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Nesta sexta-feira (16), às 16h (horário de Brasília), serão realizados atos públicos simultâneos em defesa do Serviço Social do Comércio (Sesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) por todo o País. O chamado Dia S reunirá colaboradores do Sistema Comércio, usuários, alunos e professores em uma grande manifestação de apoio às instituições. E, na ocasião, também serão coletadas assinaturas para o abaixo-assinado contra o desvio de 5% dos recursos do Sesc e do Senac para a Embratur, documento que já conta com 500 mil adesões (disponível em: https://cnc.portaldocomercio.org.br/sousescsenac).

Em Pernambuco, a manifestação contra a PLV será comandada pelo presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac, Bernardo Peixoto, com articulação com todas as unidades do Sesc e Senac do Estado, que suspenderão suas atividades às 15h e seus colaboradores sairão em passeata, pacífica, pelos principais pontos dos municípios que possuem um equipamento do Sistema.

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No Recife, a concentração será em frente à Casa do Comércio, no bairro de Santo Amaro, com destino a rua da  Aurora. Neste dia, não haverá atendimento ao público.

“O nosso objetivo é conscientizar a população brasileira da importância do Sesc e do Senac, na formação profissional e cultural dos brasileiros. Além disso, queremos mostrar o impacto negativo e a insatisfação do Sistema Fecomércio, com esses cortes de verbas, que podem gerar desemprego, diminuição de 100 mil kg de alimentos distribuídos pelo Mesa Brasil Sesc; Cortes de mais de 400 mil atendimentos nas diversas áreas de atuação do Sesc Pernambuco, tais como,  Educação, Lazer, Esporte, Cultura, Saúde e Assistência; Fechamento de 03 Unidades Educacionais do Senac; e redução de 6.800 atendimentos, dos quais 2.600 alunos em cursos de Formação Profissional. E esses dados são só aqui de Pernambuco, onde temos 23 unidades do Sesc espalhadas por 17 municípios e mais 7 unidades do Senac que atendem a Região Metropolitana do Recife, no Agreste e Sertão Pernambucano.” - Afirma Bernardo Peixoto, presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac Pernambuco.

Todas as unidades do Sesc, nos municípios de Araripina, Bodocó, Floresta, Jaboatão dos Guararapes, Serra Talhada, Triunfo, Petrolina, Arcoverde, Belo Jardim, Buíque, Caruaru, Garanhuns, Surubim, Goiana, São Lourenço, Recife, estarão fechadas e sem atendimento ao público.

As unidades do Senac nas cidades do Recife, Paulista, Vitória de Santo Antão, Caruaru, Garanhuns, Petrolina e Serra Talhada funcionarão no horário da manhã e noite, e, à tarde, iniciam no horário normal. Às 15h, as atividades serão suspensas para a manifestação, reabrindo após o seu término. Os colaboradores do Sistema Comércio estão sendo convidados a comparecer no ato vestidos de preto para juntos reforçarem o papel social do Sesc e do Senac na vida da população e na geração de emprego e renda no Brasil.

O corte foi aprovado na Câmara dos Deputados, por meio dos artigos 11 e 12, inclusos no Projeto de Lei de Conversão (PLV) 09/2023, e deve ir à votação no Senado Federal, nesta quarta-feira (17/05).

Centrais sindicais trabalhistas e confederações patronais enviaram cartas aos senadores 

Na semana passada, duas cartas foram endereçadas aos senadores – uma encaminhada pelos trabalhadores e outra pelos empresários. As Confederações Patronais do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), da Indústria (CNI), da Agricultura e Pecuária (CNA), dos Transportes (CNT) e das Cooperativas (CNCoop) enviaram ao Senado mensagem afirmando que o indevido e injusto redirecionamento de valores prejudicará milhões de atendimentos gratuitos oferecidos à população nas áreas de saúde, educação, assistência, cultura, lazer e profissionalização.

No mesmo sentido, foi enviado um documento assinado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços da CUT e Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio.

Cortes podem encerrar atividades em mais de 100 municípios  Se os dispositivos entrarem em vigor, existe o risco real de encerramento das atividades do Sesc e do Senac em mais de 100 cidades brasileiras e mais de R$ 260 milhões deixarão de ser investidos em atendimentos gratuitos (incluindo exames clínicos e odontológicos, por exemplo). Além do fechamento de unidades, também podem ocorrer demissões de mais de 3,6 mil trabalhadores, redução de 2,6 milhões de quilos de alimentos distribuídos pelo Programa Mesa Brasil, fechamento de 7,7 mil matrículas em educação básica e 31 mil em ensino profissionalizante, entre outros prejuízos que serão sofridos diretamente pela população atendida.

Prejuízo ao turismo 

A CNC não apenas defende a promoção do turismo brasileiro, bem como trabalha há mais de 75 anos pelo desenvolvimento do setor. Somente na área do turismo, além do fechamento de 23 laboratórios de formação e qualificação de mão de obra para o setor, o programa de Turismo Social, pelo qual o Sesc oferece passeios e viagens a preços acessíveis, seria afetado. O projeto, que é referência na América Latina, estimula o desenvolvimento do setor em diversas localidades do interior do País, muitas delas dependentes do programa para grande parte do movimento turístico. 

“É um contrassenso que sejam retirados valores da assistência social para a população enquanto o Brasil renuncia a R$ 2,5 bilhões por ano com a retomada de exigência de visto para turistas dos Estados Unidos, do Canadá, do Japão e da Austrália”, afirma o presidente da CNC, José Roberto Tadros. Conforme estudo da Confederação, a suspensão da necessidade de visto para turismo no Brasil havia ampliado em 21,5% a quantidade de estrangeiros desses países em 2019, no comparativo com o ano anterior.

Alteração da lei é inconstitucional 

Por lei, todos os recursos de Sesc e Senac devem financiar programas de bem-estar social aos comerciários e suas famílias, além de criar e administrar escolas de aprendizagem comercial e cursos práticos, de formação continuada ou de especialização para os empregados do comércio. Se entrar em vigor, a nova legislação é inconstitucional e fere inúmeras decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinam que essas verbas não são públicas, já que as contribuições dos grandes empresários do setor terciário devem ser destinadas exclusivamente para essas finalidades. Mesmo sem contribuir, as micro e pequenas empresas também são beneficiadas pela qualificação de funcionários e melhoria das condições de vida da população em geral.

Alegação de sobra no orçamento é equivocada  É importante ressaltar que o valor apontado pela Embratur como suposto “superávit” do Sesc e do Senac já está comprometido com obras de manutenção ou início de novas unidades por todo o País. O orçamento de 2023 foi pactuado pelo Conselho Fiscal do Sesc e do Senac, formado por sete entes, sendo quatro lideranças do governo federal, dois de entidades empresariais e um representante da classe trabalhadora. Os recursos foram empenhados para uso previamente determinado e de conhecimento de todos, inclusive, do governo.

 

  AGENDA NACIONAL – Dia S   

● AC – Rio Branco: em frente à Fecomercio-AC – 14h (horário local -16h de Brasília)  ● AL – Maceió: Sesc Poço (concentração às 15h) 

● AM – Manaus - Largo de São Sebastião – 14h (horário local) 

● AP – Macapá: Praça Veiga Cabral – 15h 

● BA – Bahia: Largo do Pelourinho (Salvador) e unidades Sesc/Senac do interior – 16h 

● DF – Esplanada – 15h 

● ES – Vitória: Senac Beira Mar – 16h 

● GO – Goiânia - Parque Vaca Brava – 16h 

● MA – São Luís: Sesc Deodoro (Praça Deodoro) – 16h 

● MG – Belo Horizonte: Praça 7 – 16h 

● MS – Ações em frente aos Regionais do Sesc, Senac e da Federação do Comércio – 16h 

● MT – Cuiabá: Sesc Arsenal – 15h (horário local) 

● PA – Belém: Sesc Doca (Av. Visconde de Souza Franco) – 16h 

● PB – João Pessoa: Parque da Lagoa – 16h 

● PE – Recife: Casa do Comércio (sede da Fecomércio PE) – 16h (concentração 15h) 

