Tópicos | Washington Quaquá

Natural de Niterói, no Rio de Janeiro, o deputado federal Washington Luiz Cardoso Siqueira, conhecido como Washington Quaquá, ganhou holofotes nesta semana depois de agredir com um tapa o colega de Parlamento Messias Donato (Republicanos-ES) e chamar Nikolas Ferreira (PL-MG) de "viadinho". Os casos serão levados ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados e uma notícia-crime foi encaminhada à Procuradoria-Geral da República (PGR). A meta da oposição é cassar o mandato de Quaquá.

O deputado é atual vice-presidente nacional do PT e enfrenta uma ação penal na Justiça Federal do Rio de Janeiro. Em primeira instância, ele foi condenado a três anos, dois meses e 15 dias de reclusão por "expor a perigo embarcação ou aeronave, própria ou alheia, ou praticar qualquer ato tendente a impedir ou dificultar navegação marítima, fluvial ou aérea". A pena foi transformada em prestação de serviço à comunidade e pagamento de multa. O caso ainda tramita na segunda instância. O Estadão procurou falar com o parlamentar e aguarda retorno.

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De acordo com os autos, Quaquá impediu pousos ao fechar a pista do aeroporto de Maricá, no Rio de Janeiro, durante seu segundo mandato de prefeito. A medida foi tomada por meio do decreto 171/2013, com posicionamento de viaturas municipais na pista, "de modo a inviabilizar o seu uso para o tráfego aéreo, bem como para bloquear o acesso".

Em 2021, quando a sentença saiu, Quaquá afirmou à Inter TV, filiada da TV Globo, que tirou traficantes do aeroporto e o devolveu para população de Maricá.

"Tenho certeza que as instâncias superiores farão justiça e anularão tal decisão. Antes de meu governo o Aeroporto de Maricá era controlado por traficantes. Foi com coragem e destemor que expulsei os traficantes e devolvi o aeroporto para a cidade e para as atividades lícitas. No curso do processo, forças poderosas e ricas, que movimentavam ilicitamente milhões no aeroporto, tentaram me calar e reverter minha decisão", disse na época.

Para o Ministério Público Federal (MPF), a ação determinada por Quaquá foi responsável por colocar a vida de pilotos em risco. Em 21 de outubro de 2013, a aeronave pilotada por Pablo Nóbrega teve que arremeter por risco de colisão com automóveis parados na pista. Quase um mês antes, em 27 de setembro de 2013, outra aeronave, então comandada pelo piloto e instrutor Pedro Correia Guimarães, foi exposta ao perigo de dano na mesma pista.

Quaquá também era acusado de ser responsável pela morte de um piloto e um juiz que morreram em um acidente próximo da pista. No entanto, o político não foi condenado porque, segundo relato técnico do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), ficou provado que o avião não sobrevoou nem tentou pousar no aeródromo de Maricá e que a perícia constatou que as falhas mecânicas da aeronave foram decisivas para a sua queda na lagoa próxima à pista de pouso.

Em segunda instância, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) entendeu ser caso de propor acordo de não persecução penal, que livra os réus de uma condenação. O processo, então, voltou para primeira instância em abril deste ano. No entanto, o MPF alegou que Quaquá nega os fatos e, por isso, não propôs acordo, que ocorre quando réu assume os fatos narrados na inicial da ação.

"Instado sobre a possibilidade de oferecimento do acordo de não persecução penal ao réu Washington Luiz Cardoso Siqueira, o MPF deixou de propor o benefício porque o réu negou os fatos imputados. O órgão alegou que, diante das graves condutas advindas de um gestor público, a pena que lhe foi imposta na sentença, ou se lhe couber maior pena em grau de recurso, deve ser cumprida de forma integral por ser mais adequada e razoável ao delinde dos fatos", despachou o juiz federal substituto Eduardo Aidê Bueno de Camargo. Ao retornar para segunda instância, a ação está conclusa para julgamento desde o dia 16 de novembro deste ano.

Quaquá já foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa

O deputado petista já foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa, que veda candidaturas de políticos com problemas na Justiça. Em 2013, um ano depois de ser reeleito prefeito de Maricá, cidade fluminense, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou sua inelegibilidade por 8 anos.

