sets a 1 - parciais de 23/25, 25/21, 25/19 e 25/22 - e avançou à semifinal. A próxima adversária é a Coreia do Sul, equipe que o Brasil já ganhou na primeira fase da competição.

Após os 100% de aproveitamento na primeira fase, a seleção brasileira teve nesta quarta-feira o seu jogo mais complicado, diante de um rival fortíssimo, mas soube se impor para vencer de virada em grande estilo. Destaque para a volta da levantadora Macris, que estava fora desde a partida contra o Japão, quando sofreu uma entorse no tornozelo direito. Com ela em quadra, o Brasil subiu de produção e chega embalado à semifinal. A efusiva comemoração do técnico José Roberto Guimarães após o fim do jogo correndo em direção à arquibancada dá a dimensão da importância dessa vitória para o moral do grupo.

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O começo do jogo, porém, não foi bom para o Brasil. O Comitê Olímpico Russo logo abriu 4 a 0 no primeiro set. O início ruim complicou o jogo da seleção brasileira, que ficou o tempo todo atrás no placar. A equipe até ensaiou uma pressão com Fernanda Garay e Carol, mas não durou muito. Diante de um jogo bastante agressivo das russas, o Brasil teve muita dificuldade no ataque para vencer o forte bloqueio russo e cometeu também alguns erros no passe. Assim, perdeu a primeira parcial por 25 a 23.

No segundo set, o Brasil continuou sem conseguir encaixar uma boa sequência de ataques. Àquela altura do jogo, Tandara, por exemplo, estava com apenas quatro pontos em 15 ataques. O Comitê Olímpico Russo controlou o jogo pelas mãos de Fedorovtseva e abriu vantagem na dianteira, com 14 a 8 no placar. Zé Roberto Guimarães mexeu no time e mandou para quadra Rosamaria e Macris. O Brasil reagiu, contou com alguns erros das russas, foi buscar a virada e ganhou por 25 a 21.

Ao contrário dos sets anteriores, na terceira parcial foi o Brasil que começou melhor. Após ace de Carol Gattaz, a seleção abriu 7 a 4. Muito do bom momento era graças à entrada de Macris. Ela mudou a dinâmica do jogo da seleção e deu mais velocidade à equipe. Falhas na recepção permitiram que o Comitê Olímpico Russo crescesse na partida, mas não ao ponto de segurar o ataque brasileiro, que fechou em 25 a 19.

O quarto set foi muito equilibrado, disputado ponto a ponto. O Brasil só conseguiu abrir uma vantagem um pouco mais confortável depois de um ace de Rosamaria, com 15 a 12. Mas a seleção sofreu um "apagão" e o Comitê Olímpico Russo virou para 17 a 15. Na reta final, na base da raça e superação, o Brasil ganhou a parcial e o jogo por 25 a 22.

Há mais de 20 anos, desde 2000, um atleta brasileiro do atletismo não conseguia dois pódios consecutivos nos Jogos Olímpicos. Pois Thiago Braz quebrou essa marca nesta terça-feira ao ficar com o bronze em Tóquio-2020 no salto com vara depois do ouro no Rio-2016 cinco anos antes, repetindo André Domingos, prata nos 4x100 metros em Atlanta-1996 e Sydney-2000.

O curioso é que Thiago Braz diz ter sonhado dois dias antes com a medalha de bronze. Mas não gostou do sonho. "Sonhei que eu tinha voltado para o apartamento aqui e estava com a medalha de bronze. Eu achava que era ouro, mas era bronze. Fiquei bravo no sonho, mas desejei muito ganhar uma medalha", contou o atleta de 27 anos.

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Thiago Braz relembrou ainda as dificuldades que teve no último ciclo olímpico, quando não conseguiu manter uma regularidade nas competições. O atleta revelou, inclusive, que pensou em abandonar a carreira.

"Meus altos e baixos significaram mais conhecer a mim mesmo e mostrar que saltando bem ou mal era possível voltar a saltar, projetar novos sonhos e conquistas. Eu tinha no meu sonho voltar aos Jogos e ganhar outra medalha. Às vezes deu vontade de parar, desistir, mas tive suporte", disse.