●PR – Ações em todas as cidades que tenham Sesc e Senac. Curitiba: Sesc Paço da Liberdade - Praça Generoso Marques, 189 – 16h 

● RJ – Rio de Janeiro: Praça da Cinelândia, Centro – 16h 

● RN – Natal: Praça 7 de Setembro (Três Poderes) – 16h 

● RO – Porto Velho - Sesc e Senac Esplanada - Rua Tabajara - 14h30 (horário local – 15h30 de Brasília) 

● RR – Boa Vista: Senac Idiomas – 15h30 (horário local) 

● RS – Porto Alegre e Lajeado: Largo Glênio Peres (Porto Alegre) e Posto Faleiro (Lajeado) – 16h 

● SC – Ações em todas as cidades com unidades do Sesc e Senac – 16h 

● SE – Aracaju: Praça Fausto Cardoso – 16h 

● TO – Tocantins: Sede Fecomércio – Av. Teotônio Segurado – 16h 

● PI – Parnaíba: Cortejo na Avenida São Sebastião (em frente ao tiro de guerra até Universidade Federal) e Teresina: Sede Fecomércio-Sesc-Senac-PI – 16h

De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), divulgada nesta terça-feira (8), houve um aumento no percentual de famílias com contas em atraso no mês de outubro em Pernambuco. O levantamento é realizado mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). 

Segundo a Fecomércio-PE, em outubro o percentual de famílias que se declaram endividadas no estado ficou estável, em 81,8%, registrando uma variação de apenas 0,1 ponto percentual com relação a setembro. Na comparação com o mesmo mês de 2021, por outro lado, houve aumento de 3,6 pontos percentuais.

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No mês de outubro também foi sinalizada uma piora no quadro do endividamento, oscilando entre 27,9% para 29,6% (+1,7 ponto percentual). Sendo assim, o avanço em pontos percentuais ocorrido em outubro é o maior desde maio de 2021, quando passou de 29,1% para 31,9%.

Já o percentual de famílias que se declaram sem condições de quitar as contas em atraso chegou a 14,2%, um aumento de aproximadamente 1 ponto percentual em relação ao mês de setembro.

Consumidores de baixa renda

Esse aumento pode ser ocasionado pela alta de preços acima da média de itens mais essenciais para os consumidores de baixa renda, como alimentos, bebidas, materiais de higiene e limpeza e medicamentos. O Levantamento do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), da FGV, aponta que esses consumidores de baixa renda (com até dois salários mínimos mensais), além de mais endividados, acabam sujeitos a crédito mais caro para conseguir sanar dívidas atrasadas, o que vem potencializando a inadimplência.

Ainda segundo a pesquisa do IBRE/FGV, essa tendência ainda reflete o período mais grave da pandemia, em que foram necessárias medidas para conter a disseminação do coronavírus. O trajeto, desde então, foi de queda da renda do trabalho, compensada de forma descontinua pelo auxílio emergencial, seguida de uma maior busca por crédito, cujo custo da inadimplência aumentou substancialmente à medida que o Banco Central ajustou a taxa básica de juros (Selic), a qual era de 2% a.a. em 2020 e atualmente se encontra no patamar de 13,75% a.a.

Cartão de crédito

Segundo a CNC, o cartão de crédito segue como principal vetor das dívidas, sendo citado por 93% das famílias que se declaram endividadas, seguido dos carnês, citados por 32,4%. Na passagem de setembro para outubro o cheque especial também se destacou, saindo de 6,8% para 8,8% entre as menções de itens componentes do endividamento familiar.

Em uma nova rodada de sabatina na manhã desta quinta-feira (25), o Sistema Fecomércio entrevistou o candidato ao Governo de Pernambuco Miguel Coelho (União Brasil). O ex-prefeito de Petrolina respondeu às perguntas de quatro segmentos e, ao final da sabatina, deu destaque ao “radicalismo” que marca a atual política brasileira, além de ter comentado que a relação dos governos estaduais com o Governo Federal independe de haver aliança ou oposição. “O problema de Pernambuco é ter governador ruim”, disse. 

“A gente tem um Brasil que está querendo se dividir ainda mais. Fica a turma de Lula de um lado, a de Bolsonaro de outro, parece que vão se dividir e traçar um muro. Respeito os eleitores deles, mas quero governar para todos, e foi assim que governei Petrolina. Tivemos o presidente Michel Temer que assumiu por uma circunstância da história do Brasil e cabia a nós, prefeitos, não ficar com ideologias baratas e irracionais, prejudicando as nossas cidades. Fui em Brasília com muita humildade, coloquei os nossos projetos e peguei o máximo de dinheiro do Governo Federal que eu pude pegar”, alegou Coelho. 

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Para o candidato, a relação do PSB, partido do atual governador Paulo Câmara e também do candidato Danilo Cabral, estaria governando com o espelho da oposição política, o que seria equivocado do ponto de vista da administração pública. Ele citou outros estados da região Nordeste cujo Executivo é oposição a Jair Bolsonaro (PL), mas conseguiram manter uma relação firme o suficiente para haver troca de recursos. 

“O problema de Pernambuco não é que aqui é PSB e Bolsonaro é presidente, é porque Pernambuco não tem governador bom. Dois estados governados pelo PT (Bahia e Ceará) conseguiram muito mais dinheiro do Governo Federal atual do que Pernambuco. Alagoas, nos últimos seis anos, construiu seis hospitais, com dinheiro próprio e do Governo Federal, e o governador [José Renan Calheiros, 'Renanzinho'] é oposição. Uma coisa é fazer oposição política, cada um tem que ter o seu posicionamento, mas como governador, você tem que ter uma relação institucional-administrativa, para conseguir dinheiro”, completou Miguel. 

Apesar de ter a campanha coordenada pelo pai, Fernando Bezerra Coelho (MDB), que é um senador bolsonarista, e de também ter um candidato bolsonarista (Carlos Andrade, da União Brasil) em sua chapa, Miguel Coelho disse não ter interesse em “aderir à polarização nacional”. 

Propostas 

Nos destaques da sabatina, estão propostas já divulgadas em junho deste ano, quando Coelho fez exibição pública de seu plano de governo. Entre elas, a promessa da criação de cinco novos hospitais em Pernambuco, sendo três no Grande Recife e dois no interior. Assim como anunciado anteriormente, Miguel também colocou como promessa para o primeiro mandato a construção de oito maternidades. 

LeiaJá também: 'Miguel Coelho: plano promete 5 hospitais e 8 maternidades'

“A nossa proposta de saúde se baseia em três pilares: primeiro, de reformar o que já existe. Aqui em Pernambuco temos as figuras dos hospitais regionais, no interior, que estão sucateados e abandonados, como em Ouricuri e Limoeiro. Como também na RMR temos o compromisso de reformar os principais hospitais, como a Restauração, o Getúlio Vargas, Otávio de Freitas, o Barão e o Agamenon Magalhães. Além das reformas, que servem para humanizar o atendimento, também temos a construção de cinco hospitais, sendo três na região metropolitana e dois no interior do estado”, afirmou. 

O candidato também prometeu priorizar o atendimento centralizado nas cidades mais afastadas do Grande Recife, para diminuir o tempo de locomoção e espera por atendimento de quem vive no interior. 

Onde assistir  

A sabatina de Miguel Coelho ao Sistema Fecomércio está disponível no YouTube. 

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LeiaJá também: as sabatinas dos candidatos ao Governo de Pernambuco 

- - > ‘PE: Danilo promete melhor política tributária de todo o NE’  

- - ‘Em sabatina, Raquel promete 'melhorar ambiente de negócio' 

- - ‘Marília Arraes promete investir no interior de Pernambuco’ 

 

 

 

A candidata ao Governo de Pernambuco Raquel Lyra (PSDB) abriu a rodada de sabatinas do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac com os postulantes ao Palácio do Campo das Princesas, nesta terça-feira (23). A ex-prefeita de Caruaru elencou suas propostas para alavancar a economia no próximo quadriênio e propôs a abertura de 60 mil vagas de creche no estado.

Já no início da sua gestão, caso seja eleita, Raquel prometeu uma força tarefa entre os setores produtivos e o Poder Judiciário para desburocratizar a abertura de novas empresas. Dois programas com intuito de melhorar o ambiente de negócios no estado foram destacados em seu plano.

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"Vamos criar o ‘Facilita Pernambuco’ para reduzir o tempo de abertura de novos negócios. Em Caruaru, a gente saiu de uma média de 9 meses para 15 dias uteis", apontou a concorrente. 

Parte dessa iniciativa se dá pela estruturação do Corpo de Bombeiros para agilizar o processo de licenciamento das estruturas e pela digitalização do licenciamento ambiental da Companhia Pernambucana do Meio Ambiente (CPRH).  

Outra medida econômica apontada foi o programa ‘Bora Empreender’, que vai oferecer “acesso a crédito desburocratizado, especialmente para o micro e pequeno empreendedor", garantiu. A iniciativa também visa facilitar a formalização do comércio informal por meio de um “grande processo de acesso à qualificação profissional” e, dessa forma, equilibrar a arrecadação com o empresário registrado.

Na questão das altas taxas tributárias cobradas em Pernambuco, a representante do PSDB garantiu que sua gestão vai reduzir a cobrança de impostos do ICMS e IPVA, além de voltar a incentivar o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp).

Natural do Agreste de Pernambuco, Raquel Lyra não escondeu que sonha com a requalificação da BR-232 até Arcoverde e também citou a importância da conclusão do Arco Metropolitano ligando a Zona da Mata Norte ao Porto de Suape. Outra região a receber obras de infraestrutura seria o Araripe, com a fortalecimento do polo gesseiro através da viabilização da Transnordestina. Para ela, as intervenções podem ser alcançadas por meio de parcerias público-privada (PPP).

Ao lado da vice Priscila Krause (Cidadania), a candidata pretende ampliar o Sistema S e aproximá-lo dos alunos de Ensino Médio para que a Educação seja focada no mercado de trabalho. "Quando a gente tem qualificação profissional aliada à vocação econômica de cada uma de nossas regiões, a gente consegue garantir as pessoas empreendendo ou podendo garantir o seu emprego de carteira assinada", considerou.

Ao fim da sua participação, Raquel propôs estruturar a educação primária com a criação de 60 mil vagas de creche. Questionada sobre a inclusão tecnológica no ensino público, ela reforçou o interesse que desenvolver um ambiente digital nas escolas, contudo, a estrutura dos edifícios precisa passar por reformas profundas para que as ferramentas tecnológicas possam ser ofertadas aos estudantes.

Contrabando, pirataria, roubo, concorrência desleal por fraude fiscal, sonegação de impostos e furto de serviços públicos são algumas das ações ilegais que provocaram prejuízo econômico de R$ 336,8 bilhões ao país em 2021. Deste total, R$ 95 bilhões referem-se a tributos não recolhidos pelos governos.

Os dados constam da nota técnica Brasil Ilegal em Números, levantamento feito pela Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), Federação do Comércio de Bens e Serviços do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio RJ) e Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), divulgado nesta quinta-feira (4).

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No início do ano, as entidades criaram o Grupo de Trabalho (GT) Rio Legal, para avaliar o impacto negativo e as vertentes do ‘Brasil ilegal’. O grupo consolidou dados de 16 segmentos econômicos e serviços de infraestrutura de energia e água.

Segundo o estudo, os R$ 336,8 bilhões gerados pela ilegalidade equivalem ao Produto Interno Bruto (PIB) dos estados da Bahia e Sergipe somados. Além disso, no período, o país deixou de gerar 535,7 mil empregos formais. Só no segmento de vestuário, 94 mil vagas deixaram de ser abertas.

De acordo com o presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, o mercado ilegal no Brasil é alarmante. “São recursos subtraídos, tributos não arrecadados e empregos que deixam de ser criados. É importante mostrar os prejuízos socioeconômicos dessa prática no país, e pleitear ações coordenadas de todas as esferas de governo no combate a essa ilegalidade”, disse.

Para o presidente da Fecomércio RJ, Antonio Florencio de Queiroz Junior, os dados mostram o impacto na economia nacional. “É preciso ter em mente que estas cifras interferem na vida das pessoas. Com políticas públicas adequadas e a união e participação do setor produtivo e das autoridades, esse cenário pode e precisa ser revertido, gerando ganhos para todos".

“O consumidor é o grande protagonista desse processo. Só vamos combater esse mal se a sociedade se engajar”, acrescentou Queiroz Junior.

Segundo o presidente da ACRJ, José Antonio do Nascimento Brito, a união das três instituições demonstra a urgência em reverter esses prejuízos, que envolvem setores essenciais da economia, como saúde, energia e abastecimento de água, por exemplo, além de outros segmentos, como combustíveis, mídia e vestuário.

“Este é o primeiro passo, mas estaremos atentos para continuar defendendo ações de curto, médio e longo prazos com o objetivo de mudar esse cenário”, afirmou Nascimento Brito.

Ilegalidade

Com base em dados do Fórum Nacional contra a Pirataria e Ilegalidade (FNCP) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2021 os valores dos prejuízos divididos pelas 16 atividades são: vestuário, R$ 60 bilhões; combustíveis, R$ 26 bilhões; cosméticos, R$ 21 bilhões; bebidas alcoólicas, R$ 17,6 bilhões; defensivos agrícolas, R$ 15,1 bilhões; TV por assinatura, R$ 15 bilhões; cigarros, R$ 13,3 bilhões; fármacos, R$ 9 bilhões; material esportivo, R$ 9 bilhões; óculos, R$ 8,5 bilhões; software, R$ 7,5 bilhões; celulares, R$ 4,3 bilhões; audiovisual (filmes), R$ 4 bilhões; perfumes importados, R$ 2 bilhões; computadores R$ 1,6 bilhão; e brinquedos, R$ 810 milhões.

Na esfera dos serviços de infraestrutura, o grupo de trabalho contabilizou que os custos de furto de energia elétrica, conhecidos por “gatos”, atingiram a marca de R$ 6,5 bilhões no ano passado. A nota técnica destaca que, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o índice de perdas não-técnicas (furto de energia) no Brasil é de 15%. Na região Norte do país, o valor supera os 50%.

Conforme o estudo, dados da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica projetam que a quantidade de energia elétrica furtada no Brasil seria suficiente para atender durante um ano o estado do Rio de Janeiro.

“Com base em dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, o GT estimou em R$ 20 bilhões o custo provocado pelas ligações ilegais na rede de abastecimento de água em todo o Brasil, em 2021. A título de comparação, o volume furtado de água por ano no país equivale a 2,4 vezes o volume total do Sistema Cantareira, em São Paulo”, diz o levantamento.

Manifesto

A partir da nota técnica, as entidades formularam o Manifesto de Combate ao Brasil Ilegal. No documento, o grupo destaca a necessidade de ações coordenadas entre os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, dos níveis federal, estaduais e municipais, para o enfrentamento às atividades criminosas.

As entidades defendem ainda o engajamento do setor produtivo e da sociedade no desenvolvimento de ações de conscientização e combate à ilegalidade no país.

Também foi produzido o mapeamento Agenda Legislativa de Combate ao Brasil Ilegal, uma lista de projetos de lei em tramitação no Congresso e Assembleia Legislativa do Estado do Rio.

As proposições são apontadas como instrumentos importantes no enfrentamento do problema. O estudo, o manifesto e a agenda legislativa foram apresentados na manhã desta quinta-feira (4) no evento Brasil Ilegal em Números, no Rio de Janeiro.

O percentual de famílias que declaram estar endividadas em Pernambuco cresceu 1,4 pontos percentuais, quando comparado o mês de novembro deste ano com o mesmo período do ano passado. Já o percentual de famílias com dívidas entre outubro e novembro permaneceu praticamente estável, saindo de 78,2% para 78,8%.

Esses dados foram levantados pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O recorte local feito pela Fecomércio, por sua vez, mostra uma leve piora em novembro: segundo a pesquisa, o percentual de famílias com contas atrasadas subiu 1,1 pontos e ficou em 31,4% em novembro. 

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“Com esse movimento, a série interrompeu uma trajetória de 4 meses em queda, após passar de 33,2% em junho para 30,3% em outubro. Na comparação com novembro do ano anterior, o indicador subiu 2,4 pontos”, explica o assessor econômico da Fecomércio-PE, Ademilson Saraiva.

Já o percentual de famílias que se dizem sem condições de pagar as contas atrasadas seguiu em trajetória de elevação e encerrou novembro deste ano em 16,8%. Na passagem de outubro para novembro, o indicador subiu 1,1 pontos e já se encontra 4,2 pontos percentuais acima do patamar observado em novembro do ano de 2020, quando era de 12,6%.

Dimensão do endividamento

Em novembro do ano passado, 13,5% das famílias se diziam muito endividadas e, agora em 2021, essa proporção chegou a 21,8%. O percentual das que se dizem mais ou menos endividadas caiu 3,1 pontos em relação ao mesmo mês de 2020, mas teve elevação de 3,5 pontos em relação ao mês de outubro deste ano.

“Verifica-se que, embora a proporção de famílias endividadas não tenha sofrido alteração substancial na comparação com novembro do ano passado, a composição do indicador aponta mudança relevante sobre a percepção desse endividamento”, comenta Saraiva.

O demonstrativo por tipo de dívidas aponta que o cartão de crédito elevou levemente sua participação entre os débitos declarados pelas famílias endividadas no mês de novembro, na comparação com o mês anterior.

O cheque especial, por sua vez, cresce entre os tipos de dívidas mencionadas pelas famílias como componentes do endividamento recente: estavam 7,9% em novembro de 2020, chegou a 11,6% em outubro deste ano e avançou para 14,1% em novembro.

“Nesse sentido, o pouco espaço para busca de crédito ou para refinanciamento das dívidas já existentes, devido à situação ainda frágil no mercado de trabalho, pode estar forçando o atraso de contas e levando as famílias a contrair dívidas em conta corrente para saldar outros débitos e potencializando o endividamento no curto prazo”, ressalta o assessor econômico da Fecomércio-PE.

Cabe destacar que o cheque especial tem a terceira maior taxa média de juros entre as modalidades de crédito livre às pessoas físicas, em torno de 129%, atrás apenas do parcelamento do cartão de crédito (169%) e do crédito no rotativo (aproximadamente 340%).

*Com informações da assessoria

*Por Samuel D'Paulla

A Federação de Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Pernambuco (Fercomercio-PE) realiza, nesta quinta-feira (18), o lançamento do Cartão do Empresário, em Garanhuns, no Agreste do Estado. O evento será realizado no Centro de Produção, Tecnologia e Negócios (CPC) da cidade, às 19h.

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O cartão atenderá os associados do sistema Fercomercio/Sesc/Senac-PE e empresários do comércio de bens, serviços e turismo de todo o Estado de Pernambuco, incluindo o Microempreendedor Individual (MEI). Todos os benefícios podem ser aproveitados, ainda, pelos dependentes.

O Cartão do Empresário pode ser feito pela internet. É preciso ter um CPNJ ativo, documento de identidade e CPF, comprovante de endereço e pagar uma taxa anual de R$ 299,00 (titular) e R$ 14,90 (por dependente).

Com a cautela das famílias e o orçamento cada vez mais limitado, a comemoração escolhida pela maioria dos pernambucanos, 59%, para celebrar o Dia das Mães, foi a comemoração em casa. Apesar da intenção positiva para o aquecimento do comércio, que aponta 66,4% da população como interessada em celebrar a festividade, que acontece neste domingo (9), a adesão ainda é baixa quando comparada aos anos anteriores.

Os dados são da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE), em parceria com o SEBRAE-PE. Para o estudo foram entrevistados mais de 1.400 consumidores, através de questionários enviados por canais digitais.

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Além da comemoração caseira, a compra de presente, fator que mais agita o comércio local, ficou em segundo lugar, alcançando 29% da preferência de quem pretende comemorar a data. As demais, como ida a restaurante, bares e as viagens tiveram baixa adesão, impactado pelo cenário de pandemia da covid-19.

“A pesquisa apresenta a intenção de comemoração da data e inclui informações estratégicas à classe empresarial, auxiliando na tomada de decisão quanto às ações que permitem aos empresários alavancar vendas neste momento crítico”, explica o presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac-PE, Bernardo Peixoto. O comércio pernambucano injeta mais de R$ 6 bilhões no Estado e, segundo o Novo Caged, emprega de maneira formal mais de 296 mil pessoas, aproximadamente 24% de todo o estoque de empregos formais de Pernambuco até fevereiro de 2021.

O percentual de 2021 é inferior à intenção verificada na mesma data de 2019 e 2018, quando atingiu 80,8% e 75,7%, respectivamente. Em 2020, a pesquisa não foi realizada devido a pandemia da Covid-19. “Contudo, apesar da queda no comparativo com anos anteriores, o percentual pode ser considerado positivo”, comenta o economista Ademilson Saraiva, da assessoria econômica da Fecomércio. Os principais motivos para a não comemoração da festividade foram a falta de dinheiro para o consumo e o isolamento social.

Ainda segundo Saraiva, o número é reflexo do cenário atual. “Após baixa adesão em duas datas anteriores importantes para o setor, o Carnaval e Páscoa, devido às restrições das realizações dos eventos sociais e elevação de câmbio, o cenário para a comemoração do Dia das Mães é impactado negativamente por uma demanda desaquecida das festas e já era esperado”, reflete.

Para o pernambucano que pretende presentear a mãe, as roupas ou acessórios de vestuários, perfumaria, cosméticos, calçados e acessórios são as principais escolhas. A maioria deseja gastar entre R$ 50,00 e R$ 100,00. O local para compra desses presentes será o comércio tradicional e a forma de pagamento mais utilizada será o pagamento à vista.

Mais jovens têm maior intenção de adesão e compra no feriado

A faixa de idade com a maior intenção de comemoração é de pessoas entre 18-29 anos, seguida pela faixa que compreende as idades entre 30-49 anos, com percentuais de 69,3% e 66,5%, respectivamente. “Essa configuração pode estar sendo influenciada ainda pelo processo de pandemia da Covid-19, visto que os mais jovens abriram mão em muitas datas comemorativas no ano de 2020, de estar próximo a familiares por trazer um risco para os mais velhos. Já em 2021 esse risco foi sendo reduzido devido ao avanço do plano de vacinação, possibilitando que as pessoas reduzam o comportamento conservador em relação à proximidade de parentes mais velhos”, observa o economista.

Apesar de todas as classes de rendimento apresentarem percentuais superiores a 50%, a atual conjuntura econômica também criou diferenças na intenção de comemoração no recorte de renda. Entre as famílias com renda entre 1 e 2 salários-mínimos, 65% pretendem comemorar a festividade, enquanto as famílias com rendimento superior a 10 salários-mínimos, aproximadamente, 85% informaram que vão comemorar a data. Segundo o estudo, a disparidade reflete uma economia ainda sem apresentar um movimento de recuperação acentuado.

A confiança das famílias paulistanas para consumir subiu pelo quarto mês seguido, segundo o Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), feito pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). De acordo com o levantamento, foi registrado um aumento de 10% em relação a agosto, quando o índice bateu o pior resultado da série histórica.

O ICF fechou o mês de novembro em 67 pontos, uma alta com relação a agosto, quando o indicador chegou ao pior resultado desde o início da série histórica, com 61 pontos. Segundo a Fecomércio, o cenário positivo é corroborado pelo crescimento do Índice de Confiança do Consumidor (ICC), que chegou a 112 pontos no mês passado, numa linha ascendente desde maio, quando estava em 97 pontos.

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Os indicadores mensuram a confiança dos paulistanos em consumir a cada mês: enquanto o ICF apresenta a postura deles em relação ao emprego, à renda, ao crédito e ao consumo, o ICC permite ver melhor como os consumidores se sentem em relação aos rumos de suas famílias e do País.

A melhora significativa em ambos os índices se explica, segundo a FecomercioSP, tanto pela reabertura gradual do comércio na cidade, no segundo semestre, quanto pelo pagamento do auxílio emergencial por parte do governo federal, a partir de abril. No entendimento da Federação, porém, o avanço lento dos indicadores mesmo com os bons indicadores da economia é sinal de que as famílias estão mais observando com mais preocupação o momento econômico do País do que a própria situação em que se encontram.

