De terça (5) até este sábado (9), a sétima edição do Festival de Cinema de Triunfo realizou diariamente debates com os realizadores dos filmes participantes. Sempre às 11h, as conversas foram mediadas pelo jornalista André Dib, num espaço de Triunfo conhecido como a Casa da Pedra. Os encontros contaram com a presença de vários realizadores, como Hilton Lacerda (PE), Ali Muritiba (PR), Carla Osório (ES) e Amanda Ramos (PE).
Segundo a coordenadora de Audiovisual da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), Carla Francine, os debates na Casa de Pedra tiveram uma média de 60 pessoas. “Isso dificilmente acontece no Recife. Estamos fazendo de fato um trabalho de formiguinha, de plantar a história do gosto e interesse pelo cinema”, explicou ela sobre a proposta que foi implantada pela primeira vez na história do festival.
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A realizadora Carla Osório, do filme Cidade de Deus – 10 anos depois, explicou que o filme exige um debate mais aprofundado. “Ele levanta muitas questões, como ser artista negro no Brasil, de ser um artista que nasceu na favela. E a gente vê quantos deles conseguiram chegar ao estrelato: um número muito pequeno. Apresentar o filme aqui em Triunfo foi legal por sentir a reação das pessoas, que nunca é igual”, comentou Carla sobre a experiência.
Para Amanda Ramos, cineclubista de Pernambuco, os debates pareceram com sessões de cineclube. “Normalmente você tem a exibição do filme e, em seguida, há um debate sobre o assunto. Mas aqui em Triunfo não dá tempo de fazer a conversa logo após a o término do filme e a gente faz de manhã, e mesmo o povo indo pras festinhas acaba chegando cedo e sendo bem participativo. As pessoas assistem ao filme e querem discutir sobre eles”, ressaltou.
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