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A fatia de brasileiros que engrossou a lista de inadimplentes pela falta de pagamento de despesas com comida, entre janeiro e junho, foi a maior em cinco anos. A disparada da inflação e a queda na renda explicam a entrada de devedores para lista do calote pelo não pagamento da fatura de um item básico.

No primeiro semestre, 18% dos inadimplentes deixaram de quitar despesas com alimentação e, por isso, foram parar na relação dos CPFs (Cadastro de Pessoa Física) com restrição. Essa é a marca mais elevada desde o primeiro semestre de 2017, quando a Boa Vista, empresa de inteligência financeira e análise de crédito, começou a coletar essas informações. Ao longo do primeiro semestre, foram consultados eletronicamente 1.500 inadimplentes, a fim de traçar o perfil desses consumidores.

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Contas diversas não pagas, que incluem as de educação, saúde, impostos, taxas e lazer, ainda têm sido apontadas como as despesas que têm levado a maioria dos consumidores (23%) à inadimplência. No entanto, desde o segundo semestre do ano passado, a parcela dos que não conseguiram honrar o pagamento de alimentos chama atenção.

"Instituições financeiras nos relatam que o pessoal está pegando dinheiro (crédito) para pagar contas do mercado, do dia a dia", diz o economista da Boa Vista, Flávio Calife.

Nos últimos 12 meses até julho, a inflação do grupo alimentação e bebidas acumula 14,72%, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É um resultado que supera a variação do indicador como um todo no período, que foi de 10,07%.

Depois do desemprego, historicamente o principal motivo para inadimplência, apontado por 28% dos entrevistados no primeiro semestre, está a diminuição da renda, com 24%. Do segundo semestre do ano passado para o primeiro deste ano, a parcela que apontou esse motivo para o não pagamento de contas subiu 3 pontos porcentuais. "É, sem dúvida, um fato de um ano para cá", diz o economista.

ENDIVIDAMENTO CRÔNICO

A percepção dos entrevistados é de que o quadro do endividamento pessoal piorou muito. Do segundo semestre do ano passado para o primeiro deste ano, a parcela de consumidores que se considera muito endividada subiu de 32% para 37%, a maior marca desde 2019, quando esse resultado atingiu 39%.

Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou para 13,75% a taxa de juros básica da economia, a Selic. Foi a 12ª alta consecutiva na tentativa de segurar a inflação. Também sinalizou que poderá fazer nova elevação da Selic na próxima reunião, marcada para setembro.

Com juros e inflação ainda em alta e atividade fraca, a perspectiva, segundo o economista da Boa Vista, é de que a inadimplência continue crescendo nos próximos meses até o ano que vem. "Juros altos contribuem para piora da inadimplência", diz Calife. Dados da Boa Vista, mostram que o calote encerrou o primeiro semestre deste ano com alta de 12,3% e em 12 meses até junho o avanço foi de 7,5%.

O custo de vida teve alta de 10% em 2021, na Região Metropolitana de São Paulo, segundo estudo feito pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fercomercio-SP). A elevação foi a maior, de acordo com a entidade, desde 2015, quando o índice registrou uma alta de 11,56% no custo de vida ao longo daquele ano.

O aumento do custo de vida foi maior para as pessoas mais pobres. Para a classe E, a elevação chegou a 11,38%. Na classe A, a alta ficou em 9%.

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Segundo a Fercomercio-SP, o aumento internacional dos preços do petróleo provocou alta de preços em cadeia. Os custos com transportes subiram 20,6%, com elevação de 63,7% dos preços do etanol, 42,8% da gasolina e 41,4% do óleo diesel.

A alta da energia também influenciou os custos de habitação, com aumento de 38% no preço do botijão de gás em 2021 e de 23,2% no gás encanado. A energia elétrica residencial aumentou 25,8%, segundo a Fecomercio, devido a estiagem que atingiu o Brasil no ano passado e levou ao acionamento das usinas termoelétricas.

Na alimentação também ocorreram altas importantes, com aumento de 10% no preço das carnes, de 13,2% na farinha de trigo e 10,2% no leite e derivados.

Em dezembro, a alta do custo de vida ficou em 0,78%. Um percentual ainda elevado, de acordo com a federação, porém mais baixo do que o patamar de outubro (1,41%) e novembro (1,01%). No mês, a maior elevação foi registrada no segmento dos alimentos e bebidas. Subiram os preços do café (9,8%), do mamão (28,7%) e do contrafilé (5,1%).