A Black Friday vai acontecer no dia 27 de novembro e, tentando seguir a tradição norte-americana, deve trazer grandes descontos em diversas categorias de produtos, comercializados em lojas físicas e virtuais. Porém, mesmo com a data marcada, muitos varejistas brasileiros decidiram ampliar o conceito do evento e antecipar a queda de preço antes do período oficial. E-commerces como Amazon, Magazine Luiza, Lojas Americanas, Mercado Livre, entre outras redes de varejo de diferentes tamanhos, oferecem uma espécie de “esquenta”, antecipando a queda de preço em dias ou até mesmo transformando novembro no mês da Black Friday. 

Alta demanda e travamentos

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De acordo com Rafael Ramos, economista da Fecomércio pernambucana, a explicação para o fenômeno está na falta de estrutura dos sites em manter suas páginas estáveis durante a alta demanda. “A gente tem um problema muito grande em relação à infraestrutura da internet. Com a chegada na Black Friday, é provável que esses sites travem. O fluxo fica tão grande que o site trava e os lojistas vão perder renda porque as pessoas não vão esperar destravar para conseguirem o desconto”, resume. Para ele, antecipar a queda de preço por semana ou durante todo o mês, permite ao lojista controlar o fluxo do seu site e, dessa forma, evitar os travamentos.

O especialista explica também que, nas primeiras edições da Black Friday no Brasil, era comum que muitos sites perdessem vendas por não conseguirem suportar o aumento dos acessos. “Travava mesmo. Hoje muitos ainda colocam ‘você é o número tal da fila’ porque pelo fluxo não há estrutura. Essa foi uma estratégia encontrada para evitar prejuízos”, afirma. 

Ramos comenta que nos Estados Unidos é possível concentrar os descontos em um único dia porque lá o suporte para evitar quedas é maior. “Os EUA conseguem  porque a estrutura deles é melhor do que a nossa em termos de TI. A gente não consegue fazer isso e justamente por não conseguir esse suporte que, já no início de novembro, começamos a ver os descontos."

Descaracterização do evento

O economista também aponta que, outro fator que ajuda a descaracterizar o evento do original norte-americano, é a quantidade de produtos colocados em promoção. “Geralmente, os produtos que ganham descontos na Black Friday lá fora são eletrônicos, aqui a gente coloca tudo”, diz. Alguns dos exemplos são as promoções encontradas em restaurantes que usam aplicativos de entrega, sites especializados em produtos de beleza e roupas.

“O brasileiro gosta do nome de promoção e a gente descaracteriza justamente por isso. Ganham descontos setores de vestuário, alimentação, entre outros”, comenta Ramos, ressaltando que a popularidade do evento fez com que ninguém, nem o grande, nem o pequeno empreendedor, quisesse ficar de fora da época de descontos. “A Black Friday está, cada vez mais, se consolidando no país. Ela já é a 5ª data em termos de faturamento, atrás apenas do Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais, respectivamente. Ela já ganha de datas como a Páscoa e Carnaval, por exemplo.”

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Bom para o consumidor, ruim para o pequeno empreendedor

Apesar da empolgação do comércio nem tudo acaba sendo positivo. Para Rafael Ramos, a inserção da Black Friday no mercado nacional acaba se tornando um problema para o pequeno e microempreendedor. “A Black Friday é boa para o consumidor, às pessoas que sabem o que vão comprar, que acompanham o preço e sabem que o desconto vale a pena aproveitar. Para o varejo em si, não é boa”, afirma. 

Os motivos estão, principalmente, concentrados em dois fatores. O primeiro é o uso do 13º salário antes das compras de Natal e a impossibilidade do pequeno empreendedor competir com grandes demandas de produto. “Ele perde a margem de lucro. Em todo o país são mais de R$ 200 bilhões injetados na economia com o 13º salário. Em Pernambuco, esse valor gira em torno R$ 6 bilhões, mas com a chegada da Black Friday as pessoas fazem um movimento de antecipação de compras aí quando chega no Natal ela não precisa mais comprar”, afirma Ramos.

De acordo com o economista, esse momento de aquecimento, de vendas altas, não dá margem de lucro aos comerciantes menores. “O pequeno não tem essa vantagem de comprar em volume grandes, mas ele vai ter que entrar no esquema de descontos porque, senão, não vai ninguém para a loja dele, o que não acontece com as grandes marcas. É uma competição injusta."

Apesar do momento não ser tão feliz para os varejistas de pequeno porte, o economista garante que para o consumidor essa é uma ótima oportunidade para quem quer comprar. Uma das estratégias que podem melhorar ainda mais a experiência é ficar de olho nos produtos antecipadamente. “O consumidor tem que saber comprar pela internet, ficar de olho no comportamento do preço. Se ele vem monitorando o produto ele consegue achar um bom desconto. Só compre produtos que você saiba o preço médio”, aconselha.

De terça-feira (20) a sexta-feira (23) da próxima semana, a Federação Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio) promoverá debates entre candidatos ao cargo de prefeito (a) dos municípios de Olinda e Jaboatão dos Guararapes. As sabatinas serão transmitidas através do YouTube e o critério adotado para selecionar quem iria participar dos debates foi a representação do partido no Congresso Nacional. 

Na posição de postulantes à Prefeitura de Olinda, participarão Marcos Freire Jr (Rede), Armando Sérgio (Avante), Celso Muniz (MDB), Guto Santa Cruz (PDT), João Paulo (PCdoB), Jorge Federal (PSL) e Professor Lupércio (Solidariedade). Arnaldo Delmondes (PCdoB), Anderson Ferreira (PL), Maíra Vilar (PDT), Belarmino Silva (Avante) e Daniel Alves (MDB) são os escolhidos para debater as propostas de gestão para Jaboatão dos Guararapes.

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As sabatinas aos candidatos serão conduzidas por Bernardo Peixoto, presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac PE; Milton Tavares de Melo, presidente do Sindnorte; e Felipe Freire, presidente do Sindicom Jaboatão. Confira a programação de debates transmitidos pelo YouTube da Fecomércio:

Prefeituráveis de Olinda

20/10 – 15h – Marcos Freire Jr (Rede)

20/10 – 17h – Armando Sérgio (Avante)

20/10 – 19h – Celso Muniz (MDB)

21/10 – 15 h – Guto Santa Cruz (PDT)

21/10 – 17h – João Paulo (PCdoB)

21/10 – 19h – Jorge Federal (PSL)

21/10 – 20h - Professor Lupércio (Solidariedade)

Prefeituráveis de Jaboatão dos Guararapes

22/10 – 15h – Arnaldo Delmondes (PCdoB)

22/10 – 19h – Anderson Ferreira (PL)

23/10 – 15h – Maíra Vilar (PDT)

23/10 – 17h – Belarmino Silva (Avante)

23/10 – 19h – Daniel Alves (MDB)

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Em denúncia apresentada nesta quarta-feira (9), a Operação Lava Jato no Rio detalhou a investigação sobre um suposto esquema que teria desviado pelo menos R$150 milhões, segundo estima a força-tarefa, do chamado 'Sistema S' fluminense (no caso, Sesc e Senac) e da Federação do Comércio (Fecomércio/RJ) entre os anos de 2012 e 2018.

No documento de 510 páginas, os procuradores apontam para a participação de escritórios de advocacia ligados a políticos como o presidente Jair Bolsonaro, o ex-presidente Lula, o governador Wilson Witzel e seu antecessor, Sérgio Cabral, na elaboração de contratos falsos para ocultar pagamentos milionários de vantagens indevidas. Segundo a Lava Jato, o objetivo era montar uma blindagem que mantivesse o empresário Orlando Diniz, hoje colaborador da Justiça, no comando da Fecomércio/RJ.

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De acordo com a denúncia, os advogados Cristiano Zanin e Roberto Teixeira, defensores de Lula, dividiam com o então presidente da Federação do Comércio a liderança da organização criminosa. Os três se tornaram réus no caso, ao lado de outros 23 denunciados, por decisão do juiz Marcelo Bretas, da 7a Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.

