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Nesta terça-feira (12), as cidades irmãs Recife e Olinda comemoram 476 anos e 478 anos, respectivamente. Como homenagem, o Portal LeiaJá preparou um vídeo especial que mostra os principais cartões postais dessas duas que são referência nacional.

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Suas expressões culturais, seu povo, seus marcos históricos, todos foram contemplados nas imagens. Em comemoração, as duas cidades prepararam festas para comemorar a nova idade junto ap público. Parabéns ao Patrimônio Cultural da Humanidade e a Veneza brasileira!

Para comemorar os 476 anos da cidade, a Prefeitura do Recife lançou, nesta terça (12), a campanha #EuAmoRecife. A ação, que é realizada no Instagram, tem como objetivo estimular as pessoas a mostrarem sua relação afetiva com a cidade através de fotos.

O concurso, que é dividido em 20 atividades quinzenais, vem reforçar a campanha Eu Amo Recife, iniciada no último mês de janeiro. Para Felipe Carreras, secretário de Turismo e Lazer do Recife, as pessoas vão demonstrar seu amor pela cidade através de imagens. “Elas vão fotografar o que mais amam no Recife, os nossos cartões postais, diversos pontos turísticos ou locais considerados especiais na ótica de cada um”, afirma Felipe.

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A campanha inaugural do projeto fica no ar durante todo o mês de março. Para participar, o usuário deve seguir o perfil @EuAmoRecife no Instagram, produzir e postar suas fotos com a hashtag #EuAmoRecife (não importa se os carecteres forem usados em caixa-alta ou caixa-baixa). Cada reprodução receberá uma numeração: #EuAmoRecife01 e assim por diante.

As fotos que forem postadas com a hashtag serão compartilhadas no www.facebook.com/EuAmoRecifeOficial e no www.instagram.com/EuAmoRecife. As fotos também serão utilizadas para ilustrar tanto o site oficial da Prefeitura da Cidade do Recife como suas redes sociais. O regulamento da campanha está disponível no site da Prefeitura.

Na tarde desta terça-feira (12), alunos concluintes da primeira fase do curso de cozinheiro Garde Manger, do Senac, apresentam trabalhos na 1ª Mostra Gastronômica de 2013, na Unidade de Hotelaria e Turismo da instituição, no Recife.

O tema geral da mostra será “Comemorando o aniversário de Recife e Olinda”, e a exposição explorará diversas áreas da culinária pernambucana, como Cozinha Pernambucana do Litoral ao Sertão, no Restaurante Leite; Comida de Engenho, no Restaurante Oficina do Sabor; Mercado de São José, no Restaurante Dom Pedro; e a Origem da Cozinha Pernambucana, no Restaurante Aroeira. Também haverá apresentação de peças de artesanato feitas com material reciclável, que serão doadas ao Hospital do Câncer.

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O Senac fica localizado na Visconde de Suassuna, nº 500, no bairro de Santo Amaro, próximo à região central da capital pernambucana.

 

Em celebração de encerramento do aniversário da Capital pernambucana, aconteceu nesta terça-feira (12), na Praça do Arsenal, bairro do Recife, o clássico corte do bolo, que este ano mediu 7 metros e pesou 476 quilos. O prefeito Geraldo Julio tirou o primeiro pedaço e entregou ao aluno da Escola Municipal Carla Patrícia, Emerson Francisco, de 10 anos.

As comemorações começaram no último domingo, com apresentações de Frevo e Samba no Morro da Conceição e no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem.  O prefeito aproveitou o momento para ressaltar sobre seu trabalho feito na cidade. “Queremos parabenizar os recifenses por essa data bonita de 476 anos de aniversário. Temos muito que comemorar; muita coisa já começou a ser realizada. A transformação da cidade se inicia e a população mostra a sua vontade de participar dessa mudança. Isso, em 70 dias de governo” comentou o gestor.

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Antes do corte do bolo, apresentações de Frevo e Maracatu foram realizadas, comandados, respectivamente, pelo bloco Pierrot de São José, pela banda 100% Mulher e pelo Maracatu Mirim Nação Estrelar. Quem participou do evento contou ainda com apresentações do grupo Afoxé Ilê de Egbá e dos passistas campeões de 2013.

Ainda como parte da comemoração pelo aniversário da cidade, pessoas que se inscreveram nesta ultima segunda-feira (11), participaram de um passeio turístico pelas ilhas da cidade com o projeto “Panorâmico nas ilhas do Recife". No passeio, que foi realizado na manhã de hoje, estava incluso a rota da Praça do Arsenal, seguindo para o Forte do Brum, Paço Alfândega, Forte das Cinco Pontas, Casa da Cultura e Rua da Aurora; finalizando o trajeto no Gabinete Português de Leitura, localizado na Rua do Imperador.