"Os magistrados seguiram o voto do relator do processo, desembargador Bernardo Garcez, que declarou também a inelegibilidade de Quaquá por oito anos, contados a partir de 2012, pela prática de abuso do poder político e conduta vedada a agente público" informou o TSE à época do julgamento. Reeleito em 2012, Quaquá foi acusado de utilizar o lançamento do Programa Renda Melhor em Maricá para obter benefícios eleitorais.

Em 2018, o TSE não permitiu a liberação de candidatura de Quaquá. Neste caso, no entanto, por outra condenação.

De acordo com o tribunal, o petista foi barrado da disputa eleitoral por ter sido condenado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) por "utilizar, quando era prefeito de Maricá, decreto municipal que concedeu, de forma indevida e indiscriminadamente, gratificação de representação de gabinete a mais de cem correligionários e apadrinhados políticos. De acordo com a decisão do TJ-RJ, as gratificações, que aumentaram em 100% os vencimentos básicos, foram distribuídas sem qualquer respeito a critérios legais ou administrativos. Washington Quaquá disputou a eleição amparado por recurso e obteve 74.175 votos para o cargo de deputado federal", citou o TSE em novembro de 2018.

Deputado quer voltar a ser prefeito

Quaquá está de olho nas eleições municipais de 2024, quando pretende se candidatar ao cargo de prefeito de Maricá. A 60 km da capital Rio de Janeiro, a cidade foi governada por Quaquá por dois mandatos - entre 2009 e 2016.

"Estou voltando ano que vem (2024) pra Prefeitura de Maricá, mas o prefeito irmão Fabiano Horta nos presenteia com a ampliação da Renda Básica da Cidadania, para mais de 93 mil pessoas recebendo R$ 230 cada um (sic)", disse em trecho de postagem feita nas redes sociais no dia 2 de novembro deste ano.

Quaquá começou a disputar eleições em 2000, quando candidatou-se a prefeito de Maricá e perdeu. Ele também não conseguiu chegar ao posto almejado na disputa eleitoral de 2004.

Em 2006, tornou-se suplente de deputado estadual no Rio de Janeiro e, dois anos depois, foi eleito prefeito de Maricá com 62,60% dos votos no primeiro turno. Quatro anos depois, Quaquá foi reeleito com 42,48% dos votos válidos.

O que o deputado disse sobre a agressão ao colega parlamentar

O deputado do Rio de Janeiro afirmou que deu tapa em Messias Donato depois de sofrer uma agressão.

De acordo com o petista, a "reação foi desencadeada por uma agressão anterior. O deputado proferia ofensas contra o presidente da República quando liguei a câmera do celular com a intenção de produzir prova para um processo. Foi quando fui empurrado e tive o braço segurado para evitar a filmagem. Nunca utilizo a violência como método, mas não tolero agressões verbais ou físicas da ultra direita e sempre reagirei para me defender. Bateu, levou", afirmou em postagem eu suas redes sociais.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) condenou o comportamento agressivo de parlamentares durante a sessão que promulgou a reforma tributária. Lira criticou ainda o vice-presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, o deputado Washington Quaquá, que deu um tapa no rosto do deputado Messias Donato (Republicanos).

"Política é a arte de viver com contrários", disse. "Não concordo com tudo que Lula defende", disse em entrevista à Globonews.

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Para Lira, as imagens da discussão entre os dois parlamentares, assim como as vaias da oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) "depreciam a imagem do parlamento". "Ser de esquerda ou ser direita não representa aquilo ali não", afirmou o presidente da Câmara, criticando os que fazem "lacração nas redes sociais".

O líder chegou a cobrar lideranças ao pedir que os partidos dos envolvidos tomem as medidas cabíveis e eles "não se projetam de novo" com relação a falta de decoro. Para o caso, Lira pediu o rigor necessário, pontuando que o ato ofuscou a promulgação da reforma, "que foi uma conquista muito grande do parlamento", disse.

Vice-presidente do PT, Quaquá agrediu Messias Donato dentro do plenário da Câmara. Quaquá foi tirar satisfação de deputados apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que cantavam "Lula/ladrão/seu lugar é na prisão" para o chefe do Executivo.

