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O Brasil brilhou nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile, garantindo o ouro em todas as disputas da ginástica rítmica. Poucos dias depois do grande feito, foi oficializado nesta quinta-feira que o País será sede, pela primeira vez, de um Campeonato Mundial da categoria. A 41ª edição, em 2025, será realizada no Rio de Janeiro.

"Agora é oficial. A Confederação Brasileira de Ginástica recebeu da Federação Internacional de Ginástica a confirmação de que o Comitê Executivo da entidade suprema do esporte no planeta decidiu dar ao Brasil o direito de sediar a 41ª edição do Mundial de Ginástica Rítmica", anunciou a CBG. "A resposta chega nove dias depois de o Brasil ter formalizado o seu pleito, protocolando o pedido junto à FIG. A CBG recebeu o apoio do Governo Federal, por meio do Ministério do Esporte e da Secretaria Geral da Presidência. O evento está previsto para transcorrer em agosto de 2025."

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O Ministério dos Esportes também compartilhou a escolha. "Brasileiros e brasileiros, tenho uma ótima notícia para compartilhar com todos vocês. O Brasil foi escolhido para sediar o Campeonato Mundial de Ginástica Rítmica de 2025. E a cidade escolhida para receber esse evento é a cidade maravilhosa do Rio de Janeiro", anunciou o Ministro dos Esportes, André Fufuca, que não poupou elogios à seleção nacional.

"Nosso País se transformou em uma verdadeira potência da ginástica e agora estamos prontos para provar isso Ao mundo inteiro. Nossas ginastas têm feito coisas incríveis, elevando o patamar de elite do esporte´", completou Fufuca.

Mesmo com desfalques de Duda Arakaki e Déborah Medrado, a seleção nacional fez bonito em Santiago com 13 medalhas, sendo oito ouros, quatro pratas e um bronze, com brilho de Bárbara Domingos Galvão, a Babi, e Maria Eduarda Alexandre, no individual, além de Geovanna Santos, Gabriella Castilho, Vitória Borges, Giovanna Oliveira Silva e Nicole Duarte nas equipes.

Luciene Resende, presidente da CBG, definiu a escolha como uma das maiores vitórias de sua gestão à frente da entidade, iniciada em 2009. "Ao longo deste período de 14 anos, já obtivemos grandes conquistas, como medalhas olímpicas e de Mundiais de todas as cores. O Brasil se firmou primeiro como potência reconhecida da Ginástica Artística e esse mesmo processo se repete com a Ginástica Rítmica. Mas devo dizer que receber o direito de organizar, em solo brasileiro, me dá uma emoção diferente", disse.

"É o reconhecimento de que o Brasil é forte dentro do ginásio, mas também fora dele. Porque significa que a FIG está dando um aval à nossa capacidade de organização, de logística, de receber as melhores atletas do mundo da maneira como se deve, com hospitalidade", continuou, satisfeita.

"Hoje é dia de comemoração, mas só hoje. Amanhã já arregaçamos as mangas, porque nosso trabalho para organizar um evento memorável vai ser extenso e árduo. Quero deixar aqui meu agradecimento ao Governo Federal, na figura do ministro do Esporte, André Fufuca, que apoiou desde o início a nossa candidatura a sede do Mundial. Não poderia deixar também de ser grata a Márcio Macedo, ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência. Eles vestiram a camisa da Ginástica Brasileira e dividimos essa vitória com ambos."

O conjunto brasileiro ficou muito perto de subir ao pódio na final dos cinco arcos do Mundial de Ginástico Rítmica, disputado em Valência, na Espanha. Duda Arakaki, Deborah Medrado, Giovanna Oliveira, Sofia Madeira e Nicole Pírcio fizeram uma ótima apresentação neste domingo e somaram 35,850 pontos, mesma pontuação da Itália, que ficou com o bronze no critério de desempate, deixando as brasileiras na quarta colocação. A China, com 36,550, foi ouro, e a Espanha, com 36,100 terminou com a prata.

Ao som de "I wanna dance with somebody", de Withney Houston, o Brasil também homenageava a cantora americano no collant, inspirado em um figurino de cristas coloridos usado por ela. A execução foi melhor do que a realizada na mesma prova durante o classificatório do conjunto, na sexta-feira, quando a equipe brasileira ganhou nota 34,900.

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A quarta colocação também foi a posição do Brasil no Mundial do ano passado e é a mais alta já alcançada pela seleção. Caso o bronze viesse, portanto, seria um feito inédito para a ginástica rítmica nacional, que, mesmo deixando Valência sem nenhuma medalha, encerra a competição com um ótimo balanço. É a primeira vez o País se classifica para a Olimpíada no individual e no conjunto por meio de um Mundial.

Na sexta, o conjunto somou os 34,900 dos cinco arcos aos 30,100 da prova mista para somar 65,000 na disputa geral, terminou em sexto lugar e conseguiu a vaga olímpica. O Mundial dá cinco vagas diretas para a Olimpíada, mas a classificação foi ampliada até a sétima colocada porque Israel e Espanha, medalhistas na edição do ano passado e por isso já garantidas em Paris, subiram ao pódio novamente. A Bulgária, campeã em 2022, ficou apenas em 12º lugar. Itália (4º), Ucrânia (5º) e França (7º) completaram a lista de classificadas.

