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A Câmara Municipal de São Paulo aprovou nesta quarta-feira (22), em segundo turno, o Projeto de Lei (PL) 511/2023, que autoriza bombeiros militares do Estado a realizarem a atividade de poda de árvores em dias de folga. Desde o começo do mês, a cidade sofre com a queda da vegetação por conta das fortes chuvas e ventanias que atingem a região.

A propositura é de autoria da Prefeitura, e tem por objetivo original atualizar o valor pago a policiais e guarda civis municipais quando atuam em Atividade Delegada (popularmente conhecida como Operação Delegada), que se caracteriza por permitir que agentes realizem serviços de segurança em dias de folga da escala de trabalho.

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O projeto foi aprovado com a inclusão da categoria dos bombeiros nesse tipo de operação. O PL seguirá para a sanção do prefeito Ricardo Nunes (MDB).

O líder do governo na Câmara, o vereador Fábio Riva (PSDB), destacou a previsão de que os bombeiros atuem em "algumas podas preventivas e também nas questões emergenciais". Em uma rede social, Nunes publicou uma mensagem de agradecimento aos vereadores pela aprovação do projeto.

A inclusão dos bombeiros no PL foi proposta pelo parlamentar Bombeiro Major Palumbo (PP). "(O projeto servirá) Para que a Guarda Civil, a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros, o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e os órgãos de emergência possam atuar aqui na nossa cidade de uma maneira mais direta, pronta e rápida."

A falta de poda de árvores foi uma das razões apresentadas para justificar o apagão que atingiu São Paulo e a região metropolitana no começo do mês, quando milhares de casas ficaram sem energia elétrica e água em razão das tempestades que caíram no Estado.

As chuvas e a forte ventania provocaram a queda de árvores e a danificação de fios da rede elétrica, além de destruir veículos e colocar a saúde das pessoas em risco. No último feriado, as tempestades voltaram a causar novas quedas de árvores.

Reajuste

A medida aprovada na Câmara prevê que GCMs níveis I e II, soldados e subtenentes, tenham uma gratificação por hora trabalhada de R$ 41,11. Já para os Guardas Civis níveis III e IV, e de tenentes a coronéis e delegados, o valor reajustado será de R$ 49,33 por hora.

O PL prevê também um acréscimo de 20% no valor para os profissionais que trabalharem entre 22h e 6h, e de 30% para aqueles que forem escalado para atuar em regiões consideradas estratégicas. Essas áreas ainda serão definidas pela Secretaria Municipal de Segurança Pública.

As fortes chuvas e rajadas de vento que atingiram grande parte de São Paulo na sexta-feira (3), derrubaram 346 árvores só em registros dentro dos parques da cidade, de acordo com informações da Prefeitura de São Paulo fornecidas ao Estadão.

Os parques onde mais caíram árvores estão na zona sul da cidade: no Ibirapuera, com 128 quedas, no Santo Dias, com 61, e no Nabuco, com 26 quedas.

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Ao todo, além da região dos parques, mais de quarenta municípios, incluindo a capital paulista, tiveram ocorrências por queda de árvores. Foram mais de 2 mil chamados para ocorrências de acordo com as defesas civis e o Corpo de Bombeiros em todo o Estado, conforme informou a Defesa Civil estadual.

Reflexo do ciclone extratropical que passa pelo Sul do País, uma forte ventania atingiu diversos pontos de São Paulo na madrugada desta quinta-feira (13). Os bombeiros da capital foram acionados seis vezes entre a madrugada e o início da manhã. Houve registro de queda de árvores nas zonas sul, leste, norte e na região central.

Por volta de 4 horas da manhã, o Corpo de Bombeiros foi acionado após uma árvore cair sobre uma guarita no Morumbi, na zona sul. No momento da queda, o segurança não estava no local e, segundo a corporação, ninguém ficou ferido.

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Um pouco mais tarde, os bombeiros foram chamados após outra árvore cair sobre uma residência em São Lucas. O incidente também não deixou feridos. Houve queda de árvores ainda em Moema e no Campo Belo, também na zona sul.

A forte ventania, que pode chegar a rajadas de até 90 km/h ao longo do dia, também afeta outros pontos do Estado. No litoral, o serviço de balsas entre Bertioga e Guarujá ficou paralisado pela manhã. Há pelo menos 16 registros de quedas de árvores na Baixada Santista, conforme a Defesa Civil.

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A Prefeitura sancionou ontem lei que altera procedimentos de manejo da cobertura arbórea de São Paulo. Conforme o Município, o texto busca facilitar poda e plantio de árvores. O prazo de regulamentação das regras é de 90 dias.

Em nota, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) diz que, com a nova norma, o poder municipal vai "dar agilidade aos requerimentos, simplificando os procedimentos para a supressão, o transplante e a poda, desestimulando, assim, que as árvores sejam manejadas de forma irregular, sem o consentimento do poder público".

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Segundo a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, agora a poda ou o manejo podem ser feitos considerando critérios como estar na calçada apropriada; atrapalhar a mobilidade urbana; estar em lugar adequado; poder e/ou dever ser transplantada; oferecer risco para eletrificação. "Uma série de outros componentes que não estavam previstos na legislação anterior, que olhava a árvore descolada do meio ambiente urbano, onde ela está", diz Rodrigo Ravena, chefe de gabinete da pasta.