Zanin e Teixeira seriam responsáveis, segundo delatou Diniz, por reunir e aprovar propostas de honorários advocatícios de outros escritórios aptos a integrarem o esquema. O critério de escolha seria pela suposta capacidade dos advogados de influenciarem decisões de magistrados do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Poder Judiciário de modo a garantir a não punição e a permanência de Orlando Diniz no cargo mesmo após irregularidades encontradas pelo Conselho Fiscal do Sesc. Como a Fecomércio é responsável pelo gerenciamento de entidades do Sistema S, que recebem recursos federais, Diniz passou a correr o risco de afastamento.

"Roberto Teixeira e Cristiano Zanin, apesar de terem prestado serviços jurídicos, tiveram todo o comando do esquema de contratações desde o início até o final da orcrim (2012 a 2018), sendo quase todas elas determinadas sob a perspectiva gerada em Orlando Diniz de influenciar, em seu favor, decisões do conselho fiscal do SESC Nacional, do TCU e do Poder Judiciário. Ambos lideraram as ações para o uso indevido de verbas do SESC e do SENAC, de forma dissimulada, pela Fecomércio/RJ, bem como os esforços para que os fatos não chegassem ao conhecimento dos órgãos oficiais de controle", diz um trecho do documento.

Os advogados são alguns dos alvos da Operação E$quema S, deflagrada pela Polícia Federal, pelo Ministério Público Federal e pela Receita para investigar suposta estrutura irregular de pagamento a escritórios de advocacia e possíveis desvios das seções fluminenses do Serviço Social do Comércio (Sesc RJ), do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac RJ) e da Fecomércio/RJ. Em meio ao fogo cerrado que ameaça sua estrutura e seu futuro, a Lava Jato dá seu passo mais audacioso dos últimos tempos. A Operação E$quema S é uma ofensiva arrojada que mira advogados que detêm currículos importantes, sobretudo em Brasília, e que carregam no sobrenome suas maiores credenciais, filhos de ministros de tribunais.

COM A PALAVRA, O ADVOGADO CRISTIANO ZANIN

"1. Atentado à advocacia e retaliação. A iniciativa do Sr. Marcelo Bretas de autorizar a invasão da minha casa e do meu escritório de advocacia a pedido da Lava Jato somente pode ser entendida como mais uma clara tentativa de intimidação do Estado brasileiro pelo meu trabalho como advogado, que há tempos vem expondo as fissuras no Sistema de Justiça e do Estado Democrático de Direito. É público e notório que minha atuação na advocacia desmascarou as arbitrariedades praticadas pela Lava Jato, as relações espúrias de seus membros com entidades públicas e privadas e sobretudo com autoridades estrangeiras. Desmascarou o lawfare e suas táticas, como está exposto em processos relevantes que estão na iminência de serem julgados por Tribunais Superiores do país e pelo Comitê de Direitos Humano da ONU. O juiz Marcelo Bretas é notoriamente vinculado ao presidente Jair Bolsonaro e sua decisão no caso concreto está vinculada ao trabalho desenvolvido em favor de um delator assistido por advogados ligados ao Senador Flavio Bolsonaro. A situação fala por si só.

2. Comprovação dos serviços. De acordo com laudo elaborado em 2018 por auditores independentes, todos os serviços prestados à Fecomércio/RJ pelo meu escritório entre 2011 e 2018 estão devidamente documentados em sistema auditável e envolveram 77 (setenta e sete) profissionais e consumiram 12.474 (doze mil, quatrocentas e setenta e quatro) horas de trabalho. Cerca de 1.400 (mil e quatrocentas) petições estão arquivadas em nosso sistema. Além disso, em 2018, a pedido da Fecomércio-RJ, entregamos cópia de todo o material produzido pelo nosso escritório na defesa da entidade, comprovando a efetiva realização dos serviços que foram contratados. Os pagamentos, ademais, foram processados internamente pela Fecomércio/RJ por meio de seus órgãos de administração e fiscalização e foram todos aprovados em Assembleias da entidade - com o voto dos associados.

3. Natureza dos serviços prestados. Nosso escritório, com 50 anos e atuação reconhecida no mercado, foi contratado a partir de 2012 para prestar serviços jurídicos à Federação do Comércio do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ), que é uma entidade privada que representa os 2 milhares de empresários e comerciantes daquele Estado. A atuação do escritório em favor da Fecomércio/RJ e também de entidades por ela geridas por força de lei - o Sesc-RJ e do SenacRJ -, pode ser constatada em diversas ações judiciais que tramitaram perante o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, do Superior Tribunal de Justiça, do Supremo Tribunal Federal, e também em procedimentos que tramitam no Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e perante outros órgãos internos e externos à entidade. Em todos os órgãos judiciários houve atuação pessoal e diligente do nosso escritório. A atuação do nosso escritório deu-se um litígio de grandes proporções, classificado como uma "guerra jurídica" por alguns veículos de imprensa à época, entre a Fecomércio/RJ e a Confederação Nacional do Comércio (CNC), duas entidades privadas e congêneres de representação de empresários e comerciantes. Cada uma delas contratou diversos escritórios de advocacia para atuar nas mais diversas frentes em que o litígio se desenvolveu.

4. Abuso de autoridade. Além do caráter despropositado e ilegal de autorizar a invasão de um escritório de advocacia e da casa de um advogado com mais de 20 anos de profissão e que cumpre todos os seus deveres profissionais, essa decisão possui claros traços de abuso de autoridade, pois: (a) o seu prolator, o Sr. Marcelo Bretas, é juiz federal e sequer tem competência para tratar de pagamentos realizados por uma entidade privada, como é a Fecomercio/RJ, e mesmo de entidades do Sistema S por ela administrados por força de lei; a matéria é de competência da Justiça Estadual, conforme jurisprudência pacífica dos Tribunais, inclusive do Superior Tribunal de Justiça; (b) foi efetivada com o mesmo espetáculo impróprio a qualquer decisão judicial dessa natureza, como venho denunciando ao longo da minha atuação profissional, sobretudo no âmbito da Operação Lava Jato; (c) foi proferida e cumprida após graves denúncias que fiz no exercício da minha atuação profissional sobre a atuação de membros da Operação Lava Jato e na iminência do Supremo Tribunal Federal realizar alguns dos mais relevantes julgamentos, com impacto na vida jurídica e política do país. Ademais, foge de qualquer lógica jurídica a realização de uma busca e apreensão após o recebimento de uma denúncia - o que mostra a ausência de qualquer materialidade da acusação veiculada naquela peça.

Esse abuso de autoridade, aliás, não é inédito. A Lava Jato, em 2016, tentou transformar honorários sucumbenciais que nosso escritório recebeu da Odebrecht, por haver vencido uma ação contra a empresa, em valores suspeitos - e teve que admitir o erro posteriormente. No mesmo ano, a Lava Jato autorizou a interceptação do principal ramal do nosso escritório para ouvir conversas entre os advogados do nosso escritório e as conversas que eu mantinha com o ex-presidente Lula na condição de seu advogado, em grave atentado às prerrogativas profissionais e ao direito de defesa. Não bastasse, em 2018 a Lava Jato divulgou valores que o nosso escritório havia recebido a título de honorários em decorrência da prestação de serviços advocatícios.

Todas as circunstâncias aqui expostas serão levadas aos foros nacionais e internacionais adequados para os envolvidos sejam punidos e para que seja reparada a violação à minha reputação e à reputação do meu escritório, mais uma vez atacadas por pessoas que cooptaram o poder do Estado para fins ilegítimos, em clara prática do lawfare - fenômeno nefasto e que corroeu a democracia no Brasil e está corroendo em outros países."

COM A PALAVRA, OS CITADOS

Até a publicação desta matéria, a reportagem ainda buscava contato com os citados na denúncia do MPF e os alvos da Operação E$quema S, sem sucesso. O espaço permanece aberto a manifestações.

Estão abertas as inscrições para os cursos on-line e gratuitos do Programa Comércio Seguro, desenvolvido pelo Sistema Fecomércio (Sesc/Senac), que tem por objetivo preparar empreendedores e funcionários do comércio para protocolos e boas práticas de segurança e higiene na reabertura das empresas. É possível se inscrever enquanto houver vagas disponíveis. 