Além disso, na quinta-feira, Bárbara Domingos celebrou a inédita classificação à final do Mundial no individual e a conquista de uma vaga aos Jogos Olímpicos de Paris com o 14º lugar no geral. Na decisão, teve o melhor resultado no individual geral da história do Brasil, em 11º lugar.

O Brasil não conseguiu avançar às finais da ginástica rítmica por equipes e terminou na 12ª posição geral, neste sábado, nos Jogos de Tóquio.

No Centro de Ginástica Ariake, o quinteto formado por Maria Eduarda Arakaki, Deborah Medrado, Nicole Pircio, Geovanna Santos e Beatriz Silva obteve um total de 3.250 pontos na prova.

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As líderes da classificação para a final foram Bulgária, com 91.800 pontos, seguida pelo Comitê Olímpico da Rússia (89.050) e pela Itália (87.150).

A final da categoria é neste sábado, a partir das 03H20 (horário de Brasília), logo após da disputa do ouro no individual, também sem a participação de representantes do Brasil, que só esteve nesta fase em Sydney 2000 e Atenas 2004.

A equipe brasileira de ginástica artística está no Japão desde o dia 26 de julho para a disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Após um período de aclimatação, está pronta para pôr em prática o que treinou nos últimos anos. O time se apresenta nesta sexta-feira e a confiança é grande para voltar a disputar uma final olímpica, o que não ocorre desde Atenas-2004, na Grécia. E, estando lá, lutar por uma medalha.

"Nós queremos entrar e sair felizes da quadra de competição, estamos prontas, treinamos todos os dias para isso. Queremos entrar na final, e, em uma final, tudo pode acontecer. Sonhamos e visualizamos todos os dias uma medalha no pescoço de cada uma", contou Duda Arakaki, a capitã da equipe.

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Além de Duda, o conjunto brasileiro é formado também por Beatriz Linhares, Déborah Medrado, Geovanna Santos e Nicole Pircio. Em nome do grupo, Duda diz como foi o período de aclimatação no Japão antes da estreia.

"Na verdade, foi e está sendo uma experiência incrível e de extrema importância, especialmente por entrarmos no clima dos Jogos, nos acostumarmos com o fuso horário etc. Todos aqui foram muito prestativos, tudo maravilhoso", disse, elogiando a estrutura montada pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) no Japão para a modalidade.

Duda conta sobre o dia a dia dela e das companheiras e o porquê da confiança em uma boa apresentação. "Nosso ponto forte é o amor que sentimos pelo que fazemos, a perseverança e a união, estamos sempre ajudando uma a outra. Isso com certeza faz toda a diferença dentro e fora da quadra", completou.

Depois de 13 meses de ausência em etapas da Copa do Mundo de Ginástica Rítmica por causa da pandemia do novo coronavírus, a seleção brasileira de conjunto volta a competir nesta sexta-feira (7) em Baku, no Azerbaijão. O evento é considerado um dos mais importantes nesta reta final de preparação em busca da vaga olímpica nos Jogos de Tóquio-2020.

Geovanna Santos da Silva, ginasta que vai estrear em competições pela seleção, chama atenção principalmente por causa da sua trajetória de superação. Ela é fruto de um projeto familiar. Nascida no norte do Espírito Santo, em Pinheiros, maior polo produtor de mamão do País, a ginasta de 18 anos chegou aonde chegou com muito esforço dos Silva.

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Depois de a atleta conseguir aprovação num teste para ingresso no clube Ítalo-Brasileiro, em Vitória, o pai deixou um trabalho na extração de granito e, na capital capixaba, foi encontrar colocação na fabricação e montagem de aparelhos de academias de musculação. Hoje, Amarildo trabalha como pedreiro e entrega coco em quiosques das praias.

Já o irmão da atleta, João, também apaixonado por esportes, foi fazer Educação Física e se tornou árbitro de ginástica rítmica, com a intenção de ajudar a irmã e sua treinadora na montagem de séries.

"Acompanhava as competições da minha irmã e não entendia porque às vezes saíam umas notas baixas para séries super-bem preparadas. Aí resolvi fazer um curso de arbitragem para poder ajudar a Gigi (Gizela Batista), que era a técnica da Geovanna no individual, a preparar o trabalho. Como ela é muito aberta a essas contribuições, formamos um ótimo time", diz João, que se empolgou com a GR, a ponto de abrir o Centro de Treinamento Geovanna Santos, uma academia especificamente voltada para a prática do esporte.

Geovanna é toda agradecimentos. "É muito importante saber que posso contar sempre com a minha família. Eles largaram tudo para trás, mudaram-se para a capital para que eu pudesse realizar todos os meus sonhos. Minha família é a base de tudo, sempre pude contar muito com o apoio deles, principalmente do meu irmão, que é o meu maior incentivador. Ele contribui para o meu crescimento no esporte, dando várias dicas para eu melhorar, seja na parte corporal ou na artística, e isso é muito importante para mim."

