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A escritora Carolina Maria de Jesus deverá receber um novo memorial no município de Sacramento, Minas Gerais, onde nasceu. Segundo a filha da autora, Vera Eunice, o projeto deve ser anunciado nas próximas semanas, com apoio do Ministério da Cultura. Carolina de Jesus, célebre pelo livro Quarto de Despejo, que retrata o cotidiano em uma favela na zona norte paulistana, deixou a cidade mineira aos 23 anos, em 1937.

Para Vera Eunice, o novo espaço poderá acolher melhor o acervo da escritora, já que o local que abriga atualmente parte dos manuscritos de Carolina não tem condições adequadas para preservar o material e permitir o acesso ao público. “A gente já está lutando faz muitos anos pra poder tirar a Carolina da prisão. Ela está na prisão? Eles falam que é um arquivo, mas está na prisão”, ironiza Vera, sobre o prédio onde atualmente está o acervo, que é uma antiga cadeia.

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Vera destaca a importância de reunir todo o acervo da autora, como fotos e manuscritos, que estão, como herança, com as famílias de pessoas que participaram de processos de edição e publicação. “Eu não quero nada para mim. Eu quero para o brasileiro, para o indígena, para as meninas detentas com problemas psiquiátricos lá em Franco da Rocha [Grande São Paulo]. Eu quero para as mães solo, para as negras. Eu quero para os brancos. Eu quero para os estrangeiros”, enfatizou, ao defender a disponibilidade do material ao público.

Uma parte do material está no Museu Afro Brasil, na capital paulista, onde, na avaliação de Vera, está bem conservado. “Está do mesmo jeito que eu cedi. Também aqui é um lugar muito importante, que também poderia ficar. O que eu não quero é que fique em gavetas, nem em guarda-roupa, nem na minha casa”, acrescenta a respeito dos originais.

Trajetória

Carolina Maria de Jesus (1914-1977) era moradora da favela do Canindé, zona norte de São Paulo. Trabalhava como catadora e registrava o cotidiano da comunidade em cadernos que encontrava no lixo, sendo que deixou manuscritos anotados também em papel de pão.

Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada, publicado em 1960, teve três edições, com um total de 100 mil exemplares vendidos, tradução para 13 idiomas e vendas em mais de 40 países. Carolina de Jesus publicou ainda o romance Pedaços de Fome e o livro Provérbios, ambos em 1963.

Feira Literária

Vera Eunice foi a palestrante da primeira mesa da I Feira Literária Afro-Brasileira Carolina Maria de Jesus, do Museu Afro Brasil. O evento ocorre na sede da instituição cultural, no Parque Ibirapuera, zona sul paulistana neste sábado (11) e domingo (12).

Também estão na programação o poeta e dramaturgo Cuti, o escritor Oswaldo de Camargo, a escritora Esmeralda Ribeiro e os quadrinistas May Solimar e Marcelo D’Salete.

Estão presentes com seus catálogos diversas editoras independentes, como a Aziza, Editora Feminas o selo Dandaras, a Livraria Africanidades, a editora Malê, a Quilombhoje e o Selo Elo da Corrente.

Há ainda contação de histórias e discotecagem na área externa do museu.

Portaria do Ministério da Saúde publicada nesta quarta-feira (1º) no Diário Oficial da União institui o Memorial da Pandemia de Covid-19, no Centro Cultural do Ministério da Saúde, no Rio de Janeiro. A proposta é que o local seja destinado à memória e reflexão sobre causas, consequências, enfrentamento e superação da pandemia, na perspectiva de estabelecer novos parâmetros e protocolos científicos de atuação do Estado brasileiro em situações de risco sanitário similar.

“O espaço deverá ter caráter educativo e de transmissão de conhecimento no campo da saúde, contemplando múltiplos olhares e perspectivas e assegurando interdisciplinaridade no tratamento do tema entre diferentes órgãos governamentais e instituições”, define a portaria.

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O Ministério da Saúde criará uma comissão especial, à qual caberá propor o projeto do memorial; conceber uma política nacional de preservação da memória da pandemia de covid-19; acompanhar a instalação do memorial e elaborar o desenho de atividades a serem desenvolvidas no local, indicando potenciais parceiros; e definir a forma de trabalho, com a prerrogativa de convidar colaboradores de diferentes áreas do ministério e de outros órgãos e entidades.

O técnico do Santos, Marcelo Fernandes, ao lado de sua comissão técnica e do departamento de futebol, vem tentando mexer com o emocional dos jogadores para conseguir livrar o clube do rebaixamento no Brasileirão. Antes do habitual treino, os atletas foram levados neste sábado ao Memorial das Conquistas para conhecer um pouco mais sobre a história do time.

Todos fizeram um tour guiado, conhecendo diversos momentos da trajetória, desde a fundação do clube, aos principais momentos e ídolos, como Pelé e Neymar, além das muitas conquistas, como o bicampeonato mundial, o tri da Libertadores, e os oito títulos brasileiros.

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"Maravilhoso. Eu tive a oportunidade de vir aqui pela primeira vez em 2003, 20 anos atrás, passando férias com a família. O Memorial ainda não existia dessa maneira que é hoje, mas realmente é muito bonita, vinda história do Santos aqui a gente se sente inspirado. É legal ver o cuidado que o clube tem com a sua história, o carinho que tem com os ídolos e conquistas, os jogos, as camisas, troféus, as bolas", disse o lateral Dodô.

O jogador ainda convocou a torcida para que visitasse o Memorial do clube, que fica aberto de terça a domingo, das 9h às 17h30. "Acho que é um tour muito bacana para quem é torcedor e para quem é amante do futebol em geral. Aqui está a história do Santos, a história do futebol brasileiro e mundial. O Santos teve alguns dos melhores jogadores do Mundo e o melhor time do Século XX", afirmou.

Com um acervo de 465 peças, inclusive todos os troféus, o espaço que tem como missão preservar e compartilhar a história do clube, já foi visitado por mais de 1 milhão e 200 mil pessoas.

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PREPARAÇÃO

Para o próximo compromisso do Santos no Brasileirão, o técnico Marcelo Fernandes não contará com os volantes Camacho e Tomás Rincón, ambos suspensos, além de Alfredo Morelos, com uma lesão muscular na panturrilha direita.

Por outro lado, o lateral Dodô, o volante Rodrigo Fernández, o meia Lucas Lima e o atacante Soteldo retornam após ficarem de fora da vitória por 2 a 1 sobre o Palmeiras, na última rodada do Brasileirão.

