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Com três brasileiros entre dez competidores, as finais do Circuito Mundial de surfe têm previsão de início nesta quinta-feira, em Lower Trestles, na Califórnia. Pelo segundo ano consecutivo, o campeão mundial será definido em formato de playoffs envolvendo os cinco melhores dos rankings masculino e feminino. O Brasil busca a hegemonia do surfe mundial com Tatiana Weston-Webb, Italo Ferreira e Filipe Toledo, o Filipinho, grande favorito entre os homens.

Filipinho será o último surfista a entrar no mar. Por liderar o ranking masculino da temporada, ele está classificado diretamente para a grande final, a única que será disputada em melhor de três baterias.

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"Acho que dá uma motivação a mais, porque você está descansado, está tranquilo, pode ver como os outros estão surfando. Tem tudo para dar certo, eu estou motivado com este primeiro lugar (no ranking)", disse o surfista, ao Estadão.

O brasileiro conhece bem as ondas do local da decisão - atualmente, ele mora na Califórnia. "Gosto muito daqui, principalmente Trestles, uma onda que eu treino bastante, que eu surfo na maioria dos meus dias. É uma onda que é muito high perfomance, e que eu acho que encaixa muito com meu surfe. Eu fico amarradão de surfar aqui", vibrou.

Batizado de WSL Finals, o formato de disputa inclui os cinco melhores da temporada. Na primeira bateria, enfrentam-se o quinto e o quarto colocados no ranking mundial. Curiosamente, o duelo colocará frente a frente o atual vice-campeão olímpico, o japonês Kanoa Igarashi, e o medalhista de ouro, o brasileiro Italo Ferreira. Quem avançar enfrenta o terceiro do ranking (Ethan Ewing) e depois o segundo (Jack Robinson), ambos da Austrália).

Para Filipinho, esse formato moderniza o esporte e ajudará no crescimento do surfe. "No primeiro instante eu fiquei meio apreensivo, 'algo diferente, vai mudar, como é que vai ser...', mas eu acho que no nosso esporte, se a gente quiser evoluir, tem de correr junto. A gente vê a NFL, NBA, todos têm os playoffs. Então acho que daqui a dois, três anos, no longo prazo, possa ter novas oportunidades", comentou. "Me adaptei, gostei, e acho que tem tudo pra dar muito certo."

FEMININO

Atual vice-campeã do mundo, Tatiana Weston-Webb chega ao WSL Finals como terceira melhor do ranking, e por isso entrará na água a partir da segunda bateria - ela irá esperar a vencedora do duelo entre a costa-riquenha Brisa Hennessy e a australiana Stephanie Gilmore. Se vencer, enfrentará a francesa Johanne Defay na semifinal. A americana Carissa Moore é a líder do ranking.

Ao Estadão, Tatiana declarou ter treinado muito e estar bem preparada física e mentalmente. "Não estou criando expectativas na minha cabeça, mas meu surfe vai mostrar como eu estava trabalhando forte", afirmou, um dia antes de embarcar para a Califórnia. Ela disse adorar as disputas em Trestles. "É uma onda incrível, tem bastante oportunidade para direita e esquerda, e é uma onda que é bem consistente", avaliou.

A brasileira Tatiana Weston-Webb ficou com o vice-campeonato mundial de surfe. Nesta terça-feira (14) ela perdeu para a havaiana Carissa Moore na final do Rip Curl WSL Finals e ficou na segunda posição na praia de Trestles, na Califórnia (Estados Unidos). No masculino, Gabriel Medina foi tricampeão, Filipe Toledo ficou em segundo e Italo Ferreira em terceiro.

O resultado de Tati iguala os feitos de outras brasileiras, como os vice-campeonatos mundiais de Silvana Lima (2008 e 2009) e Jacqueline Silva (2002). A derrota foi considerado normal porque Carissa era a favorita na prova. Ela é pentacampeão mundial e atual campeã olímpica, pois ganhou o ouro nos Jogos de Tóquio há pouco mais de um mês.