Segundo ele, antes da lei, os dois únicos aspectos que permitiriam "mexer" numa árvore eram o estado fitossanitário e risco ao patrimônio. Para poda, no caso de áreas não municipais, fica autorizado que o possuidor do imóvel a execute, desde que informe o órgão responsável. Essa comunicação deve ser instruída com laudo técnico, "a ser elaborado por engenheiro agrônomo, engenheiro florestal ou biólogo não pertencentes aos quadros municipais".

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

São Paulo ganhou um espaço para preservar a memória das vítimas fatais da Covid-19. No aniversário de 467 anos da capital paulista, celebrado na última segunda-feira (25), um memorial com 6,6 mil mudas de árvores plantadas e uma escultura de metal, que representa um ipê branco, foi inaugurado no Parque do Carmo, na zona leste.

Segundo a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, a escultura, doada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), representa o "caráter resiliente, contemplativo e medicinal" da árvore. No local, convidativo à reflexão pela memória dos mais de 16 mil óbitos por Covid-19 na capital, há uma cápsula do tempo para quem quiser prestar tributo aos mortos em forma de mensagem. Qualquer pessoa pode enviar condolências por meio do www.memorialavarc.com.br.

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Além de simbolizar a homenagem às vítimas do coronavírus na capital paulista, o espaço vai contribuir para o reflorestamento da região. De acordo com Eduardo de Castro, secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, em entrevista ao portal da Prefeitura de São Paulo, as 6,6 mil árvores plantadas na área do memorial são nativas da Mata Atlântica.

Até o dia do aniversário de São Paulo, metade das mudas de árvore havia sido plantada no Parque Natural Municipal Fazenda do Carmo, e as outras 3,3 no Parque do Carmo. Há espécies nativas, como araçá, aroeira-pimenteira, ipê-branco, jequitibá-branco, e as frutíferas, como cereja-do-rio-grande, goiaba, jabuticaba, jatobá, pitanga e uvaia. O acesso ao local é gratuito.

Serviço

Memorial Avarc em Homenagem às vítimas do Coronavírus

Onde: Parque Municipal do Carmo - Av. Afonso de Sampaio e Sousa, 951, Portão 1, Itaquera, São Paulo - SP

Funcionamento do parque: todos os dias das 5h30 até às 20h

Moradores de vários bairros de Teresina estão há três dias sem energia elétrica devido à queda de quase 300 árvores ocorrida na noite de 31 de dezembro, quando foi registrada uma forte chuva com ventania na capital do Piauí.

Na noite desse sábado (2), alguns moradores do bairro Água Mineral interditaram a Avenida Duque de Caxias em protesto contra a demora na volta da energia. Na manhã deste domingo, 3, a via estava liberada, mas outras ruas foram interditadas. A Polícia Militar foi chamada e atendeu sete ocorrências no sábado, mas ninguém foi detido.

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Ainda neste domingo, começou a circular em grupos de Whatsapp um convite para um protesto em frente à distribuidora de energia do Piauí, a Equatorial, na próxima sexta-feira, 8, contra os serviços prestados pela empresa.

A energia começou a ser restabelecida em alguns bairros ainda durante a madrugada do dia 1º de janeiro, mas até o meio-dia deste domingo, 3, ainda havia bairros sem energia, principalmente na zona norte da cidade.

A jornalista Márcia Cristina, moradora do conjunto União, próximo à avenida que foi interditada, gravou um vídeo na tarde de sábado mostrando a situação em sua casa, quando a energia ainda não havia retornado.

"O ar condicionado e a TV não funcionam. A energia ou falta 100% ou fica oscilando. Congelador, geladeira e demais eletrodomésticos não funcionam. E comecei a jogar alimento fora. Extrema falta de respeito com o consumidor", afirmou a jornalista, que passou o réveillon no escuro, prejudicando a ceia que fez em casa para receber os amigos.

A professora universitária Juliana Paz, moradora do bairro Aeroporto, ficou sem energia total durante 24 horas, mas até o meio-dia deste domingo a energia ainda não estava totalmente restabelecida. "Só voltou uma fase. O ar condicionado não está funcionando. Só não queimaram os demais eletrodomésticos porque desliguei na hora da chuva", disse. Ela reclamou que sempre que chove falta energia, mas que dessa fez foi pior.

"A Equatorial precisa aumentar seu contingente para essas situações imprevistas, como chuvas. Teresina é uma cidade que cresceu muito. Os carros da Equatorial que existem atendem às necessidades de todos os bairros da cidade? Tenho certeza que não", reclamou a professora.

A empresária Lia Nery não abriu sua empresa no sábado, 2, como previsto, pois somente na tarde de ontem é que a energia foi restabelecida. "Vários clientes nos mandaram mensagem, mas não conseguimos atender", lamentou.