O Santos é o 14º colocado, com 30 pontos, três a mais do que o Vasco, o primeiro time dentro da zona de rebaixamento. O próximo compromisso do clube é frente ao Red Bull Bragantino na quinta-feira, às 20h, na Vila Belmiro.

Memorial da Democracia de Pernambuco foi inaugurado a três dias do fim do mandato do ex-governador Paulo Câmara. (Edson Holanda/PCR)

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Inaugurado há menos de um ano, o Memorial da Democracia de Pernambuco já sofre com problemas estruturais que ameaçam seu acervo. Sem qualquer recurso previsto pela Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2023, o equipamento está instalado na antiga sede do Movimento de Cultura Popular (MCP), no Sítio da Trindade, em Casa Amarela, Zona Norte do Recife, e sofre com infiltrações, ausência de ar-condicionado para conservação da exposição e acomodação dos visitantes, além de contato direto da luz solar com documentos históricos.

À reportagem do LeiaJá, funcionários do museu que preferiram não se identificar também criticaram falhas técnicas na montagem da exposição, que, segundo eles, aconteceu às pressas. Alguns dos painéis expositivos, por exemplo, foram impressos com fotos em baixa resolução e sem retirada de marca d’água de seus arquivos originais. Há também itens mal instalados, como uma televisão que se encontra em posição desalinhada, dificultando a visualização dos visitantes, e peças do acervo protegidas por vidros quebrados. Outro ponto levantado pelos trabalhadores é a ausência de internet e computadores, que inviabiliza o acesso à exposições virtuais.

Memorial sofre com infiltrações e exposição de acervo ao sol. (Marília Parente/LeiaJá)

Ativista pelos direitos humanos e fundadora da ONG Tortura Nunca Mais, Amparo Araújo lembra que a fundação do Memorial da Democracia é uma das recomendações inseridas no relatório da Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Hélder Câmara (CEMVDHC), constituída para promover o esclarecimento de graves violações de direitos humanos ocorridas em Pernambuco ou contra pernambucanos por motivações políticas, entre os anos de 1946 a 1988. “A história do resgate da memória até chegar nos memoriais começa com a fundação dos Tortura Nunca Mais, na década de 1990, primeiro no Rio, depois aqui em Pernambuco. Esse processo evolui para a assinatura da Lei 9.140 de 1995, que reconhece como mortas pessoas desaparecidas por causa da participação ou acusação de participação em atividades políticas durante a ditadura militar”, comenta Amparo.

Também em 1995 é aberta a primeira Comissão da Verdade, a Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos. “O Brasil foi o último país do mundo a instituir uma Comissão da Verdade. O governo brasileiro foi muito brando com os torturadores, é uma conciliação grande demais. Bolsonaro, no penúltimo dia de governo, extinguiu a Comissão de Mortos e desaparecidos, enquanto a inauguração do Memorial da Democracia de Pernambuco foi um arranjo feito pelo Governo Paulo Câmara, na última semana do mandato, para dar uma maquiada no que seria cumprir o que está previsto na Comissão Estadual da Verdade”, destaca Amparo.

Exposição tem fotos em baixa resolução e com marca d'água, além de equipamentos mal instalados. (Marília Parente/LeiaJá)

Para a ativista, embora o espaço ocupado pelo Memorial tenha sido sede do Movimento de Cultura Popular (MCP) nos anos 1970, o ideal seria que sua instalação tivesse ocorrido, a exemplo do que foi feito em outros países, em locais em que foram registrados casos de tortura e morte motivadas por perseguição política. Atualmente, o acervo relativo à ditadura militar divide espaço com a exposição histórica voltada para a resistência pernambucana à invasão holandesa no século XVII. Além disso, o Memorial conta com oito funcionários, sendo seis estagiários do curso de história e duas profissionais, uma educadora também formada em história e uma coordenadora. “Nenhum museólogo. É preciso fazer concurso para os funcionários e oferecer formação pedagógica”, cobra Amparo.

Memorabilia da luta pela democracia

No centro do salão principal do Memorial, uma pequena bolsa guarda há exatos 40 anos a história de uma das maiores atrocidades cometidas pela ditadura militar em Pernambuco. O objeto pertenceu a Anatália de Souza Melo Alves, militante do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR) assassinada aos 28 anos nas dependências da Delegacia de Ordem Social (DOPS) do Recife. Publicada na primeira página do Diario de Pernambuco de 23 de janeiro de 1973, a versão dos militares sobre a morte era a de que Anatália teria amarrado a alça de sua bolsa na pia do banheiro da unidade prisional e se enforcado a uma distância de cerca de um metro de altura do chão. Segundo os policiais, antes do suposto suicídio, a militante ainda teria ateado fogo nos próprios órgãos genitais.

Bolsa da militante Anatália de Souza Melo Alves, assassinada e torturada pela ditadura, integra acervo do museu. (Marília Parente/LeiaJá Imagens)

A narrativa falaciosa do suicídio de Anatália foi desbancada pelas investigações da CEMVDHC, que comprovaram que a militante foi torturada até a morte por agentes do estado. O colegiado requereu ao Instituto de Criminalística do Governo do Estado de Pernambuco a reavaliação do laudo pericial original de nº 044/1973, referente ao caso de Anatália.

“O resultado foi apresentado pelo perito criminal dr. José Zito Albino Pimentel, em relatório datado de 5 de dezembro de 2012 que, contrariando a versão até então oficial, conclui que a ocorrência que vitimou Anatália de Souza Melo (nome de solteira), foi resultante de uma ‘ação homicida’, que a vítima foi morta por ‘estrangulamento’ (asfixia mecânica), e que ‘o fogo ateado na região frontal da vítima que ocupou área da região terço superior das coxas até as regiões: umbilical e flancos, é característica de que o autor do evento queria encobrir a prática sexual por hipótese, o estupro’, diz o relatório da CEMVDHC.

Além disso, um laudo do Instituto de Polícia Técnica (IPT) de Pernambuco aponta que Anatália foi encontrada deitada numa cama de campanha, contrariando a versão de que ela morreu no banheiro da unidade prisional. Assim, os estudos técnicos são categóricos ao afirmar que Anatália foi assassinada, torturada e vítima de violência sexual praticada por agentes do estado brasileiro, em razão de sua militância política contra a ditadura.