Na avaliação da Fercomercio, a inflação está perdendo força e, em 2022, o custo de vida ainda deve ser elevado, porém, em um patamar mais baixo do que em 2021. “Uma vez que os impactos mais relevantes da pandemia nos preços já foram absorvidos ao longo dos últimos dois anos”.

Apesar da perspectiva de melhora do cenário econômico, a entidade chama atenção para a necessidade de redução do atual nível de desemprego. “É importante lembrar que o Brasil ainda convive com 13 milhões de desempregados. Por isso, qualquer avanço de preços, sem grandes oportunidades no mercado de trabalho, terá um efeito socioeconômico danoso para as famílias, que, em grande parte, não conseguem recompor as perdas causadas pela inflação.”, destacou a Fecomercio.

A Pesquisa do Índice do Custo de Vida na capital paulista apontou uma variação de 0,04% de março para abril.  A variação acumulada em 12 meses é de 2,79% e, no primeiro quadrimestre, de 1,08%. A análise foi divulgada hoje (11) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

O levantamento apontou pequenas variações positivas nos grupos pesquisados de alimentação (0,30%), despesas pessoais (0,25%), despesas diversas (0,23%) e habitação (0,08%). Tiveram variações negativas: educação e leitura (-0,06%), equipamento doméstico (-0,11%), transporte (-0,13%), recreação (-0,14%), saúde (-0,26%) e vestuário (-0,92%).

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O índice verificou um crescimento acentuado nos preços de março para abril das hortaliças (9,44%). Raízes e tubérculos (7,01%) também apresentaram aumento, com destaque para cebola (13,42%), cenoura (10,88%) e batata (3,42%).

O Dieese constatou que, entre maio 2017 e abril de 2018, grupos como transporte (9,48%); despesas diversas (6,28%); habitação (6,23%); saúde (4,32%); e educação e leitura (3,99%) tiveram variações acima da média registrada para o período (2,79%), enquanto que despesas pessoais (0,65%); recreação (1,32%); alimentação (-2,26%); equipamento doméstico (-4,82%); e vestuário (-6,26%) anotaram variação menores.

O Índice do Custo de Vida (ICV) na cidade de São Paulo subiu 2,44% em 2017 de acordo com pesquisa divulgada hoje pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O estudo mostra que as classes mais baixas (1,65%) sentiram menos a variação em relação aos mais ricos (2,93%). Apesar de a inflação ter ficado abaixo da meta estabelecida pelo governo, o Dieese explica que o ICV é composto pela variação média de três grupos de itens enumerados pelo órgão, entre produtos, impostos e medicamentos.

As famílias com renda mais baixa, consideradas pelo Dieese na faixa dos que têm renda inferior a R$ 1,5 mil, foram menos impactadas pelo aumento no custo de vida devido ao maior consumo dentro do grupo que possui os bens com menor valorização nos preços em 2017. Porém, quando se trata do acesso aos serviços essenciais, como transporte, energia e saneamento, o aumento registrado foi de 8,02% para o grupo das famílias de baixa renda contra 6,79% de alta acumulada no ano para todas as classes.

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Entre os itens que registraram aumentos superiores aos da inflação do período estão as Despesas Diversas, com destaque para os gastos com os animais domésticos e serviços de comunicação (7,83% e 7,47% respectivamente); Educação e Leitura, que acumularam alta de 7,39% no geral com destaque para os preços dos cursos formais e os livros (8,47% e 7,04%); Saúde (6,02%); Habitação (5,76%); e Transporte (3,36%).

De acordo com levantamento divulgado pela Federação do Comércio de São Paulo (Fecomercio) hoje (6), o custo de vida na região metropolitana da cidade cresceu 0,39% em agosto (1,71% no acumulado do ano) alavancado, principalmente, pelos gastos com transporte e moradia. Entre os itens pesquisados mensalmente pela entidade, apenas alimentação e comunicação apresentaram variação negativa.

O índice que mostra a variação nos gastos do cidadão com transporte registraram alta de 1,18% no mês de agosto, maior alta desde dezembro de 2016. No quesito Habitação, a alta foi de 0,91% em agosto, menor que a de julho (2,03%) mas, influenciando na alta geral do Custo de Vida por Classe Social (CVCS) da Fecomercio. Alimentação e bebidas (-0,82%) e Comunicação (-0,42%) foram os únicos que apresentaram queda.

