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Conselheiros regionais de oposição no Vêneto pediram nesta sexta-feira (29) a revogação da cidadania honorária concedida ao presidente Jair Bolsonaro no município de Anguillara Veneta, a 80 quilômetros de Veneza.

Por meio de um comunicado, os grupos de oposição no Conselho Regional (equivalente italiano a uma assembleia legislativa estadual) do Vêneto afirmaram que essa homenagem deve ser conferida a "personalidades de altíssimo valor".

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"Existem 60 mil cidadãos de origem vêneta residentes no Brasil.

Nos últimos dias, muitos me contataram para apoiar minha intervenção, que é também de todos os grupos de oposição no Conselho Regional, na qual expresso amplas reservas sobre a cidadania honorária", declarou o porta-voz da minoria no Vêneto, Arturo Lorenzoni.

A região é uma das mais ricas da Itália e é governada pelo partido de ultradireita Liga, cujo secretário federal, o ex-ministro do Interior e senador Matteo Salvini, é aliado de Bolsonaro.

"Quais méritos pode ter um presidente acusado de crimes intencionais na gestão da pandemia em seu país? Além da gestão da pandemia, o presidente se distinguiu negativamente por ter dado o impulso para o desmatamento da Amazônia. Existem todas as condições para que a cidadania honorária a Bolsonaro seja retirada", acrescentou Lorenzoni.

Homenagem - A cidadania honorária a Bolsonaro foi proposta pela prefeita de Anguillara Veneta, Alessandra Buoso, com o argumento de que um bisavô do presidente nasceu nessa pequena cidade de pouco mais de 4 mil habitantes situada no norte italiano.

"A cidadania é conferida de fato ao presidente, como delegado de um povo e eleito democraticamente pelo povo que ele representa, mas é conferida simbolicamente a toda uma nação", justificou Buoso por meio de comunicado.

Segundo a prefeita, o reconhecimento vale como um "gesto simbólico de esperança para todos os povos que, todos os dias, são obrigados a migrar para outros países em busca de uma nova vida".

"Não queremos entrar nos aspectos políticos porque não é nosso papel nem nossa vontade, queremos apenas recordar que os laços entre essas duas nações são extremamente fortes", acrescentou.

Bolsonaro deve visitar Anguillara em 1º de novembro, após a cúpula do G20 em Roma. Diversas organizações, inclusive a maior entidade antifascista da Itália, prometem protestar contra o presidente no dia de sua viagem a Anguillara, e até a Igreja Católica na província de Pádua, onde fica a cidade, expressou "constrangimento" com a visita.

Da Ansa

A decisão de uma pequena comunidade da região do Vêneto de nomear o presidente Jair Bolsonaro cidadão honorário causou alvoroço na Itália nesta terça-feira (26).

"A decisão foi aprovada" pela câmara municipal, confirmou à AFP a prefeita de Anguillara Veneta, uma pequena cidade de 4.000 habitantes, Alessandra Buoso, membro da Liga (partido de extrema direita).

Essa decisão foi rapidamente criticada, especialmente quando nesta terça-feira a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado pediu a suspensão das contas de Bolsonaro nas redes sociais por mencionar uma nova informação falsa sobre a covid-19.

"Bolsonaro liderou uma política anticovid baseada no negacionismo e contra a vacina, que levou a milhares de mortos", denunciou Arturo Lorenzoni, porta-voz da oposição no Conselho Regional do Vêneto, região governada pela Liga.

Contatada por telefone pela AFP, a prefeita da localidade tentou defender a decisão, explicando que a iniciativa é "para o povo que representa e não para ele como pessoa".

O título de cidadão honorário busca "recompensar o recebimento dos migrantes procedentes de Anguillara Veneta no Brasil", afirmou.

Cerca de mil habitantes desta comunidade emigraram ao Brasil no final do século XIX devido à pobreza. Entre eles estão antepassados do presidente brasileiro, que emigraram em 1888.

Bolsonaro viajará à Itália para a cúpula do G20 neste fim de semana em Roma. Depois pode se deslocar para a terra de seus antepassados, visita que ainda não foi confirmada.

A Itália passa por um dos piores momentos de sua história. Já são mais de 4 mil mortos pelo novo coronavírus (Covid-19), e enquanto a pandemia devasta moradores de várias partes do território italiano, boas notícias surgem na natureza. Os clássicos canais da cidade de Veneza, famosos pela visitação e pela poluição, apresentam sinais de limpeza.

Mesmo com a boa aparência dos canais, a prefeitura da cidade não confirma a despoluição total das águas na capital de Vêneto. Em entrevista à rede estadunidense CNN, um porta-voz da administração pública local declarou que a água segue poluída e que a coloração atual se deve a não frequência dos barcos nas vias aquáticas. "A água agora parece mais clara porque há menos tráfego nos canais, permitindo que o sedimento permaneça no fundo", afirmou.

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Alguns moradores da região registraram inclusive animais, como cisnes, na superfície. Além disso, espécies de peixes também foram vistas em movimento nas águas cristalinas de Veneza.

A prefeitura de uma pequena cidade de montanha na região italiana do Vêneto decidiu aprovar uma medida que proíbe que piscinas sejam construídas em casas e terrenos privados e particulares do município. O projeto, um tanto quanto inusitado, foi aprovado em Asolo, cidade histórica dona de uma população de apenas 9 mil pessoas, e tem como principais motivos o suposto desperdício de água que as piscinas provocam e o estrago da paisagem do município também causado pela sua construção.

De acordo com o prefeito das cidade, Mauro Migliorini, "as construções são um desperdício de água e pioram a paisagem" local. "Não esqueçamos que este é um lugar está sobre a proteção da União Europeia e que por isso não pode ser mudado.

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Além disso, "aqui em Asolo nunca tivemos problemas de seca, mas notamos nos últimos anos uma queda do volume do nosso aqueduto e das fontes de distribuição da cidade", explicou o prefeito. O novo regulamento, que deverá entrar em vigor após o verão europeu, prevê que as únicas exceções serão concedidas a donos de hotéis e de outras estruturas turísticas e, nestes casos, as piscinas construídas deverão ser preenchidas apenas com água de chuvas, ter o fundo escuro e ser parcialmente cobertas árvores nativas. 

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