Na briga por uma medalha em Tóquio, o brasileiro voltou a duelar com Renaud Lavillenie, campeão olímpico em Londres-2012 e prata no Rio-2016. O francês, no entanto, não conseguiu superar o salto de 5,87 metros de Thiago Braz e terminou na oitava posição.

"Tinha de acontecer desse jeito. No classificatório, tive um início de cãibra, a gente tratou, mas ainda senti. Aos poucos fui tentando, dando uma corrida para relaxar a musculatura. O meu desejo era ganhar uma medalha, eu queria ouro, mas primeiramente uma medalha. O motivo maior foi minha família, minha esposa, meu treinador e meu avô, que faleceu no ano passado, num momento de pandemia. E também o orgulho de ser brasileiro, de trazer orgulho para o Brasil", afirmou.

Thiago Braz narrou ainda como o aspecto emocional foi decisivo para a sua conquista. Durante a prova classificatória para a final, ele chegou a temer que poderia não avançar na competição. "Durante esse período dos Jogos aconteceram alguns sinais legais me incentivando a buscar de novo uma medalha, a acreditar. Em algum momento da vida, a gente se sente inseguro, exemplo disso foi a qualificação. Me fez lembrar um trauma que sofri, mas acabou dando certo. Isso traz uma felicidade no peito, nervosismo e raiva ao mesmo tempo", comentou.

Com o próximo ciclo olímpico mais curto, Thiago Braz terá 29 anos nos Jogos de Paris, em 2024. E já faz planos. "Eu queria tentar o bi. Ainda dá, tem a próxima".

A Austrália bateu a Argentina por 97 a 59, nesta terça-feira, pelo basquete masculino e avançou às semifinais dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. O adversário dos australianos na briga por uma vaga na final será a seleção dos Estados Unidos, que mais cedo venceu a Espanha por 95 a 81. O duelo acontecerá nesta quinta.

O time da Oceania teve segundo tempo arrasador e confirmou o favoritismo, despachando os sul-americanos de volta para casa com grande atuação conjunta de nomes conhecidos que atuam na NBA. O grande jogador da partida foi o armador Patty Mills. O atleta que defendeu o San Antonio Spurs na última temporada, mas ainda tem futuro incerto na liga, terminou a partida com 18 pontos, dois rebotes e quatro assistências.

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Matisse Thybulle, do Philadelphia 76ers, fez 12 pontos, além de cinco rebotes e duas assistências, e Joe Ingles, do Utah Jazz, fechou o jogo com 11 pontos, quatro rebotes e três assistências. Jock Landale, que atua no basquete australiano, foi outro que apareceu bem com 12 pontos, sete rebotes e cinco assistências.

A Argentina até começou fazendo jogo duro, mas sucumbiu no segundo tempo com atuação apática e deu adeus ao sonho de mais uma medalha olímpica na modalidade. Nicolás Laprovittola, do Real Madrid, foi o melhor jogador da equipe com 16 pontos, um rebote e quatro assistências. Gabriel Deck anotou um "double-double" (dois dígitos em dois fundamentos) com 12 pontos e 10 rebotes e Facundo Campazzo terminou a partida com nove pontos, quatro rebotes e cinco assistências.

Na outra semifinal, a França encara a Eslovênia de Luka Doncic. Primeira colocada no Grupo A, dos Estados Unidos, a seleção francesa enfrentou a Itália, segunda do B, e teve que segurar os rivais na reta final da partida para sair com a vitória. Com um "double-double" de Nicolas Batum, fizeram 84 a 75 e agora enfrentam os eslovenos.

Batum, que teve seu contrato renovado com o Los Angeles Clippers, foi um dos destaques do time francês com 15 pontos, 14 rebotes e três roubos. Além dele, Rudy Gobert, pivô do Utah Jazz, terminou a partida com 22 pontos e nove rebotes, e Evan Fournier, recém-contratado pelo New York Knicks, conseguiu 21 pontos.

Pelo lado italiano, o ala Simone Fontecchio terminou o jogo com 23 pontos. Danilo Gallinari, ala do Atlanta Hawks, registrou 21 pontos e 10 rebotes, e Achille Polonara, ala do Fenerbahçe, da Turquia, obteve 15 pontos e sete rebotes.