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Outros fatores medidos mensalmente pelo órgão, o Índice de Preços no Varejo (IPV), que teve alta de 0,59% (0,53 no ano), e o Índice de Preços de Serviços (IPS), que subiu 0,18% (5,83% no ano), tiveram significante contribuição para a inflação do CVCS. De acordo com a Fecomercio, as famílias chegam a comprometer um quarto da renda com o pagamento de serviços relativos à alimentação e comunicação.

O Índice de Custo de Vida (ICV) na cidade de São Paulo teve alta de 6,15% em 2016. A inflação medida pelo indicador do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), foi, no ano passado, 5,31 pontos percentuais menor do que a verificada ao longo de 2015.

As despesas diversas foram o item com maior variação ao longo de 2016, com elevação de 12,76%. Na composição, influenciaram a alta dos gastos com comunicação (12,6%) e com animais domésticos (12,7%).

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As despesas pessoais registraram elevação de 11,03% no resultado final do ano passado, com alta de 21% dos gastos com fumo e assessórios. Os produtos e serviços ligados à higiene e beleza tiveram aumento de 1,07%.

O grupo educação e leitura teve alta inflacionária de 8,72%, com aumento de 11,47% nos gastos com leitura e 8,56% em educação. Os livros tiveram os preços com alta de 9,07%, os cursos formais tiveram aumento de 8,89% e as revistas, de 15,69%.

A alimentação fechou o ano com alta de 8,03%, puxada por itens como alimentação fora do domicílio (9,43%) e alimentos industrializados (11,39%).

Os gastos com saúde aumentaram 6,26%, segundo o índice, com destaque para as despesas com internações hospitalares (8,56%) e medicamentos (11,56%). Consultas médicas registraram alta de 5,29% e os convênios médicos, de 5,09%.

Habitação teve aumento de despesas abaixo da inflação geral (2,65%), enquanto o grupo equipamentos domésticos teve queda nos gastos de 0,69%, com retração dos preços de móveis (-4,16%) e utensílios (-3,56%).

Dezembro

Em dezembro, o custo de vida na capital paulista teve alta de 0,12%. Sob influência do reajuste da ração de animais (1,68%), as despesas diversas tiveram elevação de 1,42%. As despesas pessoais apresentaram aumento de 1,31%, com a alta de 2,67% no subgrupo fumo e assessórios.

Os gastos com transporte variaram 0,92%, devido à alta nos itens compra de veículos (8,5%) e combustíveis (0,94%). Habitação também subiu acima da inflação geral, com um crescimento de 0,34% nas despesas.

Os preços da alimentação tiveram queda significativa de 0,51% em dezembro. Os produtos in natura e semielaborados tiveram retração de 1,46%. A batata registrou queda de 18,81% nos preços, o feijão-carioquinha, de 13,6% e o tomate, de 5,7%.

O Índice do Custo de Vida aumentou 0,36% em agosto na cidade de São Paulo segundo o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).  O acumulado nos últimos 12 meses chegou a 8,57%, alavancado pelo aumento nos custos dos alimentos no período. As maiores altas que contribuíram para a elevação foram registradas nos setores de alimentação (0,78%), habitação (0,52%) e transporte (0,39%).

Os resultados do setor de habitação são consequência da alta no preço da mão de obra da construção civil (2,63%). Nesse quesito, também são levados em conta os gastos com reformas, manutenção das moradias, condomínio e alugueis. No que se refere a alimentação, o índice sofreu pressão principalmente pelos preços do leite in natura e das frutas, registrando respectivamente altas de 7,62% e 4,62%. No último ano, o feijão foi o “vilão” dos preços, o item indispensável na dieta do brasileiro registrou alta de 148%.

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No grupo classificado como despesas pessoais pelo levantamento do DIEESE, destaques para os cigarros, que sofreram alta de quase 20% entre setembro de 2015 e agosto de 2016, e a pasta de dente, com 20,8%. Valores semelhantes aos registrados pelo álcool combustível no item transporte, com 19,36%. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mostra alta de 9,32% no mesmo período, e a inflação registra 8,93%.