Em nota, a Equatorial Piauí, responsável pelo fornecimento de energia na capital, informou que permanece com 82 equipes de atendimento emergencial em campo neste domingo e no Centro de Operações para reestabelecimento do fornecimento de energia em Teresina. "Quase 300 colaboradores estão empenhados na recuperação da rede elétrica na capital, trabalhando em tempo integral desde o início das ocorrências", disse a nota.

A empresa explica que há registro de, pelo menos, 280 árvores que caíram sobre a rede em decorrência do temporal da noite do dia 31. Segundo a Equatorial, isso corresponde a 90% das ocorrências registradas desde o início da chuva.

A empresa justifica que a demora no restabelecimento da energia ocorre porque os trabalhos de recuperação têm alta complexidade e tempo de recomposição maior. "Diferentemente do atendimento emergencial em condições típicas, nesta situação há a necessidade de reconstrução da infraestrutura de redes que foram destruídas pelo evento climático registrado", completa a nota.

Segundo ainda a Equatorial, até o momento ainda estão sem energia total álbuns bairros na zona Norte. Nos bairros Santa Clara e Itaperu, afirma a empresa, existe uma área de transformação afetada (região atendida por um transformador da Distribuidora), impactando um total de 311 clientes da região onde o fornecimento ainda não foi restabelecido. Contudo, o atendimento já está sendo realizado por equipes da distribuidora.

A falta de energia em Teresina quando chove é bastante comum há vários anos. No segundo semestre de 2018, quando a Equatorial assumiu o serviço no Piauí, em substituição à Eletrobras (estatal do governo federal), a nova empresa prometera melhorar a qualidade dos serviços.

Procurada, a Equatorial afirmou também que, desde que chegou ao Piauí, em outubro de 2018, tem investido na melhoria da qualidade da energia. Em abril de 2020, a Equatorial conseguiu um financiamento de R$ 643 milhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O investimento será usado melhorar os serviços da empresa.

NOTA COMPLETA DA EQUATORIAL:

A Equatorial Piauí esclarece que, conforme compromisso firmado, concluiu o restabelecimento do fornecimento a 100% das ocorrências coletivas registradas em Teresina nos dias 31 de dezembro e 01 de janeiro, após as fortes chuvas, ventos e raios que atingiram a Capital. Tais ocorrências são aquelas cujo mesmo ponto de defeito na rede afeta o fornecimento a mais de um cliente.

A força tarefa realizada pela Distribuidora segue agora tratando os casos isolados e pontuais registrados. Há 82 equipes de atendimento emergencial em campo, sendo 15 de manutenção pesada, e quase 300 colaboradores estão empenhados na recuperação da rede elétrica na capital, trabalhando em tempo integral desde o início das ocorrências.

As fortes chuvas geraram severos danos à rede elétrica. Em toda a capital, há registro de, pelo menos, 280 árvores que caíram sobre a rede. Isso corresponde a 90% das ocorrências coletivas registradas desde o dia 31.

Em função da gravidade dos danos causados ao sistema elétrico, os trabalhos de recuperação tiveram alta complexidade e tempo de recomposição maior. Diferentemente do atendimento emergencial em condições típicas, nesta situação houve a necessidade de reconstrução da infraestrutura de redes que foram destruídas pelo evento climático registrado.

O fornecimento de energia também foi prejudicado pela alta incidência de raios e objetos metálicos lançados sobre a rede, como placas e outdoors, como registrado no bairro Primavera, na zona norte da capital.

A Equatorial Piauí reforça aos clientes que, caso ainda exista algum problema pontual, registrem solicitação nos canais da Distribuidora. Para atendimento aos clientes, estão disponíveis a Central 0800 086 0800, o site e aplicativo da Equatorial Energia. Também é possível informar falta de energia utilizando a Clara, atendente virtual da Distribuidora que atende pelo número (86) 3228-8200, por mensagem no Whatsapp.

Bruno Gagliasso costuma usar suas redes sociais para abordar importantes causas sociais e o meio ambiente sempre aparece entre elas. Na última quinta (1º), o ator compartilhou com os seguidores o plantio de uma árvore em um lugar identificado por ele apenas por uma hashtag como #RanchodaMontanha. Além de batizar a planta, Bruno expressou o desejo de repetir o gesto até chegar na plantação de número 10 mil. 

Com fotos e um vídeo, Gagliasso mostrou o processo de plantio da árvore. Ele até batizou a planta dando-lhe o nome de sua avó, Emília. Na legenda, o ator comentou que pretende plantar muitas outras árvores como essa. “Pronto, agora só faltam 9.999 árvores para terminar o serviço”, disse. 

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Nos comentários, os seguidores elogiaram muito a atitude do ator e disseram que ele é um “exemplo”. “Você é um cara maneiro, valeu por esse vídeo”; “Que bela iniciativa”; “Te admiro demais”; “Trabalho mara”; “Parabéns, é o que todos nós deveríamos fazer”; “Que linda mensagem que você deixa de um mundo melhor”. 

A modelo Gisele Bündchen estará completando 40 anos na próxima segunda-feira (20) e encontrou uma maneira ecológica para celebrar esta data. No seu perfil do Instagram, a beldade anunciou que estará plantando 40 mil árvores através de um projeto criado por ela batizado de "Viva a Vida".

