Tópicos | Universidade de Chicago

O Banco Santander, em parceria com a Universidade de Chicago, está oferecendo 1.000 bolsas de estudo gratuitas para o programa Santander Digital Business 2022. O projeto tem como objetivo desenvolver novas habilidades em gestão de equipes, implementar inovações no setor financeiro e entender estratégias atuais de marketing digital.

Os cursos serão realizados de forma remota, com disponibilidade em espanhol, inglês e português. As formações são flexíveis e exigem de cinco a oito horas semanais, com treinamento assíncrono (que pode ser feito em qualquer momento) combinado com atividades e apoio contínuo dos mentores. Para participar, é necessário ter mais de 18 anos.

##RECOMENDA##

Dentre as opções disponíveis, estão:  

Marketing Digital, que permitirá a compreensão de conceitos emergentes na área e fornece ao aluno linguagem, recursos, estratégias e ferramentas de marketing;  

Construção e gestão de equipes resilientes, focado no crescimento profissional baseado em soft skills como liderança, organização, gestão e crescimento de equipes;

Transformação digital do setor de serviços financeiros, com foco nos principais fundamentos e transformações do setor financeiro.

Os interessados podem se inscrever através do site, até o dia 16 de janeiro.

Defensora do liberalismo e professora na Universidade de Chicago entre 1968 e 1980 - época em que o ministro brasileiro da Economia, Paulo Guedes, passou por lá -, a economista Deirdre McCloskey afirma que o governo de Jair Bolsonaro é "qualquer coisa menos liberal", pois, para ela, não é possível separar as questões econômicas das sociais. "A ideia principal do liberalismo é que não haja hierarquias: homem sobre mulher, heterossexuais sobre gays ou Estado sobre indivíduos", disse Deirdre, que estará em São Paulo na próxima quarta-feira,29, para um evento do banco Credit Suisse.

Em uma época marcada por polarizações, a economista ganhou destaque no debate econômico mundial por criticar aspectos tanto da direita quanto da esquerda. Deirdre, que já esteve no Brasil há dois anos para o projeto Fronteiras do Pensamento, dessa vez também fará palestra para funcionários da Petrobrás.

##RECOMENDA##

A economista, que hoje é professora da Universidade de Illinois em Chicago, vê com descrédito a possibilidade de Guedes conseguir transformar a economia brasileira em liberal e não se mostra satisfeita com os rumos do governo brasileiro. "Um ministro da Economia não faz tudo funcionar, é preciso ter outras políticas por trás. (...) Bolsonaro pode ser capturado pelos interesses, especialmente dos mais ricos." A seguir, os principais trechos da entrevista.

A sra. já disse que o liberalismo é incompatível com violência e divisões na sociedade por gênero ou raça. Considerando isso, acha que o governo Bolsonaro é liberal?

Não. No meu país e no seu, há uma grande confusão sobre liberalismo. Nos EUA, significa uma versão suave de socialismo. Na América Latina, principalmente no Brasil, significa reacionário e violento. Os governos de Trump e Bolsonaro são qualquer coisa menos liberais. A palavra liberalismo vem do latim, ‘liber’, o que significa não-escravo. No resto do mundo, as pessoas sabem o que liberal significa. O presidente Emmanuel Macron, na França, é um liberal. A ideia principal do liberalismo é que não haja hierarquias: homem sobre mulher, heterossexuais sobre gays ou Estado sobre indivíduos.

Não podemos separar o econômico do social? O governo brasileiro se diz liberal na economia e conservador nos costumes.

Acho que não. Claro, pessoas como Bolsonaro dizem que sim. Acham que pode haver livre mercado na economia, ainda que haja um fascismo contra gays, por exemplo. Não concordo com isso. Para mim, assim como era para Adam Smith e John Stuart Mill, liberdade é liberdade.

A plataforma econômica do governo tem apoio do mercado...

O apoio do mundo dos negócios não é ao liberalismo. O apoio do que na América Latina vocês chamam de governos liberais vem porque os empresários querem o monopólio. Na Itália, os fascistas eram donos das indústrias e os empresários amavam Mussolini. Isso porque o Estado os ajudava. Isso é fascismo. Outra palavra para isso é corporativismo. As corporações parecem controlar o governo e o usam em benefício próprio. Em um mercado livre, as corporações têm de competir, o que é bom para você e para mim. Mas não é bom para nós quando há tarifas de importação, subsídios ou políticas para inovação. Não importa se as políticas são de direita ou de esquerda. Qualquer privilégio para um grupo machuca as pessoas comuns. É por isso que o Brasil tem crescimento econômico lento.

Acha que podemos comparar a Itália fascista com o Brasil atual?

Sim, mas não estou falando algo apenas sobre o Brasil. Há um movimento populista e fascista global. Você o vê na Hungria, na Polônia, nas Filipinas, na Rússia e nos EUA.

Vê alguma forma de mudar isso?

Tentando persuadir as pessoas de que liberdade é melhor. Se você oprime gays ou mulheres, também será pobre, porque, no mundo moderno, o liberalismo funciona. Ele faz as pessoas mais ricas e livres ao mesmo tempo.

Falando estritamente de economia, o Brasil está indo na direção correta?

