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O termo bullying ainda gera dúvidas pela falta de tradução, mas pode ser resumido em práticas sem consentimento que causam assédio físico e moral. Com potencial de afetar a vida adulta, geralmente ele se apresenta dentro da família ou no ambiente escolar, em atos de desrespeito, humilhação e intimidação.

O psicólogo e especialista em Análise do Comportamento, Antonio Júnior, explica que as sequelas do bullying geralmente aparecem ainda no início das agressões, em um "super curto prazo".

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"Os prejuízos geralmente começam na infância mesmo e, obviamente, sem nenhum tipo de acolhimento, eles vão se estender até a vida adulta das formas mais variáveis possíveis", comentou.

Dentro da escola, os abusos escondidos atrás de “brincadeiras” e apelidos também repercutem na segregação da vítima na sala de aula ou em sua exclusão das atividades.

Os prejuízos sociais desse comportamento na vida adulta facilitam o desenvolvimento de depressão, decréscimo da autoestima, dificuldade da vítima de inserção no mercado de trabalho e para estabelecer relações amorosas.

Transtornos de ansiedade, também são comuns e podem evoluir para comportamentos auto lesivos e abuso de substâncias chegando a atingir consequências extremas, como tentativas de suicídio ou a busca da vingança à agressão.

O psicólogo explica que o bullying se perpetua pelo que classificou como “comportamento modelo”. "O agressor geralmente tem a referência de alguém de quem ele copia esse tipo de comportamento. Boa parte desses indivíduos sofrem comportamento agressor dentro de casa e na família", analisa.

Figura central na prevenção ao bullying, a família precisa oferecer uma rede de apoio aos filhos através do diálogo aberto. “A maior possibilidade de prevenção está a partir do momento em que o indivíduo tem uma via de comunicação aberta com a família dele e se sente seguro em casa para expressar alguma situação das quais ele passa. Muito provavelmente se ele sofre uma situação de abuso, ele vai denunciar para a própria família para que procure providências sobre o assunto, orientou Antonio Junior.

Outro eixo no combate ao bullying passa pela aproximação dos pais com a escola. “Participar das reuniões pedagógicas, conversar com os professores pelo menos semanalmente para saber como anda o comportamento do filho e da turma em relação ao filho", complementou.

A atual direção do Chelsea revelou nesta segunda-feira um prejuízo milionário na temporada 2021-2022. O clube inglês sofreu uma perda de 148 milhões de libras, o equivalente a R$ 775 milhões, pelo câmbio atual. Apesar das dificuldades recentes, o time de Londres está nas quartas de final da Liga dos Campeões.

O Chelsea culpou a punição ao russo Roman Abramovich, ex-proprietário do clube, pelo grande prejuízo. Ele foi sancionado pelo governo britânico em março do ano passado por conta da suspeita de conexão com Vladimir Putin, presidente da Rússia. A punição tem relação direta com a invasão russa na Ucrânia, no fim de fevereiro de 2022.

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Em razão das punições aplicadas ao dirigente russo, o Chelsea precisou obter uma licença especial do governo para seguir na ativa. Porém, o clube teve restrita sua movimentação financeira. Ao longo de meses, o time não pôde vender ingressos para os seus jogos, esteve impedido de receber eventos em seu estádio e de contratar jogadores.

As restrições só foram removidas em maio do ano passado, quando um consórcio de empresários adquiriu o clube, sob a liderança do americano Todd Boehly. Em comunicado, a nova gestão do time inglês disse que as restrições sofridas no ano passado "resultaram em extraordinárias despesas e perdas de receita".

"Além disso, algumas destas limitações devem ter um impacto financeiro no clube nos próximos anos, devido ao impacto de longo prazo das restrições, que acabaram afetando negociações contratuais", informou o clube.

Os resultados financeiros anunciados nesta segunda não incluem a série de gastos do clube com contratações no valor total de US$ 630 milhões (R$ 3,3 bilhões) nas duas últimas janelas de transferência. O clube bateu o recorde de dinheiro investido em apenas uma temporada com contratações, no início do ano, totalizando 425,49 milhões de euros (cerca de R$ 2,3 bilhões) em apenas uma temporada.

O Tribunal de Contas da União (TCU) estuda responsabilizar o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), o ex-secretário de Segurança do DF Anderson Torres e os golpistas pela depredação de prédios públicos no último domingo, 8, na capital federal. O Ministério Público junto à Corte de Contas solicitou que seja aberta com urgência uma apuração para cobrar dos responsáveis reparação financeira pelos prejuízos causados.

O pedido do MP foi enviado ao presidente do Tribunal, ministro Bruno Dantas. O requerimento já foi remetido para análise da área técnica da Corte. O Estadão apurou que todo esforço será para construir o nexo de causalidade entre a omissão e o dano para que o prejuízo seja bancado pelas pessoas que forem responsabilizadas pela destruição do patrimônio público.

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Ibaneis foi afastado do cargo por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O governador é suspeito de ter se omitido na proteção de prédios públicos. O aparato de segurança enviado para a Esplanada dos Ministérios no domingo, 8, liberou o acesso dos radicais à Esplanada apesar de pedidos de autoridades do governo federal para que a região fossem interditada. Como revelou o Estadão, enquanto golpistas depredavam o Palácio do Planalto, o Supremo, a Câmara e o Senado os policias estavam comprando água de coco. Fato mencionado na decisão de Moraes que motivou o afastamento do governador.

O procurador Lucas Rocha Furtado solicitou que o TCU peça acesso à decisão do ministro. O fundamento da decisão e demais peças do processo poderão ser usadas como provas contra o governador, segundo o MP, para responsabilização pelos danos causados aos prédios públicos. Advogado em Brasília, o governador Ibaneis é dono de um patrimônio declarado de R$ 78,9 milhões. Um servidor do TCU diz que com esse patrimônio Ibaneis paga os quadros vandalizados e "fica devendo o resto".

O procurador pediu ainda que a Secretaria de Segurança Público do DF seja intimada para prestar esclarecimentos sobre a inação policial que facilitou a invasão, ocupação e depredação do STF, Planalto e Congresso.

A representação formulada pelo MP levará a Corte de Contas a identificar os danos e estimar o valor do prejuízo causado. Com abertura de processo chamado de Tomada de Contas Especial, os auditores identificam os responsáveis. Integrantes do TCU confirmaram ao Estadão que Ibaneis e Anderson Torres estão na lista dos que serão investigados, além dos extremistas que participaram diretamente das depredações.

Uma mulher morreu na quarta-feira (28) durante as fortes chuvas que atingiram a cidade de São Carlos, no interior paulista. O município foi afetado por duas tempestades em menos de 18 horas. De acordo com a prefeitura, a chuva acumulada chegou a 202 milímetros, o equivalente a 87% da média estimada para todo o mês de dezembro.

Moradora do bairro Azulville, a professora Cláudia Maria Guerreiro, de 53 anos, morreu no fim da tarde de quarta-feira. Ela tentava atravessar a Rua Tiago Caruso, quando foi arrastada pela correnteza de uma enxurrada.

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Diversos pontos de alagamentos foram registrados, sendo necessárias interdições em toda a cidade, principalmente na rotatória do Cristo, na Praça Itália e no centro, junto ao mercado municipal.

Além de residências de diversos bairros que foram tomadas pela água e veículos que foram arrastados pela chuva, houve registro de prejuízos de comerciantes que tiveram suas lojas atingidas.