Por Wagner Silva

O índice que mede o custo de vida dos paulistanos acelerou entre junho e julho, passando de estabilidade para uma alta de 0,68%, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O avanço, segundo o Dieese, foi influenciado principalmente pelo grupo Habitação, que saiu de 0,44% para 2,32%, apesar da queda de 0,15% registrada na classe de despesa de Alimentação (de baixa de 0,27%). A aceleração na taxa de Habitação foi puxada pelo aumento de 17,92% da energia elétrica na cidade de São Paulo, conforme o Dieese.

Enquanto os grupos Habitação (2,32%), Saúde (1,18%), Educação e Leitura (0,43%) e Transporte (0,25%) tiveram uma contribuição positiva de 0,74 ponto porcentual no Índice de Custo de Vida (ICV) em julho, o conjunto de preços de Alimentação teve influência negativa de 0,05 ponto porcentual.

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Em 12 meses, o ICV-Dieese acumula alta de 6,81%. De um total de 10 grupos que fazem parte do índice, cinco apresentaram variações superiores ao índice geral nesta base de comparação. Em 12 meses finalizados em julho, o conjunto de preços de Despesas Diversas registrou alta de 11,59%, seguido por Despesas Pessoais (10,06%), Educação e Leitura (9,22%), Alimentação (8,36%) e Saúde (7,13%).

O Índice do Custo de Vida da Classe Média (ICVM), calculado pela Ordem dos Economistas do Brasil (OEB), subiu 0,14% em junho ante maio. No primeiro semestre, o índice acumula alta de 3,65%. Nos últimos 12 meses, o acumulado é de 6,45%.

Dos sete grupos pesquisados, quatro tiveram aumento e três apresentaram queda de preços em junho. O grupo Habitação registrou alta de 0,5% - com variação de 5,02% nos últimos 12 meses. Os destaques foram os subgrupos Serviços Domésticos e Conservação, com 0,61% (sendo 0,67% para condomínio e 0,53% para serviço doméstico); Artigos de Limpeza, com 0,62%; Aluguel, com 0,53%; e equipamentos do domicílio, com 1,38%.

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No grupo Vestuário, que cresceu 0,93% no mês (a maior alta individual dos 7 grupos que compõem o ICVM) e 4,17% nos últimos 12 meses, as maiores altas foram encontradas, pela mudança de estação, em roupas femininas, destacando-se a elevação do Vestido/Conjunto (2,83%) e Calça Feminina (0,93%).

No grupo Saúde, os preços aumentaram, em média, 0,39%, acumulando alta de 8,07% nos últimos 12 meses. Os destaques ficaram com Planos de Saúde (0,43%) e Serviços Médicos (1,60%). No grupo Educação, que cresceu 0,14% e já acumula alta de 8,59% nos últimos 12 meses, o destaque foi Curso de Idiomas (0,67%). Os três grupos que caíram foram Alimentação, Despesas Pessoais e Transportes. Alimentação teve queda de 0,34% e acumulou alta de 7,96% nos últimos 12 meses. Os recuos mais significativos ocorreram em carnes bovinas (-0,27%) e produtos in natura (-5,97%), destacando-se frutas (-3,45%), legumes (-9,61%), tubérculos (-9,48%) e verduras (-13,85%).

O grupo Despesas Pessoais teve recuo de 0,23% em junho e agora acumula alta de 9,90% nos últimos 12 meses. A maior queda ocorreu na passagem aérea (-4,03%). Já o grupo Transporte registrou -0,14% em junho e 3,56% nos últimos 12 meses. A maior queda ocorreu no subgrupo veículo próprio (-0,46%), com destaque para as quedas nos preços do etanol (-4,08%) e gasolina (-0,62%).

JOÃO PESSOA (PB) - O custo de vida em João Pessoa subiu 9,47% nos últimos 12 meses, segundo o Instituto de Desenvolvimento Municipal e Estadual (Ideme). O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) foi divulgado nessa terça-feira (13).

Segundo os dados, a capital paraibana apresentou um acréscimo nos preços de 1,46% no mês de abril. De todos os produtos pesquisados, apenas o vestuário teve um decréscimo, com queda de 3,19%.

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A alimentação subiu principalmente nas hortaliças e verduras (31,79%), nos pescados (22,92%), nos tubérculos e raízes (11,21%), nas frutas (8,60%), nas carnes e peixes industrializados (8,04%) e nas aves e ovos (6,14%). 