Gisele, que também é ativista da causa ambiental, já participou de diversos projetos e, neste ano, havia planejado comemorar a data plantando árvores na Amazônia, no entanto, o plano inicial teve que ser cancelado devido ao novo coronavírus e a modelo decidiu criar o projeto para que, mesmo sem estar presente, as árvores possam ser plantadas no local.

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"Há anos venho plantando árvores em diferentes projetos, pois sinto que essa é uma forma de retribuir a mãe Terra e, este ano, para celebrar meu aniversário, tinha planejado ir como minha família plantar na Amazônia. Mas como sabemos, isso não é possível neste momento. Então, já que não dá para ir, pensei: que tal criar um jeito para que qualquer um possa me ajudar a plantar árvores lá?", questionou Gisele explicando a iniciativa.

A modelo informou que também pediu a colaboração de amigos e familiares, mas adiantou que qualquer pessoa pode participar através do link disponibilizado em sua conta no Instagram.   

"Já falei pra toda minha família e amigos: quem quiser me presentear pode me dar árvores. Desse jeito, nós todos podemos retribuir de alguma forma ao nosso planeta. Se você também se sentir inspirado e quiser contribuir com a ideia, pode se juntar a nós e plantar árvores", disse.

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A chuva, acompanhada de raios e ventania intensa, que atinge o Grande Recife desde a noite dessa quarta-feira (19) trouxe uma série de problemas à população da região. Telhados foram arrancados, portões derrubados e árvores não resistiram à força das rajadas.

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Diversos locais tiveram o serviço de energia elétrica interrompido. De acordo com a Companhia de Eletricidade de Pernambuco (Celpe), as ocorrências foram pontuais e a maioria está relacionada a interferência de árvores na rede. Equipes de manutenção estão atuando para restabelecer o fornecimento nos locais afetados.

Em boletim, a Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac), destacou a possibilidade da continuidade de chuvas fortes e moderadas nesta sexta-feira (21).

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Mulher canadense sobreviveu por milagre quando, após um salto de avião, o paraquedas dela não abriu, nem o paraquedas de reserva.

O acidente ocorreu na cidade de Trois-Rivières, na província de Quebec. A mulher de 30 anos caiu da altitude de 1,5 quilômetros e conseguiu se salvar só devido à queda sobre ramos de árvores.

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Ficando atascada entre os ramos das árvores, ela evitou ferimentos mortais, contudo recebeu muitas fraturas.

Uma testemunha afirmou que "foi um milagre que ela tenha sobrevivido".

Neste momento, a mulher está no hospital. Segundo os policiais, ela salta frequentemente com paraquedas e tem muita experiência.

Da Sputnik Brasil

Os efeitos da poluição do ar à saúde humana já são conhecidos. Uma pesquisa do Instituto de Biociências (IB) da Universidade de São Paulo (USP) identificou agora que as árvores também sofrem esses efeitos, o que interfere nos benefícios ambientais prestados por elas. Os pesquisadores utilizaram como modelo a tipuana (Tipuana tipu) – uma das espécies de árvores mais comuns em São Paulo – e mostraram que os poluentes atmosféricos restringem o desenvolvimento desse tipo de planta.

Diminuir temperatura, produzir vapor de água, mitigar o escoamento da água da chuva e, inclusive, filtrar a poluição são alguns dos benefícios das árvores no ambiente urbano que estão prejudicados. “Vamos precisar muito desses serviços ambientais para a gente se adaptar aos impactos das mudanças climáticas. É muito importante ter árvores na cidade. Quanto mais saudáveis elas forem, mais rapidamente a gente vai ganhar esse serviço [ambiental]. As árvores que estão crescendo neste momento estão, provavelmente, sofrendo com o efeito da poluição”, disse Marcos Buckeridge, professor do IB-USP e responsável pelo projeto.

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Foram analisadas 41 tipuanas localizadas em diferentes distâncias do Polo Industrial de Capuava, em Mauá, uma das áreas mais industrializadas da região metropolitana de São Paulo. De acordo com os pesquisadores, o bairro é composto por áreas residenciais e comerciais e um polo industrial, formado por refinarias de petróleo e fábricas de cimento e fertilizantes, por onde circula grande quantidade de caminhões e carros.

Estudo

Com um instrumento semelhante a uma broca de furadeira, mas com o interior oco, chamado de sonda Pressler, os pesquisadores retiraram amostras das cascas e dos anéis de crescimento. Eles analisaram a composição química e o tamanho dos anéis e conseguiram medir a variação dos níveis de poluição do ar por diversos elementos químicos a que as plantas foram expostas durante o desenvolvimento e como esse fator influenciou o crescimento delas.

“Nós pegamos árvores que estão em posição onde há uma poluição muito forte e comparamos com árvores onde a poluição não é tão forte”, afirmou Buckeridge. Quando os anéis são muito grandes ou largos, isso indica anos de bom crescimento, ou seja, foram anos de menores níveis de poluição. Os anéis de crescimento menores ou mais estreitos, por sua vez, representam anos de crescimento ruim, quando os níveis de poluição foram maiores.