A infraestrutura urbana também foi atingida. Em algumas vias, parte do asfalto saiu praticamente por inteiro. Ponte, muros e outros equipamentos públicos também foram afetados.

"Toda a prefeitura está mobilizada neste momento na recuperação, limpeza e atendimento às regiões atingidas. O trabalho emergencial se soma às ações tomadas nos últimos anos, como a construção de piscinões para a retenção de águas pluviais e implantação de drenagem em bairros sem a infraestrutura", acrescentou o município.

Neste momento estão interditadas total ou parcialmente:

- Ponte próxima à Casa Nazaré;

- Centro/General Osório;

- Rotatória Cristo;

- Ponte perto da Casa Branca no sentido do shopping;

- Parque Ecológico;

- Entrada Babilônia;

- Rotatória perto da imobiliária Cardinali;

- Avenida Comendador Alfredo Maffei.

Atendimento às famílias

As equipes da prefeitura, por meio da Secretaria de Cidadania e Assistência Social, estão trabalhando no atendimento às famílias mais atingidas. "Em duas ocupações no bairro Antenor Garcia, as equipes levaram lonas, mantimentos e verificaram as condições dos moradores, especialmente crianças e idosos", informou a pasta.

Na tarde de quarta, moradores publicaram vídeos nas redes sociais mostrando os transtornos provocados pelas tempestades.

Os ataques de vandalismo em Brasília na noite desta segunda-feira (12), deixaram um rastro de cinco ônibus e três carros de passeio incendiados, sendo sete deles totalmente consumidos pelo fogo. As informações estão em nota divulgada pelo Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, que também informou que uma caminhonete da corporação foi alvo de apedrejamento.

"A manifestação foi revolta e ocasionou danos ao patrimônio público e privado. A corporação ficou muito limitada em sua área de atuação, pois, em razão da violência da manifestação, o perigo para as guarnições de bombeiros era real. Uma viatura tipo AR (auto rápido), caminhonete, do Supervisor do CBMDF, foi apedrejada e outra viatura de água (ABT) também foi alvo de lançamento de objetos", disseram os bombeiros.

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De acordo com as informações, uma pessoa de 67 anos precisou de assistência médica. Ela estava no Setor Hoteleiro Norte, área que fica próxima à sede da Polícia Federal, onde os ataques se iniciaram após a ordem de prisão de um dos líderes de protestos antidemocráticos na capital federal e apoiador do presidente Jair Bolsonaro, José Acácio Serere Xavante.

"(Um homem) desmaiou próximo aos hotéis e foi atendido pelas equipes do CBMDF. Estava consciente, orientado e estável, mas reclamava de dores de cabeça em razão da inalação de gás lacrimogêneo. Após regulação médica, foi encaminhado para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de São Sebastião (região administrativa de Brasília)". Ainda segundo os Bombeiros, foram encaminhadas 18 viaturas e um efetivo de 63 bombeiros militares para acompanhar os ataques.

Os episódios de violência aconteceram no mesmo dia em que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi diplomado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), que perdeu para o petista no segundo turno, têm pregado um golpe militar para impedir que Lula assuma a Presidência. Bolsonaro, que ainda não se manifestou sobre seu futuro político e a derrota na tentativa de reeleição, fez diversas manifestações desde o ano passado indicando, sem provas, que poderia haver fraudes na eleição.

Os atos de vandalismo começaram na frente da Polícia Federal, na Asa Norte, por volta de 19h30, após o cumprimento de um mandado de prisão temporária contra o indígena José Acácio Tserere Xavante, apoiador de Bolsonaro. A prisão do indígena aconteceu por determinação do STF e atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República por participar de atos antidemocráticos e reunir pessoas para cometer crimes.

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), disse que determinou a prisão dos autores dos ataques, mas ainda não havia informações sobre nenhuma detenção até a publicação desta matéria.

Contrabando, pirataria, roubo, concorrência desleal por fraude fiscal, sonegação de impostos e furto de serviços públicos são algumas das ações ilegais que provocaram prejuízo econômico de R$ 336,8 bilhões ao país em 2021. Deste total, R$ 95 bilhões referem-se a tributos não recolhidos pelos governos.

Os dados constam da nota técnica Brasil Ilegal em Números, levantamento feito pela Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), Federação do Comércio de Bens e Serviços do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio RJ) e Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), divulgado nesta quinta-feira (4).

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No início do ano, as entidades criaram o Grupo de Trabalho (GT) Rio Legal, para avaliar o impacto negativo e as vertentes do ‘Brasil ilegal’. O grupo consolidou dados de 16 segmentos econômicos e serviços de infraestrutura de energia e água.

Segundo o estudo, os R$ 336,8 bilhões gerados pela ilegalidade equivalem ao Produto Interno Bruto (PIB) dos estados da Bahia e Sergipe somados. Além disso, no período, o país deixou de gerar 535,7 mil empregos formais. Só no segmento de vestuário, 94 mil vagas deixaram de ser abertas.

De acordo com o presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, o mercado ilegal no Brasil é alarmante. “São recursos subtraídos, tributos não arrecadados e empregos que deixam de ser criados. É importante mostrar os prejuízos socioeconômicos dessa prática no país, e pleitear ações coordenadas de todas as esferas de governo no combate a essa ilegalidade”, disse.

Para o presidente da Fecomércio RJ, Antonio Florencio de Queiroz Junior, os dados mostram o impacto na economia nacional. “É preciso ter em mente que estas cifras interferem na vida das pessoas. Com políticas públicas adequadas e a união e participação do setor produtivo e das autoridades, esse cenário pode e precisa ser revertido, gerando ganhos para todos".

“O consumidor é o grande protagonista desse processo. Só vamos combater esse mal se a sociedade se engajar”, acrescentou Queiroz Junior.

Segundo o presidente da ACRJ, José Antonio do Nascimento Brito, a união das três instituições demonstra a urgência em reverter esses prejuízos, que envolvem setores essenciais da economia, como saúde, energia e abastecimento de água, por exemplo, além de outros segmentos, como combustíveis, mídia e vestuário.

“Este é o primeiro passo, mas estaremos atentos para continuar defendendo ações de curto, médio e longo prazos com o objetivo de mudar esse cenário”, afirmou Nascimento Brito.

Ilegalidade

Com base em dados do Fórum Nacional contra a Pirataria e Ilegalidade (FNCP) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2021 os valores dos prejuízos divididos pelas 16 atividades são: vestuário, R$ 60 bilhões; combustíveis, R$ 26 bilhões; cosméticos, R$ 21 bilhões; bebidas alcoólicas, R$ 17,6 bilhões; defensivos agrícolas, R$ 15,1 bilhões; TV por assinatura, R$ 15 bilhões; cigarros, R$ 13,3 bilhões; fármacos, R$ 9 bilhões; material esportivo, R$ 9 bilhões; óculos, R$ 8,5 bilhões; software, R$ 7,5 bilhões; celulares, R$ 4,3 bilhões; audiovisual (filmes), R$ 4 bilhões; perfumes importados, R$ 2 bilhões; computadores R$ 1,6 bilhão; e brinquedos, R$ 810 milhões.

Na esfera dos serviços de infraestrutura, o grupo de trabalho contabilizou que os custos de furto de energia elétrica, conhecidos por “gatos”, atingiram a marca de R$ 6,5 bilhões no ano passado. A nota técnica destaca que, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o índice de perdas não-técnicas (furto de energia) no Brasil é de 15%. Na região Norte do país, o valor supera os 50%.