Para chegar às semifinais, a Eslovênia contou com mais uma boa atuação de Doncic para superar sem maiores problemas a Alemanha por 94 a 70. O jogador do Dallas Mavericks teve mais uma performance dominante e terminou a partida flertando com o "triple-double" (dois dígitos em três fundamentos) - teve 20 pontos, oito rebotes e 11 assistências, sendo decisivo após o intervalo.

Apesar da grande noite do astro, o maior cestinha foi Zoran Dragic, irmão de Goran Dragic, que atua na NBA. O ala esloveno encerrou a sua excelente performance com 27 pontos, seis rebotes e quatro assistências.

Pelo lado da Alemanha, algoz do Brasil no Pré-Olímpico da Croácia, a dupla Maodo Lo (11 pontos) e Niels Giffey (10) foram os maiores pontuadores. Moritz Wagner, atleta do Orlando Magic e principal nome do time alemão, decepcionou e fechou o confronto com nove pontos e cinco erros, em apenas 10 minutos em quadra.

A Espanha será a adversária do Brasil na final do torneio masculino de futebol dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Nesta terça-feira, a seleção europeia derrotou o Japão por 1 a 0, com gol de Marco Asensio na prorrogação, em Saitama, e garantiu o seu bilhete para a decisão, que será neste sábado, às 8h30 (de Brasília), em Yokohama.

Antes do duelo entre espanhóis e japoneses, a seleção brasileira havia confirmado a sua presença na final ao superar o México na disputa por pênaltis com vitória por 4 a 1, após o empate sem gols no tempo normal e na prorrogação.

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Com a vitória sobre o Japão, a Espanha terá nesta edição dos Jogos a chance de vencer o seu segundo título olímpico, quase 20 anos depois do ouro em Barcelona-1992. O Brasil, que chega à sua terceira final consecutiva desde Londres-2012, também irá em busca do seu segundo ouro para ampliar o recorde como país com mais medalhas na história da modalidade em olimpíadas.

Diferentemente da outra semifinal, entre México e Brasil, o jogo em Saitama foi mais aberto e teve boas chances de gol da Espanha. No primeiro tempo, os europeus mantiveram a posse de bola e chegaram à área já nos minutos iniciais com cabeçada de Cucurella, que saiu por cima do gol. Com ótimas trocas de passe, a Espanha ainda levou perigo com Oyarzábal e Rafa Mir. O chute ruim de Oyarzábal e a ótima defesa goleiro japonês Tani contra a tentativa de Rafa Mir mantiveram o placar em 0 a 0.

Na segunda etapa, o Japão reagiu e assustou os adversários com passe longo da defesa, dominado e colocado na medida por Hatate para Hayashi. O atacante matou o goleiro com chute no canto e não fez o gol por pouco. A Espanha respondeu minutos depois e conseguiu um pênalti polêmico, marcado pelo árbitro. O VAR, então, foi acionado e a marcação foi anulada.

Na prorrogação, a primeira etapa trouxe poucas chances, mas já mostrou o Japão se reerguendo na partida e passando a pressionar a Espanha. Os anfitriões mantiveram o ritmo nos últimos 15 minutos e chegaram a abafar os adversários, claramente cansados. Asensio, porém, salvou os espanhóis após cobrança de lateral aos 10 minutos do segundo tempo. Ele recebeu bom passe de Oyarzábal na entrada da área e acertou um chute de muito efeito com a perna esquerda para marcar o gol da classificação.

O boxe brasileiro pode ter nesta terça-feira o seu dia mais vitorioso. A peso-leve (até 60 kg) Beatriz Ferreira, o leve (até 63 kg) Wanderson Oliveira e o pesado (até 91 kg) Abner Teixeira estarão em ação na Kokugikan Arena. Este último já vai disputar a semifinal com a garantia de já ter conquistado a medalha de bronze, pois os no boxe olímpico não há a disputa pelo terceiro lugar e os perdedores sobem também no pódio. Já a lutadora e Wanderson estão nas quartas de final e precisam vencer para atingir o mesmo status.

A primeira a se apresentar será Beatriz, atual campeã mundial. Ela sobe no ringue às 5 horas (17h do Japão) para enfrentar a usbeque Raykhona Kodirova, nona no último campeonato do mundo. "Eu me preparei durante cinco anos para este momento. Chegou a hora de decidir", afirmou a lutadora, que venceu na estreia com facilidade a atleta Shih-Yi Wu, de Taiwan, em decisão unânime dos jurados (5 a 0).