“As árvores mais próximas às vias de tráfego e expostas a concentrações mais altas de alumínio, bário e zinco, gerados pelo desgaste de peças de automóveis, tiveram menor crescimento ao longo dos anos”, mostra o estudo, que teve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

De acordo com a pesquisa, o material particulado (partículas muito finas de sólidos ou líquidos suspensos no ar) com tamanho de até 10 micrômetros (PM10), emitido pelo polo industrial, reduziu em até 37% a taxa de crescimento do diâmetro das árvores mais próximas à área.

Os resultados das análises da composição química das amostras das cascas foram confirmadas com dados obtidos por meio de séries temporais de emissões de material particulado na região de Capuava por cerca de 20 anos, elaboradas pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).

O estudo revela que os metais pesados e o material particulado influenciam o desenvolvimento das árvores ao mudar as propriedades ópticas da superfície das folhas. “Dessa forma, aumentam a temperatura e reduzem a disponibilidade de luz para a fotossíntese da planta. Além disso, podem reduzir as trocas gasosas das árvores ao acumular nos estômatos foliares – um conjunto de células nas folhas da planta que permitem a troca de gases com o ambiente e a transpiração do vegetal”.

Buckeridge destaca que a pesquisa mostrou o impacto da poluição no desenvolvimento das tipuanas e, agora, em novas etapas do trabalho, será possível calcular os impactos para a cidade como um todo. “Agora vamos ter que integrar, fazer a modelagem da arborização em São Paulo e ver, no caso da tipuana tipu, quais são esses efeitos no nível macro, mas nós não temos esse número ainda”, explicou.

A chuva que atingiu nesse domingo (17) o Rio de Janeiro provocaram alagamentos e queda de árvores em vários pontos. As pancadas de chuva mais fortes aconteceram entre às 19h e 21h30. O trânsito ficou prejudicado.

Na zona norte, choveu muito forte nos bairros do Méier, São Cristóvão, Tijuca, Saúde, Grajaú, Ilha do Governador, Piedade, Penha, Madureira, Alto da Boa Vista e Irajá. Já na zona oeste, os bairros mais afetados foram Grota Funda, Jacarepaguá, Bangu, Guaratiba e Barra da Tijuca.

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O Centro de Operações da prefeitura não registrou ocorrências graves relacionadas ao  mau tempo, apenas 24 bolsões d’água alagando trechos de vias pela cidade – principalmente na zona norte –, mas todos já foram escoados, além de cinco queda de arvores em vias públicas, sendo que elas já foram removidas.

A cidade permanece em estágio de atenção, já que a previsão para hoje no Rio é de céu nublado a parcialmente nublado, com possibilidade de pancadas de chuva em pontos isolados no período da tarde e da noite. A temperatura segue estável, com máxima prevista de 36°C e mínima de 21°C.

No dia 6 de fevereiro, fortes chuvas atingiram a cidade matando sete pessoas. A Avenida Niemeyer foi um dos pontos da cidade que mais sofreram e permaneceu fechada por 12 dias. A via foi aberta às 6h30 de hoje.

Os recifenses já podem contar com uma ferramenta que vai auxiliar no trabalho de identificar e catalogar as espécies de árvores existentes nas vias da cidade. O aplicativo, intitulado Arborize, foi apresentado nesta sexta-feira (30). O serviço é gratuito e está disponível nas plataformas iOS e Android.

Criado pela Prefeitura do Recife (PCR), o aplicativo disponibiliza informações das árvores que existem na cidade e permite que o usuário cadastre e indique o desejo de se tornar responsável por uma delas.

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O funcionamento do aplicativo é simples, basta apenas o usuário se cadastrar, fornecendo CPF, e-mail e telefone, após isso terá acesso a todas as informações disponíveis na ferramenta. O serviço permite ao usuário o cadastramento de novas árvores ou que ainda não estejam no sistema.

A ferramenta tem informações de cada árvore da capital pernambucana, como condições, localização e existência de predadores. Como incentivo da participação popular, a Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (SDSMA) vai destacar, através de medalhas, os usuários que estão interagindo constantemente com a plataforma digital.

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Nesta quarta-feira (23), a última edição do projeto Suburbana Verde ocorreu na Praça João Martins, na Rotatória do bairro de Paripe. No local, estavam presentes autoridades municipais e moradores da comunidade.

Nos 14 quilômetros de extensão da Avenida Afrânio Peixoto, mais conhecida como Avenida Suburbana, que integra os bairros da região do Subúrbio de Salvador, foram plantados ipês, sibipirunas, paus-brasil, paus-ferro, jacarandás e oitis. Ao total, o projeto chegou ao número de 1.520 do plantio de árvores.

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O Suburbana Verde faz parte do Programa Salvador Capital da Mata Atlântica e tem o objetivo de arborizar a capital, de preferência com espécies nativas desse bioma. A meta de plantar 1,4 mil mudas foi superada, o projeto foi concluído antes do tempo previsto e com três meses de antecedência.