Conforme o estudo, dados da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica projetam que a quantidade de energia elétrica furtada no Brasil seria suficiente para atender durante um ano o estado do Rio de Janeiro.

“Com base em dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, o GT estimou em R$ 20 bilhões o custo provocado pelas ligações ilegais na rede de abastecimento de água em todo o Brasil, em 2021. A título de comparação, o volume furtado de água por ano no país equivale a 2,4 vezes o volume total do Sistema Cantareira, em São Paulo”, diz o levantamento.

Manifesto

A partir da nota técnica, as entidades formularam o Manifesto de Combate ao Brasil Ilegal. No documento, o grupo destaca a necessidade de ações coordenadas entre os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, dos níveis federal, estaduais e municipais, para o enfrentamento às atividades criminosas.

As entidades defendem ainda o engajamento do setor produtivo e da sociedade no desenvolvimento de ações de conscientização e combate à ilegalidade no país.

Também foi produzido o mapeamento Agenda Legislativa de Combate ao Brasil Ilegal, uma lista de projetos de lei em tramitação no Congresso e Assembleia Legislativa do Estado do Rio.

As proposições são apontadas como instrumentos importantes no enfrentamento do problema. O estudo, o manifesto e a agenda legislativa foram apresentados na manhã desta quinta-feira (4) no evento Brasil Ilegal em Números, no Rio de Janeiro.

O número de cidades afetadas pelas chuvas em Pernambuco subiu para 43 nesta sexta-feira (8). De acordo com a Secretaria Executiva de Defesa Civil, 39 decretaram situação de emergência.

O levantamento da Central de Operações da Defesa Civil aponta que 1.271 pessoas estão desabrigadas e 7.057 ficaram desalojadas desde o início de julho.

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Os municípios que decretaram estado de emergência foram: Águas Belas, Água Preta, Altinho, Angelim, Barreiros, Belém de Maria, Bom Conselho, Brejão, Caetés, Calçado, Capoeiras, Canhotinho, Catende, Correntes, Cortês, Gameleira, Garanhuns, Iati, Ibirajuba, Itaíba, Jaqueira, Jucati, Jurema, Jupi, Lagoa do Ouro, Lajedo, Maraial, Palmerina, Panelas, Paranatama, Rio Formoso, Saloá, São Benedito do Sul, São Joaquim do Monte, São João, São José da Coroa Grande, Tamandaré, Terezinha e Xexéu. As cidades de Escada, Palmares, Quipapá e São Bento do Una também sofreram prejuízos, mas não formalizaram o decreto.

A Codecipe orienta que a população não ultrapasse as áreas inundadas e alagadas e sigam todas as recomendações da Defesa Civil Municipal, mantendo-se em alerta, sobretudo, nas áreas ribeirinhas e de risco. A Central permanece com atendimento 24h através dos telefones 3181-2490 e 199.

Doze dias depois da tragédia que atingiu Petrópolis, o comércio da cidade tenta retomar os negócios. A enxurrada que começou no meio da tarde do último dia 15 fez o nível da água subir rapidamente e pegou todos de surpresa, impedindo que tomassem medidas de proteção do estoque, gerando prejuízos aos comerciantes.

As lojas situadas na rua do Imperador, uma das principais do centro, foram duramente atingidas. Na Papelaria Obelisco, uma das mais tradicionais com 40 anos no mercado, a perda foi total, disse o gerente Diego Silveira.

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“Essa época sempre chove bem, mas nesse dia a chuva não parou. Quando a gente viu, os carros já estavam boiando e não deu tempo de botar todas as comportas. Nesse dia, a água passou do nosso peito. Perdemos tudo o que tinha na loja. O prejuízo é perto de R$ 1 milhão. Nós estávamos no período escolar, então estávamos tendo uma boa venda. Não tem o que fazer”, afirmou Diego. A situação da papelaria só não é pior porque ela pertence a uma grande rede estadual, que deve absorver o prejuízo em sua estrutura.

Outros comerciantes não têm essa facilidade, pois eles têm lojas familiares, passadas de pai para filhos, e amargaram por conta própria o prejuízo. Um exemplo é a loja de instrumentos musicais Casa Seabra, fundada em 1969 e tocada pela própria família. Segundo a gerente Ariadne Marques dos Santos, filha do fundador, a água subiu tão depressa que não foi possível retirar boa parte dos instrumentos musicais, que tiveram perda total.

“Está sendo bem difícil. Porque a gente não imaginava que ia acontecer uma coisa dessa. Foi inesperado. Já houve outras enchentes, mas não perdemos nada, pois colocávamos os instrumentos acima de um metro de altura. Só que esta chuva foi atípica, subiu mais de um metro e meio [a água]. Perdemos muitos instrumentos, acessórios e balcões. Tudo vai ter que ser trocado, até as paredes. Vamos reabrir depois do carnaval, mas não sei quando. O prejuízo foi em torno de R$ 150 mil”, contou Ariadne.

Enquanto os comerciantes da região central contavam as perdas materiais, outros lamentavam a perda dos clientes mortos nos deslizamentos, conforme lembrou Jaime dos Santos, que tem um pequeno boteco, na subida do Morro da Oficina, onde morreu a maior parte das pessoas na tragédia.

“Nunca pensei que isso pudesse acontecer. Tinha muita gente conhecida, que não virá mais vir aqui no meu bar. Infelizmente. Eles morreram. Vão ficar na memória”, desabafou Jaime, cujo bar ficou cinco dias fechado, pois não havia fornecimento de água. O estabelecimento não foi afetado, mas poucos metros à frente, do outro lado da rua, praticamente tudo desabou.

Confecções

Petrópolis é famosa pela quantidade de lojas de roupas e empresas de confecções, o que leva centenas de pessoas a subir a serra diariamente, principalmente nos fins de semana, em busca de boas ofertas.

Para esses empresários, a esperança é ter o trabalho normalizado no meio do ano. Addison Meneses, que também é presidente do Sindicato das Indústrias de Confecções de Petrópolis, tem uma empresa considerada de pequeno/médio porte. Antes da pandemia, a produção girava em torno de cinco mil peças por mês.

“Acho que não vai demorar muito para a nossa engrenagem voltar a funcionar. Para o inverno agora, a gente já vai estar trabalhando de novo. É uma temporada importantíssima. Acho que daqui a dois, três meses, as pessoas já estão com as lojas em condições de receber (clientes). O primeiro impacto é realmente muito ruim, mas as pessoas vão se reinventar”, disse Addison.

Um dos motivos pelos quais ele acredita na recuperação é que o setor hoje é mais pulverizado. No lugar das grandes empresas que marcaram a cidade como o maior polo industrial da América do Sul nos anos 50 e 60, hoje atuam companhias menores, com poucos funcionários, mas há também a mão de obra de costureiras que fazem os seus serviços em casa.

A empresa de Addison, instalada em Petrópolis há 37 anos, tem cinco empregadas contratadas e o restante das peças fica por conta dos grupos de costureiras espalhados pela cidade, em geral com no máximo de três em cada localidade. O problema agora é que muitas moram em áreas bastante atingidas pela chuva como é a região da 24 de maio.

Embora confiante no retorno da atividade, Addison destacou que, para recuperar a produção, os empresários precisam da ajuda do poder público com a liberação de créditos. Ele espera poder reabrir a empresa na próxima semana.