 

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Um sol forte e muito calor foram o presente de Recife e Olinda nesta terça-feira (12), dia em que as cidades completam idade nova. Em um dos cartões postais da mais velha, Olinda, que faz 478 anos, a Praça da Sé reuniu muitos turistas na manhã desta terça. Já no Recife, que completa 476, a orla de Boa Viagem estava repleta de gente que tirou a manhã para caminhar. 

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Morador de Boa Viagem, Manoel Ambrósio de Queiroz, de 74 anos, sempre pratica exercício e joga conversa fora com os amigos na orla da praia. Neste aniversário de Recife, ele alega que ainda há muitos problemas que devem ser resolvidos na cidade, principalmente, os relacionados à infraestrutura. “Existe uma disputa entre prefeitura e os proprietários de imóveis. Não se define que tem responsabilidade pela manutenção das calçadas. Você vê galerias sem tampas, esgoto escorrendo pelo meio fio, colocando em risco a vida de quem passa pelo local”, enumerou o aposentado que mora no bairro há 33 anos

As amigas Feliciana Brito, Dalva Xavier e Dilva Darce, também moradoras de Boa Viagem, afirmam que gostam muito de onde moram. “Eu não me mudaria daqui, eu adoro o Recife. É uma cidade muito bonita”, explicaram. 

Já no centro, onde o ponto forte é o comércio, a dona de uma banca de revistas destacou o crescimento da cidade. “Está melhorando e mais a cada ano. Tem mais ônibus que faz integração e facilita a volta do trabalhador para casa. Ainda tem mais posto médico e alguns vão até as residências dos pacientes”, disse a comerciante Ana Daniela Cavalcante, de 35 anos.

Em Olinda, algumas reclamações são feitas por moradores do bairro de Rio Doce, em relação à falta de segurança e iluminação pública. “Gosto muito daqui, tem mais emprego e mais oportunidade, mas quando chega 17h tenho que fechar a porta do meu comércio por que está sem luz no poste e tem assalto. Alguns aproveitam para usar drogas”, relatou Jerusa Maciel, 38, moradora da Vila Olímpica. 

Na Cidade Patrimônio, o Alto da Sé recebeu turistas de várias partes do mundo que atracaram estes dias em cruzeiro no Recife. Eles foram avisados pelos guias que hoje era aniversário da cidade e quem comemorou foram os artesãos do espaço, que aproveitaram o movimento atípico para um dia de semana. “É uma oportunidade boa de ganhar dinheiro”, afirmou o artesão em madeira, Belmiro Oliveira, 50. 

“É um orgulho pra mim comemorar o aniversário de Olinda e estar junto a ela neste aniversário. Orgulho de ser olindense e pernambucano”, afirmou o artesão que é morador do bairro de Bonsucesso há 23 anos. 

Em tributo as duas cidades pernambucanas que fazem aniversário nesta terça-feira (12), Olinda e Recife, que completam 478 e 476 anos, respectivamente, o deputado federal João Paulo (PT) produziu um vídeo homenageando os dois municípios.

O enaltecimento do deputado tem duração de dois minutos e será postado nas mídias sociais. Na peça, narrada pelo próprio João Paulo, aparece  imagens das duas cidades. 

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Confira o vídeo:

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Recife ganhará 476 mudas de árvores, em homenagem ao aniversário da cidade, comemorado nesta terça-feira (12). A medida, referente à nova idade, é realizada pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade e Empresa Municipal de Limpeza e Manutenção Urbana (Emlurb) no Jardim Botânico, localizado na  BR 232, km 7,5, no bairro do Curado.

"A meta é plantar 100 mil árvores em nossa cidade. Sem dúvida nenhuma, esse número vai mudar a percepção, a condição da nossa cidade com mais áreas sombreadas, os passeios e os parques", afirmou Geraldo Julio, prefeito do Recife.

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Com o plantio, o assentamento de 300 mudas ao longo das margens do canal do Cavouco, além de outras 95 no Canal do Jordão, 61 no Parque da Jaqueira e outras 20 mudas no Parque 13 Maio. A expectativa é ampliar a área verde com espécies como Flamboyant, Ubaias, Pau pombo e Mescla de Cheiro.

O Café Porteño comemora o aniversário de Olinda e Recife com gastronomia. As cidades completam 478 e 476 anos, respectivamente, e, para a ocasião, o restaurante passa a oferecer duas opções de prato principal por R$32,90. As opções permanecem no menu até o dia 31 de março.