O público alvo é o setor envolvido com lojas de móveis, transporte por app e serviços de entregas (delivery). Além do curso, será realizada uma live com o mestre em economia e consultor de negócios Arnott Ramos Caiado, e mediação do doutor em Tecnologia na Educação, Jobson Sampaio, sobre Tendências de Negócios Pós-covid-19, com transmissão no Instagram, Facebook e YouTube da Fecomércio Pernambuco (fecomerciope) e retransmissão nas contas do Senac-PE (@senacpe).  

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Confira a lista de cursos disponíveis:

Loja de Móveis 

17 a 21 de agosto|9h às 12h

Transporte por aplicativo e Serviço de Delivery

17 a 21 de agosto|9h às 12h

24 a 28 de agosto|9h às 12h

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Os prejuízos causados pelo temporal dos últimos dias 24 e 25 ao comércio das regiões Norte e Noroeste fluminenses somaram cerca de R$ 37,2 milhões, de acordo com pesquisa divulgada nesta sexta-feira (31) pelo Instituto Fecomércio RJ, da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro.

A sondagem consultou 569 estabelecimentos comerciais e apurou que 56,6% deles foram prejudicados. As fortes chuvas deixaram várias cidades inundadas após o transbordamento de três rios nas regiões. Os municípios mais afetados foram Varre-Sai, São João da Barra, Bom Jesus do Itabapoana, Cardoso Moreira, Cambuci, Campos dos Goytacazes, Italva, Aperibé, Laje do Muriaé, São José de Ubá, Natividade, Porciúncula, Itaperuna e São Francisco do Itabapoana.

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Segundo a pesquisa, 72,8% dos comerciantes entrevistados, afetados pelo temporal, relataram ter sofrido redução drástica de clientes; 27,2% citaram a falta de funcionários; 25,6% reclamaram do alagamento do estabelecimento ou do depósito; 17,6% sofreram danos à estrutura física do negócio e perda de mercadoria. Em 23,2% dos comércios, não houve entrega de mercadoria.

A pesquisa revela ainda que 32,8% dos entrevistados vão demorar em torno de 60 ou 90 dias para recuperar o prejuízo.

Fecomércio

A Fecomércio RJ é formada por 59 sindicatos patronais fluminenses e reúne 342 mil empresas, representativas de 71% dos estabelecimentos do estado e de 64% das vagas de trabalho com carteira assinada, o que significa 1,8 milhão de empregos formais gerados. A entidade representa os interesses do comércio de bens, serviços e turismo do estado do Rio de Janeiro.

 

Faleceu na manhã deste sábado (2), no Recife, o presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac-PE, Josias Albuquerque, aos 82 anos. Albuquerque estava internado há duas semanas no Hospital Português, onde morreu às 10h50 por falência múltipla dos órgãos em decorrência de doença hepática.

O corpo será velado das 18h deste sábado até as 13h do domingo (3) no Salão de Eventos do Sesc Pernambuco, no bairro de Santo Amaro, na área central. No mesmo local, haverá uma missa de corpo presente às 11h do domingo. Às 14h acontecerá a cremação no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, Região Metropolitana do Recife (RMR).

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Josias Albuquerque era casado com Erotides Gomes de Albuquerque, tinha dois filhos e cinco netos. Ele exercia o cargo de presidente do Sistema do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac-PE desde 1996. Em abril de 2018, ele havia sido reeleito por unanimidade para seguir na presidência do sistema até junho de 2022.

Confira a nota de pesar da Fecomércio-PE:

"É com muito pesar que comunicamos a triste notícia do falecimento do nosso querido presidente e amigo, Josias Silva de Albuquerque. Ele parte deixando-nos muitas lições de amor, amizade, profissionalismo, ética e humildade. Não temos palavras para expressar os nossos sentimentos. Pedimos a Deus que conforte o coração dos familiares e amigos neste momento de tanta dor e também que dê ao nosso presidente e amigo o repouso eterno em seu reino."

 

Ano novo, dívidas novas. Quem não se planejou, sofre para honrar os compromissos do início de 2019, como o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e material escolar. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada entre novembro e dezembro de 2018, seis em cada 10 pernambucanos estão endividados, o que representa 66,8% da população e correspondente à 340.010 famílias. Para te ajudar a sair do vermelho, o LeiaJá conversou com um economista, que deu dicas de planejamento financeiro.

Segundo o economista da Fecomércio-PE Rafael Ramos, o motivo do aumento no número de endividados no Estado se dá pelo tradicional calendário de consumo e pela falta de organização dos compradores. “É importante que o planejamento financeiro familiar seja feito em conjunto, cortando despesas como serviços que não são essenciais naquele momento. Também é preciso entender que o controle de gastos exige sacrifícios, mudança de hábitos e reajustes de consumo, o que é difícil para muitas famílias”, enfatizou.

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Para ele, “quando a gente vai para os números, é preciso saber quanto esse endividamento vai comprometer o orçamento familiar. Se chegar até 15%, não é algo preocupante. O que preocupa são as famílias que não tem renda fixa e não conseguem pagar os tributos”. Apenas 9% dos brasileiros afirmaram ter condições de pagar as despesas de início de ano e 11% não fizeram nenhum tipo de planejamento para 2019, foi o que apontou o levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC).

Constituída pela contadora Danielle Aleixo, o sócio de um estúdio de tatuagem Michel Fernando, a filha Laura, de 12 anos, e o mascote Thor, a Família Aleixo faz parte da parcela de endividados e se desdobra para honrar os compromissos mensais. “A gente trabalha, e no aperto, consegue pagar tudo. Mas todo início de ano é complicado, além das contas ‘normais’, tem essas pra gente quebrar a cabeça”, declarou Michel.

Inserida no SPC e quitando um empréstimo, a família acredita que o endividamento foi consequência dos gastos supérfluos, “antes eu ia lá e comprava mesmo. Aí você acaba gastando demais. Hoje, penso se realmente é necessário”, declarou Danielle. As refeições fora de casa, a compra de itens de vestuário e os passeios, comprometeram o orçamento familiar, revelou Michel, ao admitir o corte de gastos. “A gente teve que diminuir as idas ao cinema e à praia justamente para poder poupar”, observou.

Cartão de crédito: assistente ou vilão?

Com um dos maiores juros do mercado, em torno de 300%, o cartão de crédito foi outro fator que afetou as finanças da família. “Ele se tornou um vilão porque, as vezes, você nem precisa daquilo e compra”, declarou Danielle. Além dos longos parcelamentos, a má utilização foi preponderante para o endividamento. “Se você tem um cartão, vai lá e compra, quando vem a fatura é que você entra em pânico. O problema é que as contas do cartão viram uma bola de neve, por que você vai passando e quando vê já acabou comprando mais do que devia. De uns anos pra cá, venho me atentando a isso”, admitiu a contadora.

No levantamento da Fecomércio-PE, 93% das famílias informaram que o tipo de dívida está atrelado ao uso do cartão de crédito. “Cartão de crédito não é extensão de renda, não ultrapasse 25% do orçamento em parcelas para não comprometer sua capacidade de pagamento. Além das dívidas sazonais, existem as correntes, como água, alimentação e energia”, indicou o economista Rafael Ramos, antes de exemplificar o processo acelerado de endividamento com o cartão. “Se você fizer uma conta de R$ 1.000 e não pagá-la, em um ano essa conta vira R$ 4.000. Sendo mal utilizado, ele é muito perigoso”, completou.

Para o economista, a melhor forma de se prevenir financeiramente é separar 20% da renda para possíveis gastos pontuais ou casos de emergência. De acordo com Rafael, “não financiar despesas fixas, utilizar no máximo um cartão e controlar as datas de vencimento”, são os primeiros passos para utilizar o suporte do crédito com segurança.

Na prática

Com o início da reeducação financeira e a mudança de hábitos, a Família Aleixo faz parte dos 37% dos brasileiros que pretendem juntar dinheiro e sair do vermelho. “Meu foco agora é a quitação geral, para poder respirar com o cartão. Depois, pretendo poupar para sair do aluguel e conquistar minha casa própria”, revelou a contadora.

Para isso, ela mantém um pequeno empreendimento em casa para complementar a renda e atender às demandas mensais. “Nos fins de semana ou a noite, quando volto do escritório, começo a minha produção de picolés gourmet e salgadinhos por encomenda. O negócio vem apresentando um bom retorno, e essa renda extra têm ajudado muito a gente”, afirmou.