Quaquá disse que faria uma representação contra o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e o chamou de "viadinho". Donato interviu pegando no braço do petista. Quaquá então esbofeteou Donato na cara.

O deputado Washington Quaquá (PT-RJ) agrediu o deputado Messias Donato (Republicanos-ES) durante a sessão de promulgação da reforma tributária, que teve a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Donato afirmou que registrará boletim de ocorrência sobre o incidente. A assessoria de um dos parlamentares gravou vídeo com a cena.

Quaquá veio tirar satisfação de deputados apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que cantavam "Lula/ladrão/seu lugar é na prisão" para o chefe do Executivo.

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Com o celular em mãos, disse que faria uma representação contra o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), e o chamou de "viadinho". Em seguida, foi repelido por Donato, que o pegou no seu braço. Quaquá então esbofeteou Donato na cara.

A confusão então se alastrou. "Agressão aqui, pô. Que isso, você deu um tapa na cara", disse Nikolas. Quaquá se retirou da confusão naquele momento.

"(Donato) me agrediu e dei um na cara dele. Eles estavam xingando Lula", admitiu Quaquá. "Esse deputado segurou minha mão e me empurrou. Tomou um tapa na cara."

Quaquá prosseguiu. "Se me empurrar, dou de novo. A esquerda é muito passiva com a violência da direita. Comigo bateu, levou."

Até o momento, o Conselho de Ética arquivou todos os 19 casos analisados em 2023.

Quaquá é um dos vice-presidentes do PT, e, diferente do acontecimento de hoje, tinha mais proximidade com bolsonaristas. No começo do ano, por exemplo, publicou uma foto ao lado de Eduardo Pazuello (PL-RJ), hoje deputado federal, que foi ministro da Saúde no governo Bolsonaro durante a pandemia.

A ida de Lula ao Congresso Nacional novamente rendeu cenas do que aconteceu no primeiro dia de atividade do Legislativo federal neste ano. De um lado, apoiadores do petista puxaram "olê, olê, olê, olá; Lula, Lula"; do outro, a oposição respondeu com "Lula ladrão, seu lugar é na prisão". As cenas se repetiram nesta quarta-feira, 20.

Para assistir ao vídeo do ocorrido, basta clicar aqui.

O deputado federal e vice-presidente do Partido dos Trabalhadores, Washington Quaquá (PT-RJ), criticou a operação da Polícia Federal que teve como alvo Jair Bolsonaro (PL). "Parem de espetáculo", afirmou o parlamentar nas redes sociais.

"Que Bolsonaro cometeu crimes e terá que pagar por eles eu concordo e não tenho dúvidas (sem anistia!). Que seja feito o devido processo legal e lhe deem o direito de defesa! Mas ações espetaculosas e desmoralizantes por parte do Judiciáro e da Polícia Federal não só não têm meu apoio como têm meu repúdio!", publicou o deputado.

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Ele também mencionou a Operação Lava Jato e disse que todos têm direito à "proteção de sua imagem" antes do trânsito em julgado (fim de todos os prazos de recurso). O deputado arrematou com "não contem comigo pra ter um peso e duas medidas!"

Quaquá foi prefeito de Maricá, cidade a 60 quilômetros da capital carioca, por dois mandatos seguidos. Desde o começo deste ano, ele exerce seu primeiro mandato na Câmara dos Deputados.

Recentemente, Quaquá polemizou nas redes ao publicar uma foto ao lado de Eduardo Pazuello (PL-RJ), ministro da Saúde de Bolsonaro durante a gestão da pandemia da Covid-19. Como mostrou o Estadão, o PT recebeu pedidos de que o deputado fosse expulso do partido.

O ex-prefeito de Maricá-RJ e atual presidente da Executiva do PT do Rio de Janeiro, Washington Quaquá, aparece em um vídeo brigando com um homem que vestia uma camisa com a suástica do regime nazista em bar de Maricá. O vídeo da confusão está repercutindo nas redes sociais.

No vídeo, um rapaz  ao lado do petista joga uma cadeira contra o homem que estaria vestindo a suástica nazista. Quaquá aparece perguntando a outro homem se ele é nazista. “Você também é? É ou não é?”, questiona exaltado. A confusão, segundo blogs locais, ocorreu na madrugada deste sábado (16).