A chef Sofia Mota selecionou ingredientes regionais em duas receitas especiais para celebrar a data com um sabor bem peculiar aos munícipios aniversariantes. Farol e Sé (camarões e anéis de lula com creme de manga, vatapá de abóbora, arroz vermelho de paçoca e beiju crocante), que faz referência à terra das ladeiras e Mercadão (filé de sol ao molho roti com melaço, aligot de inhame e farofa de broa de milho), uma homenagem à cidade das pontes.

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Serviço 

Farol e Sé e  Mercadão

Café Porteño (Rua da Hora, 712, Espinheiro)

R$ 32,90

(81) 3077 3006

Olinda e Recife. Cidades irmãs que registram em cada esquina, uma história diferente ao longo de mais de 470 anos, seja ela de amor, de luta ou de conquistas. A mais velha, Olinda, guarda a recordação de um amor, que não é de Carnaval. De Recife, memórias de um homem que veio tentar a sorte na cidade grande...

Aos 476, Recife guarda uma história de luta, a de Seu Biu. Severino Luiz de França, de 102 anos, veio de um distrito de Caruaru, no Agreste, em 1927. Chegou com a esposa à capital para trabalhar. Desde então ele reside na Rua Santa Lúcia, no bairro do Iputinga, Zona Oeste da cidade, não na mesma casa, pois esta já teve que ser reconstruída duas vezes. “Antes quando chovia, alagava tudo e acabava com a casa que era de taipa. Só depois fizeram calçada, colocaram a galeria e não alaga mais”, explicou Seu Biu, que mora atualmente com três filhos de um total de sete. 

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Dona Adelice Dias de França, 62, nora de Seu Biu, mora na mesma rua há 53 anos. Para ela muitas coisas mudaram de lá pra cá. “Era tudo de barro, as casas eram de taipa todas com cerca de papoula (cercado feito com flores). Agora a gente vê casa de primeiro andar. Antes tínhamos que andar até a Caxangá pra pegar ônibus, agora tem o terminal aqui perto, mas os coletivos demoram muito pra chegar”, alegou. 

Seu Biu é viúvo desde 2005. O casamento com Dona Josefa Maria de França já chegou à quarta geração. Ele tem 34 netos, 46 bisnetos e sete tataranetos. Há poucos dias de completar 103 anos, ele diz que a vida longa se deu pelo estilo tranquilo. “Nunca fui de farra e agora tô procurando uma namorada, mas não estou achando. Ela deve estar perdida pelo mundo”, disse aos risos. 

E por falar de amor, a cidade vizinha, Olinda completa 477 anos e registra uma história que começou na década de 50 quando Maria Arminda Leal Duarte viu pela primeira vez, aos dez anos de idade, Francisco Bione, na época com 16.

Na ocasião, a garota residia na Rua de São Bento, na casa em que hoje é o arquivo da prefeitura da cidade. “Eu sempre morei lá e a família dele se mudou pra perto. Logo depois passou em um concurso e foi pra Minas Gerais. Quando ele voltou a gente ficou se paquerando e um ano e meio depois a gente casou. Eu tinha 16 anos e ele 23”, relatou. 

Naquela época era tudo diferente, segundo Dona Arminda. Onde hoje funcionam os Correios da cidade, havia uma praça, com um coreto e uma espécie de festa realizada aos domingos chamada de retreta. “Os rapazes ficavam na calçada, as moças passeando e assim a gente se paquerava. Antigamente a gente botava cadeira na rua, fazia festa, mas hoje em dia não tem festa mais nada”, lamentou.

Como boa olindense, Dona Arminda, até fica feliz com a proporção que o Carnaval da cidade ganhou mundo afora, mas garante que na época em que ela era jovem, a festa era bem melhor. “Antigamente os clubes eram muito mais bonitos, as músicas também. Hoje em dia não dá mais pra ver os blocos passarem, tem muita gente não dá pra ver as troças”, justificou.

E quando o assunto é a folia de Momo, a carnavalesca Jocilda Airola da Silva, 74, conhecida como Dona Dá, foi a responsável por animar a Rua da Boa Hora. “Aqui na rua não passava nenhuma troça, começamos a enviar ofício para eles passarem por aqui e a gente entregava uma lembrancinha. Antes a gente fazia 20, 30 troféus. Hoje são mais de 100 e não precisamos nem chamar. Já é um roteiro certo,” disse Dona Dá, que recebe as troças na Quarta-feira de Cinzas com frutas, cachaça e vinho há 30 anos. “Olinda é um eterno Carnaval. É por isso que dizem que as pessoas que moram aqui são felizes”, exclamou a carnavalesca.

