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A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou a Operação "Manguezal Vermelho" para desarticular uma organização suspeita de torturar e enterrar pessoas em áreas de mangue em Porto de Galinhas, na Mata Sul de Pernambuco, e em Paulista, no Grande Recife. Ao todo, 24 mandados de prisão foram cumpridos nesta quarta-feira (28). 

A operação foi batizada em referência aos uso de cemitérios clandestinos em Ipojuca e em Nossa Senhora do Ó, onde a quadrilha deixava os corpos das vítimas, geralmente devedores, rivais, supostos informantes da polícia e até pessoas da região que cometiam crimes domésticos ou patrimoniais. 

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A investigação iniciada em junho de 2020 identificou que a quadrilha também praticava os crimes de tráfico de drogas, comércio ilegal de arma de fogo, tortura e lavagem de dinheiro.

A Vara Criminal de Ipojuca expediu 24 mandados de prisão e nove de busca e apreensão. Eles foram cumpridos nos municípios de Ipojuca, Igarassu, Abreu e Lima, Recife, Palmares, Limoeiro e em Aracaju, no Sergipe, onde um dos supostos chefes da organização criminosa foi detido

As ordens judiciais foram cumpridas por 150 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães. Também foi empregado o apoio a Polícia Civil dos estados de Sergipe e Rio Grande do Norte.

Os presos e materiais apreendidos foram encaminhados ao Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), em Afogados, na Zona Oeste do Recife. 

Uma operação das polícias Civil e Militar interrompeu um "tribunal do crime" e prendeu 18 pessoas suspeitas de ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), no fim da tarde desta segunda-feira (27), em Limeira, interior de São Paulo. Os policiais invadiram o local quando dois homens e duas mulheres eram "julgados" por infidelidade conjugal - comportamento que a facção não aceita. O grupo estava numa casa anexa a um bar, na Rua Alecrim, no Jardim Planalto. Conforme a PM, os quatro "acusados" estavam sentados em cadeiras, no centro de um círculo formado pelos 14 "julgadores".

Os detidos, inclusive os quatro "réus", foram levados para a Delegacia de Investigações (DIG) e ainda eram ouvidos pela Polícia Civil no início da noite. Ainda segundo a PM, o julgamento tinha sido iniciado no domingo, 26, e as pessoas passaram a noite no local. Quando a polícia chegou, os suspeitos tentaram fugir, mas foram contidos. Com eles, foram apreendidos celulares e papéis com anotações referentes às normas de disciplina adotadas pela facção criminosa. Pelo menos quatro suspeitos tinham passagens pela polícia.

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As duas mulheres eram acusadas de terem mantido relacionamento extraconjugal com os dois suspeitos. Os 14 "julgadores" foram indiciados pelos crimes de cárcere privado e associação criminosa. Apesar de serem as vítimas de cárcere privado, os quatro "réus" também foram indiciados por associação criminosa. Eles passaram por exames no Instituto Médico Legal (IML), mas não foram constatadas lesões. Os celulares apreendidos serão submetidos à perícia. A polícia não encontrou armas com os suspeitos, mas achou resquícios de que eles haviam usado drogas.

Policiais das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) mataram no fim da tarde de ontem, terça-feira, em Várzea Paulista (SP), oito acusados de compor um "tribunal" do crime organizado que julgava um homem acusado de estupro, que também morreu. Outros oito suspeitos foram presos pelos policiais. Segundo a Polícia Militar, todos os acusados morreram porque reagiram e a ação foi classificada como legítima pelo comandante-geral, coronel Roberval Ferreira França. Nenhum dos 40 policiais que participaram da ação ficou ferido.

A mãe, o irmão, o padrasto e a vítima de estupro - uma menina de 12 anos - foram detidos quando saíam da chácara. Dentro do local foi achado o corpo do acusado de estupro - a perícia técnica vai determinar de qual arma saíram os tiros que o mataram.

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O serviço de informações da PM havia recebido a informação de que bandidos suspeitos de ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) iam se reunir em uma chácara para o planejamento de uma ação. Era um tribunal no qual um dos supostos integrantes da facção - irmão da menina - queria que fosse julgado o suposto estuprador. De acordo com a polícia, a Rota cercou a chácara e aguardou até o momento ideal para a abordagem.

Três carros deixaram o local, cada um seguindo em uma direção. Os veículos foram seguidos por cerca de um quilômetro, até que houve a abordagem a cada veículo. Segundo o Comando de Policiamento de Choque (CPChoq, do qual a Rota faz parte), dois suspeitos do primeiro carro foram mortos e outro preso. Em outro veículo, a ação também acabou em tiroteio, que deixou dois mortos e dois presos. No terceiro, estava a família da menina e não houve resistência.

Enquanto isso, homens da Rota invadiam a chácara na Rua Cambará, onde teria ocorrido o terceiro confronto. Ali mais cinco acusados foram mortos - um deles, o homem que era julgado pelo grupo - e cinco detidos. "Estamos ainda levantando as informações sobre o caso para identificar os acusados, mas um dos chefes do grupo era conhecido como Príncipe", disse o secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto. O comandante do CPChoq, coronel César Morelli, foi até a chácara acompanhar o caso - por ordem do secretário.

Com o grupo, a Rota informou que apreendeu duas espingardas de calibre 12, uma submetralhadora, sete pistolas, quatro revólveres, um colete à prova de balas, TNT, cordel detonante e cinco carros, um deles com explosivos que seriam desativados pelo esquadrão antibombas. Até a noite de ontem, policiais do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) removiam o material da chácara.

Legitimidade

Segundo o comandante-geral da PM, coronel Roberval França, a ação da Rota foi acertada porque era o que deveria ser feito diante de um "tribunal do crime". "Todos os indicativos atestam uma ação legítima", afirmou.

França disse que a denúncia foi feita diretamente à Rota por telefone, no meio da tarde de ontem. Parte dos envolvidos já foi identificada. "Seis criminosos. E todos têm extensa ficha criminal." Segundo o comandante da corporação, não foi possível saber até as 23h se alguma viatura foi atingida por tiros disparados pelos acusados. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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