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No Twitter, uma conta atribuída ao ex-prefeito escreveu as seguintes mensagens: “Nazistas aqui não!” e “A porrada vai cantar! Não entra aqui com insígnia nazista!”, além de um emoji de soco. Ainda não há posicionamento oficial de Quaquá ou do partido sobre o fato. Ele foi prefeito de Maricá no período de 2009 a 2016. Veja o vídeo:

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O presidente do PT do Rio de Janeiro, Washington Quaquá, afirmou nesta quinta-feira, dia 25, que não faz questão da presença da presidente Dilma Rousseff na festa de 36 anos do partido, que serão comemorados neste sábado, 27, com show do sambista Diogo Nogueira e da bateria da Portela, na zona portuária do Rio.

Mais cedo, rumores apontavam que Dilma queria cancelar sua participação na festa. Ministros do PT, porém, ainda estariam tentando convencê-la a mudar de ideia. A decisão de Dilma teria ocorrido após ela ser informada de que a ofensiva do PT contra o ajuste fiscal será ampliada neste fim de semana.

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A versão oficial é de que Dilma estará no Chile para um encontro com a presidente Michelle Bachelet e, com a agenda apertada, há risco de não conseguir chegar a tempo do ato político. Na prática, porém, ela estaria cada vez mais irritada com os ataques do PT ao governo e já teria percebido que o partido subirá o tom das cobranças na reunião do Diretório Nacional, marcada para esta sexta-feira, 26.

Quaquá integra o grupo de petistas que não aceitam a política econômica do governo. A insatisfação foi agravada com a aprovação, na noite de quarta-feira, 24, do projeto do senador José Serra (PSDB-SP) que desobriga a Petrobras de ser operadora única e ter participação mínima de 30% na exploração da camada do pré-sal.

Pouco antes da votação, o governo negociou com o relator do projeto, Romero Jucá (PMDB-RR), que a Petrobras tenha pelo menos o direito de preferência em futuras licitações.

Questionado sobre a possibilidade de Dilma não ir à festa, por estar contrariada com a reação do PT contra o ajuste fiscal, Quaquá respondeu: "Eu não faria questão da presença dela, mas falo em meu nome, não do partido".

Quaquá defendeu que o PT deixe claras as divergências com as medidas defendidas pelo governo, como a reforma da Previdência. "Quem está contrariado com ela (Dilma) somos nós, por causa do pré-sal. O acordo com o PSDB ontem vai consolidando o movimento que está jogando fora a política econômica do (ex) presidente Lula. O governo está se distanciando muito no nosso projeto. O PT tem que pressionar de maneira mais dura", disse o dirigente petista, também prefeito de Maricá, no litoral fluminense.

Nesta sexta-feira, 26, o Diretório Nacional do PT se reúne no Rio e deverá aprovar um documento com críticas à política econômica. No dia seguinte, a festa de aniversário acontecerá no espaço batizado Armazém da Utopia, onde serão esperadas 3 mil pessoas.

O PT não informou os gastos com a festa. A assessoria de Diogo Nogueira também não informou o cachê do artista. Disse que é um contrato profissional "como qualquer outro" e que o sambista não tem vínculo com o partido.

No carnaval do ano passado, a prefeitura do Rio pagou R$ 95 mil pela apresentação de Diogo e sua banda no Terreirão do Samba. No réveillon de 2013, quando os artistas cobram cachês bem mais altos, o show de Diogo na Praia de Copacabana custou à prefeitura R$ 250 mil.

A bateria da Portela foi contratada pelo PT por R$ 7 mil, segundo a assessoria da escola de samba. A apresentação terá 12 ritmistas, um mestre de bateria, um cantor, quatro passistas, casal de mestre-sala e porta-bandeira e um diretor responsável pela organização.

Na reunião do Diretório Nacional e na festa petista, ocorrerão atos de desagravo ao ex-presidente Lula, investigado por força-tarefa da Operação Lava Jato, por suspeita de ser proprietário oculto do sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), onde empreiteiras com contratos com a União fizeram obras de benfeitorias.