As cidades de Recife e Olinda não são feitas apenas de histórias, imóveis e sonhos. Os municípios, irmãos e vizinhos, se constituem, principalmente, por pessoas. São recifenses, olindenses e visitantes, que chegaram para nunca mais sair, e construíram as cidades de hoje.

Na capital pernambucana, a irmã mais nova com seus 476 anos, atualmente moram cerca de 1,5 milhão de pessoas. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), em 1970 a cidade era habitada por pouco mais de 1 milhão de pessoas. Deste total, 569 mil eram mulheres, número que hoje subiu para 827 mil.

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“Observando a evolução da população feminina percebe-se que nos últimos 40 anos a proporção de mulheres ela é sempre maior. A partir dessas informações é possível afirmar que, de fato, há mais mulheres do que homens no Recife”, explica o Gerente de Planejamento e Supervisão do IBGE, João Rosendo.

Dentre os bairros mais populosos da capital, Boa Viagem (122 mil), Várzea (70 mil) e Cohab (67 mil) ocupam, respectivamente, as primeiras posições do ranking desenvolvido a partir do Censo de 2010. O 10° lugar é ocupado pelo bairro de Nova Descoberta, com 34 mil habitantes. Em 2000, a situação era quase a mesma. Houve apenas uma inversão entre a Cohab e a Várzea, que naquele ano estavam no 2° e 3° lugar, respectivamente.

“Esses três bairros passaram por muitas mudanças nos últimos 50 anos. Boa Viagem, que era uma área de veraneio, passa a ser mais populosa por conta da transferência de lojas depois de 1975. A construção do shopping e dos vários edifícios também contribuíram para a expansão do bairro”, afirma o professor de história da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Severino Vicente.

Ainda segundo o educador, o aumento da população da Cohab se deu após enchentes que atingiram a cidade. No final do século XX, houve um deslocamento para aquela região. Já o bairro da Várzera cresceu, principalmente, com a transferência da UFPE do centro para o Engenho do Meio. “Foram construídos vários prédios, que inicialmente eram para professores e alunos. Essas construções também contribuíram para o aumento da cidade”.

Além disto, é perceptível que nos últimos anos a população recifense também está vivendo mais. Conforme levantamento realizado pelo IBGE, em 2000, os habitantes de Recife, de 60 a 64 anos, eram 40 mil. Já em 2010 esse número saltou para 56 mil. Enquanto isso, a quantidade de jovens de 15 a 19 anos está diminuindo. No ano 200 eram 145 mil e em 2010 são 125 mil.

“Isso pode se justificar pela atual realidade das famílias brasileiras. Hoje os casais preferem ter apenas um filho, o que faz com que o número desta faixa etária jovem caia um pouco. E como o tempo de vida está se estendendo, as políticas públicas também precisam estar voltadas para os idosos”, diz Rosendo.

Comparando esses dados é possível afirmar que a realidade do município de Recife não é muito diferente da vivenciada em Olinda. A Cidade Alta, completando seus 478 anos, foi a primeira capital de Pernambuco e hoje reúne um número considerável de habitantes. São 377 mil, diferente dos 196 mil que moravam no município na década de 70. As mulheres também são maioria. O número da população feminina subiu de 103 mil para 203 mil.

Os bairros mais populosos da cidade são Rio Doce (41 mil), Jardim Atlântico (39 mil) e Peixinhos (36 mil). Já em 10ª posição do ranking fica com Sapucaia (13 mil). “Rio Doce passou a crescer devido às enchentes do Rio Capibaribe. Parte da população foi transferida para lá. A expansão também foi beneficiada pelo êxodo rural dos anos 80 e 90”, recorda o professor.

 Segundo Vicente, o bairro de Jardim Atlântico começou a ser desejado por pessoas com um poder aquisitivo diferenciado. “Quem não podia pagar pelo luxo de bairros nobres do Recife migrou para Olinda. Em 2000, Jardim Atlântico se define como bairro de classe média”, define. Já a história de Peixinhos é um pouco diferente. O bairro cresceu como centro comercial e por isso atraiu muita gente.

Assim como no Recife, em Olinda a idade média da população também está aumentando. O número de habitantes com 60 a 64 anos passou de 10 mil, em 2000, para 14 mil, em 2010, enquanto a faixa etária de 15 a 19 anos baixou de 38 mil para 30 mil.

“Percebe-se que tanto no número de habitantes quanto para a faixa etária há uma certa homogeneidade nas duas cidades. O que ocorre em Olinda é muito parecido com o que ocorre no Recife. Enquanto na cidade alta você tem uma proporção de mulheres, num determinado percentual, maior do que a de homens, na capital, embora um pouco menor, a proporção é a mesma”, concluiu Rosendo.