Convênio

Audiência pública debateu situação do memorial em junho, na Alepe. (Marília Parente/LeiaJá)

Em uma audiência pública realizada pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) no dia 20 de junho, o Governo de Pernambuco informou que promoveu a assinatura de um convênio entre a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos e a Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) com o objetivo de estabelecer uma cooperação administrativa e financeira para manter o Memorial da Democracia em funcionamento até dezembro de 2023. “Isso mostra o esforço do Governo para que, mesmo sem dinheiro no orçamento, impedir que o Memorial feche as portas. Com o CNPJ da Cepe, nós vamos buscar dinheiro. Já temos até projetos e reuniões marcadas nesse sentido”, frisou o Secretário Executivo de Direitos Humanos do Governo de Pernambuco, Jayme Asfora.

Após receber denúncias sobre a situação estrutural do Memorial da Democracia, a Comissão de Direitos Humanos (CDH) da OAB-PE informou que enviaria ofícios à Secretaria de Direitos Humanos de Pernambuco e à Prefeitura do Recife sobre os problemas estruturais do Memorial. “Sabemos que o convênio foi assinado, mas há muita luta pela frente e a Comissão vai continuar cobrando”, ponderou a vice-presidente da CDH da OAB-PE, Nara Santa Cruz.

Procurada pelo LeiaJá, a Secretaria de Direitos Humanos e Justiça de Pernambuco não respondeu acerca de prazos para resolução dos problemas estruturais do Memorial da Democracia, nem assumiu o compromisso de garantir recursos na LOA 2024 para a instituição. A pasta também não deu informações a respeito do tipo de vínculo empregatício que mantém com os funcionários do espaço.

Arquivo Público

Sidney Rocha, diretor do Arquivo Público, reconhece demanda por reforço técnico para a instituição. (Marília Parente/LeiaJá)

Responsável por preservar os acervos do antigo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) e da Comissão Estadual da Verdade, o Arquivo Público de Pernambuco também funciona com sérias dificuldades estruturais, que incluem infiltrações e falta de energia. “O arquivo público funciona em duas plantas. Uma na rua do Imperador, outra na Imperial, onde está a maior parte do acervo. Durante quinze anos, o Arquivo não recebeu a devida atenção do governo. Cheguei ali há dois meses, levantamos as dificuldades, estabelecemos com a Secretaria de Comunicação uma estratégia, e estamos tomando as decisões certas, que incluem a recuperação física do prédio da Imperador e a mudança para outro endereço, que não aquele da Imperial”, afirma o recém-nomeado diretor do equipamento, Sidney Rocha.

De acordo com Rocha, o acervo relativo à ditadura militar já está completamente digitalizado, mas demanda manutenção constante e periódica. “Além, disso, iniciamos a digitalização de parte do acerto mais urgente, em um convênio com a Cepe, e demos forma à uma política de gerenciamento documental, implementando, brevemente, a Tabela de Temporalidade, que regulamenta o manuseio, guarda, prazos de guarda e destinação de documentos das instituições públicas do Estado em relação aos seus próprios acervos. Ao fazermos isso, colocamos Pernambuco entre um dos poucos estados do Brasil com uma ferramenta de gerenciamento com esse alcance”, acrescenta o gestor do equipamento.

Apesar disso, Rocha admite que há déficit de profissionais na instituição. O gestor conta que entregou ao Governo do Estado um novo organograma, em que mostra a importância de trazer reforço técnico para o Arquivo Público. “Isto está sendo negociado. Acho que temos, no geral, no Estado, servidores e servidoras de menos. No Arquivo, não é diferente. Com tantos projetos em vista, vamos precisar de mais profissionais, mais arquivistas, técnicos, gestores”, completa.

Antes lotado na Secretaria de Educação e, posteriormente, na Casa Civil, o Arquivo Público agora responde à Secretaria de Comunicação do Governo do Estado. “Quando o Arquivo era da Secretaria de Educação, os servidores da pasta eram cedidos para um órgão da secretaria. Com isso, eles continuavam progredindo no plano de cargos e carreiras. Quando você tira esses profissionais da Casa Civil e os coloca na Secretaria de Educação, eles continuam lotados fora da Educação”, critica a deputada estadual Dani Portela (Psol).

A LOA 2023 destina uma rubrica no valor de R$ 577.400,00 para a "Dinamização do Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano". O LeiaJá questionou a Secretaria de Comunicação sobre como tem sido feita a aplicação deste recurso, bem como cobrou um prazo para a recuperação da atual sede e mudança para um novo prédio. A reportagem também quis saber se a solicitação da nova gestão da instituição por mais técnicos será atendida. Até o fechamento desta matéria, a Secom não respondeu a nenhuma dessas perguntas.

O mausoléu onde está o corpo de Pelé, na cidade de Santos, será aberto para visitação pública a partir da segunda-feira, dia 15. O espaço, localizado no Memorial Necrópole Ecumênica, será aberto às 14 horas e contará com a presença de familiares do Rei do Futebol.

Para ter acesso ao local, o visitante terá que fazer um cadastro gratuito no site do Memorial. O mausoléu estará aberto de segunda a sexta-feira, em dois períodos, das 9h às 12h e das 14h às 18h.

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No mausoléu, o visitante poderá ver o túmulo de Pelé. O monumento é revestido por placas de alumínio dourado e conta com quatro painéis. Dois deles exibem os gols de Pelé e os outros dois, a comemoração com o tradicional soco no ar. O túmulo conta com cantoneiras no formato da famosa Taça Jules Rimet, que a seleção brasileira conquistou ao se sagrar tricampeã mundial.

O local onde está sepultado o Rei do Futebol ainda tem uma camisa com o número 10 e uma coroa. Acima do túmulo, o teto está pintado de azul, em referência ao céu. E há camisas da seleção brasileira e do Santos.

Nos 200 metros quadrados do mausoléu, os visitantes poderão ver também duas estátuas em tamanho real do Pelé, feitas de latão, e imagens nas paredes que fazem referência à torcida santista, além da grama sintética no piso. Estará lá ainda o Mercedes Benz S-280 que o ex-jogador ganhou da montadora em 1974 por ocasião do milésimo gol.

Pelé morreu no dia 29 de dezembro de 2022, aos 82 anos, por falência de múltiplos órgãos, após enfrentar um câncer no cólon.

Nesta semana faz quatro anos que rompeu a barragem da mineradora Vale, em Brumadinho (MG). Entre as famílias das 270 vítimas da tragédia, três seguem à espera de uma chance de ter velório, enterro e uma despedida: os corpos não foram achados sob o mar de lama. Na esperança de dar ponto final a este capítulo, a força-tarefa de bombeiros e policiais mantém buscas e trabalhos de análise dos vestígios coletados no lugar que um dia foi a Mina do Córrego do Feijão.