De acordo com o Ideme, a batata inglesa teve uma inflação de 50,94%, sendo o maior reajuste dos itens pesquisados, seguido do coentro (40,06%), da alface (32,66%), da feijoada enlatada (31,89%), do camarão (25,00%), do peixe fresco (22,38%), da macaxeira (18,85%), do molho para macarrão (16,11%), do tomate (14,59%), da laranja pera (14,22%), do mamão (13,76%), do chuchu (11,77%), do repolho (11,35%), da uva branca (11,07%), da charque de 2ª (10,71%) e da banana (10,06%). 

O indicador de Custo de Vida por Classe Social (CVCS), apurado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), mostra que a inflação na região metropolitana de São Paulo fechou 2013 em 5,84%, acima dos 5,15% apurados em 2012.

Os segmentos de alimentos e bebidas e transportes foram responsáveis por 70% do aumento registrado no período. Alimentos e bebidas subiram 8,34% ao longo do ano passado e transportes, 4,81%. Na comparação com o mês de novembro, a inflação subiu 0,90% em dezembro, alta de 0,45 ponto porcentual, também puxada por alimentos e bebidas e transportes.

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No varejo, o índice de pesquisa de preços subiu 6,16% em 2013 e 0,90% em dezembro ante novembro. Na análise de dezembro ante novembro, transportes foi o segmento que teve maior impacto, com alta de 2,09%. A inflação de serviços na região metropolitana subiu 5,5% no ano e 0,91% em dezembro ante novembro.

Faixas de renda

As faixas de renda que receberam maior impacto da inflação em dezembro foram as classes D e E, mas, no ano, as classes A e B foram as mais afetadas. Na comparação com dezembro de 2012, por exemplo, o custo de vida para os grupos de faixa de renda mais alta subiu 6,02% e 5,98%, respectivamente, puxados por saúde e despesas pessoais.

O Índice do Custo de Vida da Classe Média (ICVM), medido pela Ordem dos Economistas do Brasil, apontou uma alta de 0,21% em junho ante maio e acumula altas de 2,45% nos últimos seis meses e de 5,82% nos 12 meses anteriores. O acumulado até maio apontava alta de 5,89%, indicando um leve recuo no indicador do período.

O ICVM mostra a inflação para as famílias paulistanas que recebem de dez até 39 salários mínimos e abrange cerca de 20% da população da cidade de São Paulo. As maiores altas dos grupos foram Despesas Pessoais, com 0,66%, e Habitação, com 0,37% em junho. Já o grupo Transportes, com recuo de 0,44% ante maio, foi o principal responsável por segurar a alta no indicador.

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No grupo Despesas Pessoais a maior alta, de 9,22%, foi item viagem de excursão, cujos preços estão indexados ao dólar. No grupo Habitação, os serviços de correio (2,97%) e a conta de água e esgoto (1,23%) foram os principais vilões setoriais. Já o etanol, com queda de 8% em junho, e a manutenção de veículos, com recuo de 3,29%, foram as maiores baixas do grupo Transportes.

Dos 468 itens que compõem o ICVM, 272, ou 58%, aumentaram em junho, 25, ou 5%, permaneceram estáveis e 171 produtos ou serviços, ou 37%, tiveram queda de preços ante maio.

O Custo de Vida por Classe Social (CVCS) subiu 0,64% na Região Metropolitana de São Paulo em setembro, informou nesta segunda-feira a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O resultado é o maior desde abril, quando o indicador teve alta de 0,66%.

De acordo com o CVCS, o custo de vida na região metropolitana subiu nos diferentes estratos sociais. Nas classes D e E, a variação foi de 0,02% e 0,03%, pela ordem, em agosto, para 0,88% em setembro, nos dois estratos. A alta registrada na classe C também foi expressiva, ao saltar de 0,14% em agosto para 0,65% em outubro.

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Na classe B, o custo de vida dobrou, passando de 0,24% para 0,48%. Apenas na classe A o resultado foi mais brando, com expansão de 0,24% para 0,34%.

O custo de vida das famílias paulistanas com renda entre 5 a 15 salários mínimos aumentou 0,33% em junho em relação a maio, segundo o Índice de Custo de Vida da Classe Média (ICVM) calculado pela Ordem dos Economistas do Brasil (OEB).