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Conhecidas pelas belas igrejas e pela folia de carnaval, as cidades de Recife e Olinda são procuradas por turistas de vários estados do Brasil e por estrangeiros. Os valores dos imóveis nestas localidades variam de acordo com a época, mas os lugares mais procurados não mudaram muito desde a década de 1960. 

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Na cidade do Recife, segundo o Conselheiro Federal do sistema do Conselho Regional Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci/Creci), Petrus Mendonça, atualmente os bairros mais valorizados do município são Casa Forte, Graças e Boa Viagem. “O valor do aluguel de apartamentos em Casa Forte, que tem hoje a maior renda per capta varia entre 1.400 e 1.500 em um prédio com elevador”, afirma. Já os bairros menos valorizados são Tejipió e a Mustardinha, que, de acordo com o arquiteto André Lemoine, até a década de 1970 foram locais de criadouro de animais de grande porte e por isso a elite não se interessou por essas regiões.

O bairro de Boa Viagem, até a década de 1950 era considerado de veraneio e só a partir dessa época iniciaram as construções de edifícios. “Os primeiros prédios a serem erguidos foram Acaiaca (1958), California (1960) e o hotel Boa Viagem, demolido no início do século XXI. Só a partir de 1970 Boa Viagem se transforma em área comercial e a partir de 1980 o local inicia com a supervalorização”, conta Lemoine.

Segundo o arquiteto, Boa Viagem só começou a ser reconhecida como bairro nobre a partir de 1990 quando começou a se perceber que o local já estava com poucos terrenos para novas construções. Em 2008, o plano diretor considerou o local superlotado. 

O valor dos imóveis pode variar de acordo com o período, principalmente na capital pernambucana onde o mercado imobiliário estava passando por dificuldades. “Há três anos não tínhamos imóveis suficientes, e agora, com as pessoas se acomodando nas cidades vizinhas já houve uma estabilização nos preços”, comenta Petrus Mendonça. Na década de 1980, os prédios no Recife começaram a ser construídos com um modelo padrão. “Isso tirou a identidade que os arquitetos podem dar em suas obras e a cidade parece ter a mesma cara em todos os lugares”, ressalta Lemoine. 

Há 50 anos, em Olinda, o Bairro Novo estava começando a se desenvolver e logo depois isso aconteceu com Casa Caiada, Jardim Atlântico e Ouro Preto. Na década de 1970, foi a vez do Sítio Histórico, que começou a ser povoado pela elite de Olinda. “Os bairros de menor valor comercial sempre foram os do entorno do Sítio Histórico. O que acontece nesses locais até hoje é uma maior deterioração e insegurança por parte dos moradores”, afirma o arquiteto. 

No Sítio histórico durante o carnaval, o valor do aluguel de uma casa de dois quartos pode chegar a 2.000 reais, enquanto em outros períodos do ano custa 700 reais. Atualmente uma casa com três quartos no Bairro Novo varia entre 350 e 400 mil reais. “Dependendo da proximidade com o mar o valor de imóveis em Olinda varia. Quanto mais próximo, mais caro fica, assim como em Boa Viagem no Recife”, afirma Petrus Mendoça.

Confira o valor comercial de apartamentos nas duas cidades:

-No bairro Novo em Olinda, o aluguel de apartamento varia entre R$ 700, com dois quartos, e R$ 1.300 com três quartos próximo ao mar. 

-Na cidade do Recife,mais precisamente no bairro de Casa Forte, o valor do aluguel de apartamento, varia entre R$ 1.400, com dois quartos e R$ 2.000 com três quartos. Em Boa Viagem, o valor do aluguel de uma apartamento de quatro quartos varia entre R$ 2.200 e R$ 2.500.

-Ainda no bairro de Boa Viagem, o valor de venda de um apartamento varia entre R$ 350 mil, com dois quartos, e R$ 700 mil com quatro quartos.

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Cidades grandes e referências da Região Metropolitana, Recife e Olinda dividem a mesma data de aniversário e também problemas em comum. Nos próximos anos, um dos maiores desafios será destravar o trânsito em suas ruas e avenidas. Planejamento e agilidade na tomada de decisões, que faltaram no passado, serão essenciais para que as cidades irmãs vençam esse problema.

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As principais características viárias do início do Recife eram as ruas estreitas e os casarios seculares. Toda a vida da capital pernambucana estava centralizada na ilha do Recife: Consultórios médicos, escritórios de engenharia, advogados, grandes comércios e até mesmo os maiores edifícios. A via de maior importância em Recife, na época, era a Avenida Guararapes, que em 1950 chamava-se 10 de novembro. Pouco antes dos anos 60, houve uma reforma para alargar a passagem e foi então que ela mudou de nome. 

