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Uma mobilização especial da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) está organizada para este fim de semana, na capital pernambucana. No sábado (16) e domingo (17), a Prefeitura do Recife promove a 2ª Virada Esportiva e Paraesportiva, que resultará em bloqueios em diversos pontos da cidade. 

Ao todo, 50 agentes de trânsito acompanharão as atividades. No centro, a CTTU interditará, a partir das 0h da sexta-feira, toda a área das avenidas Rio Branco, Alfredo Lisboa, ruas da Guia, da Moeda, Marquês de Olinda e Mariz e Barros. Não será permitido nem tráfego de veículo, nem estacionar nestes locais. 

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Na Zona Norte, além das atividades nos parques (Jaqueira, Macaxeira, Santana), haverá a 2ª Corrida das Escadas, no Morro da Conceição. Na região, equipes do órgão estarão dispostas nas principais vias, como no Largo Dom Luiz com a rua Itacoatiara (ponto de largada da corrida), que será momentaneamente bloqueado no início do trajeto. 

Já na Zona Sul, a CTTU fortalecerá o monitoramento no polo Pina, no parque Dona Lindu e também na Lagoa do Araçá, onde será realizada a primeira edição da Volta na Lagoa. Em princípio, no Pina e em Boa Viagem, a programação não deve exigir interdições nas vias do entorno. Apenas na corrida, na Lagoa do Araçá, a liberação para tráfego dos automóveis ocorrerá conforme a passagem dos atletas. 

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Cidades grandes e referências da Região Metropolitana, Recife e Olinda dividem a mesma data de aniversário e também problemas em comum. Nos próximos anos, um dos maiores desafios será destravar o trânsito em suas ruas e avenidas. Planejamento e agilidade na tomada de decisões, que faltaram no passado, serão essenciais para que as cidades irmãs vençam esse problema.

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As principais características viárias do início do Recife eram as ruas estreitas e os casarios seculares. Toda a vida da capital pernambucana estava centralizada na ilha do Recife: Consultórios médicos, escritórios de engenharia, advogados, grandes comércios e até mesmo os maiores edifícios. A via de maior importância em Recife, na época, era a Avenida Guararapes, que em 1950 chamava-se 10 de novembro. Pouco antes dos anos 60, houve uma reforma para alargar a passagem e foi então que ela mudou de nome. 

Desta década em diante, foram criadas – ou duplicadas - as avenidas Conde da Boa Vista, Dantas Barreto, que tinha como função ligar a Zonal Sul da cidade ao centro,  Abdias de Carvalho, desenvolvida para possibilitar a alteração do traçado da BR- 232, além das avenidas Norte, Agamenon Magalhães, Caxangá, Rosa e Silva, Rui Barbosa e Mascarenhas de Morais.

O mestre em Engenharia Civil na Área de Transportes, professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Maurício Pina, conta que o sistema viário da Região Metropolitana do Recife (RMR) nunca foi planejado de uma única vez. “O nosso sistema não obedeceu nenhum princípio geral de planejamento. Ele foi surgindo das necessidades que apareciam”, explica. 

Hoje, a concepção do princípio viário é o Sistema Estrutural Integrado (SEI) que foi desenvolvido na década de 80. O projeto contém corredores radiais (sempre em direção ao Marco Zero) e perpendicularmente às quatro vias perimetrais - a primeira delas é a Avenida Governador Agamenon Magalhães.  

O plano também instituiu que os terminais de integração sejam construídos nas interseções dos corredores radiais com os perimetrais. O professor da UFPE explicou a concepção do modelo. “Com o SEI, a pessoa poderia ir de qualquer ponto à qualquer ponto da Região Metropolitana do Recife - utilizando de maneira adequada - pagando  apenas uma tarifa." 

Entretanto, a realidade recifense é outra - ao invés de mobilidade e eficiência, o trânsito da cidade pode ser considerado caótico. O especialista em trânsito diz que para haver um considerável avanço, são necessárias ações como melhorar o serviço de transporte público, restringir o uso de carros – proibindo a entrada de veículos em determinadas áreas da cidade - e incentivar, com a criação de ciclovias, o uso das bicicletas como meio de transporte. 

O especialista realizou uma pesquisa que previa que em 2020, Recife terá 1 milhão de veículos, contudo, com a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), esta marca foi antecipada para abril de 2019. A pesquisa também aponta que com a taxa de crescimento que a cidade tem, será impossível expandir as vias. Atualmente, são 400 veículos para cada mil habitantes.

Já na vizinha Olinda, até 1960, havia apenas as principais vias, como a Sigismundo Gonçalves, a Rua do Sol e a Joaquim Nabuco. Em 70, deu-se inicio as obras do Complexo de Salgadinho, ampliação da Getúlio Vargas e da Presidente Kennedy. Entre essas décadas, houve um grande crescimento populacional – cerca de 80% por ano - que atualmente, não passa de 1% ao ano.

O engenheiro André Pina, irmão de Maurício, explica que para resolver os problemas de trânsito da cidade é necessário terminar a construção dos viadutos. “A grande dificuldade é o fluxo de carros por causa da quantidade de moradores de Olinda. Construindo esses viadutos, as vias vão se desobstruir naturalmente”. 

O engenheiro acredita que, assim como no Recife, a criação de ciclovias é algo fundamental. “São muito importantes, mas, devem estar localizadas na orla – em um calçadão maior – e não nas vias de acesso à cidade”.

Parte do corredor exclusivo de ônibus Norte/Sul, na PE-15, localizado no bairro dos Bultrins, em Olinda, cruzamento com a Avenida Chico Science será inaugurado no final da tarde desta quinta-feira (7). Os ônibus que seguirem no sentido Recife/Paulista, Região Metropolitana (RMR), poderão passar por cima do viaduto, que resultará na fluidez do trânsito.

Quem for transitar pela Chico Science, deverá pegar a pista local. O trecho fica entre a Faculdade de Ciências Humanas (Facho) e a entrada do Morro do Peludo, em Ouro Preto, Olinda. O viaduto será liberado para circulação de mais de quatro mil veículos e ônibus em 13 km de extensão. A solenidade terá a presença do governador Eduardo Campos, às 17h, desta quinta (7).

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