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"Todas aqui são minhas adversárias. Estou pronta para o que precisar. Amo o boxe e estou pronta para o que der e vier. Independentemente do combate que acontecer aqui, eu sei que será um grande espetáculo para a galera. Eu sei para o que me preparei, sei meu objetivo aqui e vou em busca dele, afirmou a boxeadora, de 28 anos e 1,62 metro de altura.

Wanderson, de 24 anos e 1,78 metro, vai ter pela frente, às 6h18, o cubano Andy Cruz, apontado como o melhor da atualidade nesta categoria. "É o número 1 deste peso, mas eu vou treinar bastante a tática que vou ter contra ele, rever a luta que tive com ele, rever os erros e o que tive de qualidade para fazer a estratégia", disse o brasileiro, após vencer seu segundo combate em Tóquio. Ele eliminou o sírio Wessam Salamana, da Equipe Olímpica de Refugiados, por 5 a 0 na estreia e depois o bielo-russo Dzmitry Asanou por 3 a 2.

Abner, que busca um pódio inédito para o Brasil entre os pesos pesados, terá como rival, às 6h50, também um representante de Cuba. Trata-se de Julio La Cruz, que foi campeão olímpico na Rio-2016 e quatro vezes campeão mundial, mas entre os meio-pesados (até 81 quilos). "Quero mudar a cor da medalha", disse o atleta, após derrotar o jordaniano Hussein Iashaish nas quartas de final. Ele também soma um triunfo nas oitavas frente ao britânico Cheavon Clarke. Ambos por 4 a 1. Ele tem 24 anos e mede 1,93 metro.

O boxe brasileiro acumula sete medalhas em olimpíadas, contando já os bronzes garantidos por Hebert Conceição e Abner. Servílio de Oliveira foi bronze no México-1968, depois Esquiva Falcão (prata), Yamaguchi Falcão e Adriana Araújo (ambos bronze) subiram no pódio em Londres-2012. Robson Conceição foi campeão na Rio-2016.

O Brasil levou para Tóquio sete pugilistas. Além dos três que se apresentam nesta terça, a nobre arte nacional ainda conta com o peso médio (até 75 quilos) Hebert Conceição. Ele é semifinalista e na quinta-feira vai desafiar o russo Gleb Bakshi, atual campeão mundial.

Três representantes nacionais foram eliminados em Tóquio. No feminino, a peso mosca (até 51 kg) Graziele Jesus perdeu para a japonesa Tsukimi Namiki na primeira rodada, enquanto Jucielen Romeu foi eliminada pela britânica Karriss Artingstall, também na estreia.

Já o meio-pesado Keno Marley (até 81 quilos) foi derrotado pelo britânico Benjamin Whittaker na segunda rodada, após vencer na estreia o chinês Daxiang Cheng.

Medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Atenas-2004, na Grécia, o cavaleiro Rodrigo Pessoa faz, em Tóquio-2020, a sua sétima participação no evento esportivo. Quando entrar na pista do Equestrian Park para a classificatória da prova individual, nesta terça-feira, o brasileiro de 48 anos se tornará o recordista em participações olímpicas pelo Time Brasil ao lado do velejador Robert Scheidt e da jogadora de futebol Formiga.

Rodrigo Pessoa estreou em Jogos Olímpicos em Barcelona-1992. Quatro anos depois, em Atlanta, o cavaleiro ganhou a sua primeira medalha: o bronze por equipes ao lado de Luiz Felipe de Azevedo, André Johannpeter e Álvaro de Miranda Neto, o Doda. O quarteto repetiu a dose em Sydney-2000. Em Atenas-2004, após o doping do cavalo do irlandês Cian O’Connor, conquistou o ouro na disputa individual. Ele ainda participou de Pequim-2008 e Londres-2012.

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"É uma grande honra ter representado o Brasil em sete Jogos Olímpicos. Espero poder fazer ainda mais pelo meu país, mas participar de sete edições honrando a nossa bandeira já é uma grande honra para mim", disse o único campeão olímpico do hipismo brasileiro.

Em Tóquio, Rodrigo Pessoa, com o cavalo Carlitos Way, terá ao seu lado Marlon Zanotelli (VDL Edgar), Yuri Mansur (QH Alfons Santo Antonio) e Pedro Veniss (Quabri de L'Isle). A equipe é comandada pelo técnico suíço Philippe Guerdat.

