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Os prejuízos causados pelo temporal dos últimos dias 24 e 25 ao comércio das regiões Norte e Noroeste fluminenses somaram cerca de R$ 37,2 milhões, de acordo com pesquisa divulgada nesta sexta-feira (31) pelo Instituto Fecomércio RJ, da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro.

A sondagem consultou 569 estabelecimentos comerciais e apurou que 56,6% deles foram prejudicados. As fortes chuvas deixaram várias cidades inundadas após o transbordamento de três rios nas regiões. Os municípios mais afetados foram Varre-Sai, São João da Barra, Bom Jesus do Itabapoana, Cardoso Moreira, Cambuci, Campos dos Goytacazes, Italva, Aperibé, Laje do Muriaé, São José de Ubá, Natividade, Porciúncula, Itaperuna e São Francisco do Itabapoana.

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Segundo a pesquisa, 72,8% dos comerciantes entrevistados, afetados pelo temporal, relataram ter sofrido redução drástica de clientes; 27,2% citaram a falta de funcionários; 25,6% reclamaram do alagamento do estabelecimento ou do depósito; 17,6% sofreram danos à estrutura física do negócio e perda de mercadoria. Em 23,2% dos comércios, não houve entrega de mercadoria.

A pesquisa revela ainda que 32,8% dos entrevistados vão demorar em torno de 60 ou 90 dias para recuperar o prejuízo.

Fecomércio

A Fecomércio RJ é formada por 59 sindicatos patronais fluminenses e reúne 342 mil empresas, representativas de 71% dos estabelecimentos do estado e de 64% das vagas de trabalho com carteira assinada, o que significa 1,8 milhão de empregos formais gerados. A entidade representa os interesses do comércio de bens, serviços e turismo do estado do Rio de Janeiro.

 

A Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio RJ) afirmou que o desempenho ruim do setor em agosto reforça a complexidade da atual situação da economia e confirma a intensificação da queda nas vendas, como já sinalizavam indicadores de emprego e renda.

A entidade alerta ainda para as consequências da desaceleração do varejo para toda a economia. "E quanto menor o giro do comércio, menores as encomendas à indústria, mais fraca a disposição das empresas em investir e contratar, o que alimenta ainda mais esse círculo de desemprego e recessão", diz nota publicada na manhã desta quarta-feira, 14.

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Na comparação interanual, o recuo nas vendas do comércio varejista chegou a 6,9% em agosto, após retrações menos intensas de 3,9% em julho e de 2,7% em junho, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A federação fluminense avalia que as dúvidas quanto aos cenários econômico e político afetam a tomada de decisão de consumidores e empresários e, por isso, afirma ser "urgente romper com esse círculo de incertezas". A Fecomércio RJ cobra medidas do Executivo e Legislativo nacionais que não sejam aumento de impostos e da burocracia.

De acordo com a entidade, "não é hora de mais improvisos, mas do cumprimento de reformas estruturais capazes de reduzir o peso do Estado na economia, estabelecer condições mínimas à produtividade das empresas, ao investimento e, na sequência, à retomada do crédito e do consumo".

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