“A gente tem que fazer com que o governo olhe de uma forma especial para o empresário da região, dando recursos ao custo viável e com tempo para pagar as prestações e as pessoas terem um fôlego para reconstruir. Teve gente que perdeu estoque, teve quem perdeu máquina. Como é uma coisa muito pulverizada, o empresário está sem dinheiro, mas ele vai dar um jeito se o governo ajudar. Até mesmo por causa da pandemia, os empresários já estão há um tempo com a situação complicada”, completou.

“Vai abalar o setor, o empresário, mas a gente vai se reinventar rapidinho por estar pulverizado. Muita gente também vende para fora da cidade. O que a gente vai ter que reconstruir é a Rua Teresa, que hoje está parada”, explicou.

Desde o início da pandemia de Covid-19, no primeiro semestre de 2020, a Prefeitura de São Paulo registrou a abertura de aproximadamente 1600 tabacarias na Região Metropolitana. A principal atração dos locais costumam ser os narguilés, uma espécie de cachimbo que pode ser usado individualmente ou compartilhado, para consumo de tabaco aromatizado. E assim como o cigarro, também traz prejuízos para a saúde.

De acordo com Fátima El Hajj, especialista na área da saúde, o principal componente inserido no narguilé que traz malefícios para a vida, é o tabaco, que possui seu sabor mascarado por aromas e essência de frutas e flores.

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“É a principal substância que leva ao vício”, diz ela. “Uma coifa de narguilé equivale ao fumo de aproximadamente 100 cigarros”, completa a especialista.

Mesmo com as semelhanças em aspectos de vício e a composição de substâncias, como o tabaco, existem diferenças entre os objetos de fumo.

“Os narguilés tem mais sabores. A fumaça inalada é sentida pelo fumante de maneira mais branda, por ela passar antes pela água, diminuindo sua temperatura”, explica El Hajj.

Segundo a especialista, o uso contínuo do narguilé pode estar associado ao desenvolvimento ou piora de doenças como asma e tosses constantes. Já a longo prazo, é possível que o fumante tenha enfisema pulmonar, doença respiratória que leva à perda de elasticidade dos pulmões, causada pela exposição contínua de tabaco ou poluentes.

Fátima El Hajj afirma que as gerações expostas ao consumo verão as repercussões no futuro, assim como a geração que vivia nas décadas de 40 a 80, período onde havia a glamourização do uso de cigarro, e trouxe doenças pulmonares severas, além do câncer.

Para que o cenário seja diferente, a especialista recomenda “interromper o uso por completo, procurar fisioterapia pulmonar. Exercícios físicos e alimentação saudável sempre é indicada”.

Um estudo realizado pelo Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior (Semesp) indica que caso a edição 2021 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) seja adiada para o próximo ano, universidades federais poderão ter que desembolsar R$ 500 milhões. Segundo entidade, o gasto seria necessário para que as instituições de ensino criassem seus próprios vestibulares, já que não teriam a nota do Exame para usar como meio de ingresso.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia responsável pela organização da prova, ainda não definiu o cronograma do Enem. O Ministério da Educação (MEC), por meio do ministro Milton Ribeiro, afirma que o processo seletivo será realizado ainda em 2021, entretanto, não estabeleceu datas para a aplicação.

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A pesquisa do Semesp traz uma análise em que, se o Enem for realizado em 2022, algumas situações poderão ser inviabilizadas, entre elas a utilização da nota do Exame no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). O estudo sugere, ainda, que a entrada em universidades privadas que usam o resultado do Enem também poderá ser atrapalhada, assim como o Programa Universidade Para Todos (Prouni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) correm o risco de ter seus calendários afetados.

A presidente do Semesp, Lúcia Teixeira, em entrevista ao G1, reiterou que o adiamento do Enem pode ocasionar uma série de prejuízos. “Considerando todos os ingressos em instituições públicas federais, estaduais e municipais, e também em privadas, incluindo Prouni e Fies, são mais de 1,1 milhão de alunos que ficarão sem aulas [em 2021], aguardando a definição do Enem. Fora estruturas físicas e corpo docente, que ficarão ociosos sem esses alunos", comentou a presidente.

No dia 17 deste mês, o Semesp enviou três ofícios aos Ministérios da Economia e Educação, bem como ao Inep. Por meios dos documentos, o Sindicato expressou preocupação com a possibilidade de adiamento da prova para 2022.

“Nas mensagens encaminhadas, a presidente do Semesp, Profª. Lúcia Teixeira, afirmou que o adiamento do Enem ‘afetará a vida e o futuro de milhares de estudantes que vivem em condições mais vulneráveis, e que contam com a graduação como forma de melhoria na qualidade de vida, levando muitos deles até mesmo a desistir completamente do cursar o ensino superior, impactando na já baixa taxa de escolarização líquida do país’. Os ofícios destacaram que anualmente o Enem é responsável pelo ingresso de cerca de 1,8 milhão de novos estudantes no ensino superior, sendo a principal porta de entrada para universidades privadas e públicas. A nota do exame é utilizada como base de importantes programas educacionais do país, como o Sisu (Sistema de Seleção Unificada), que em 2020 teve 237 mil matriculados nas instituições de ensino superior federais; o Prouni (Programa Universidade para Todos), com 252 mil bolsas ofertadas; e o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), que teve 340 mil inscritos e 54 mil vagas preenchidas”, detalhou o Sindicato em seu site oficial.

Restando menos de seis meses para os Jogos Olímpicos de Tóquio, a decisão do governo do Japão de estender o estado de emergência por várias regiões do país, incluindo a capital, por causa da pandemia do novo coronavírus levanta dúvidas sobre a realização do evento, marcado para julho. Apesar de o Japão, na comparação com outros países, ter sido relativamente pouco afetado pela Covid-19, com cerca de 6 mil mortos, de acordo com números oficiais, o sistema de saúde do País está saturado e a popularidade dos Jogos não é grande.

Pesquisas recentes apontam que grande parte dos japoneses é contrária à realização da competição no país este ano, temendo que isso aumente os casos de coronavírus. Muitos defendem o cancelamento da Olimpíada porque o Japão, por exemplo, só deverá começar a vacinar seus cidadãos no fim do mês.

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Como, em março de 2020, o Comitê Olímpico Internacional (COI) já tomou a decisão histórica de adiar o evento por um ano, algo inédito na história dos Jogos, a competição não será novamente adiada. Pelo menos é o que garantem os organizadores. "Neste momento, não temos nenhuma razão para crer que os Jogos não serão abertos no dia 23 de julho, no Estádio Olímpico. Não estamos especulando se os Jogos serão realizados. Estamos trabalhando em cima de como os Jogos serão realizados", insiste Thomas Bach, presidente do COI.

Estudo elaborado por Katsuhiro Miyamoto, professor de teoria econômica da Universidade de Kansai, no Japão, aponta que organizar Jogos Olímpicos e Paralímpicos sem público implicaria prejuízo de US$ 3,7 bilhões (cerca de R$ 19,8 bilhões). Caso se computem os gastos com consumo dos visitantes, perdas da indústria do turismo e na promoção de eventos esportivos e culturais, a soma chegaria a US$ 23,1 bilhões (R$ 124 bilhões).

O estudioso projetou ainda outros cenários, como a perda de US$ 44,1 bilhões (R$ 236 bilhões) caso os Jogos de Tóquio sejam cancelados, e de US$ 13,6 bilhões (R$ 73 bilhões)caso o número de espectadores seja reduzido pela metade. O adiamento de 2020 para 2021 já teria acarretado um acréscimo no orçamento de US$ 2,8 bilhões (R$ 15 bilhões), elevando o valor total para US$ 15,8 bilhões (R$ 84 bilhões), fazendo dos Jogos de Tóquio os mais caros da história. Nesse custo, US$ 1 bilhão se refere apenas às medidas de combate à Covid-19.