"Nossos amados não pertencem ao lugar da tragédia. As buscas são uma forma de reparação com as vítimas sendo recuperadas", diz Patrícia Borelli, filha de Maria de Lurdes da Costa Bueno, de 59 anos, corretora de São José do Rio Pardo (SP) que estava hospedada em uma pousada em Brumadinho. Ela, o marido, dois enteados e a nora, grávida, foram soterrados junto com mais hóspedes, funcionários e os donos do local. Os planos eram de fazer uma visita ao museu Inhotim.

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As famílias de Nathália de Oliveira Porto Araújo, de 25 anos, e de Tiago Tadeu Mendes da Silva, de 34, - ela estagiária e ele funcionário da Vale - são as outras que seguem à espera. Com o passar do tempo, a preocupação dos bombeiros e da Polícia Civil é de que se perca a qualidade do material ainda existente, por causa das chuvas e da decomposição, prejudicando que se encontrem resquícios das demais vítimas.

Em campo

Quase 6 mil bombeiros militares atuaram nas sete fases de buscas. Hoje, a 8ª etapa atua com cinco estações, que consistem em equipamentos de peneiramento, acompanhados de bombeiros que verificam fragmentos. São processadas cerca de 200 toneladas por hora em cada máquina. Desde 2019, duas interrupções atrapalharam: a pandemia e as fortes chuvas que assolaram a Grande Belo Horizonte no fim de 2021 e início de 2022. O trabalho continua diariamente.

Se para muitos soa improvável ainda achar restos mortais, uma notícia no último dezembro reavivou a esperança: foi identificada a supervisora da Vale Cristiane Antunes Campus, de 35 anos - a 267ª vítima.

Familiares dos desaparecidos criaram a Comissão dos Não Encontrados - no início eram 11 - e fazem a ponte entre as instituições (como polícia, bombeiros e Ministério Público) e os parentes dos outros. "Toda família merece sepultar o seu. Ninguém pode ficar lá perdido. Pode demorar, a gente não sabe que dia, é tudo no tempo de Deus", diz Natália de Oliveira, professora em Brumadinho e irmã de Lecilda, identificada no fim de 2021.

Ela e dois parentes de outras vítimas, Josiana Resende, mais conhecida como "Jojo", e Geraldo Resende, levam informações às outras famílias, mesmo após os seus entes queridos já terem sido localizados.

"Sempre me emociona muito, eles têm carinho com minha família, sempre representam e homenageiam minha mãe na minha ausência", conta Patrícia, que vive nos Estados Unidos e quer visitar o grupo em Brumadinho em abril.

No laboratório

Por causa do tempo, o material biológico que sai da mina e chega ao Instituto Médico-Legal (IML) vem mais deteriorado, relata o médico legista responsável pelas identificações de 2019 até agosto de 2022 na Polícia de Minas, Ricardo Araújo. Ele era da diretoria do IML até o desastre, quando foi designado para realizar identificações e manter contato com as famílias.

Dentre os métodos científicos usados, estão a papiloscopia (impressão digital), o exame da arcada dentária e o de DNA. Na primeira semana, a impressão digital foi capaz de reconhecer 79 vítimas, e no primeiro mês, cerca de 120. Mas, diante do tipo de acidente, muitos foram mutilados, o que faz com que diversas partes da mesma pessoa sejam encontradas em momentos distintos.

As reidentificações, desde o início, já ultrapassaram o número de primeiras identificações. Significa que foram encontradas mais partes de uma mesma vítima do que de pessoas diferentes. São 1.003 casos levados pela frente de busca até dezembro, de um total de 270 atingidos, reflexo da segmentação dos corpos.

Foi preciso criar um banco de dados com as digitais dos desaparecidos, para fazer o reconhecimento por meio de leitor biométrico. Houve ainda entrevistas com as famílias para saber características, como tatuagens, tratamentos odontológicos, coleta de DNA e busca ativa em hospitais e clínicas por exames das vítimas.

Agora, impressões digitais e elementos dentários não funcionam mais e se usa o exame de DNA. Mas como o material biológico usado também se decompõe, é preciso analisar tecidos duros, como ossos. Para Araújo, será possível identificar todos. "Tecnologicamente estamos preparados e não trabalhamos com data-limite".

Há ainda famílias que acompanham as buscas com a expectativa de que mais partes dos familiares sejam achadas. "O que se encontrou do familiar deles era tão pouco que não quiseram por no caixão", afirma Natália, da Comissão.

Divergência entre Vale e parentes dos mortos adia abertura de memorial

O memorial que vai homenagear os 270 mortos na barragem em Brumadinho teve a sua inauguração adiada por causa de uma divergência entre parentes das vítimas e a mineradora Vale. A previsão inicial era de que o espaço fosse aberto ao público em janeiro.

As famílias dizem que a empresa tenta impedir que elas administrem o memorial. "O impasse é que infelizmente não conseguimos acertar com a Vale a questão da governança do memorial. Ela quer fazer parte, e nós não aceitamos. Não faz sentido a empresa que matou integrar a governança de um espaço que vai homenagear as vítimas", afirma a técnica em Química Nayara Cristina Porto Ferreira, de 30 anos.

Ela integra a diretoria da Associação dos Familiares das Vítimas e Atingidos da Tragédia do Rompimento da Barragem Mina Córrego do Feijão (Avabrum) desde a sua fundação, em 2019, e é viúva de Everton Lopes Ferreira, que era operador de empilhadeira da Vale. Ele deixou também uma filha de 11 anos, do seu primeiro relacionamento.

Já a Vale afirma, em nota, que está "em constante diálogo" com a Avabrum, que representa as famílias. Ainda segundo a empresa, o diálogo tem a participação do Ministério Público de Minas Gerais sobre todos os aspectos necessários à gestão do espaço e houve escuta ativa dos familiares.

Proposta

Em relação às obras do memorial, a parte estrutural está nos ajustes finais, e a próxima fase é montar a expografia (o conteúdo a ser exposto). Com 1,2 mil m² de área construída, o espaço foi erguido em terreno cedido pela Vale, que custeou as obras, de frente para a serra onde ficava a barragem que desmoronou, no Córrego do Feijão.