Com talento de sobra, mas grana curta, Geovanna sempre soube que teria que se desdobrar para poder realizar seus sonhos. "Foram anos vendendo docinhos, rifas e livros de ouro para poder ir para campeonatos e treinamentos quando competia no individual. Quando recebi a notícia da convocação, fiquei muito feliz, chorei muito, por saber que tudo valeu a pena e continua valendo. Hoje sou ginasta da Seleção Brasileira e vou poder representar o meu País. Estamos perto de conquistar a vaga e de participar da Olimpíada, e isso é maravilhoso, só tenho que agradecer a todos que fazem e que fizeram parte desse processo."

Uma das grandes revelações da ginástica rítmica do Brasil, Mariany Miyamoto decidiu trancar o curso de medicina na faculdade para tentar o sonho olímpico. Ela está na seleção brasileira de conjunto que vai tentar a vaga para os Jogos Olímpicos de Tóquio em maio, no Campeonato pan-americano. "Existe muita esperança de conquistar essa vaga para a Olimpíada, a gente está treinando muito, está fazendo de tudo. Em maio, temos a seletiva olímpica e será nossa chance de conquistar a vaga. Estamos na reta final, então vamos dar nosso máximo", explicou a garota de 19 anos.

Ela conta que a decisão de largar um curso tão concorrido contou com total apoio da família, incluindo do pai, que é médico. "Foi uma decisão que eu pensei bastante, mas também foi fácil de tomar. Iniciei a faculdade em 2020, estava no primeiro semestre, bem animada, mas quando fui convocada para a seleção decidi continuar minha carreira na ginástica um pouquinho mais", contou ao Estadão.

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A ginasta argumenta que a oportunidade de integrar uma seleção brasileira é única e que depois terá mais tempo para se dedicar à faculdade. "Minha família sempre me apoiou bastante no esporte, minha mãe sempre me acompanhou nas viagens e competições, e meu pai sempre que dava estava lá. Ele é médico, me incentivou a fazer essa faculdade, mas quando veio a convocação ele apoiou que eu trancasse. Na ginástica, a oportunidade é agora, depois terei mais tempo para outras coisas", disse.

Mariany começou na modalidade ainda criança, quando acompanhava a irmã. Isso em 2004. "Eu era pequenininha e ficava assistindo aos treinos e aulas dela. Ficava imitando os gestos do lado de fora e pedi para minha mãe para fazer também. O clube não permitia criança de 3 anos, mas fiz um teste, deram autorização e acabei entrando", afirmou.

Suas primeiras lembranças são com a fita, que parecia para a menina algo mágico, como ela mesma descreve. "Lembro que tinha uma fita azul e ficava brincando com ela antes de começar a aula. Isso é uma das coisas que mais me encantaram", comentou a atleta, que atualmente prefere um outro aparelho, a bola. "É o que tenho mais facilidade e afinidade agora".

A atleta sempre se destacou desde então e foi campeã em todas as divisões nas categorias de base. E agora está em um grande momento, com a convocação para a seleção. "Eu fico muito orgulhosa de tudo isso que estou vivendo e tudo que já vivi. Todos esses anos de esforço valeram a pena, as experiências me ajudaram a amadurecer muito como ginasta e como pessoa", disse.

"Hoje estou integrando um grupo de elite e para mim é uma satisfação enorme porque todo atleta sonha em chegar a esse nível. Fico muito feliz de poder olhar para trás e ver que tudo que fiz está sendo uma jornada muito grande e que sempre consegui me superar para chegar onde estou hoje", continuou.

Por enquanto, o curso de medicina ficará para trás, mas os gestos graciosos na ginástica rítmica serão aperfeiçoados para tentar a vaga nos Jogos de Tóquio. "Meu grande sonho como atleta é com certeza disputar uma Olimpíada e representar o Brasil. Além disso, quero poder inspirar muitas ginastas e mostrar um pouco as experiências que estou vivendo, que servem para os atletas e também para a vida", avisou.

Medalhista de bronze nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007, a ex-ginasta Ana Paula Scheffer morreu nesta sexta-feira, aos 31 anos. Ela foi encontrada morta no seu quarto na casa onde morava com seus pais, na cidade de Toledo (PR).

De acordo com a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), o corpo foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) da cidade paranaense para apuração da causa da morte. O velório está marcado para a manhã deste sábado. A família aguarda a chegada de um irmão, que mora no Canadá.

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Em nota, a CBG lamentou o falecimento da ex-atleta. "Ela foi uma das atletas de ginástica rítmica mais notáveis de sua geração. Ana Paula conquistou a medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos do Rio, em 2007, no aparelho arco", afirmou a entidade.

"Ana Paula Scheffer é uma das atletas que construíram a nossa ginástica rítmica, e que a transformaram em motivo de grande orgulho para todos os brasileiros. Além de inspirar, tinha um importante trabalho de formação de novas atletas no Paraná. Parte cedo demais, mas não será esquecida. Meus sentimentos aos familiares e amigos", declarou a presidente da CBG, Maria Luciene Cacho Resende.

Ana Paula vinha atuando como treinadora na cidade de Cascavel, principalmente na formação de novos atletas. "Ela deu continuidade à carreira na GR como treinadora; suas atletas obtiveram títulos nacionais e sul-americanos", afirmou Marcia Aversani, presidente da Federação Paranaense de Ginástica.

Antes de virar treinadora, a então ginasta disputou o pan-americano da modalidade em 2005, dos Jogos Sul-Americanos de 2006, em Buenos Aires, e de 2010, em Medellín. Também competiu no Mundial de ginástica rítmica de 2009, no Japão.

Os atletas Gabriel Prado e Albert Berti praticam ginástica rítmica masculina. Ao som de uma música experimental, eles apresentam coreografias que combinam balé, dança teatral e acrobacias com arcos, bolas e cordas. Os dois amigos treinam quatro ou cinco horas por dia, aprimoram os movimentos, analisam vídeos, mas não têm campeonatos oficiais para disputar.

A modalidade não possui reconhecimento da Federação Internacional de Ginástica (FIG) nem da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG). Na Olimpíada e em Campeonatos Mundiais, apenas as mulheres competem. Confinados aos torneios amadores, os homens lutam por espaço na modalidade.

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Albert reclama de preconceito. "Tentei entrar em um grande clube de São Paulo, mas eles não me aceitaram por ser menino. A atendente disse que essa ginástica é só para meninas. Tive de procurar outros lugares. Não queria competir, só praticar", diz o menino de 17 anos que hoje treina na Academia Dé Dance, em Francisco Morato, zona oeste de São Paulo.

O baiano Wesley Souza afirma que o preconceito vem do fato de a modalidade não ser reconhecida oficialmente e também por remeter à dança, que seria relacionada principalmente ao sexo feminino. "É uma coisa completamente equivocada e pejorativa, mas, infelizmente, muitos meninos passam por isso", opina o baiano de Cajazeiras que demora uma hora e meia para chegar à academia Talent, especializada na modalidade que ele pratica ao lado de 200 meninas.

Gabriel Prado é o único menino da ginástica rítmica em uma academia especializada de Ubatuba desde 2007. São 40 meninas só na equipe dele. Ele já organizou um abaixo-assinado enviado para a Secretaria de Esportes e Lazer pedindo a inclusão da modalidade nos Jogos Abertos do Interior. Não teve resposta.

De acordo com a FIG, a vez dos homens ainda vai demorar a chegar. Questionada pelo Estado, a entidade afirmou que uma pesquisa feita com as federações afiliadas dois anos atrás mostrou que a grande maioria não tem interesse na modalidade masculina. Para que um esporte se torne olímpico deve, antes de tudo, ser praticado em escala global - no mínimo 70 países (ou 50 para categorias femininas) e quatro continentes - e pertencer a um órgão esportivo que regulamente a modalidade.

"As competições internacionais seguem dois critérios: universalidade, um número suficiente de países representados, e popularidade. Somente um pequeno número de federações afiliadas têm a ginástica rítmica masculina. Além disso, em alguns países, ela se parece com a ginástica acrobática", afirmou Stéphanie Pertuiset, porta-voz da FIG.

Albert aceitou um desafio proposto pelo Estado. Para mostrar a reação das pessoas diante da modalidade e retratar o local onde treina, em Francisco Morato, ele fez uma parte do seu treino ao ar livre, em um local movimentado do bairro. As pessoas passavam, olhavam, mas não queriam comentar. A moradora Josefa Perez fez diferente: abriu sua casa para que as fotos fossem feitas também no seu quintal. "Esses meninos são lutadores", elogiou.

Gabriel, Wesley e Albert ainda moram com os pais, estudam, estão procurando um caminho na vida, mas sabem que não podem apostar em uma modalidade com pouco futuro, na opinião deles. A ginástica exige investimentos razoáveis. Um macacão de competição, equivalente ao collant feminino, custa R$ 400. Nenhum dos três tem patrocinadores; eles contam com a ajuda de amigos e de recursos próprios para as raras apresentações de que participam.

"Tento pensar que dias melhores virão. É o amor pelo que eu faço. Eu treino desde pequeno", diz Gabriel, que preferiu abrir mão de outra ginástica, a artística, por causa de seu biotipo de 1,80m. Normalmente, os ginastas mais baixos levam facilidade nesse esporte, pois têm o centro de gravidade mais perto do solo, o que facilita o equilíbrio.

FLEXIBILIDADE - A CBG se mostra mais flexível que a FIG ao comentar a entrada de homens. "Acredito que o ponto principal para a falta de reconhecimento seja a tradição de ser uma modalidade feminina, com nuances e características próprias. A GR masculina tem que buscar uma identidade mais peculiar, de forma que não seja tão somente as regras femininas aplicadas aos homens. Vejo com excelentes olhos a entrada dos homens na modalidade, acredito que só tenha a enriquecer", diz Renata Teixeira, coordenadora do Comitê Técnico de Ginástica Rítmica da CBG.

No Brasil, o movimento é lento, como toda mudança cultural, mas presente em várias localidades. Algumas federações estaduais, como as do Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e Paraná, já organizam competições não oficiais para meninos.

Como exemplo de uma mudança possível, Renata Teixeira cita outra modalidade só para mulheres: o nado artístico (antigo nado sincronizado). Desde 2017, o nado vem promovendo provas mistas. Um homem faz par com uma mulher na coreografia. "Quem sabe, assim como no nado artístico, essa entrada (dos homens) possa se iniciar em uma competição de duplas mistas?", questiona a especialista.

Por enquanto, a inspiração dos brasileiros é a Espanha, primeiro país a promover campeonatos na categoria masculina, no começo dos anos 2000. Um dos pioneiros do esporte foi Rubén Orihuela, nove vezes campeão nacional, que chegou a competir com meninas antes que a Federação Espanhola reconhecesse a modalidade.

Albert não pretende viajar para a Espanha para poder competir na ginástica rítmica. Pessimista quanto a uma mudança na modalidade a curto prazo, mas sem perder a esperança de mudança, ele pretende se tornar professor de Educação Física e dar aulas de ginástica rítmica. "Minhas turmas terão meninas e meninos", promete o atleta.

A seleção brasileira de ginástica rítmica ainda luta para garantir vaga nos Jogos de Tóquio. No Mundial de Baku, disputado em setembro, o País terminou na 13ª posição - só os cinco melhores se classificaram. Agora, a meta do Brasil será buscar a vaga no Campeonato Pan-Americano, que será realizado nos Estados Unidos, em maio. Brasileiras, americanas e mexicanas deverão protagonizar a briga pela última vaga olímpica. EUA e México terminaram o Mundial à frente das brasileiras, em 10º e 11º lugar, respectivamente. No Pan, o País foi ouro na provas por equipes.

Para Camila Ferezin, treinadora do conjunto e coordenadora de seleções da Confederação Brasileira de Ginástica, a campanha do Brasil em Baku poderia ter sido ainda melhor se não fossem os erros cometidos nas apresentações. "Neste ano subimos de posição mesmo com falhas graves no conjunto misto. Competição não dá chance para quem erra. Agora, é seguir trabalhando, lembrando que é uma equipe jovem e que vem adquirindo experiência neste ano. Vamos agora encarar Estados Unidos e México no Pan-Americano e acredito que esses três países estão no mesmo nível", disse Camila.

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O Brasil busca evoluir para garantir sua primeira medalha em Jogos Olímpicos na modalidade. A seleção brasileira permanente, formada por 11 ginastas, fica concentrada em Aracaju (SE). De acordo com Renata Teixeira, coordenadora do comitê técnico de ginástica rítmica da CBG, a modalidade é a maior dentro da ginástica em número de praticantes. Não existem dados oficiais das federações locais, pois nem todas as atletas são cadastradas. "A criação de centros de formação de base ajudou ao surgimento de novos talentos", comenta Renata.

Os desafios da modalidade são os mesmos de todo o esporte olímpico brasileiro. A falta de investimento é o primeiro passo. "A qualificação exige aprimoramento e isso requer recursos financeiros para se capacitar, aperfeiçoar os treinadores, viajar e competir para adquirir experiência", explica Renata. "Estamos formatando um modelo ideal de desenvolvimento da GR do País, que possa ter uma identidade comum, seguindo um mesmo plano de trabalho. São muitas coisas ainda a serem feitas, mas sentimos que estamos caminhando na direção correta", avalia.

O Brasil conquistou, nesta segunda-feira, duas medalhas no encerramento das disputas da ginástica rítmica nos Jogos Pan-Americanos de Lima. A equipe nacional faturou o ouro na prova por equipes de três arcos e dois pares, enquanto Barbara Domingos levou a prata na fita.

Com uma apresentação sem erros, Deborah Medrado, Camila Rossi, Nicole Pircio, Vitória Guerra e Beatriz Linhares conseguiram 24,250 pontos. O time do México foi o segundo colocado, com 23,050 pontos. E Cuba completou o pódio, na terceira posição, com 22,200.

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Barbara Domingos, de 19 anos, foi a segunda colocada na fita com 17,450 pontos.

Nesse mesmo evento, Natália Gaudio ficou apenas na oitava posição, com 13,550, em último colocada entre as finalistas. A norte-americana Evita Griskenas faturou a medalha de ouro, com 17,950 pontos. E o bronze foi para a mexicana Karla Diaz, com 16,200.

Além disso, Barbara participou nesta segunda da disputa das maças, sendo a quinta colocada com 16,660 pontos, uma posição atrás de Natália, que somou 17,250. Nessa prova, o ouro foi para a norte-americana Camilla Feeley, com 17,950 pontos.

Assim, o Brasil fechou a sua participação na ginástica rítmica com a conquista de cinco medalhas. As outras haviam sido asseguradas por Natália Gaudio, bronze no individual geral, e em dois eventos por equipes, no conjunto e na coreografia de cinco bolas.

O Brasil conquistou dois pódios na ginástica rítmica neste sábado nos Jogos Pan-Americanos, que estão sendo disputados em Lima, no Peru. O País foi medalha de bronze tanto no conjunto quanto no individual geral com Natália Gaudio, que ficou atrás apenas das norte-americanas Evita Griskenas, dona do ouro, e Camilla Feelley, medalhista de prata.

O bronze de Natália Gaudio teve momentos dramáticos. Em seu último aparelho, ela tirou a nota que a deixaria empatada com a brasileira Barbara Domingos. O bronze ficaria com uma das duas e no desempate (soma das execuções), Natália ganharia por uma margem mínima de 0,050 pontos.

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Às pressas, sua técnica fez um pedido de revisão e sua nota poderia ser aumentada ou até diminuída. Houve tentativa de cancelar o pedido, pois o lugar no pódio estava garantido no desempate, mas já era tarde. No final, a nota foi mantida e ela conquistou o bronze no individual geral, à frente de Babi, que foi a quarta colocada.

A seleção de conjunto, formada por Beatriz Linhares, Camila Rossi, Déborah Medrado, Nicole Pircio e Vitória Guerra, obteve a medalha de bronze também, atrás de México (ouro) e Estados Unidos (prata). A equipe nacional é totalmente renovada e tem média de idade de 17 anos. O grupo cometeu erros na prova de 3 arcos e 2 pares de maças e acabou perdendo a chance de ser campeão.

Neste domingo serão disputadas mais três finais. Às 18 horas (de Brasília) começam as disputas por aparelho individual (arco e bola). Barbara Domingos estará nos dois aparelhos, enquanto que Natália Gaudio disputará apenas a final do arco. Já às 20 horas serão as finais por aparelho conjunto (cinco bolas).

Na última quarta-feira (15), a delegação pernambucana que irá participar dos Jogos Escolares da Juventude Infantil embarcou para Brasilía, onde a competição será realizada. O evento, que acontecerá entre os dias 16 e 25 deste mês, é voltado para atletas de 15 e 17 anos e reunirá 171 pessoas do time pernambucano, entre dirigentes, técnicos e competidores.

Os primeiros jovens a viajar para Brasilía foram os competidores das modalidades individuais. Ao todo, serão dez em disputa: atletismo, natação, judô, ciclismo, ginástica rítmica, luta olímpica, tênis de mesa, xadrez, vôlei de praia, e o badminton, novidade para a categoria deste ano.

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Em seguida, a partir do dia 20 de novembro, os competidores das modalidades coletivas (futsal, handebol, basquete e voleibol) também seguirão viagem para a capital federal. A fase nacional na capital do País vai reunir cerca de quatro mil estudantes de 1.357 escolas públicas e particulares de todos os Estados.

A equipe brasileira de ginástica rítmica estreou o Campeonato Sul-Americano, em Cochabamba, na Bolívia, com quatro medalhas.

A seleção foi premiada nas provas de arco, com a prata e bronze. O ouro veio com a bola, aparelho em que a equipe também conquistou o bronze.

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"Estamos na frente por equipes na somatória de todas as ginastas e, nas provas finais, tivemos as medalhas no arco e na bola. Isso significa que a equipe está coesa e que temos todas as chances de finalizar esse Sul-Americano de uma forma muito competente", avaliou a treinadora Monika Queiroz.

O campeonato teve provas com as maças e da fita no individual, além da apresentação do conjunto com a série de três bolas e duas cordas. A competição termina nesta sexta-feira (30).

O quinteto russo conquistou neste domingo o ouro na ginástica rítmica, na modalidade conjunto, nos Jogos Olímpicos do Rio-2016, somando assim seu quinto título consecutivo.

A equipe espanhola ficou com a prata, voltando a um pódio olímpico 20 anos depois de seu triunfo histórico.

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O bronze ficou com a Bulgária, após uma disputa dramática em que as italianas perderam o terceiro lugar no último momento.

Apesar das espanholas terem terminado o primeiro exercício, de fitas, à frente da Rússia, a grande potência da ginástica rítmica realizou uma segunda rotação impecável, com a melhor nota da final.

A seleção brasileira de ginástica rítmica conseguiu alcançar duas finais neste domingo no campeonato Berlim Master, na Alemanha, competição preparatória para os Jogos Olímpicos do Rio, em agosto. O conjunto brasileiro ficou em quarto lugar nas cinco fitas e em quinto no arco e maças.

A equipe brasileira foi formada por Beatriz Pomini, Emanuelle Lima, Francielly Machado, Gabrielle Silva, Jéssica Maier e Morgana Gmach. Somou 16,850 pontos nas cinco fitas e ficou à frente da Ucrânia, uma das potências da modalidade. O campeão foi o Japão, com 17,900. No arco e maças, o conjunto do Brasil fez 16,700 e ficou em quinto. As ucranianas foram as medalhistas de ouro, com 18,050.

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"As meninas foram bem e conseguiram ter estabilidade nas duas séries classificatórias e também nas duas séries das finais, sem grandes falhas. Isso mostra que estamos no caminho certo", elogiou a técnica Camila Ferezin. Nas qualificatórias, as ginastas conquistaram 16,700 pontos nas cinco fitas e 16,800 na coreografia de arco e maças.

No individual, Natália Gaudio terminou em 17º lugar na classificação geral. "Estou muito feliz com as minhas apresentações. Sempre é uma ótima oportunidade para nos testarmos e prepararmos cada vez mais para os Jogos Olímpicos. A cada competição me sinto mais segura dentro de quadra", destacou.

O conjunto brasileiro agora deixa a Alemanha e embarca para a Rússia, onde disputará a Copa do Mundo de Kazan, no próximo fim de semana. Natália Gaudio e sua treinadora, Monika Queiroz, retornam a Vitória para dar sequência aos treinamentos.

A apresentação da seleção brasileira de ginástica rítmica nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, no próximo ano, terá a voz de Ivete Sangalo. Neste domingo, a técnica da equipe, Camila Ferezin, revelou que a cantora fará uma versão especial de "Aquarela do Brasil", do compositor Ary Barroso, para a apresentação das brasileiras.

Camila fez a revelação diante das atletas durante a disputa do Torneio Internacional de Ginástica Rítmica, em Vitória (ES). "Será nada mais, nada menos do que Ivete Sangalo", disse a treinadora, antes de fazer mistério, em entrevista à TV Globo. Ela não revelou detalhes sobre a versão que será apresentada pela cantora baiana.

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A ginástica rítmica será disputada na Arena Olímpica do Rio, no Parque Olímpico da Barra, entre os dias 19 e 21 de agosto.

Natália Gaudio será a representante do Brasil na competição individual de ginástica rítmica dos Jogos Olímpicos do Rio, no ano que vem. A capixaba levou a melhor na disputa com Angélica Kvieczynski ao terminar à frente da rival no Campeonato Mundial de Stuttgart (Alemanha), e ficará com o convite destinado ao país-sede da Olimpíada.

Para garantir a classificação pelos critérios regulares para o Rio-2016, qualquer ginasta precisava ficar entre as 15 primeiras do Mundial no individual geral. Mas o nível técnico das brasileiras é bastante inferior a isso. Ainda com o último dia da fase de classificação em andamento, Natália não ficará acima da 48ª colocação, enquanto Angélica pode ocupar no máximo a 51.ª posição.

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Na ginástica rítmica, cada atleta se apresenta com quatro aparelhos: arco, bola, maças e fita. São consideradas para o compito final as três melhores notas de cada ginasta. A pior é descartada.

Na quarta, Angélica errou nas maças, recebeu nota baixa, e precisava se recuperar nesta quinta para continuar sonhando com a Olimpíada. Ela fez uma apresentação brilhante na fita, a sua melhor no Mundial, e somou 16,166 pontos. Terminou o Mundial com 46,649.

Mas Natália também fez a parte dela. A capixaba, assim como a paranaense, tem na fita o seu melhor aparelho, recebeu nota 15,750 e terminou com 46,766 pontos. Uma diferença de 0,176 que classificou Natália para os Jogos Olímpicos do Rio.

Outras seis vagas olímpicas ainda estarão em jogo no evento-teste de abril do ano que vem, no Rio, mas só a melhor brasileira no Mundial (no caso, Natália) pode participar do torneio.

Angélica fica fora da Olimpíada depois ir bem melhor que a rival nos Jogos Pan-Americanos. Na ocasião, fez 60,175 na soma dos quatro aparelhos, em quarto, contra 55,916 de Natália, oitava colocada. Em todas as finais por aparelhos, teve também resultados melhores que da capixaba, agora futura atleta olímpica.

Só duas vezes o Brasil participou de competições individuais de ginástica rítmica nos Jogos Olímpicos. Rosana Favila ficou em 19.º nos Jogos de Los Angeles, em 1984, e Marta Cristina Schonhurst foi 17.ª colocada em Barcelona, em 1992.

No conjunto, o Brasil tem vaga assegurada na Olimpíada. No Mundial, se apresenta no sábado em busca de uma vaga nas finais, que serão no domingo. A equipe foi aos Jogos de Sydney (2000), Atenas (2004) e Pequim (2008), mas não conseguiu vaga para Londres (2012).

Após duas medalhas de ouro, a equipe brasileira de ginástica rítmica não confirmou o favoritismo e teve de se contentar com a prata nas cinco maças e dois arcos nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. Nesta segunda-feira, o desempenho do conjunto ficou abaixo do esperado na coreografia que mistura samba, rebolado e gingado brasileiro em meio às acrobacias.

Ana Paula Ribeiro, Beatriz Pomini, Dayane Amaral, Emanuelle Lima e Jéssica Maier apresentaram essa mesma série pela segunda vez na competição. Na prova geral por equipes, no sábado, elas haviam obtido 15,433 como nota pela performance da série e cravado a melhor nota do dia. No entanto, as brasileiras falharam em alguns movimentos nesta segunda e não conseguiram repetir a dose, somando 14,692. Melhor para as ginastas dos Estados Unidos, que evoluíram e "roubaram" o ouro (14,983). O bronze terminou nas mãos do Canadá (13,709).

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Ao total, o Brasil fechou a disputa por equipes do Pan de Toronto com três medalhas - duas de ouro (cinco fitas e o pentacampeonato no geral) e uma prata (seis maças e dois arcos). A coreografia embalada por músicas nacionais ("Mas que Nada", "Tico-Tico no Fubá", "Brasileirinho" e até o batuque do Olodum) está nos planos do conjunto para os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.