Interessados em reconstruir o histórico das concentrações de chumbo e outros metais pesados na poluição atmosférica paulistana, pesquisadores foram procurar os dados que precisavam nos arquivos da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). Não encontraram. Então, resolveram perguntar às árvores.

Elas contaram uma boa história: que as concentrações de chumbo no ambiente decaíram rapidamente a partir de 1989, com a proibição do uso dessa substância na gasolina. E também caíram as concentrações de cádmio, cobre, níquel, sódio e zinco, conforme a cidade foi se "desindustrializando" nos últimos 30 anos. Um relato fidedigno com a história, segundo os especialistas.

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Não se trata de nenhuma pesquisa esotérica, mas de um trabalho publicado por cientistas da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) na revista Environmental Pollution. As árvores, de fato, guardam nas células um registro histórico das substâncias químicas que estavam presentes no ambiente ao longo do seu crescimento. Dessa forma, funcionam como "arquivos naturais" da qualidade do ar na cidade.

Para acessar esse arquivo, os cientistas recolheram amostras do tronco de árvores às margens da Avenida Doutor Arnaldo, zona oeste de São Paulo, uma das mais movimentadas da capital. As amostras, chamadas baquetas, são pequenos cilindros de madeira, extraídos com um broca.

"É como se tirássemos uma biópsia da árvore", explica o pesquisador Giuliano Locosselli, pós-doutorando do Instituto de Biociências da USP.

A espécie escolhida como doadora foi a tipuana, uma árvore muito comum na paisagem urbana de São Paulo - apesar de ser originária da Bolívia -, que tem anéis de crescimento muito bem definidos.

Cada anel corresponde a um ano de vida da árvore, e guarda uma amostra dos elementos químicos que ela "respirou e bebeu" naquele período, por meio de suas folhas e raízes.

Análises

As baquetas coletadas na Doutor Arnaldo foram enviadas para o laboratório do pesquisador Marco Aurelio Zezzi Arruda, do Instituto de Química da Unicamp, onde foi possível detectar e quantificar a presença desses seis metais nas células de cada anel.

São substâncias que não são monitoradas regularmente pela Cetesb, porque as análises são caras e não é possível fazê-las de forma automatizada, como ocorre com outros poluentes.

Confirmada a eficácia da técnica, os cientistas vão agora vasculhar os arquivos de outras tipuanas, de diferentes regiões da cidade, para comparar os resultados e entender melhor a história desses poluentes na vida da metrópole, incluindo suas origens, persistência e impacto na saúde pública. "São lições do passado que podemos usar para nos preparar melhor para o futuro", diz o orientador da pesquisa, Marcos Buckeridge, da USP. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Sobrevoando uma área da Amazônia brasileira, cientistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos, conseguiram pela primeira vez medir os impactos da seca provocada pelo El Niño na cobertura vegetal do bioma. Os resultados mostram que, nos anos de ocorrência do fenômeno, a mortalidade de árvores chega a crescer 65%.

Uma das anomalias causadas pelo El Niño é a seca em regiões normalmente úmidas como a Amazônia. De acordo com os cientistas, já se sabia que a seca aumenta o risco de morte de árvores, mas medir a extensão dos impactos era considerado extremamente difícil. Segundo os autores, o estudo ajuda a entender o que acontece com o carbono armazenado nas florestas tropicais em períodos de secas prolongadas. Projeções feitas anteriormente mostram que, nas próximas décadas, as secas serão cada vez mais frequentes na Amazônia, por causa das mudanças climáticas. O estudo foi publicado na revista New Phytologist.

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Para realizar a pesquisa, os cientistas sobrevoaram as mesmas áreas da Amazônia brasileira - duas faixas de 50 quilômetros na região de Santarém - em 2013, 2014 e 2016. Nos dois primeiros anos, não houve ocorrência do El Niño. Entre 2015 e 2016, o fenômeno foi registrado com intensidade especialmente alta. Na aeronave, um instrumento especial disparava em direção à floresta 300 mil pulsos de laser por segundo, fazendo uma espécie de "varredura" que permite registrar uma visão tridimensional precisa das copas das árvores. O equipamento, chamado Sistema de Perfilamento a Laser (Lidar, na sigla em inglês) também é utilizado em missões espaciais, para traçar o perfil de acidentes geográficos em outros planetas, por exemplo.

Comparando os resultados dos três levantamentos, os cientistas puderam detectar as alterações na cobertura vegetal causadas não apenas pela morte de árvores, mas também pela queda de galhos. De acordo com uma das autoras do estudo, Maiza Nara dos Santos, pesquisadora da Embrapa Informática e Agropecuária, a partir do solo, ou mesmo do espaço, seria impossível obter dados tão detalhados em uma extensão tão grande. Ainda assim, os resultados foram complementados por um minucioso levantamento do solo, em locais onde o monitoramento aéreo detectou perdas. Segundo ela, no levantamento em solo, uma das autoras do artigo científico, Veronika Leitold, da Nasa, mediu com precisão as dimensões das árvores e dos galhos caídos. "Ela fez um trabalho muito árduo, para verificar as dimensões dos galhos caídos - incluindo desenhos de cada galho, com medições das dimensões de cada uma de suas ramificações."