Dos US$ 15,8 bilhões do custo atualizado da Olimpíada de Tóquio, US$ 6,7 bi são bancados por recursos privados. O restante sai dos cofres das instâncias governamentais do Japão. Para tentar minimizar os efeitos, o Comitê Organizador procura aumentar a fatia do orçamento bancada por patrocinadores, que contribuem com US$ 3,3 bilhões, levantados pela Dentsu Inc., a agência de publicidade dos Jogos. De acordo com o jornal Nikkei, os 15 maiores patrocinadores domésticos deverão elevar sua contribuição em US$ 150 milhões.

Segundo Gajuki Ito, diretor financeiro do Comitê Organizador, a cobertura de seguros vai se encarregar de transferir US$ 500 milhões para dar resposta ao acréscimo nos custos causado pelo adiamento. Caso os Jogos sejam cancelados, o prejuízo das seguradoras subiria para uma cifra situada entre US$ 2 bilhões e US$ 3 bilhões.

O COI admite que a possibilidade de um número limitado de torcedores e até a não presença de público são opções possíveis. A decisão sobre uma eventual presença das pessoas nas arenas, inclusive de espectadores vindos do exterior, porém, só deve ser tomada nos próximos meses. Não tendo público, para quem comprou ingresso o dinheiro será devolvido.

Várias associações de médicos japoneses apelaram aos organizadores para limitar o número de espectadores nas arenas, observando que o sistema de saúde do país está sendo sobrecarregado pela atual onda de infecções da Covid-19. O Comitê Organizador arcaria com um prejuízo de US$ 800 milhões caso seja proibida a presença de torcedores nas disputas olímpicas.

ARENAS - Para os Jogos de Tóquio, estão previstas mais de 40 instalações esportivas, algumas construídas para a competição e outras temporárias. O adiamento da Olimpíada não mudou o planejamento original. Todas as instalações continuam à disposição dos organizadores, com pequenos ajustes por questões logísticas não especificadas.

A última instalação entregue aos atletas foi o Centro Aquático. O endurecimento das restrições para entrar no Japão, no entanto, forçou o adiamento do primeiro evento do ano vinculado aos Jogos. Programado para ocorrer de 4 a 7 de março em Tóquio, o Pré-Olímpico de nado artístico, que reuniria atletas de dez países, será realizado de 1 a 4 de maio no Centro Aquático.

O principal centro de competições dos Jogos será o novo Estádio Olímpico de Tóquio, com capacidade para 68 mil espectadores.

VILA OLÍMPICA - Com 21 torres de 14 a 18 andares e vistas para a baía de Tóquio, o local abrigará 11 mil atletas e membros das delegações, mas ele virou o calcanhar de Aquiles para os organizadores dos Jogos.

Cerca de 900 apartamentos foram vendidos antes do adiamento dos Jogos devido à pandemia e os proprietários não puderam tomar posse dos imóveis na data prevista inicialmente. Alguns compradores dos apartamentos, inclusive, entraram na Justiça pedindo indenizações. Algumas unidades estão avaliadas em US$ 1,6 milhão. Muitos alegam que venderam seu antigo apartamento e pediram um empréstimo para financiar o novo. O cancelamento dos Jogos poderia facilitar que esses proprietários pudessem entrar nos imóveis antes do segundo semestre.

Contrariando as expectativas que o setor tinha no pior momento da pandemia do novo coronavírus, o varejo paulista deve crescer 2% este ano, sobretudo sustentado pelas vendas de supermercados e lojas de materiais de construção, segundo levantamento da FecomercioSP divulgado com exclusividade para o Estadão. Ainda assim, há pouco a se comemorar.

O assessor econômico da entidade, Altamiro Carvalho, explica que o crescimento de 2% do setor, o equivalente a mais de R$ 12 bilhões, só foi possível pela injeção por parte dos consumidores de recursos do auxílio emergencial, destinado sobretudo para a compra de alimentos e outros itens básicos. O benefício trouxe R$ 32,4 bilhões ao varejo e impediu que o setor tivesse prejuízo de 3%.

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Na pandemia, o desempenho dos segmentos foi desigual: enquanto o de materiais de construção teve aumento de 15% no faturamento, na comparação com 2019, o mais afetado foi o de vestuário, tecidos e calçados, que desabou 25%. Essa diferença entre o melhor e o pior resultado, de 15 pontos porcentuais, é a maior já registrada.

Segundo a FecomercioSP, o balanço do ano é que 64,2 mil empresas paulista fecharam as portas e o comércio do Estado deve terminar o ano com 60 mil postos de trabalho a menos.

"Essa é uma situação ainda mais dramática, ao se pensar que o setor de vestuário, que teve desempenho muito prejudicado, é composto, em sua maioria, por empresas de pequeno porte, que não devem voltar após o fim do pandemia. O varejo no Estado de São Paulo, sem dúvida vai sair da pandemia menor do que entrou e ainda mais concentrado", diz Carvalho.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Talvez uma das palavras mais utilizadas no contexto atual do mundo, em que uma pandemia provocou profundas mudanças em nossas rotinas e grandes prejuízos às populações, a empatia está “em alta”. O dicionário Michaelis apresenta, em sua versão on-line, as seguintes definições para a palavra: “habilidade de imaginar-se no lugar de outra pessoa”, “compreensão dos sentimentos, desejos, ideias e ações de outrem”. Dessas duas concepções, compreende-se o porquê de se falar tanto em empatia: é uma habilidade essencial que precisamos desenvolver, em especial em um momento em que tantas pessoas estão sofrendo, pelos mais diversos motivos.

Mas como colocar a empatia em prática, sem ficar apenas no discurso? São atitudes que, na verdade, já deviam estar sendo tomadas desde o início da pandemia. O simples fato de permanecer em isolamento (para quem pode) já é empático em si: voltando a circular pela cidade, você se expõe e expõe outras pessoas à contaminação. Para quem precisa sair de casa, por qualquer motivo, tomar as precauções necessárias, como o uso da máscara, o distanciamento e a higienização das mãos, também é se importar com o próximo. Não é tão difícil.

Empatia é respeito. Minimizar os efeitos da pandemia, criticar ações restritivas de circulação ou não seguir recomendações ou determinações das autoridades se refletem nos maiores atos de desrespeito que alguém pode ter na presente situação. Não é uma “gripezinha”, não é alarmismo: é realidade. Portanto, ajamos com consciência coletiva e senso social. A irresponsabilidade de hoje pode ter reflexos devastadores no futuro do Brasil.

Mas a empatia não deve ser exclusividade do período da pandemia: é necessidade básica para a vida. Em diversas situações, precisamos nos colocar no lugar do outro, tentar enxergar o que não enxergamos buscando novos prismas. É pensar no bem comum, no que pode tornar a realidade à nossa volta melhor para todos.

No mundo inteiro, já são 9,5 milhões de casos do novo coronavírus, com quase 500 mil mortes. O Brasil ainda não controlou a situação satisfatoriamente e começa a retomar as atividades econômicas, mesmo com taxas altas de contaminação e as 55 mil mortes – apenas as registradas oficialmente. No estágio em que estamos, o olhar e, principalmente, as atitudes empáticas se mostram cada vez mais importantes. É preciso ter empatia com a dor do outro, com a necessidade de quem perdeu o emprego, com o luto das famílias que perderam parentes para a doença. Ser empático é ser humano.