Desta década em diante, foram criadas – ou duplicadas - as avenidas Conde da Boa Vista, Dantas Barreto, que tinha como função ligar a Zonal Sul da cidade ao centro,  Abdias de Carvalho, desenvolvida para possibilitar a alteração do traçado da BR- 232, além das avenidas Norte, Agamenon Magalhães, Caxangá, Rosa e Silva, Rui Barbosa e Mascarenhas de Morais.

O mestre em Engenharia Civil na Área de Transportes, professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Maurício Pina, conta que o sistema viário da Região Metropolitana do Recife (RMR) nunca foi planejado de uma única vez. “O nosso sistema não obedeceu nenhum princípio geral de planejamento. Ele foi surgindo das necessidades que apareciam”, explica. 

Hoje, a concepção do princípio viário é o Sistema Estrutural Integrado (SEI) que foi desenvolvido na década de 80. O projeto contém corredores radiais (sempre em direção ao Marco Zero) e perpendicularmente às quatro vias perimetrais - a primeira delas é a Avenida Governador Agamenon Magalhães.  

O plano também instituiu que os terminais de integração sejam construídos nas interseções dos corredores radiais com os perimetrais. O professor da UFPE explicou a concepção do modelo. “Com o SEI, a pessoa poderia ir de qualquer ponto à qualquer ponto da Região Metropolitana do Recife - utilizando de maneira adequada - pagando  apenas uma tarifa." 

Entretanto, a realidade recifense é outra - ao invés de mobilidade e eficiência, o trânsito da cidade pode ser considerado caótico. O especialista em trânsito diz que para haver um considerável avanço, são necessárias ações como melhorar o serviço de transporte público, restringir o uso de carros – proibindo a entrada de veículos em determinadas áreas da cidade - e incentivar, com a criação de ciclovias, o uso das bicicletas como meio de transporte. 

O especialista realizou uma pesquisa que previa que em 2020, Recife terá 1 milhão de veículos, contudo, com a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), esta marca foi antecipada para abril de 2019. A pesquisa também aponta que com a taxa de crescimento que a cidade tem, será impossível expandir as vias. Atualmente, são 400 veículos para cada mil habitantes.

Já na vizinha Olinda, até 1960, havia apenas as principais vias, como a Sigismundo Gonçalves, a Rua do Sol e a Joaquim Nabuco. Em 70, deu-se inicio as obras do Complexo de Salgadinho, ampliação da Getúlio Vargas e da Presidente Kennedy. Entre essas décadas, houve um grande crescimento populacional – cerca de 80% por ano - que atualmente, não passa de 1% ao ano.

O engenheiro André Pina, irmão de Maurício, explica que para resolver os problemas de trânsito da cidade é necessário terminar a construção dos viadutos. “A grande dificuldade é o fluxo de carros por causa da quantidade de moradores de Olinda. Construindo esses viadutos, as vias vão se desobstruir naturalmente”. 

O engenheiro acredita que, assim como no Recife, a criação de ciclovias é algo fundamental. “São muito importantes, mas, devem estar localizadas na orla – em um calçadão maior – e não nas vias de acesso à cidade”.

Olinda já foi considerada a cidade mais importante de toda a América, segundo o Secretário de Turismo e Desenvolvimento Econômico de Olinda, Maurício Galvão. “O ‘ouro branco’ foi a fase do açúcar, quando Duarte Coelho veio para Pernambuco e se instalou no Alto da Sé. Esse foi o passo primordial, porque devido a isso surgiu o Porto do Recife”, explica. 

Após a Guerra dos Mascates “Recife se separou de Olinda e a cidade ficou comportando os burgueses e os nobres, já Recife ficava com os comerciantes”, conta Galvão. Nessa época, segundo ele, Olinda perdeu uma fonte importante, o Porto do Recife, sendo a primeira derrubada econômica da cidade. “Algum tempo depois, ela conseguiu se recuperar por causa de Paulista que ainda pertencia a Olinda. As indústrias que estavam instaladas passaram a mandar as riquezas que o município precisava para se manter”, afirma.

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Devido ao difícil acesso à praia de Boa Viagem, no Recife, por ainda não ter as pontes, os banhistas optavam em ficar em Olinda. “A cidade virava balneário e casas de veraneio de muita gente, devido a grande intensidade de pessoas, as praias viravam um ponto forte para movimentar a economia”, diz o Secretário.