Com esses dados complementares obtidos em solo, foi possível calcular a biomassa perdida com a queda de árvores e galhos. "Extrapolando esse cálculo para o resto da Amazônia, pudemos fazer uma estimativa de quanta biomassa é perdida no bioma", explicou Maiza.

Ciclo natural

Comparando os dados obtidos em 2013 e 2014, os cientistas concluíram que, em anos sem El Niño, os eventos de quedas de árvores e galhos produziram alterações em 1,8% das copas das árvores na área estudada. Embora o porcentual pareça baixo, em termos absolutos a quantidade de árvores perdidas pode ser enorme, de acordo com o estudo. O mesmo porcentual aplicado a toda a Amazônia seria equivalente à queda de árvores e galhos em uma área de cerca de 98,5 mil quilômetros quadrados - aproximadamente a área de Pernambuco. Com a seca, a queda de árvores aumenta 65% em relação a isso.

Além disso, uma alteração sutil em um ano de El Niño tem "um impacto imenso no balanço de carbono da floresta", disse outro dos autores da pesquisa, Douglas Morton, da Nasa. O "balanço de carbono" é a comparação entre a quantidade de dióxido de carbono que as árvores removem da atmosfera para alimentar o crescimento de seus troncos, galhos e folhas e a quantidade de carbono que volta à atmosfera quando as árvores morrem e se decompõem.

"As projeções para a Bacia Amazônica sugerem que teremos condições mais quentes e secas nas próximas décadas. Os eventos de seca provocados pelo El Niño nos dão uma amostra de como as florestas tropicais podem reagir em um mundo mais quente", afirma Morton. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Para compensar a supressão de vegetais por conta das obras de implantação dos corredores exclusivos do BRT, a Prefeitura de Salvador inicia, nesta terça-feira (17), o plantio de mais de duas mil novas árvores.

O titular da Secis, André Fraga, e estudantes da Escola Municipal Luiz Anselmo estarão a partir das 10h para participarem da ação que que visa plantar 300 novas árvores nativas da Mata Atlântica, com aproximadamente dois 2,5 metros de altura, no final da Via Expressa, antes do túnel, em uma área verde localizada no acesso à Soledade.

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As duas mil árvores serão plantadas para compensar a supressão de 154 vegetais para a implantação do BRT e no entorno dos corredores serão implantadas as outras 1700 restantes. Dentre as espécies escolhidas para o plantio de amanhã são ipês amarelos, roxos e rosas, pata de vaca, quaresmeira, palmeiras, sibipiruna e chuva de ouro.

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Na terça-feira (21), duas árvores do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), de aproximadamente 26 metros de altura cada uma, caíram na avenida Gentil Bittencourt, causando transtornos e paralisando o trânsito por algumas. Dois carros que estavam estacionados próximo ao local foram atingidos e um ficou bastante danificado. O acidente foi causado por um raio que fez com que as árvores tombassem sobre o muro do museu e arrancassem fios elétricos da rua.

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O acidente foi testemunhado por trabalhadores e moradores da área e pedestres. Meire Conde, flanelinha que trabalha aos arredores do museu, presenciou o momento da queda. Segundo ela, o estrago só não foi maior porque o horário em que a árvore caiu não era de grande circulação. “O movimento estava parado. Tinham dois carros apenas estacionados e eu tava ajudando uma mulher a sair da vaga quando eu ouvi a árvore caindo”, contou a flanelinha.

Um dos moradores do bairro de São Braz, onde fica o museu, Paulo Sergio, disse que as árvores deveriam ser cuidadas de acordo com a idade delas. Para ele, esse tipo de acidente é um risco para a população. “Eu acho que essas árvores têm uma certa idade já. Então o certo é cuidar delas, podar, e tratar delas de acordo com a idade. Pelo que eu vejo aqui foi a raiz que cedeu, isso tem que ser visto porque pode ser um risco pra população”, disse.

Em nota pública, o Museu Goeldi informou que realiza levantamentos periódicos de risco de queda de cinco e cinco anos; o último foi realizado em 2014. Mesmo com bons resultados obtidos pelas práticas e estratégias de manejo do museu, a assessoria informou que os cortes no orçamento afetaram negativamente a instituição e uma das consequências é o impedimento de contratar empresas especializadas para realizar ultrassom nos troncos e raízes das árvores. O museu também informou que vai adotar imediatamente ações de emergência, principalmente em relação ao trabalho de remoção e mitigação. A direção do Museu Goeldi também informou que está solicitando suplementação de recursos ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações para pagamento das despesas.

 

Mesmo com chuvas menos volumosas em 2017, a quantidade de quedas de árvores registradas na cidade de São Paulo foi a maior dos últimos cinco anos: 4.119 casos, o que equivalente a 11 por dia. Dados da Prefeitura mostram que, apesar de as ocorrências se concentrarem na zona oeste, a capital viu essa situação se tornar frequente em todas as suas regiões - em 30 das 32 áreas das prefeituras regionais o número aumentou.