Muitos setores foram afetados pela crise provocada pelo coronavírus (Covid-19), entre eles o imobiliário. O segmento tem traçado estratégias para acordos entre locatários e inquilinos e, assim, continuar mantendo os negócios.

Quando o isolamento social foi orientado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), muitos inquilinos entraram em contato com os donos dos imóveis pedindo pela redução ou suspensão dos alugueis durante o período pandemia. "Tivemos a contraproposta de pagar as taxas e metade do aluguel, que nos pareceu razoável, e fechamos assim. Isso se deu em 3 e-mails no total, ainda em março", conta o advogado Fábio Cruz, 46 anos, de Catete (RJ).

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Os sócios da SF Consultoria Imobiliária Dario Ferraço, 35 anos, e Raphael Sampa, 34 anos, de Barueri (SP), receberam aproximadamente 10% de solicitações de seus clientes para renegociações de seus contratos. No setor de locação comercial o número foi bem maior, cerca de 50% dos inquilinos entraram com solicitações, alegando o fechamento dos comércios e queda nos lucros. "Estamos analisando caso a caso, de acordo com histórico de adimplência por parte dos locadores e sempre tentando encontrar o melhor para todas as partes", diz.

Como a pandemia atingiu a todos, os contratos que foram feitos antes de 20 de março devem ser analisados de acordo com o estado de calamidade que o mundo vive. "Os locadores fazem da locação seus investimentos e devem sim ser remunerados por eles. No entanto, os locatários precisam de uma revisão contratual provisória para que o 'equilíbrio da balança' contratual possa ser restabelecido", explica a advogada Bruna Giannecchini.

Caso a única renda do dono do imóvel seja o aluguel, a advogada afirma que o valor pode ser negociado em até 50%, com direito a revisões a cada dois meses. "Cumpre alertar que, o histórico do inquilino com os pagamentos faz toda a diferença", destaca. "Forçar, notificar e ajuizar ação não vai levar à lugar nenhum e, quem sabe, em alguns meses, poderá perder um bom inquilino", complementa.

Já está sendo planejada uma lei no Congresso Nacional que proibi o despejo durante o período de pandemia, porém isso não impede os locadores de realizarem as cobranças. "O prejuízo não pode ser suportado por apenas uma das partes, e o equilíbrio contratual deve ser buscado durante esse período e ser realizada uma revisão contratual provisória", informa Giannecchini.

A advogada recomenda aos donos de imóveis facilitar os processos e acordos com seus clientes, ao mesmo tempo em que os inquilinos devem estar abertos ao diálogo e dispostos a negociar. "Para o locador, não é o momento de pensar em lucro e sim em redução de prejuízos. Por outro lado, o locatário não deve acumular uma bola de neve de dívidas", finaliza.

No mundo todo, a indústria automobilística se prepara para uma ruptura tecnológica, que vem exigindo de todo o setor drásticas mudanças de estruturas - o que envolve grandes investimentos. "As montadoras precisam de caixa para atender ao novo mercado, que terá ênfase em carros elétricos, autônomos, conectados e mobilidade compartilhada", afirma Paulo Cardamone, presidente da Bright Consulting.

Essa talvez seja a explicação para a fala da presidente mundial da General Motors (GM), Mary Barra, ao se referir recentemente às operações na América do Sul. "Não vamos continuar investindo para perder dinheiro."

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Também há receios no mercado de que a Ford, que afirma ter prejuízos no Brasil desde 2013, possa fechar fábricas - movimento negado pela empresa várias vezes. Nos Estados Unidos, a companhia passa por forte reestruturação e decidiu parar gradativamente a produção de carros menores e focar apenas em utilitários-esportivos (SUVs) e picapes, produtos mais rentáveis.

A Ford enfrenta pressão do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC para trazer um novo projeto para a fábrica de São Bernardo do Campo, onde produz apenas o Fiesta, modelo de baixa venda, e caminhões. Os trabalhadores temem pelo futuro da unidade, a mais antiga do grupo no País, e terão uma reunião com o presidente da companhia na América do Sul, Lyle Watters, na próxima semana.

Em Taubaté, onde tem uma linha de motores, a Ford tentou recentemente cortar 350 vagas por meio de um programa de demissão voluntária (PDV), mas obteve apenas 128 adesões. No mês passado, os trabalhadores pararam a produção por três dias em protesto contra 12 demissões. Agora, as partes negociam uma alternativa para o excedente de pessoal - que, segundo a empresa, foi causado pela queda das exportações para a Argentina.

Cardamone não acredita que alguma montadora vá deixar o Brasil, um dos poucos mercados que ainda têm potencial de crescimento, apesar de suas crises. "O que deve ocorrer são ajustes de capacidade, com fechamento de algumas fábricas mais ociosas, mas as companhias continuarão no País."

Cadeia longa

Tido como um dos mais beneficiados por governos, o setor automotivo representa uma longa cadeia produtiva que começa no plantio do algodão usado nos bancos e na extração de minério de ferro para a produção do aço e vai até às autoescolas, que oferecem aulas de condução, e fabricantes de sachês com cheirinho de "carro novo".

De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a cadeia automotiva emprega 1,3 milhão de pessoas e contribui com 22% do PIB industrial. No ano passado, o setor arrecadou R$ 55 bilhões em tributos.

Algumas fábricas podem fazer estragos significativos nas cidades onde estão instaladas ao fechar as portas. A fábrica da GM em São Caetano do Sul, encurralada em uma área no meio da região central da cidade mais rica do ABC paulista, foi responsável em 2018 por 24% do ICMS arrecadado pelo município, cerca de R$ 80 milhões. Em ISS, pagou R$ 6,5 milhões, 3% do total, segundo dados preliminares da Secretaria Municipal de Fazenda. A unidade emprega cerca de 8 mil trabalhadores.

A filial de São José dos Campos (SP), que conseguiu na semana passada um acordo de redução de salários e outros direitos trabalhistas com os cerca de 4,8 mil funcionários, é a terceira maior empresa da cidade, atrás da Revap e da Embraer.

Em Gravataí (RS), a montadora colabora com 45% da arrecadação de ICMS e opera em um moderno complexo com 16 fabricantes de autopeças instalados ao redor da linha de montagem. Juntos, GM e fornecedores empregam 8 mil pessoas.

"A indústria automobilística brasileira é muito avançada, emprega muito e traz novas tecnologias, mas poderia trazer mais", diz Cardamone. Para ele, em termos de qualidade, os carros nacionais ainda estão atrás do que se vê em países mais desenvolvidos.

Capacidade ociosa

O cenário que aponta para uma ruptura do modelo atual de produção de veículos ocorre em um momento em que a maioria das montadoras do Brasil opera com ociosidade de cerca de 40%. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) prevê uma produção de 3 milhões de veículos neste ano, ante uma capacidade instalada de 5 milhões de unidades.

Além da queda no mercado interno nos últimos anos, a forte redução das exportações para a Argentina colabora com o baixo uso da capacidade. David Wong, diretor da consultoria A.T. Kearney, diz que dificilmente uma empresa tem resultados positivos se opera abaixo de 75% da capacidade produtiva. "E esse é um problema principalmente nas grandes empresas, que têm várias fábricas no País."