O projeto é rico em simbologia. O pavilhão de entrada tem forma distorcida e fragmentada e representa o sonho das vítimas, descreve em seu site o arquiteto mineiro Gustavo Penna, que projetou o memorial. Na sequência, um ambiente escuro, iluminado por frestas no teto apenas, representa a invasão da lama. No concreto, estão incorporadas algumas peças metálicas retiradas dos escombros, dando sombra e proteção. Foram plantados ainda 272 ipês amarelos, "para que cada lamento possa ser ouvido", segundo Penna. São 270 mortos no total, mas as famílias também incluem na conta dois bebês, uma vez que duas vítimas estavam grávidas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Senado inaugurou nesta terça-feira um memorial dedicado aos quase 640 mil mortos pelo novo coronavírus no país, uma iniciativa da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que denunciou o presidente Jair Bolsonaro em outubro por crime contra a humanidade durante a pandemia.

"O que aconteceu no nosso país foi um morticínio, ainda em curso. Foi apurado que eles (os negacionistas, ndr) tiveram responsabilidade, e essas responsabilidades exigem que os órgãos que receberam o relatório (da CPI da Covid) apurem e tomem as devidas providências", declarou na inauguração o senador Randolfe Rodrigues, que foi vice-presidente da CPI.

O memorial, de autoria dos arquitetos Vanessa Novais Bhering e André Luiz de Souza Castro, é composto por 27 prismas iluminados internamente - um para cada estado e o Distrito Federal - e ficará instalado permanentemente em uma sala do Senado.

Durante seis meses, 11 senadores examinaram minuciosamente a gestão de Bolsonaro, um cético em relação ao coronavírus, durante a pandemia no segundo país mais enlutado do mundo, atrás dos Estados Unidos. Sete dos 11 senadores que participaram da investigação endossaram o relatório final, que acusou Bolsonaro de uma dezena de crimes, incluindo crime contra a humanidade.

O texto foi enviado a diversos órgãos locais, como o Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público, que o analisam. Na semana passada, o Tribunal Penal Internacional de Haia (TPI) notificou a CPI do recebimento de sua denúncia de crimes contra a humanidade cometidos pelo presidente. Bolsonaro afirma que não se equivocou nenhuma vez durante a pandemia.

Nesta segunda-feira (1º), a Prefeitura da Vitória de Santo Antão, na zona da mata norte de Pernambuco, entregou aos moradores da cidade o memorial 09 de maio, dedicado às vítimas da Covid-19. O nome do logradouro, que fica em frente à Igreja Batista Sinai e ao Cemitério São Sebastião, no bairro São Vicente de Paulo, faz referência ao a inauguração do cemitério no ano de 1875.

A celebração foi conduzida pelo padre André Vaconcelos, pároco do Livramento, e pelo pastor Luiz Henrique Nobre, da Igreja Batista Sinai. Na benção estavam presentes o prefeito Paulo Roberto, o vice-prefeito professor Edmo Neves, o deputado estadual Joaquim Lira, vereadores e secretários municipais.

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Ao longo da pandemia 326 pessoas do município perderam a vida, mas a homenagem se estende não apenas às vítimas da pandemia, como explica o prefeito Paulo Roberto. “Esse espaço nos lembrará daqueles que perderam a vida, como também os que dedicaram-se na luta contra esse vírus, a exemplo de tantos profissionais de saúde”, pontua.

A praça, que conta com bancos e palmeiras, foi projetada pensando também no acesso. “O nosso governo tem como uma das preocupações a mobilidade e a acessibilidade é um ponto importante. Por isso, esse local foi projetado com rapas de acesso”, ressalta o vice-prefeito professor Edmo Neves.

Além da inauguração do memorial, também foi reforçada a iluminação no cemitério com lâmpadas de led. Medida que fez parte dos preparativos para o Dia de Finados, celebrado nesta terça-feira (2). Nesta segunda (1º), ainda começaram a valer as intervenções no trânsito na área. Para ter acesso à Avenida Elmo Cândido Carneiro (via que liga ao distrito de Natuba), os veículos terão que seguir pela Avenida Dom João Costa e fazer a conversão à esquerda, na Rua Professor Bandeira, via que terá sentido único.

* Da assessoria

 

Após receber fotos de famílias que ainda choram pelas perdas da pandemia, a Catedral da Arquidiocese de Olinda e Recife, no Alto da Sé, inaugura nesta sexta-feira (12) o memorial em homenagem às vítimas da Covid-19 em Pernambuco. Além do aniversário das cidades de Recife e Olinda, a data representa um ano desde a confirmação do primeiro caso no estado.

Na expectativa para o lançamento oficial, o monsenhor Albérico Bezerra, da Catedral Metropolitana do Santíssimo Salvador, acrescenta que a proposta também homenageia os trabalhadores da linha de frente contra o vírus.

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“Queremos fazer uma vigília de oração, rezando pelos falecidos, mostrando nossa solidariedade a todos os familiares das vítimas e também nossa homenagem aos profissionais da saúde”, pontuou.

--> Arquidiocese vai erguer memorial para as vítimas da Covid

Devido às restrições de convivência, para que os fiéis participem do momento de oração, a celebração também será transmitida pelas redes sociais da Arquidiocese de Olinda e Recife e pela Rádio Olinda.

As imagens ficam à mostra até o dia 23 de maio, quando se encerra o ciclo de páscoa. “Passe pela Sé, faça também sua homenagem, reze por aqueles que faleceram e mostra sua solidariedade aos que sofrem e, aqueles e aquelas que estão na linha de frente lutando pela vida", convidou o monsenhor.

Pernambuco totaliza 11.269 mortes e mais 313 mil casos confirmados.

Um memorial será erguido na Catedral da Arquidiocese de Olinda e Recife, no Alto da Sé, em homenagem às vítimas e profissionais envolvidos diretamente com a Covid-19. Uma vigília vai inaugurar o tributo no dia 12 de março, data em que a pandemia completa um ano em Pernambuco.

O monsenhor Albérico Bezerra, da Catedral Metropolitana do Santíssimo Salvador, vai receber fotos das vítimas fatais e profissionais da saúde ou de serviços essenciais até a próxima sexta-feira (5). As lembranças dos acometidos pelo vírus devem ser enviadas para e-mail memorial.catedraldeolinda@gmail.com. Já a dos profissionais da linha de frente devem seguir para o e-mail saude.catedraldeolinda@gmail.com.

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“Esta vigília será uma oração silenciosa que vai nos unir às vítimas e a seus familiares e nos sustentará na esperança de dias melhores”, comentou o monsenhor. Devido às restrições de convivência, para que mais fiéis participem do momento de oração, a celebração também será transmitida pelas redes sociais da Arquidiocese de Olinda e Recife e pela Rádio Olinda.