Se comparado ao comportamento do indicador em maio, quando houve alta de 0,39% perante abril, o dado aponta desaceleração 0,06 ponto porcentual. O indicador acumula alta de 2,21% nos primeiros seis meses de 2012 ante igual período de 2011 e 4,74% na soma dos últimos doze meses encerrados no mês passado.

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De acordo com a OEB, em 2011 as taxas do ICVM no mês de junho (ante maio), acumulado no ano e em do meses foram de aumento de 0,03%; 3,35% e 6,16%, respectivamente.

A desagregação por grupos do ICVM de junho mostra que as despesas com Habitação cresceram 0,18% na comparação com maio e avançaram 3,83% na comparação com igual mês do ano passado. O grupo Transportes, seguindo a mesma ordem, teve sua inflação reduzida em 0,53% na comparação com maio, mas subiu 1,04% sobre junho de 2011. Os gastos com alimentação aumentaram 1,33% sobre maio e 7,13% ante o mesmo mês do ano passado.

Os gastos da classe média paulistana com o Grupo Despesas Pessoais aumentaram 0,50% na passagem de maio para junho e subiram 7,13% em relação a junho do ano passado. O grupo Saúde teve avanço 0,65% em junho e 6,78% sobre idêntico mês em 2011. No grupo Educação, a inflação cresceu 0,04% em junho em relação a maio e 7,95% sobre igual mês de 2011. No caso do Vestuário, as variações de alta foram de 0,23% de maio para junho e de 3,19% sobre junho do ano passado.

Estudo realizado pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) em seus 187 países-membros colocou no papel o que todos nós já estávamos sentindo na prática: o custo de vida no Brasil está fora da realidade. E para se ter uma ideia disso, viver por aqui está mais caro que nos EUA. O que é estranhíssimo, pois países emergentes costumam ter custo de vida mais barato que os países desenvolvidos – com exceção para aqueles onde a hiperinflação destrói o poder de compra da população, o que não é mais o nosso caso.

Os países desenvolvidos geralmente têm produtos baratos (em sua maioria) e serviços caros. Isso porque os preços dos produtos tendem a convergir internacionalmente em economias abertas. O que pega aí são os impostos de importação. Como muita coisa que compramos vem de fora, morremos na mão da alfândega e na ganância dos importadores. Já os serviços no chamado primeiro mundo costumam pesar porque os salários, que têm participação significativa nessa atividade, são bem maiores.

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O custo de vida do Brasil superou o dos Estados Unidos em 2011, quando medido em dólares, segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre o PIB dos 187 países-membros. Este fato é extremamente anormal para um país emergente. Em uma lista do FMI de 150 países em desenvolvimento, o Brasil é praticamente o único cujo custo de vida supera o americano em 2011, o que significa dizer que é o mais caro em dólares de todo o mundo emergente.

Na verdade, há outros quatro casos semelhantes, mas referentes a São Vicente e Granadinas, um arquipélago minúsculo; Zimbábue, país cheio de distorções, onde a hiperinflação acabou com a moeda nacional; e Emirados Árabes Unidos e Kuwait, de população muito pequena, gigantesca produção de petróleo e renda per capita de país rico.

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Considerando economias diversificadas como o Brasil, contam-se nos dedos, desde 1980, os episódios em que qualquer um de mais de cem países emergentes apresentasse, em qualquer ano, um custo de vida (convertido para dólares) superior ao dos Estados Unidos.

Há uma explicação para isso. O preço da maioria dos produtos industriais tende a convergir nos diferentes países, descontadas as tarifas de importação. Isso ocorre porque eles podem ser negociados no mercado internacional, e, caso estejam caros demais em um país, há a possibilidade de importar. Mas a maioria dos serviços, de corte de cabelo a educação e saúde, não fazem parte do comércio exterior. Assim, eles divergem muito em preço entre os países.

Em nações ricas, com salários altos, os serviços geralmente são muito mais caros do que nos emergentes. Isso se explica tanto pelo fato de que a renda maior tende a puxá-los para cima, como pelo fato de que a mão de obra empregada no setor de serviços recebe muito mais e representa um custo maior. Dessa forma, é principalmente o setor de serviços que faz com que o custo de vida seja mais alto no mundo avançado. Na comparação com os Estados Unidos, os países emergentes são quase sempre mais baratos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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