Wong ressalta ainda que benefícios fiscais dados nos últimos anos pelos governos federal e estaduais estão acabando, o que deve dificultar a situação de várias companhias.

Um movimento que tem ganhado corpo internacionalmente, e que favorece também as subsidiárias brasileiras, são as parcerias entre marcas distintas para compartilhar investimentos em novas tecnologias, principalmente aqueles que envolvem os carros elétricos e os autônomos. Recentemente, a Volkswagen e a Ford firmaram parceria para o desenvolvimento conjunto de veículos comerciais, começando com uma picape. Na região, o veículo deverá ser produzido na Argentina e exportado para o Brasil.

Dando a volta

Apesar da recuperação das vendas ainda ser lenta, algumas marcas projetam resultados positivos para este ano no País. No vermelho desde 2015, a Volkswagen espera voltar ao lucro na região neste ano, informa o presidente da companhia, Pablo Di Si. No ano passado, o grupo esteve próximo do equilíbrio.

Segundo o executivo, as fábricas de automóveis de São Bernardo do Campo e Taubaté operam em capacidade plena. A unidade de São José dos Pinhais (PR) inicia este mês a produção do T-Cross, primeiro SUV da marca no País, e Di Si espera ocupar toda a fábrica em breve.

A FCA Fiat Chrysler - que obteve lucro no Brasil em 2018, puxado pelas operações da Jeep, em Goiana (PE) - vai investir R$ 14 bilhões até 2022, boa parte em novos produtos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (SEME) de São Paulo apresentou no início da noite desta quarta-feira o saldo final dos estragos causados pela torcida do Santos no estádio do Pacaembu, durante o jogo contra o Independiente, na quarta, pela volta das oitavas de final da Copa Libertadores. E o clube paulista terá que desembolsar R$ 40 mil para bancar os reparos nas instalações do estádio.

"O custo estimado é de 30 a 40 mil reais. Conforme cláusula de utilização do estádio, o locatário é responsável pelos danos causados ao equipamento", informou a secretaria, em comunicado. "Conforme cláusula de utilização do estádio, o locatário é responsável pelos danos causados ao equipamento."

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Após avaliação mais completa dos danos causados, a secretaria elevou para 100 o número de cadeiras que foram destruídas pela torcida santista no setor laranja da arquibancada. A estimativa inicial era de 60 cadeiras danificadas.

"Foram destruídas cerca de 100 cadeiras, parte dos alambrados foram amassados, os banheiros tiveram as torneiras quebradas, bem como alguns banheiros químicos, que são locados, foram vandalizados. Também foi constatado que parte do gramado sofreu avarias devido aos artefatos jogados antes da partida ser interrompida", explicou a secretaria.

Segundo a entidade municipal, as cadeiras foram alvo de dois tipos de danos. Metade foi completamente destruída e precisará ser trocada. A outra metade sofreu menos danos e poderá ser recuperada. "Parte dos alambrados que dividiam as torcidas também foi quebrado, assim como os sifões do banheiro", acrescentou a secretaria.

A SEME informou ainda que está marcada para esta quinta-feira uma reunião com representantes do Santos. No encontro, a secretaria vai apresentar o relatório completo com todos os danos causados ao estádio, na noite de terça.

Perto do fim do segundo tempo do duelo entre Santos e Independiente, que estava 0 a 0, dois sinalizadores explodiram próximos ao banco de reservas do clube argentino. O incidente levou o árbitro chileno Julio Bascuñan a paralisar o jogo e posteriormente encerrá-lo aos 37 minutos do segundo tempo, diante da dificuldade da Polícia Militar em conter a confusão.

Alguns torcedores entraram em conflito com a PM, enquanto outros tentaram invadir o campo do Pacaembu, sendo que alguns deles tiveram êxito na ação, sendo posteriormente imobilizados. Além disso, cadeiras do setor laranja do estádio foram quebradas e arremessadas na direção do gramado. E, como indicou a secretaria, parte dos equipamentos internos do estádio foram depredados.

Na última terça-feira, o Santos já havia indicado que assumiria a conta dos danos provocados pela sua torcida. O vice-presidente Orlando Rollo, prometeu pagar os prejuízos que a torcida causou no estádio. "Isso está previsto no contrato", disse, se referindo a dezenas de cadeiras quebradas e divisórias de metal que os torcedores destruíram no Pacaembu.

De acordo com relato da Conmebol, o jogo entre Santos e Independiente foi paralisado aos 37 minutos do segundo tempo e suspenso aos 42 pela arbitragem. E o caso será analisado pelo tribunal disciplinar da entidade, o que pode provocar punições ao torcedor.

A revolta dos santistas, aliás, tem relação direta com outra decisão da Conmebol. Horas antes do jogo de volta das oitavas de final da Libertadores, a entidade puniu o clube com o placar desfavorável de 3 a 0 no duelo de ida em função da escalação irregular do uruguaio Carlos Sánchez no confronto disputado em Avellaneda e que havia terminado 0 a 0. E a igualdade sem gols no Pacaembu provocou a eliminação do Santos nas oitavas de final da Libertadores.

Apesar de mais desmobilizada, a greve dos caminhoneiros continua ampliando os prejuízos da indústria, do comércio e da agricultura do País. Dados divulgados por 13 segmentos da economia indicam perdas de mais de R$ 50 bilhões com fábricas paradas, exportações suspensas, vendas adiadas e animais mortos, entre outros problemas.

No grupo de setores com maiores perdas estão o de distribuição de combustível, que deixou de vender o equivalente a R$ 11 bilhões, e o químico, com perda de faturamento de US$ 2,5 bilhões (cerca de R$ 9,5 bilhões). A cadeia produtiva da pecuária de corte deixou de movimentar entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões.

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Produtores de aves e suínos contabilizam R$ 3 bilhões em prejuízos, incluindo a morte de 70 milhões de aves e de 20 milhões de suínos, a maior parte por falta de ração. Mesmo após o fim da greve, a recuperação vai demorar a ocorrer. "O tempo que o produtor deve levar para se reestruturar é de seis meses a um ano", calcula o superintendente técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Bruno Lucchi.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) calcula perdas de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 3,8 bilhões) só com exportações que não foram concretizadas. Segundo a entidade, 45% das 660 mil empresas do País estão paradas por falta de matéria prima ou pela dificuldade de enviar os produtos.

Ociosos

Vários setores não calcularam prejuízos, mas o balanço de suas atividades dá a dimensão do estrago resultante da greve. "Estamos apavorados", diz o presidente executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Heitor Klein.

Pesquisa feita com associados da entidade indica que metade dos 300 mil funcionários das empresas do setor está ociosa em razão do desabastecimento de matérias-primas. Estoques de calçados prontos, equivalentes a um mês de produção aguardam condições de tráfego para serem despachados aos lojistas.

"Com base no volume de insumos que têm hoje, 85% das empresas só conseguem trabalhar até sexta-feira", diz Klein. Com isso, o número de trabalhadores ociosos poderá chegar a 230 mil.

Automóveis

A indústria automobilística, que mantém a maioria das 40 fábricas de diversas marcas paralisadas desde sexta-feira, 25, já deixou de produzir aproximadamente 38 mil veículos. O setor emprega 113 mil funcionários e grande parte está em casa, sem previsão de retorno.