A tempestade que atingiu a cidade na terça-feira, 20, matou três pessoas, derrubou 137 árvores e causou 24 desabamentos. Na Vila Mariana, zona sul, onde choveu 85 milímetros, houve o maior número de registros dessa semana: 27. O bairro está entre os três onde mais árvores caíram desde 2013, atrás de Pinheiros e Butantã, todas eles áreas consideradas mais arborizadas.

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Para o botânico Ricardo Cardim, o poder público tem de entender a importância da árvore para a saúde pública. "Não se trata de um elemento decorativo. É uma ferramenta de saúde pública porque reduz o barulho, deixa a cidade com menos poeira, aumenta a umidade do ar, recicla os gases tóxicos e tem impacto sobre enchentes", afirma. "A cidade cresceu de forma caótica e agora precisa encontrar o espaço adequado para árvores."

Uma análise temporal das ocorrências dos últimos cinco anos permite identificar que os casos foram aumentando em todas as regiões. Em Perus, zona norte, os seis casos de 2013 saltaram para 51 em 2017. Em Ermelino Matarazzo, região leste, passou de dez para 71. Os dados ficam concentrados no centro expandido. A exceção é a Capela do Socorro, mais ao sul da cidade, que liderou o ranking de ocorrências em 2017.

Mas não dá para atribuir o aumento de quedas só à ocorrência de chuvas. A precipitação medida pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) em São Paulo em 2017 mostra que o patamar (1.547 milímetros) foi menor do que no ano anterior (1.569) e em 2015 (1.896).

O aposentado Roger Cahen, de 70 anos, teme pela falta de poda em uma árvore na Rua Cônego Eugênio Leite, em Pinheiros, onde mora. Ele diz que a planta, em contato com a rede elétrica, traz riscos para a vizinhança. Seus pedidos de poda, porém, foram ignorados pela Prefeitura, segundo conta.

"Plantaram um monstro, que cresceu demais. Tenho três protocolos sem resposta da Prefeitura. Não sei mais o que fazer. Ninguém liga para nossa preocupação. Um dia de ventania forte vai derrubá-la. É questão de tempo", reclama. A Prefeitura Regional de Pinheiros disse que vai vistoriar a rua citada e, se houver necessidade, realizar o serviço até o fim da semana.

Ao mesmo tempo em que viu as quedas crescerem, a administração municipal não conseguiu aumentar substancialmente a realização de podas nas rua. O total de 96 mil serviços dessa natureza realizados no ano passado é 7% maior que 2016, mas 30% menor que as 138 mil podas feitas em 2008, por exemplo.

A Prefeitura tem a exclusividade do serviço de análise e retirada de galhos, quando é confirmada a necessidade de podas em árvores localizadas em logradouros públicos.

Historicamente, a capital não cuida bem das suas árvores, segundo Cardim. "Isso infelizmente vem de muitos anos. Sequer temos contabilizada a quantidade delas", diz. Estima-se que há 650 mil árvores só nas vias da cidade. "Julgo que não há uma rua na cidade que tenha 100% das suas árvores bem cuidadas. Há podas drásticas por causa da fiação elétrica que podem trazer mais problema, possibilitar a contaminação da planta por fungos, por exemplo, o que leva a quedas posteriormente", diz.

Bairros mais tradicionais concentram as árvores mais antigas, com 80, 90 anos. "Elas foram sendo machucadas e chegam ao fim da vida muito maltratadas. Mas não dá para sair cortando. É como se entrássemos numa ala de idosos de um hospital e fizéssemos eutanásia em todos. Não é assim que se administra a situação."

Podas

Em resposta à reportagem, a gestão João Doria (PSDB) disse que neste mês foi concluído pregão para contratar novas equipes de poda e áreas verdes, que começam a atuar em toda a cidade na próxima semana. "Este processo não era realizado desde 2014, o que inviabilizou, desde janeiro de 2015, a contratação de novos funcionários. A atual gestão retomou o processo licitatório em 2017 e, após a liberação do Tribunal de Contas do Município, está aumentando de 34 para cem as equipes, que somam cerca de mil funcionários", informou.

A Prefeitura disse ainda ter firmado convênio com a Eletropaulo que prevê 200 mil podas em áreas com fiação até o fim deste ano. Em fevereiro, foi criado um grupo de trabalho para discutir melhorias sobre a arborização. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) iniciou o plantio de 53 mil árvores nativas na Represa Cachoeira, que compõe o Sistema Cantareira. Segundo a Sabesp, o objetivo é aumentar a qualidade da água, evitar a ocorrência de enchentes, dificultar as ocupações ilegais e impedir que o lixo, pesticidas e agrotóxicos sejam arrastados para as represas.

De acordo com a companhia, isso também garante a segurança hídrica. Entre as espécies plantadas estão o ipê verde, a quaresmeira roxa, o cedro-rosa, a goiabeira vermelha, o jacarandá-do-mato e o jequitibá.

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As 53 mil mudas somam-se às 213 mil árvores de espécies nativas que foram plantadas recentemente pela Sabesp em volta da Represa Cachoeira. A previsão é que, nos próximos anos, a companhia plante mais de 300 mil mudas, chegando a 2 milhões de árvores plantadas somente no Cantareira, desde 2007.

 

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