A deputada federal Maria do Rosário (PT), uma grande crítica do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) voltou a tocar no nome do militar, nesta quinta-feira (22), ao comentar sobre a saída dos médicos cubanos do programa Mais Médicos. A petista afirmou, por meio de vídeo, que Bolsonaro tem um “pensamento tosco”.
Rosário disse que o governo cria o caos antes mesmo de assumir e ressaltou que é preciso uma solução imediata porque o que vale é a vida das pessoas. “E não a opinião de quem, por ventura, por sua linha ideológica, seu pensamento tosco e absurdo, prefere a guerra de posições do que a vida dos brasileiros e brasileiras”.
##RECOMENDA##A parlamentar, que já protagonizou momentos de tensão com o capitão da reserva, em 2014, quando ele disse que a deputada não merecia ser estuprada porque era “muito feita” e porque ela não fazia “seu tipo”, também salientou
que o governo Bolsonaro está cometendo uma “irresponsabilidade”. “É uma irresponsabilidade o que comete este governo que está prestes a assumir falando que está obstinado em desfazer os princípios do SUS”, alfinetou também ressaltando que a medida é “ideologizada”.
No seu discurso, ainda exaltou os ex-presidentes Dilma e Lula porque, de acordo com suas palavras, nos governos do PT foram criados programas e oferecidos vagas em todos os lugares do país oferecendo atendimento médico onde antes não existia. “No governo Dilma foram criadas inúmeras universidades, faculdades de Medicina, no interior do Brasil, em regiões de floresta, do campo e de fronteira justamente para criarmos uma geração de médicos e medicas acostumados e trabalhando com medicina preventiva e com medicina de atendimento a população brasileira na filosofia do SUS”.
Concluindo, Maria do Rosário chegou a falar que era grata aos cubanos. “Eu sou grata, nós somos gratos, o povo brasileiro é grato a Cuba e aos médicos cubanos pelo trabalho realizado aqui e nós sabemos que a altivez dele que não os permitem ficar em um momento como este, mas nós queremos que nesses lugares existam médicos atendendo à população”.