"Nossas expectativas são boas tanto para a competição individual quanto por equipes. Os cavalos aclimataram muito bem, estão em boa forma e prontos para competir. A prova de saltos no hipismo é sempre uma competição de alto nível, com os melhores conjuntos do mundo", afirmou Rodrigo Pessoa.

Pela primeira vez na prova de saltos do hipismo em Jogos Olímpicos, as equipes contarão com quatro atletas, sendo três titulares e um reserva. Este último pode ser escalado ainda após o início da competição.

Na disputa por equipes, no novo formato, não haverá descarte, ou seja, serão computados os três resultados. Anteriormente entravam quatro conjuntos e a cada rodada havia o descarte do pior resultado. Outra mudança é que a disputa individual antecede a final por equipes.

A campanha da seleção brasileira de vôlei feminino na fase de grupos dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 foi impecável. Nesta segunda-feira, o Brasil venceu com facilidade o Quênia por 3 sets a 0 - com parciais de 25/10, 25/16 e 25/8 -, classificando-se com 100% de aproveitamento no Grupo A, com cinco vitórias em cinco jogos, na primeira colocação.

Com a confirmação da liderança da chave, as brasileiras entraram no caminho do Comitê Olímpico Russo nas quartas de final. As russas perderam da Turquia nesta segunda-feira e acabaram ficando na quarta colocação do Grupo B. O restante da chave ainda vai ser sorteada pela Federação internacional de Vôlei (FIVB, na sigla em inglês).

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Logo após a vitória sobre o Quênia, o técnico José Roberto Guimarães analisou o time do Comitê Olímpico Russo. "Contra as russas vamos ter de jogar bem taticamente, cresceu muito da Liga das Nações pra cá. Ganharam da China, dos Estados Unidos, o time cresceu no ataque, melhorou o passe. Time super perigoso com jogadoras experientes. Vamos ter de ter muito cuidado com nosso sistema defensivo, algo que sempre me preocupa, contra um time que sempre ataca bem e alto", afirmou.

Em um jogo que o Brasil pode rodar o elenco e utilizar as jogadoras reservas que pouco entram, Zé Roberto Guimarães deu chance até para a ponta Ana Cristina, de apenas 17 anos, no terceiro set. Na pontuação, Carol Gattaz foi a melhor com 12. Gabi e Tandara marcaram sete cada. Pelo lado queniano, Chumba se destacou com oitom pontos e Kasaya fez seis.

Um velho conhecido das brasileiras estava à beira da quadra do Quênia: o técnico Luizomar de Moura, que comanda o Osasco na Superliga Feminina. O Brasil, porém, não aliviou as coisas para o treinador. Zé Roberto colocou em quadra as titulares até a metade do jogo. "O melhor é jogar sério contra elas, até para que elas evoluam. Acho que fizemos isso. É muito importante", disse.

O cavalo Jet Set, montaria do suíço Robin Godel, foi sacrificado após sofrer uma lesão irreversível em uma prova do Concurso Completo de Equitação (CCE) nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, neste domingo. O animal de 14 anos sofreu lesão na perna direita no último obstáculo aquático da prova.

O animal recebeu atendimento veterinário e foi levado de ambulância para uma clínica no local. A lesão foi a ruptura de ligamento, perto do casco do membro inferior direito. Jet Set ficou manco. O proprietário do animal e o cavaleiro decidiram sacrificá-lo.

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"É com grande tristeza que anunciamos que o cavalo suíço Jet Set, montado por Robin Godel, teve de ser sacrificado depois de ficar extremamente manco no Sea Forest Cross Country Course", confirmou a Federação Internacional de Hipismo, que afirma que todos os protocolos foram seguidos.

O cavaleiro lamentou o sacrifício de seu companheiro de competições e afirmou que vai se afastar das redes sociais em função da perda do animal. "Em um galope a poucos saltos da chegada, a lesão nos obrigou a deixá-lo ir. Jet era um cavalo extraordinário e mais uma vez estava fazendo uma volta magnífica. Ele partiu para fazer o que mais gosta: galopar e voar sobre os obstáculos", postou Godel nas redes sociais.

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