Tópicos | Votação Adiada

 A proibição do aborto no Brasil, inclusive em casos de estupro, anencefalia e quando há risco para a mulher, está sendo votada na Câmara Federal intitulada como “Estatuto do nascituro”, e deputados bolsonaristas tentam acelerar a votação do projeto. Atualmente, a interrupção da gravidez é autorizada em casos de estupro, risco de morte da gestante e anencefalia, diferentemente do que é proposto em Brasília.

Se aprovado, o projeto de lei implicará na criminalização do aborto em todas as situações. A matéria, que tem o texto discutido na Câmara desde 2007, teve a votação adiada na Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher na quarta-feira (7), depois de ter recebido pedidos de vista das deputadas Erika Kokay (PT-DF), Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e Vivi Reis (PSOL-PA), e do deputado Pastor Eurico (PL-PE). Bomfim, inclusive, chegou a afirmar que o Estatuto do Nascituro deveria ser chamado de “estatuto do estuprador”, levando em conta que mais de 70% das vítimas de violência sexual no Brasil são meninas e crianças, segundo a parlamentar.

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A bancada conservadora defende que o feto tem direito “à vida, ao desenvolvimento e à integridade física” mesmo antes de nascer, enquanto a oposição destaca que a proposta viola a Constituição Federal, que garante os direitos reprodutivos às mulheres.

O relator, o deputado Emanuel Pinheiro Neto (MDB-MT), defende que o nascituro fala sobre o indivíduo humano concebido, “mas ainda não nascido”. Ele diz que o texto da matéria quer garantir o direito à vida, saúde, desenvolvimento e integridade física ao feto, além de proibir “qualquer dano ao nascituro”. Sendo assim, o parecer garante que o feto resultante de violência sexual terá os mesmos direitos dos demais nascituros.

No entanto, o Código Civil brasileiros prevê que o feto só tem direitos após o nascimento com vida mas, atualmente, o nascituro tem garantias civis, como indenização pela morte do pai e alimentos gravídicos.

O que prevê

A aprovação do projeto de lei implica em uma mudança no Código Penal, pois pode fazer diversas alterações, dentre elas, o nascituro passa a ter direitos patrimoniais, como direito à herança, mas só serão efetivados quando o nascituro nascer; proíbe pesquisas com células troncos e embriões, o que deve gerar um retrocesso na ciência; reconhece a paternidade de crianças resultantes de crimes de estupro; institui bolsas para vítimas de estupro, como “Bolsa Estupro”.

Momentos antes da primeira votação do projeto do Executivo estadual, que obriga a instalação de Telhados Verdes em edifícios com mais de quatro pavimentos e imóveis não habitacionais com área a  partir de  400m², a vereadora Michele Collins (PP) apresentou uma emenda ao projeto.  O substitutivo apresentado pela parlamentar solicita que as igrejas e templos religiosos sejam excluídos da obrigatoriedade.

A vereadora alegou que por se tratar de organizações sem fins lucrativos, nem todas as igrejas, disponibilizaria o investimento necessário para a instalação dos respectivos telhados ecológicos. “A emenda vem solicitar a tolerância em relação aos templos religiosos, pois nem todos terão condições  de cumprir com a determinação. Também é preciso levar em consideração o projeto arquitetônico das igrejas, q dificulta a instalações dos telhados, pois muitas delas pelo formato de torre”,pontuou Collins.

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Para ingressar com a emenda, a vereadora precisaria recolher 13 assinaturas, mas Michele Collins conseguiu angariar 17 aliados, dentre os 39 parlamentares da casa José Mariano. De acordo com a vereadora não há impedimento para a matéria ser aprovada. 

Na outra ponta, o vereador Eurico Freire (PV), que iniciou a matéria na Câmara dos Vereadores, mas retirou a proposta quando a prefeitura do Recife decidiu ingressar com a projeto,  lamentou o adiamento da votação. Apesar de reconhecer a validade da solicitação, o parlamentar defende que a vereadora teve tempo suficiente para apresentar a emenda anteriormente. “Fizemos audiência pública e tivemos um período razoável para aprovação das emendas”. 

O parlamentar ainda ressaltou que o substitutivo faz com que dois eixos deixem de ser beneficiados, pois além dos frequentadores das organizações religiosas, os moradores do entorno dos respectivos imóveis não serão favorecidos com a diminuição de cerca de 4 graus na temperatura. “Uma das finalidades da igreja é o cuidar e o projeto também tem essa missão, porque pensa na preservação do meio ambiente e, consequente, no bem estar da população. Espero que o substitutivo venha a ser rejeitado pelas comissões”, concluiu Freire.

Com a solicitação de emenda, o PL 67/2013 não tem prazo para ser apreciado, pois só voltará ao plenário para a votação após o parecer das comissões de Legislação e Justiça, Finanças e Orçamento e de Meio Ambiente.

Brasília - A votação do projeto de lei que cria o Fundo de Previdência Complementar dos Servidores Públicos Federais (Funpresp) prevista para hoje (14) foi adiada para a primeira semana de fevereiro do ano que vem. A decisão para o adiamento foi tomada em conversas do líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), com líderes da base governista e da oposição e também com o presidente da Câmara, deputado marco Maia (PT-RS).

Mesmo com a decisão de votar a matéria só no ano que vem, os deputado iniciaram o processo de discussão da proposta no plenário da Câmara. “Conversei com o Marco Maia, e a avaliação é que não teria nenhum prejuízo para a tramitação da Funpresp na Casa se avançássemos hoje na discussão e não levasse a sessão até as 4 horas, deixando a votação para fevereiro”, disse Vaccarezza.

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O líder governista declarou ainda que se insistisse na votação do Funpresp na noite de hoje, não daria para votar a proposta de emenda à Constituição (PEC 270) que trata das aposentadorias de servidores públicos por invalidez. “Fizemos um acordo para adiar, então, a votação da Funpresp. O governo concordou em iniciar a discussão, mas ela será encerrada só em fevereiro por ocasião da votação da matéria”.

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