O presidente do PT-RJ reclamou do fato de a Polícia Federal não ter até agora aberto inquérito para investigar suspeita de que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, tenha recorrido a uma empresa privada para mandar dinheiro para o exterior à jornalista Mirian Dutra, com quem manteve um relacionamento nos anos 1990.

Mirian disse ao jornal Folha de S.Paulo que Fernando Henrique usou a empresa Brasif S.A. para enviar recursos a ela. O ex-presidente tucano negou ter qualquer relação com contrato de prestação de serviço assinado entre a jornalista e a empresa.

"Vamos prestigiar o Lula. É preconceito achar que pobre não pode ascender socialmente. Para nossos adversários, os petistas não podem pegar o elevador social", afirmou Quaquá.

A relação entre Dilma e o PT vai de mal a pior. Apesar do convite da cúpula petista, ela não quis gravar nenhum depoimento para o programa de TV do partido, que foi ao ar na terça-feira e provocou panelaços em todo o País.

Anfitrião da presidente Dilma Rousseff, que nesta sexta-feira, 31, entregará 3 mil apartamentos do programa Minha Casa Minha Vida, o prefeito de Maricá (Região Metropolitana) e presidente do PT-RJ, Washington Quaquá, defendeu que ela se aproxime "do povão" e mude o ministério, a começar pelo titular da Casa Civil, ministro Aloizio Mercadante.

Quaquá disse também que o PDT não deveria continuar à frente do Ministério do Trabalho, pois votou contra o governo no Congresso.

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"A presidente tem que ir para o povão. Tem que enfrentar a crise com uma agenda positiva voltada ao desenvolvimento. Precisa fazer uma reforma ministerial que incorpore a agenda da sociedade, que chame os movimentos sociais, as centrais sindicais, a juventude. Dez entre dez políticos e empresários reclamam da Casa Civil. Mercadante tem dificuldade de interlocução. Ouço isso o tempo todo. É que as pessoas têm medo de falar, eu não tenho", disse Quaquá nesta quarta-feira, 29, ao Estado.

O presidente do PT-RJ afirmou esperar mudanças na pasta do Trabalho, ocupada pelo pedetista Manoel Dias. Os deputados do PDT votaram em peso pelo fim do fator previdenciário e contra medidas do ajuste fiscal. "O PDT não vota com o governo. É hora de colocar no Ministério do Trabalho alguém que se mobilize na defesa do emprego, do desenvolvimento." Mercadante e Dias não comentaram as críticas.

Para Quaquá, não há razão para temer hostilidades a Dilma na entrega do Condomínio Carlos Marighella, na localidade de Itaipuaçu. "A presidente entregará 3 mil casas para 12 mil pessoas. Ela tem que ir para a rua reafirmar o governo popular que o presidente Lula fez e que ela continua. O povão nunca teve tanta coisa boa."

Entre os cotados para disputar a sucessão de Quaquá em Maricá está Lurian Cordeiro Lula da Silva, filha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela mora em Maricá e trabalha na firma Maricá Já Comunicações e Eventos, da qual é sócia a mulher de Quaquá, a deputada estadual Rosangela Zeidan.

Adepto do estilo "bateu, levou", Quaquá publicou nas redes sociais, em fevereiro, mensagem conclamando os petistas a reagirem a ataques ao partido. "Contra o fascismo, a porrada", escreveu. No início de 2014, ele anunciou o fim da aliança do PT com o PMDB no Rio, com a saída dos petistas do governo, depois de sete anos.

Para a sucessão do prefeito do Rio, o peemedebista Eduardo Paes, Quaquá defende a manutenção da aliança PMDB-PT. O rompimento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com o governo não impedirá a aliança na capital, segundo o petista. "Existem vários PMDBs. A tendência é de aliança do PT com o PMDB do Eduardo Paes. Com o do Eduardo Cunha, nem pensar."

Quaquá, no segundo mandato, comprou briga com empresários de transporte ao adotar tarifa zero em ônibus da Empresa Pública de Transportes. Duas empresas brigam com a prefeitura na Justiça contra a medida. Ontem, em fiscalização da prefeitura na rodoviária, o prefeito foi agredido por um homem quando dava entrevista ao vivo para emissora de TV. O agressor foi preso.

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