Sobre investir em empreendedorismo para ampliar a renda, Rafael Ramos advertiu em relação à análise prévia do investimento e do mercado geral. “Depende do perfil de cada um, se você pretende ter um retorno rápido e quanto pode gastar. É interessante procurar um profissional, analisar os níveis de risco do investimento”, salientou.

Confira as quatro dicas do economista:

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Com o tema central “Educação e tecnologia para a humanização da escola”, a 16ª edição do Congresso Internacional de Tecnologia na Educação abordará o papel humano em uma sociedade tomada pela tecnologia, tanto dentro quanto fora da sala de aula. O evento é promovido pelo Sistema Fecomércio/Sesc/Senac e será realizado de 19 a 21 de setembro, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda.  

O Congresso promoverá mais de 30 palestras e oficinas, além de seminário e espaço expositivo. Com muitos nomes de destaque no segmento educacional do Brasil e do exterior, a expectativa da organização é reunir mais de três mil congressistas de todo o País. Os interessados devem se inscrever pelo site do Senac.  

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A atual edição traz como novidade o 'Seminário de Educação Técnica e Tecnológica', que será concretizado paralelamente ao Congresso. A conferência conta com pesquisadores, gestores educacionais, professores de educação profissional e de graduação.

O investimento para participar do evento é de R$ 170. Mais informações devem ser vistas no site do Congresso.

O comércio do Recife não é mais o mesmo. Ruas tradicionalmente conhecidas pelo efervescência comercial já não mantêm o mesmo ritmo. Ainda assim, a sensação é que o pior já passou e pequenas melhoras começam a surgir.

A famosa Rua da Imperatriz, no bairro da Boa Vista, foi a que mais sofreu. Vários imóveis seguem fechados. Placas de "aluga-se" em diversos estabelecimentos e uma rua deserta se comparada a anos anteriores.

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"A situação dos últimos anos foi a pior que já vi", diz Horácio Amorim, proprietário da histórica Padaria Imperatriz. Ele, que está no local há 55 anos, afirma que a clientela caiu drasticamente. Além da crise, ele aponta um outro motivo para o esvaziamento da rua: "Mobilidade. Os ônibus não param aqui perto, é tudo muito longe", avalia.

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Para a gerente da Cattan da Rua da Imperatriz, Simone Vicente, a saída do posto de carregamento do Vale Eletrônico Metropolitano (VEM) da via teve um impacto importante também. "Antes havia um fluxo grande de pessoas por causa disso e consequentemente elas paravam para comprar", resume. Para Simone, apesar do período de vacas magras, a expectativa é que o comércio volte a aquecer.

Os especialistas concordam com Simone, porém não acham que o quadro vá se reverter tão rapidamente. "O fechamento de lojas é um fenômeno nacional. Houve uma queda na demanda forte. A gente verifica que cada cidade está mostrando recuperação em seu devido tempo. Tem que esperar como vai ser aqui", diz o economista Rafael Ramos, da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE).

O principal motivo para o fechamento de lojas em ruas como Imperatriz, Concórdia e Palma foi a chamada crise financeira que atingiu o país principalmente nos anos 2015 e 2016, explica Ramos. "O lojista começa a vender menos, ele começa a fazer ajustes, cortando despesas como energia, telefone, etc. Chega nos funcionários e começa a cortar pessoal, até que não dá para continuar com o estabelecimento aberto", argumenta.

Para o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas do Recife (CDL Recife), Cid Lobo de Mendonça, há uma dificuldade para negociar preço de aluguéis de imóveis. "A bolha de aluguéis estourou. Muitos aluguéis altíssimos, aumentando progressivamente. Chega um ponto em que o profissional não aguenta. Alguns proprietários não aceitam negociar. Aí às vezes o lojista tem duas ou três lojas no mesmo corredor e ele acaba optando por fechar uma", diz Cid Lobo.

"A questão do fechamento de lojas parou de piorar e a recuperação está acontecendo, mas muito lentamente", avalia o presidente da CDL. "A melhora do comércio e da perspectiva econômica é muito ligada ao emprego e o emprego está se recuperando muito lentamente. Só vai melhorar aos padrões de antes de 2015 quando o emprego der retomada forte".

O economista Rafael Ramos ainda detalha outros fatores que só agravaram o quadro do comércio de rua do Recife. "Houve uma abertura muito forte de shoppings na Região Metropolitana do Recife (RMR). Pela sensação de insegurança no Centro, muitos tendem a ir ao shopping. Parte da população evita o grande centro. A mobilidade também é importante. Vivemos um caos em questão de transporte, trânsito muito complicado. A pessoa pensa duas vezes antes de vir ao centro. Ela prefere fazer feira no próprio bairro por questão de deslocamento".

Entre janeiro e março de 2017, 154 lojas fecharam em Pernambuco, segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio (CNC). O mesmo período no ano anterior foi ainda pior, com o encerramento de atividades de 843 estabelecimentos. Em todo o ano de 2016, foram 2511 estabelecimentos formais encerrados no estado contra 2588 em 2015.

O crescimento no último ano foi de 4,7%, com destaque para o setor equipamentos para escritório, informática e comunicação (57%) e móveis e eletrodomésticos (20%)."Existem segmentos ainda negativos. O comércio sinaliza uma recuperação, mas em cima de uma base muito deteriorada", opina Rafael Ramos.

Enquanto o Centro do Recife se mantém com o comércio desaquecido, Ramos vê, ao menos, uma vantagem. "As famílias foram obrigadas a ter educação financeira. A partir do momento da crise, aumenta desemprego, aumenta inflação e o consumidor valoriza o orçamento, começa a procurar mais e pesquisar o preço. Ele tenta consertar primeiro para ver se o produto tem volta. O consumidor está mais exigente", conclui.

A Polícia Federal prendeu na manhã desta sexta-feira (23) o presidente da Fecomércio do Rio, Orlando Diniz. A ação é um desdobramento da Operação Calicute, braço da Lava Jato no Estado. Em dezembro do ano passado, Orlando Diniz foi afastado do Sesc/Senac, do Rio, pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Repasse de R$ 13.025.183,26, da Fecomércio do Rio ao escritório de advocacia da ex-primeira-dama do Estado Adriana Ancelmo já havia sido alvo da Lava Jato. Em novembro de 2016, quando o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (MDB) foi preso, o Ministério Público Federal havia apontado um "crescimento vertiginoso" da banca.

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Durante o governo Cabral, o escritório de Adriana Ancelmo recebeu R$ 35,8 milhões de 10 empresas. Uma delas, a Fecomércio do Rio.

Na época, a força-tarefa da Lava Jato chamou a atenção para "o assombroso volume de recursos que a Fecomércio - Federação das Indústrias do Comércio do Rio - passou a desembolsar para o escritório de Adriana Ancelmo principalmente em 2015 e 2016".

De acordo com levantamento divulgado pela Federação do Comércio de São Paulo (Fecomercio) hoje (6), o custo de vida na região metropolitana da cidade cresceu 0,39% em agosto (1,71% no acumulado do ano) alavancado, principalmente, pelos gastos com transporte e moradia. Entre os itens pesquisados mensalmente pela entidade, apenas alimentação e comunicação apresentaram variação negativa.

O índice que mostra a variação nos gastos do cidadão com transporte registraram alta de 1,18% no mês de agosto, maior alta desde dezembro de 2016. No quesito Habitação, a alta foi de 0,91% em agosto, menor que a de julho (2,03%) mas, influenciando na alta geral do Custo de Vida por Classe Social (CVCS) da Fecomercio. Alimentação e bebidas (-0,82%) e Comunicação (-0,42%) foram os únicos que apresentaram queda.

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Outros fatores medidos mensalmente pelo órgão, o Índice de Preços no Varejo (IPV), que teve alta de 0,59% (0,53 no ano), e o Índice de Preços de Serviços (IPS), que subiu 0,18% (5,83% no ano), tiveram significante contribuição para a inflação do CVCS. De acordo com a Fecomercio, as famílias chegam a comprometer um quarto da renda com o pagamento de serviços relativos à alimentação e comunicação.

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