Ainda não há falta substancial de carros nas concessionárias, mas o desabastecimento de peças de reposição começa a se agravar, diz Alarico Assumpção, presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

Dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) indicam perdas de R$ 3,1 bilhões nas vendas de combustíveis, lubrificantes e hortifrutigranjeiros nos Estados de São Paulo (responsável por quase metade desse valor), Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Bahia e Distrito Federal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-governador do Rio Sergio Cabral (MDB) virou alvo de ação civil pública do Ministério Público do Estado por conta de contratos envolvendo medicamentos e materiais médico-hospitalares que resultaram em prejuízo aos cofres públicos de mais de R$ 173 milhões. Preso desde novembro de 2016 e condenado a 87 anos de cadeia, acusado de comandar um esquema bilionário de propina, ele já é réu em 20 processos na Justiça Federal.

O MP, por meio da 8ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania da Capital, ajuizou ação civil pública por improbidade administrativa também contra os ex-secretários de Estado de Saúde Sérgio Côrtes - que passou 10 meses preso e foi solto este mês -, Marcos Esner Musafir e Felipe Peixoto, além de outros 12 servidores do Estado, uma empresa, um consórcio e quatro executivos.

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Um dos empresários é Arthur César de Menezes, o "Rei Arthur". Ele já havia sido acusado de pagar US$ 10 milhões (R$ 33,6 milhões) a Cabral em troca de benefícios em contratos de sua empresa.

Segundo o MP, os denunciados "realizaram contratos para manutenção de serviços de estocagem, distribuição, armazenamento e destinação final de medicamentos, insumos, produtos e materiais médico-hospitalares que resultaram em prejuízo aos cofres do Estado superior a R$ 173 milhões".

O MP requer suspensão dos direitos políticos dos envolvidos e ressarcimento do erário, entre outras sanções.

O Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) divulgou nesta sexta-feira, 15, um relatório no qual aponta "prejuízos crescentes" nos Correios. O documento analisou a evolução econômico-financeira da empresa entre 2011 e 2016.

A CGU informou que, durante este período, os Correios apresentaram crescente degradação na sua capacidade de pagamento no longo prazo (liquidez), aumento do endividamento e da dependência de capitais de terceiros, e principalmente redução drástica de sua rentabilidade, com a geração de prejuízos crescentes a partir de 2013. Nos seis exercícios, o Patrimônio Líquido da empresa reduziu aproximadamente 92,63%.

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Segundo o relatório da CGU, houve entre 2011 e 2013 uma "elevada" transferência de recursos para a União. No período, foram repassados, a título de dividendos e juros sobre capital próprio, R$ 2,97 bilhões.

"Com relação ao último ponto, destaca-se que em 2013 os Correios registraram prejuízo de R$ 312,511 milhões. Contudo, foram transferidos dividendos para a União no valor de R$ 401,1 milhões, que levaram à redução drástica da capacidade de investimento da empresa e da sua viabilidade econômico-financeira", informa o documento.

De acordo com o relatório, sem a injeção de recursos por parte da União, no exercício de 2017, a empresa irá apresentar Passivo a Descoberto, e por consequência, agravamento da atual situação.

A conclusão da CGU é de que "se medidas efetivas não forem tomadas, no curto prazo, para ampliação da receita e redução dos custos, principalmente em relação aos Benefícios Pós-Emprego, a ECT irá se tornar gradativamente dependente de recursos transferidos pela União para o seu custeio".

Em nota, a CGU afirma que o relatório "buscou identificar, nos últimos seis exercícios, os fatos que possam estar vinculados aos seguidos prejuízos contábeis; e realizar um diagnóstico que sirva de subsídio para o planejamento de futuras ações de controle na Unidade".

A Controladoria informou que, em virtude do relatório, os Correios apresentaram um Plano de Medidas de Curto e Longo Prazos, para recuperação da sua sustentabilidade financeira, com metas de economia de recursos para os exercícios 2017 a 2020. A implementação destas ações e seus efetivos resultados serão monitorados constantemente pelo órgão de controle.

Os principais fatores que impactaram os Correios:

- Redução da sua atividade econômica, com queda de 16,28% no volume anual de correspondências transportadas ao ano;

- Elevação vertiginosa do volume de indenizações, que causaram em 2016 prejuízo de R$ 201.749.206,63;

- Defasagem tarifária, que acarretaram, em julho de 2015, perdas de R$ 1,235 bilhão;

- Elevação dos custos com pessoal em 62,61%, chegando a R$ 12.351.333.130 em 2016;

- Elevação dos custos com benefício pós-emprego em 345,80%, chegando a R$ 410.366.000 em 2016;

- Elevação dos custos com insumos que, excluindo os referentes a despesa com "pessoal", aumentaram 179,73%, chegando a R$ 5.343.898.000 em 2016;

- Redução nas aplicações financeiras, que caíram 66,01%, passando de R$ 5.993.293.000 para R$ 2.036.960.000; e

- Transferência elevada de recursos para a União nos exercícios de 2011, 2012 e 2013, nos quais foram repassados, a título de dividendos e juros sobre capital próprio, um total de R$ 2,97 bilhões.

Com relação ao último ponto, destaca-se que em 2013 os Correios registraram prejuízo de R$ 312.511.000. Contudo, foram transferidos dividendos para a União no valor de R$ 401.100.000, que levaram à redução drástica da capacidade de investimento da empresa e da sua viabilidade econômico-financeira.

Defesa

O presidente dos Correios, Guilherme Campos Júnior, afirmou que "a empresa está passando por um período muito difícil em todos esses anos".

"Com a queda da atividade postal e necessidade de mudanças estruturais, os prejuízos foram crescentes com R$ 2,1 bilhões em 2015 e R$ 1,5 bilhão em 2016. Estamos fazendo o enfrentamento com corte de custos, fazendo toda a lição de casa para recuperar a empresa. A política que dá uma prioridade à encomenda, como a primeira grande alternativa à queda na atividade postal, tem mostrado que nós estamos batendo recordes e recordes, do final de novembro até hoje, no tratamento e na distribuição de encomenda. Houve ainda um PDI (Plano de Desligamento Incentivado) no fim do ano, com mais de seis mil desligamentos, uma economia anualizada de R$ 840 milhões."

Após o Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) emitir uma alerta para que a Prefeitura do Recife informe, em um prazo de 15 dias, quais as medidas que serão adotadas diante dos prejuízos causados pelo não cumprimento do cronograma das obras de ampliação e reforma do Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães, o Geraldão, em nota a prefeitura ressaltou que “ações já estão acontecendo” e que até agora foram executados 56% da obra. 

O texto, assinado pelo Gabinete de Projetos Especiais, destaca a construção de uma piscina e a reforma de outra. “A partir das intervenções já realizadas no Geraldão algumas ações já estão acontecendo. Na área externa do ginásio são realizadas atividades de natação e hidroginástica em duas piscinas. Uma delas foi construída e tem 25x12m, com seis raias e apropriada para atividades esportivas. A outra, com 15x6m, foi reformada e adaptada para pessoas com deficiência. Desde 2015, cerca de 3 mil jovens se beneficiam desta área. O espaço conta hoje com vestiários e banheiros acessíveis”.

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A nota ressalta que “a prefeitura irá responder todas as colocações mais detalhadas feitas pela instituição no prazo por ela estipulado”. Ainda informa que as obras do ginásio foram retomadas no último dia 6 de novembro, três dias depois da retomada dos serviços. 

A obra do Geraldão está orçada em aproximadamente R$ 45 milhões, sendo R$ 25 milhões investidos pela Prefeitura do Recife e cerca de R$ 20 milhões pelo Governo Federal. 

 

 

 

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