Não sou especialista em Brasil, mas peguemos o exemplo da Amazônia. Não é do interesse dos brasileiros que as plantas da Amazônia sejam usadas sem nenhum direito de propriedade. Isso é entregar a Amazônia a empresas madeireiras privadas sem fazê-las pagar nada. É uma ideia muito ruim. Bolsonaro já cortou impostos?

Não.

A mesma coisa com Trump, que elevou impostos para beneficiar indústrias específicas, como a de painéis de energia solar. Eu esperaria que Bolsonaro fizesse algo parecido. Posso estar errada, mas acho que ele pode ser capturado pelos interesses, especialmente dos mais ricos. E eu não sou contra ricos, não quero atacá-los. Mas os donos das empresas precisam competir uns com os outros e com os estrangeiros também, e vice-versa. O Brasil faz bem aviões, os quais vende em todo o mundo. Mas, nos EUA, a Boeing é protegida pelos EUA, contra o Brasil. Isso é uma loucura. Deveríamos ser capazes de comprar aviões em qualquer parte do mundo.

A situação fiscal do Brasil é delicada. Acha que mesmo assim deveria haver redução?

Impostos são fonte de receita para governos e tornam a economia menos eficiente. Eles impedem a competição. (Para reduzir impostos no Brasil) seria melhor cortar o investimento nas forças armadas, o que Bolsonaro obviamente não fará.

O ministro Paulo Guedes foi seu aluno em Chicago? Ele defende uma postura liberal em relação ao comércio...

Se ele esteve lá nos anos 70, quase certeza que foi meu aluno. As turmas eram grandes, mas acho que me lembro desse nome. Se ele está fazendo o que aprendeu em Chicago, está colocando a economia na direção correta. Mas um ministro da Economia não faz tudo funcionar. É preciso ter outras políticas por trás.

A sra. sempre afirma que o problema das sociedades não é a desigualdade, mas a pobreza. O liberalismo é suficiente para reduzir a pobreza? Políticas para ajudar pessoas a saírem da extrema pobreza são desnecessárias?

Sou a favor dessas políticas. O governo deve taxar pessoas como você e eu para pagar educação fundamental e talvez educação secundária. Não acho que deva pagar por universidades. Também devemos ser taxadas para pagar o Bolsa Família. E é isso. Mas também tem de haver políticas liberais que quebrem monopólios. Vamos pegar o exemplo dos sistemas de saúde: o problema que temos nos EUA é que a indústria é monopolista. Os preços de medicamentos são extremamente altos e ainda tem uma lei que proíbe os cidadãos americanos de comprarem remédios no Canadá ou no México. É uma loucura. É uma proteção especial para os donos das empresas de remédios.

Como liberal e mulher transexual, acha que políticas de igualdade de gênero ou de raça devem ser adotadas?

Não, elas transformam transgêneros ou gays ou negros em crianças. Vamos pegar um exemplo concreto de transgêneros: quem deve pagar pela operação de mudança de sexo? O Estado ou o indivíduo? Pra mim, deve ser o indivíduo. As operações de mudança de sexo não são tão caras. Custam quase o mesmo que um carro pequeno. O problema de o Estado assumindo coisas é que você pode se tornar um escravo do Estado. Se você tem uma pessoa legal no comando do Estado, como o Barack Obama, tudo está bem. Mas, se você tem pessoas desagradáveis e loucas, como Bolsonaro ou Trump, as mesmas regras - os mesmos subsídios, as mesmas proteções que ajudam as pessoas transexuais - podem se virar instantaneamente contra elas. O Trump, por exemplo, para satisfazer suas bases, tirou os transgêneros das Forças Armadas. Eu quero tirar o Estado grande do que é da minha e da sua conta. Quero que as pessoas convençam uns aos outros com trocas monetárias: eu ofereço meu trabalho para você, você me dá dinheiro em troca e eu compro coisas. É assim que os pobres melhoraram de vida nos últimos dois séculos, não é através da ação do Estado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Usar o Twitter já é uma atividade mais tentadora do que dormir ou fazer sexo. Pelo menos é o que aponta um novo estudo feito pela Universidade de Chicago e divulgado pelo jornal The Guardian, que entrevistou cerca de 200 pessoas, com idades entre 18 e 85 anos, da cidade alemã de Wurtzburg.

Para realizar a pesquisa, o grupo da Universidade enviou sete perguntas por dia aos entrevistados, questionando quais os desejos que haviam sentido na última meia hora, assim como a intensidade de cada um deles.

Após avaliar as respostas, a equipe de pesquisadores descobriu que era mais fácil as pessoas resistirem a tentações mais tradicionais como sexo, café, álcool, dormir, do que no simples e, aparentemente, muito viciante ato de tuitar uma mensagem na web.

De acordo com os pesquisadores, duas atividades essenciais para o ser humano, dormir e fazer sexo, são mais fáceis de resistir do que a tentação de enviar um tuíte. As explicações podem estar no fato de que usar o microblog é uma tarefa sem riscos, de baixo custo e que pode ser feita praticamente a qualquer momento e em qualquer local, ao contrário de atividades como dormir, beber, fumar e fazer sexo.

O levantamento será publicado, em breve, no veículo especializado Psychological Science.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando