O atendimento a uma idosa na UPA de Jardim Marajó, em Valparaíso de Goiás, causou uma confusão que envolveu a Polícia Militar, profissionais de saúde da unidade e o Corpo de Bombeiros. Um dos policiais tomou o celular das mãos de uma enfermeira que filmava a ação truculenta.
O caso ocorreu na segunda-feira (3) e repercutiu nas redes sociais com as imagens de violência. A mulher que teve o celular tomado pelo policial alega que também foi agredida com dois tapas.
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Mais cedo naquela data, o Corpo de Bombeiros socorreu uma idosa em estado grave até a unidade. Contudo, o prédio passa por reformas e o fluxo de atendimentos foi alterado, conforme combinado com a Secretaria de Saúde e as corporações.
Por conta das obras, a UPA de Jardim Marajó está sem laboratório, raio-x e setor de internação. Por isso, os atendimentos advindos de ocorrências dos bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram restringidos. A orientação era que os pacientes fossem levados para outras unidades do município.
. Devido à gravidade do quadro da paciente, os bombeiros acionaram a Polícia Militar e acusaram as profissionais da UPA de recusar prestar socorro, segundo o Metrópoles.
Mesmo com a medida restritiva, a paciente foi avaliada e intubada na unidade. Porém, no momento em que era realizado um procedimento de acesso venoso na idosa, os policiais teriam invadido a emergência e desrespeitado os pedidos para que deixassem o setor. O segurança da UPA ainda tentou impedir a entrada.
Uma médica, uma enfermeira e uma fisioterapeuta ainda teriam recebido voz de prisão.
A equipe da UPA declarou que só havia mulheres no momento do ocorrido e elas se sentiram acuadas. "Nada justifica uma agressão por parte de um homem contra uma mulher, principalmente contra profissionais da saúde em seu local de trabalho, por aqueles que deveriam proteger a população", declararam os profissionais de saúde.
Os bombeiros, por nota, informaram que o chefe da guarnição enfatizou a urgência do atendimento devido à gravidade do caso, porém a médica se recusou a prestar assistência. "Diante dessa recusa, o comandante da guarnição alertou sobre a possibilidade de omissão de socorro e solicitou intervenção da Polícia Militar."
A Polícia Militar ainda não se manifestou sobre o ocorrido.