O memorial fica exposto até 11 de abril e o arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, pede orações para este momento de sintonia. “Façamos deste momento uma oportunidade para, em comunhão, elevarmos a Deus nossas preces pelo fim da pandemia, sabendo que Ele olha por nós”, ressaltou.

São Paulo ganhou um espaço para preservar a memória das vítimas fatais da Covid-19. No aniversário de 467 anos da capital paulista, celebrado na última segunda-feira (25), um memorial com 6,6 mil mudas de árvores plantadas e uma escultura de metal, que representa um ipê branco, foi inaugurado no Parque do Carmo, na zona leste.

Segundo a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, a escultura, doada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), representa o "caráter resiliente, contemplativo e medicinal" da árvore. No local, convidativo à reflexão pela memória dos mais de 16 mil óbitos por Covid-19 na capital, há uma cápsula do tempo para quem quiser prestar tributo aos mortos em forma de mensagem. Qualquer pessoa pode enviar condolências por meio do www.memorialavarc.com.br.

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Além de simbolizar a homenagem às vítimas do coronavírus na capital paulista, o espaço vai contribuir para o reflorestamento da região. De acordo com Eduardo de Castro, secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, em entrevista ao portal da Prefeitura de São Paulo, as 6,6 mil árvores plantadas na área do memorial são nativas da Mata Atlântica.

Até o dia do aniversário de São Paulo, metade das mudas de árvore havia sido plantada no Parque Natural Municipal Fazenda do Carmo, e as outras 3,3 no Parque do Carmo. Há espécies nativas, como araçá, aroeira-pimenteira, ipê-branco, jequitibá-branco, e as frutíferas, como cereja-do-rio-grande, goiaba, jabuticaba, jatobá, pitanga e uvaia. O acesso ao local é gratuito.

Serviço

Memorial Avarc em Homenagem às vítimas do Coronavírus

Onde: Parque Municipal do Carmo - Av. Afonso de Sampaio e Sousa, 951, Portão 1, Itaquera, São Paulo - SP

Funcionamento do parque: todos os dias das 5h30 até às 20h

A morte de Chadwick Boseman no dia 28 de agosto teve grande repercussão não apenas pelo símbolo de representatividade que o ator se tornou, mas também pelas emocionantes homenagens de seus amigos e colegas de cena. Agora, pouco mais de uma semana após a morte do ator, alguns de seus entes queridos se reuniram em uma cerimônia privada em sua memória.

De acordo com o site britânico The Sun, familiares e atores do longa Pantera Negra se juntaram no último sábado (5) em um evento particular e fechado em Malibu, nos Estados Unidos, para prestar homenagem ao ator. Segundo a publicação, estiveram presentes nas homenagens os atores Michael B. Jordan, Lupita Nyong’o e Winston Duke, que consolaram a esposa de Chadwick, Taylor Simone Ledward.

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A cerimônia aconteceu em frente ao oceano e contou com música de um Hang Drum, instrumento circular de metal tocado com as mãos, além de uma mesa com flores e uma foto do homenageado, que faleceu em consequência de um câncer no cólon.

O deputado Isaltino Nascimento (PSB) protocolou um projeto de lei para que seja instituído em Pernambuco o Memorial Covid-19, em homenagem às vítimas da doença e aos profissionais envolvidos no enfrentamento da pandemia. Caso o projeto seja aprovado, o acervo ficará à disposição no Museu Palácio Joaquim Nabuco, da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), em caráter permanente.

 Segundo o deputado, o projeto apresentado visa criar um espaço e memória e homenagem coletiva. "Fortalecer a pernambucanidade, a solidariedade, agradecer aos que dedicaram e arriscaram suas vidas para combater a doença e enfrentando seus medos, abrindo mão do convívio familiar, muitos até que se contaminaram para que superássemos essa crise. Não podemos nos dar ao luxo esquecer essas pessoas, jamais", escreve o deputado em sua justificativa. 

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Ele acrescenta: "A pandemia vai deixar marcas profundas na humanidade. Não será diferente em Pernambuco, um dos 5 estados mais fustigados pela doença no país, contando até a data de 17 de maio de 2020, com 19.452 casos confirmados e 1516 pais, mães, avôs, avós, filhos, netos, irmãos, familiares, amigos que lutaram, mas não conseguiram superar a enfermidade". Pernambuco já contabiliza 30.713 casos confirmados e 2.566 mortes pelo novo coronavírus.

 Isaltino Nascimento destaca que vários países fazem homenagens a vítimas de desastre humano. Ele cita as homenagens às vítimas de tsunami, no Japão; do 11 de Setembro e da Segunda Guerra Mundial, nos Estados Unidos; e do Holocausto, em Israel. "Sentimentos coletivos como este podem fortalecer a solidariedade, o sentimento de união e a compreensão de quem somos e de que precisamos uns dos outros para continuarmos existindo." 

Uma longa expectativa do torcedor do Palmeiras vive a fase final da espera. A diretoria e os gestores do Allianz Parque utilizam o começo deste ano para intensificar as conversas sobre o novo memorial de troféus do time. O espaço original foi desativado em agosto de 2010 para dar lugar à construção da arena e desde então não há uma exposição fixa aberta ao público das cerca de 6 mil taças e inúmeras conquistas do clube em seus 104 anos. O objetivo do atual presidente alviverde, Maurício Galiotte, é terminar a obra até o fim do atual mandato, em 2021.

O projeto é tratado com sigilo pelas duas partes. Mas a ideia do memorial é um interesse em comum. Segundo pessoas envolvidas nas negociações, há bastante diálogo e otimismo em transformar tudo em realidade.

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O impasse se arrasta por quase nove anos principalmente por não ter existido no primeiro momento consenso sobre quem seria o responsável por construir o novo espaço. Durante os últimos anos a relação entre o Palmeiras e o Allianz Parque viveu alguns desentendimentos e até discussões em câmaras de arbitragem. Pelo menos no que diz respeito ao salão de troféus do clube, os atritos agora estão amenizados.

A meta é erguer o novo memorial dentro do Allianz Parque. Já há, inclusive, alguns rascunhos de possíveis locais a passarem por reformas e estarem adequados para a vinda dos troféus. O plano é fazer o salão das conquistas estar integrado à uma nova loja do Palmeiras, ao clube social e também ao tour do estádio. Os passeios pela arena reúnem em média 50 mil pessoas por ano e registraram em janeiro o recorde mensal de 7 mil visitantes.

O potencial impacto positivo da novidade e a expectativa dos palmeirenses em ter contato com taças e itens históricos do clube recomeçou a mobilizar os dirigentes ainda em 2017. O Palmeiras montou uma comissão para organizar o projeto e se reunir com os gestores da arena. As reuniões marcadas para o começo deste ano servem para traçar um cronograma para a implantação.

A pressão para se ter o novo memorial é grande entre conselheiros do Palmeiras e também pela própria torcida, que aguarda a oportunidade de ter mais contato com a história alviverde. Desde quando o clube iniciou a reforma do antigo Palestra Itália para dar lugar ao Allianz Parque, a reconstrução de local nobre para as taças está na fila da espera.

ARMAZENAMENTO - Durante os últimos anos uma pequena parte das milhares de taças e itens históricos do Palmeiras foram expostas ao público em ocasiões esporádicas, como no aniversário do clube e em eventos. Os principais troféus estão guardados dentro da sede administrativa, próximos à sala da presidência, outros estão na Academia de Futebol.

Outra parte de acervo de taças, como conquistas de torneios de menor relevância e de outros esportes, está guardada em outro local, por não ter mais espaço disponível na sede. O Estado apurou que o Palmeiras decidiu acomodar esses itens em um depósito na Zona Norte de São Paulo. O clube paga mensalmente um aluguel para guardar os itens em ambiente seguro e discreto.

Anteriormente, o depósito escolhido para receber as taças rendeu bastante polêmica nos bastidores. As taças foram acomodadas inicialmente em um imóvel em Pinheiros cujo dono é o ex-diretor de futebol do Palmeiras, Salvador Hugo Palaia.

Em 2011, o Conselho de Orientação Fiscal (COF) do clube chegou a questionar um possível gasto por mês de R$ 3 mil para manter um cachorro como guardião do espaço. A informação foi negada na época pelo então presidente, Arnaldo Tirone.

O memorial do Palmeiras também guarda episódios tristes na história do clube. Em 1990, o local no antigo Palestra Itália foi invadido por um grupo de torcedores depois de o time não ter conseguido vencer a já eliminada Ferroviária, no Pacaembu. O empate sem gols fez a equipe não passar para a final do Campeonato Paulista e dar chance para o Novorizontino avançar. Revoltados com o empate sem gols, alguns palmeirenses foram ao memorial e quebraram algumas das taças.

Com o mandato de presidente do Brasil chegando ao fim, Michel Temer (MDB) inaugurou um Centro de Memória com os seus arquivos. A coleção de lembranças do emedebista, que assumiu a presidência após o impeachment de Dilma Rousseff (PT) em 2016, será exposta na Faculdade de Direito de Itu, no interior paulista, onde ele foi professor e diretor.

O memorial foi inaugurado nesta última quarta-feira (19). Lá estarão disponíveis para pesquisa itens relativos aos anos de mandato de Temer como presidente da República. "Onde melhor localizar meu acervo histórico senão onde minha vida pública teve início?", indagou o emedebista.

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Segundo publicado pela Agência Brasil, no acervo há mais de 75 mil itens, como peças museológicas, e-mails, cartas, gravações audiovisuais, livros e discursos proferidos por temer no Brasil e no exterior. Tudo será transferido de Brasília para Itu logo após a passagem da faixa presidencial para o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), em 1º de janeiro.

O Auditório Simon Bolívar, no Memorial da América Latina, em São Paulo, receberá a apresentação “Animais em Concerto”, da Orquestra Jazz Sinfônica de SP, no dia 1º de dezembro, às 20h30. O ingresso custa R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia) e poderão ser adquiridos no site Ingresso Rápido.

A Jazz Sinfônica interpretará temas de filmes famosos protagonizados por animais, como O Rei Leão, Free Willy, Babe, Beethoven, Marley e Eu, Hachiko: Sempre ao Seu Lado, entre outros. A regência será do maestro Fábio Prado, por meio dos arranjos produzidos pelos musicistas Rodrigo Morte, Douglas Fonseca, Ruriá Duprat, Tiago Costa, Yuri Prado e Nelson Ayres.

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A apresentação é em comemoração aos dez anos da Agência de Notícias de Direitos Humanos (ANDA), primeira agência de notícias especializada no assunto do mundo. “Por meio das apresentações culturais, podemos contar com uma ferramenta forte e que pode promover mudanças de comportamento na sociedade. Por isso, eventos do tipo são importantes”, afirma o Secretário da Cultura do Estado, Romildo Campello.

Além disso, haverá a exposição do ensaio de fotos “Sem casa, mas não sem amor”, do fotógrafo Alexandre Suplicy, em que retrata a relação entre moradores de rua e os cachorros. “Minha ideia é mostrar que essas pessoas, mesmo não tendo quase nada, compartilham o que têm com os companheiros. É incrível como o homem e o cão, mesmo na miséria, constroem uma relação verdadeira”, diz o fotógrafo.

Serviço:

Jazz Sinfônica em “Animais em Concerto”: 10 anos da ANDA

Local: Memorial da América Latina – Auditório Simon Bolívar

Endereço: Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 – Barra Funda – São Paulo – SP

Data: 1º de dezembro de 2018 (sábado)

Horário: 20h30

Ingressos: inteira (R$20,00), meia (R$10,00), pelo Ingresso Rápido

 

O Memorial da América Latina, em São Paulo, receberá o festival do Dia dos Mortos, famosa festa celebrada no México no dia 2 de novembro. O evento acontecerá nos próximos dias 27 e 28 de outubro com entrada gratuita.

O festival terá diversas atrações como apresentações musicais típicas, feira de artesanato, exposição de altares, exibições e workshops de luta livre, concurso de fantasias (infantil, juvenil e adulto), Espaço Kids com monitores e atividades recreativas para o público a partir de três anos, exibição da animação Viva – A vida é uma Festa no Cinetransformer (sala móvel de cinema).

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Além disso, haverá comidas típicas mexicanas a preços populares, como tacos de lombo suíno, carne bovina, frango, pernil, peixe, vegetariano (a partir de R$15,00); nachos (R$10,00 a R$35,00); quesadillas de carne bovina/suína, frango, queijo, vegetariana (R$12,00 a 26,00); tostitaco com carne moída, bacon, cebola e milho verde, refogados e flambado, misturado com feijão preto (R$25,00 porção com 4 unidades); burritos de carne bovina/suína, frango, vegetariano (R$25,00 a R$28,00); tlacoyos de frijol (R$15,00); chili dog (R$15,00); porções de guacamole (R$10,00) e chili (R$25,00). Os pratos podem vir acompanhados de repolho, chipotle, pico de gallo (vinagrete), salsa taquera etc. Além de brigadeiro de tequila (R$8,00 a R$15,00). Já entre as bebidas oferecidas estão margaritas (a partir de R$14,00); Michelada - cerveja Sol temperada como no México (R$12,00 a R$18,00); e água fresca de Jamaica e água de tamarindo (R$6,00).

Outras comidas latinas também serão vendidas: empanadas (R$5,00 a R$10,00); salteñas (R$10,00); chincharron – costelinhas suínas com batatas (R$30,00); choripan e sanduíches de pernil ou chola (R$25,00); costilla al palo (R$35,00); arepas com diversos recheios (20,00); patacones (R$23,00); hamburguesa colombiana (R$25,00 a R$35,00); obleas – feitos com discos de wafer recheados com doce de leite/ frutas vermelhas/ creme de avelã/ doce de café/ queijo/ morango (R$10,00); limonada com coco, tradicional em Cartagena, na Colômbia  (R$8,00);  chicha morada – refresco artesanal de origem andina que leva milho roxo, abacaxi, canela, cravo e maçã  (R$10,00).

A festa do Dia dos Mortos é considerada uma das mais importantes no México, comemorada de 31 de outubro ao dia 2 de novembro os mexicanos fazem festa, preparam comidas e bebidas que os entes que já morreram gostavam, organizam altares e se fantasiam em celebração a data. De acordo com a crença popular, é neste dia que os os mortos vêm visitar seus parentes.

Serviço – entrada gratuita

Festival de Tacos

Fiesta Día de Muertos

Local: Memorial da América Latina (ao lado do metrô Barra Funda) - Praça da Sombra

Endereço: Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664

Data: 27 e 28 de outubro

Horário: das 11h às 20h

Estacionamento (pago): portão 15, mais próximo do auditório (preço único 25 reais);  portão 8 (R$10,00 a 1ª hora; R$10,00 cada hora adicional)

Bicicletário: portão 9

Atenta aos desafios estruturais das “Instituições de Memória” brasileiras e diante da tragédia do Museu Nacional, a Rede Memorial de Pernambuco publicou um manifesto com algumas proposições de políticas públicas que salvaguardem o patrimônio histórico. O documento, assinado por 150 pessoas, é produto de uma reunião celebrada na Biblioteca Central da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) pela Rede e membros da comunidade acadêmica, na última terça-feira (4).

Nele, é denunciada a ausência de políticas públicas “que garantam, para além de investimentos, a observância de transparência, equidade e responsabilidade na administração dos recursos”.

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Dentre as proposições da Rede estão “a instalação de um processo de debate e consulta pública para o desenvolvimento de políticas públicas sustentáveis e legitimadas pelos diversos segmentos da população” e a garantia de recursos públicos “suficientes para fazer cumprir o que determina do artigo 216 da Constituição Federal”, que versa sobre a responsabilidade do estado de manter, proteger e promover o patrimônio cultural brasileiro.

“A gente tem o mesmo orçamento há cerca de quarenta anos, não adianta criar novos museus e bibliotecas sem recursos. Entre uma demanda de um hospital e outra da Biblioteca Pública do Estado, a qual das duas o governador vai atender? Ele faz isso porque não há uma política pública que garanta que esse compromisso seja honrado”, afirmou o professor Marcos Galindo, do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da UFPE.

Galindo, em breve, irá a Brasília apresentar o manifesto e as proposições da Rede ao Ibram e às comissões da câmara dos deputados voltadas à discussão do patrimônio. “Já marcamos reuniões inclusive com a Fundarpe. Falta de orçamento, não é falta de dinheiro, mas de uma designação formal para ele”, defende.

Questionado a respeito de Pernambuco assistir a uma catástrofe como a do Museu Nacional, o professor é pessimista. “É bem provável que a gente passe por algo do tipo. Algumas instituições locais estão com problemas graves, como a Biblioteca Pública e o Arquivo Público. Não adianta deter o patrimônio sem recursos mínimos para manutenção: é melhor fechado e protegido do que aberto e correndo risco”, lamenta.

A exposição "Rá-Tim-Bum, O Castelo", localizada na Barra Funda, em São Paulo, seguirá em cartaz até 4 de fevereiro de 2018 no Memorial da América Latina. A mostra desde a sua inauguração, no dia 31 de março, recebeu mais de 500 mil pessoas, incluindo 20 mil visitas com ingressos gratuitos, cedidos às escolas públicas. 

A terceira temporada terá uma novidade dentro da exposição, segundo o diretor Felipe Pinheiro, será um grande mural para que as pessoas extravasem suas emoções e possam deixar sua marca no momento da visita. 

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De acordo com levantamento feito pela revista britânica “The Art Newspaper”, que mapeia o público de museus, as visitações colocam o projeto entre os top 5 mais visitados em todo o mundo.

Em 2016, o Memorial da América Latina estabeleceu o próprio recorde histórico de público, com mais de 2,2 milhões de visitantes com a exposição da “Vila do Chaves”, em parceria com o SBT, visto por mais de 250 mil fãs do seriado mexicano.

"Rá-Tim-Bum, o Castelo" está aberto para visitas de terça a sexta-feira, das 9h às 21h, e aos sábados, domingos e feriados, das 9h às 22h. Os ingressos são R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia), para comprar, acesse o site: www.ratimbumocastelo.com.br ou vá até a bilheteria do Memorial da América Latina, que funciona de terça a sexta-feira, das 9h às 18h, e aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 20h. 

Para mais informações, consulte: www.memorial.org.br.

O prédio da Boate Kiss em Santa Maria (RS) - palco do incêndio que deixou 242 mortos em 27 de janeiro de 2013 - será demolido e deve dar lugar, nos próximos dois anos, a um memorial. O Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) está organizando um concurso público nacional para transformar o imóvel em uma homenagem às vítimas.

O objetivo é lançar o edital até agosto e contar com a participação de profissionais de todo País. A estimativa é que todo processo custe R$ 250 mil - a ser pago por meio de financiamento - e dure até outubro. O vencedor será anunciado até janeiro de 2018, quinto ano da tragédia.

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A data deve coincidir com o início da demolição do prédio. Ao menos é o que espera a prefeitura de Santa Maria, que diz estar em tratativas com a Econ Empreendimentos, dona do imóvel. Oficialmente não são citados valores, mas fontes afirmam que a construtora pede R$ 4 milhões pelo prédio. Três corretoras de imóveis farão as cotações para o imóvel. O plano da prefeitura é pagar a menor avaliação, depositando em juízo, adquirindo o espaço e começando sua demolição.

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