Entre os anos 50 e 70, foi o momento em que Olinda se transformou em cidade dormitório, título que, segundo Galvão, só durou até o final do século 20. “Por terem perdido as eleições para prefeito de Olinda, os Lundgreen fizeram um movimento e decidiram separar as duas cidades. Com isso, Olinda perdeu suas indústrias e ficou conhecida como cidade dormitório”, afirma o Maurício Galvão.

Segundo o secretário, o título ficou para trás porque a partir do século 21, Olinda começou a implantar políticas de incentivo ao desenvolvimento econômico. “Apoiando a vinda de empresas pra cidade como também, construindo forma de melhorar a renda de pessoas mais simples através de programas sociais”, afirma. Uma pesquisa da junta comercial foi realizada no ano de 2008 e revelou que atualmente existem cerca de 11 mil empresas instaladas na cidade.

Ainda de acordo com os dados, o setor econômico que mais cresce no município é o de serviços, com 59%, em segundo, comércio, 37% e por último a indústria, 4%. “Hoje a cidade deixou de ser um lugar dormitório para ser prestadora de serviços”, destaca Galvão.

O gestor da pasta de Desenvolvimento Econômico também destaca um novo setor, que engloba artistas plásticos, artesãos, tecnologia da informação, entre outros. “Como a parte artística e turística da cidade cresceu muito, foi criada a Economia Criativa, responsável por 20% do desenvolvimento econômico da cidade”.  Segundo ele, o município hoje é a 4° economia do estado e o segundo polo médico do estado, ficando atrás apenas de Recife.

Já Recife, a cidade dos Mascates, continua com sua tradição de comércio, mas, segundo o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio), Eduardo Catão, a característica mudou. “O comércio se desenvolveu rapidamente e hoje não tem mais a necessidade de vendedores irem nas residências das pessoas para oferecer os seus produtos, como faziam os Mascates. Hoje o comércio em Recife é centralizado”, explica.

Para o pesquisador da Câmara de Dirigentes Lojistas do Recife (CDL), José Fernandes, a capital do Estado se transformou em uma cidade prestadora de serviços. “Recife ostenta hoje um grande polo de serviços médicos, educacionais, consultorias, comércio moderno, como os shoppings”, afirma ele. Segundo Fernandes, mais da metade da arrecadação da capital vem dos serviços. “A riqueza maior vem da atividade terciária, como varejo, alugueis, bancos, que consistem em mais de 60% do PIB da cidade”, conclui.

O professor de economia e sócio da Consultoria Econômica e Planejamento (Ceplan), Valdeci Monteiro, é outro que afirma que a cidade do Recife é um local onde a renda principal é através do setor terciário. “Recife é uma cidade dos serviços, apresentando a vocação para o setor terciário, como o comércio especializado e varejo moderno, tendo exemplos os shoppings e a área de indústria, como Suape,  além de ocupações de formas gerais ligados fora da cidade, tornando uma referência nacional", conta. 

Segundo Valdeci, na década de 60 a cidade matinha um posto muito importante para a economia, já que o município servia de espelho para as outras regiões do nordeste. “Naquela época, Recife fez história na economia do nordeste. Foi uma referência nacional, até porque tudo passava pela cidade. Um papel de grande relevância dentro do quadro regional, tendo o seu passado muito fortificado, mesmo perdendo um pouco do seu espaço devido a expansão de outros lugares”, explica.

O professor ressalta que o grande desenvolvimento do setor terciário têm mudado a vocação da cidade, mas que a tradição dos mascates (de comércio) pode ser fortalecida com o novo momento econômico do Estado. “É um comércio que tem essa capacidade de renovar e agora com esse novo crescimento de Pernambuco, so tende a aflorar, ressaltar e evidenciar a economia”, concliu. 

 

Antigamente, a população sofria com a falta de médicos para atender determinados tipos de doença. Isso porque não havia uma tecnologia avançada que pudesse detectar alguns fatores para que uma enfermidade fosse descoberta. Hoje, já é possível saber do que um paciente sofre, mas mesmo assim, não há rede hospitalar suficiente para atender a demanda. Recife e Olinda completam 476 e 478 anos nesta terça (12). Confira na reportagem a seguir como era e como está a situação da saúde nas duas cidades.

O presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Mário Jorge, se queixa das condições atuais tanto na capital, quanto em Olinda. “Hoje temos a segunda maior rede nacional de saúde pública do Brasil. Mesmo com esses dados, o Recife ainda está muito aquém das necessidades básicas. Olinda então, não tem nenhuma infraestrutura para atender os pacientes. Além de ter os salários base baixíssimos, que não atraem nem um pouco a classe”, relata.

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Segundo ele, os profissionais sofrem com a falta de concursos públicos. “A principal crise dos últimos 50 anos ainda é a falta de leitos maternos. As pessoas vêm do interior buscando atendimento e, por faltar médicos, quem sofre é a população. O salário não atrativo e a falta de concursos públicos deixam um déficit de médicos tanto em Olinda, como no Recife”, afirma o vice-presidente do Simepe, Fernando Cabral.

Índices - Nos últimos 13 anos, Olinda teve a redução de 40% na taxa de mortalidade infantil e 27% na taxa de mortalidade materna.

Mesmo com as diminuições, os cidadãos olindenses ainda se deslocam para serem atendidos no Recife, pois determinados atendimentos ainda não são realizados no município. “Quem libera o recebimento do paciente é o Estado. O que podemos fazer se tudo é enviado para a capital? Aqui poderia ter sim, redes que atendessem aos pacientes, mas o Governo é quem controla tudo e não a Prefeitura. Vários atendimentos, por exemplo, só tem no Hospital da Restauração”, afirma a secretária de saúde de Olinda, Tereza Miranda.

Rede privada - No Recife, o Instituto Materno Infantil Professor Fernando Figueira (Imip) concentra um grande número de pacientes atendidos vindos de todo o Estado. Apesar de parecer público, o hospital é uma entidade sem fins lucrativos, de utilidade pública, que atua nas áreas de assistência médico-social, ensino, pesquisa e extensão comunitária e já existe há 52 anos. Antes, o centro médico funcionava apenas como hospital pediátrico.

“Em meados de 1960, não havia tantos médicos, qualidade tecnológica, dentre outras coisas. Mas, apesar disso, também não tinha a quantidade de pacientes que existem para a demanda de poucos hospitais atualmente. À medida que você oferece mais serviços, aparecem mais pessoas para serem atendidas, do mesmo jeito que os hospitais aumentam. Sempre vai ser pouco atendimento para muita gente”, afirmou a médica patologista do Imip, Christiane Tiné.

Segundo Mário Fernando Lins, diretor do Simepe, a rede só concentra 20% do atendimento. “Para que as pessoas vão trabalhar na rede privada se o salário base daqui chega a R$ 7,5 mil, da rede pública e o da privada, você gasta até do próprio bolso? Tem que haver uma conquista para que os médicos se interessem a voltar a trabalhar nos hospitais particulares”, afirmou.

Fotos: Hivor Danierbe/LeiaJáImagens

O dia 12 de março marca o aniversário de Olinda, que comemora 478 anos de fundação. A cidade, localizada na Região Metropolitana do Recife, é considerada Patrimônio Histórico pelo governo federal e Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco. Com uma festa de carnaval marcante, Olinda atrai um grande número de turistas e artistas, muitos dos quais resolvem morar em suas ruas históricas.

Para comemorar os 478 anos da cidade, a prefeitura realiza, nesta terça (12), às 18h30, um show em frente a sua sede, o Palácio dos Governadores, no bairro do Varadouro. Atrações musicais como Afoxé Oxum Pandá e D’Breck, além do Coral Encanto de Olinda, participam do evento, que tem ainda a presença de Maestro Spok e banda.

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A festa também conta com o tradicional bolo gigante, pesando o equivalente à quantidade de anos completados por Olinda: 478 quilos. O bolo tem recheio de chocolate e é coberto com uma arte em papel arroz. E traz uma homenagem ao frevo - recentemente alçado ao posto de Patrimônio Cultural Imaterial pela Unesco.

Como não poderia deixar de ser, agremiações carnavalescas marcam presença na festa. A Associação Carnavalesca de Olinda, Conxitas, Patusco, Maracambuco, caboclos de lança, escolas de samba Preto velho e Oriente e Bandeirante do Samba, além das tradicionais serenatas, fazem parte da programação, que é gratuita.

A Secretaria de Meio Ambiente de Olinda comemora o aniversário da cidade com atividades voltadas para a educação ambiental. Com o tema “Conhecendo Olinda para Preservar”, a programação contará com oficinas de frevo e de papel reciclado, palestra e filmes, além da apresentação de uma orquestra de frevo.

A atividade será realizada nesta quinta-feira (14) no Centro de Educação Ambiental (CEA) a partir das 8h e conta com a presença dos estudantes da rede pública do município. Olinda completa este ano 478 anos de história.

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Serviço:

Conhecendo Olinda para Preservar

Quinta-feira (14), às 8h

Centro de Educação Ambiental (CEA)

Estrada do Bonsucesso, 301 – Bonsucesso – Olinda/PE

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