É importante ressaltar que, diferentemente de praticamente todas as demais modalidades, a ginástica rítmica ainda não adaptou seu programa pan-americano ao olímpico. Por isso, distribui medalhas por aparelhos no Pan. Na Olimpíada, só é premiada a disputa em que se somam os resultados dos dois aparelhos do conjunto. No individual, a soma das notas dos quatro aparelhos.

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Enquanto os Estados Unidos dominam as finais individuais, o Brasil brilha nas provas de conjunto da ginástica rítmica nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. Depois do pentacampeonato no geral, as brasileiras confirmaram o favoritismo e ganharam a medalha de ouro, neste domingo, na primeira da duas finais não olímpicas, a de cinco fitas.

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É importante ressaltar que diferente de praticamente todas as demais modalidades, a ginástica rítmica ainda não adaptou seu programa pan-americano ao olímpico. Por isso, distribui medalhas por aparelhos no Pan. Na Olimpíada, só é premiada a disputa em que se somam os resultados dos dois aparelhos do conjunto. No individual, a soma das notas dos quatro aparelhos.

"A gente veio buscar acertar nossa série, o resultado é consequência", afirma Dayane Amaral, que ao lado de Ana Paula Ribeiro, Beatriz Pomini, Dayane Amaral, Emanuelle Lima e Morgana Gmash subiu ao lugar mais alto do pódio, com a nota 15,000 na apresentação ao som da música "Still Loving You", da banda Scorpions. Sem falhas graves, as brasileiras não foram ameaçadas pelas norte-americanas (13,283) e nem pelas canadenses (12,817), que levaram prata e bronze.

Dayane também esteve presente no Pan de Guadalajara, em 2011, e acredita que isso tem sido importante para o grupo, especialmente depois da perda da capitã Débora Falda, lesionada. "Era tudo muito novo lá. Agora vim com um peso maior, a experiência me deu mais tranquilidade para ajudar as meninas porque eu já participei", diz.

Nesta terça-feira, a equipe deve ganhar mais uma medalha de ouro no Toronto Coliseu. Na final das seis maças e dos dois arcos, as brasileiras repetirão a coreografia apresentada no sábado, com um mix de músicas nacionais ("Mas que Nada", "Tico-Tico no Fubá", "Olodum" e "Brasileirinho"). A performance com tema nacional é a preferida de Dayane.

"A série de arco e maça é mais dançada, mais brasileira e levanta o público. É uma energia diferente. Na fita, além de ser o aparelho mais difícil da ginástica, a gente fica um pouco mais tensa. Dá para se soltar mais amanhã (segunda)", conta.

Depois de amargar o quarto lugar no individual geral da ginástica rítmica, a brasileira Angélica Kvieczynski não se abateu e conquistou a medalha de bronze no arco, neste domingo, nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. Na bola, terminou apenas na sexta posição. As duas provas foram marcadas pelo domínio das norte-americanas Laura Zeng e Jasmine Kerber.

No Pan de Guadalajara, em 2011, Angélica ganhou bronze no individual geral, arco e bola e prata nas maças. Em Toronto, ela não tem conseguido repetir o mesmo desempenho e ressalta o alto nível das competidoras. "Saio satisfeita com a competição, o nível está muito alto perto de Guadalajara. Os outros países estão com muito incentivo. Estados Unidos e Canadá estão treinando na Rússia direto, o México tem uma técnica búlgara. Isso está pesando um pouco para nós brasileiras. A gente tem de viajar mais e tirar esse nervosismo."

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No arco, Angélica empolgou a torcida canadense e fez uma performance consistente. Apesar da boa vantagem sobre as outras rivais, ela não ameaçou as ginastas dos Estados Unidos, que apresentaram uma série de alto grau de dificuldade. Com a nota 15,358, Angélica viu Zeng (16,833) conquistar o ouro e Kerber (16,300) levar a prata. A brasileira Natália Gaudio ficou com o quarto lugar (14,975).

Única representante do Brasil na final da bola, Kvieczynski foi a última a se apresentar e já sabia que para subir ao pódio seria preciso dar o seu melhor. A dupla dos Estados Unidos liderava, e a missão de desbancar Zeng, que somou 16,883, era extremamente difícil. Com uma série de grau de dificuldade mais baixo, Angélica teve 14,633 e terminou na sexta posição. Kerber fez dobradinha com sua compatriota e a mexicana Karla Arnal garantiu o bronze.

Nesta segunda-feira, a partir das 11 horas (de Brasília), Angélica Kvieczynski tem mais duas chances de medalha, após o quarto lugar no individual geral - caiu de terceiro para o quarto posto ao ter sua nota revisada, após entrar com recurso para elevá-la. A brasileira disputará as finais de maças e fitas para tentar acabar com a hegemonia das americanas, que brilharam com notas altíssimas.

O País também contará com Natalia Gaudio na briga. O Pan serve como preparação para o Mundial de Stuttgart, de 7 a 13 de setembro.

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