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Tati teve uma temporada muito boa que culminou em chegar para a disputa do WSL Finals, em Trestles (EUA), na segunda posição do ranking mundial, atrás apenas de Carissa. Nas sete etapas que disputou, a brasileira teve dois terceiros lugares, um vice (em Narrabeen, nas Austrália) e um primeiro lugar, em Margaret River (Austrália), além de outros resultados.

Chegou então para a disputa do evento decisivo com a intenção de desbancar o favoritismo de Carissa. Mas antes passou pela australiana Sally Fitzgibbons ao ganhar de 13,17 a 11,73, garantidno vaga na final, que seria realizada em melhor de três baterias, ou seja, quem vencesse duas seria a campeã mundial.

Na primeira bateria, Tati começou atrás, mas se recuperou, acertou boas manobras e venceu por 15,20 a 14,06. Depois perdeu por 17,26 a 15,60 e, após o título de Gabriel Medina no masculino, voltou ao mar e acabou perdendo novamente para a surfista do Havaí por 16,60 a 14,20.

Tati nasceu em Porto Alegre e logo se mudou para o Havaí. Cresceu na ilha da Kauai e foi lá que aprendeu a surfar. Ela é filha de Tanira Guimarães, que costumava pegar ondas de bodyboard. O pai, o inglês Douglas Weston-Webb, também surfava e logo a menina pegou gosto pela modalidade.

Aos 25 anos, ela tem dupla nacionalidade, mas fez sua escolha para representar o Brasil e foi assim que começou a construir uma carreira sólida no Circuito Mundial de Surfe. Ainda representou o País nos Jogos Olímpicos de Tóquio, mas não chegou à disputa de medalhas, parando nas oitavas de final.

Em uma temporada quase perfeita, Gabriel Medina conquistou o tricampeonato mundial de surfe ao ganhar do também brasileiro Filipe Toledo na decisão do Rip Curl WSL Finals, nesta terça-feira, 14, em Trestles, na Califórnia (Estados Unidos). É o terceiro troféu do atleta de Maresias, que foi campeão em 2014 e 2018, e ajudou a manter o domínio brasileiro.

Nas últimas sete edições do Circuito Mundial de Surfe o Brasil conquistou cinco títulos. Anos atrás seria impensável essa hegemonia de um país que desbancou atletas da Austrália, Estados Unidos e Havaí (que compete como uma nação própria) nas competições internacionais. Mas essa Tempestade Brasileira, apelido pelo qual ficou conhecida essa talentosa geração, está arrasando a modalidade.

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O título coroa uma temporada fantástica de Medina, que ao final das sete etapas anteriores terminou na primeira colocação do ranking mundial com uma vantagem sobre o segundo colocado (Italo Ferreira) superior aos 10 mil pontos, que em outros anos já lhe garantiria o título mundial por antecipação.

Na primeira etapa da temporada, em Pipeline, no Havaí, Medina ficou na segunda posição. Depois obteve um novo segundo lugar em Newcastle, na Austrália, e venceu a etapa seguinte em Narrabeen. Depois ficou em nono lugar na terceira etapa da perna autraliana, sua pior colocação no ano, e venceu novamente em Rottnest.

Na sexta etapa da temporada, fez uma disputa incrível com FIlipe Toledo no Surf Ranch, a piscina de ondas criada por Kelly Slater, e ficou com o vice. Disputou os Jogos de Tóquio, que não contava pontos para o Circuito, e ficou sem medalha, na quarta posição. Mas depois voltou ao campeonato, no México, ficou em quinto lugar em um evento que para ele serviu apenas para cumprir tabela, pois já tinha colocado uma vantagem incrível no ranking.

E foi com esse favoritismo que Medina chegou ao WSL Finals e esperou a definição da chave masculina para ver quem seria seu adversário na final. Viu as eliminações em sequência de Morgan Cibilic (Austrália), Conner Coffin (Estados Unidos) e Italo Ferreira até se encontrar com Filipinho, com quem já travou incríveis disputas nas ondas.

Na primeira bateria da final com Filipinho, Medina surfou melhor e ganhou por 16,30 a 15,70, ficando em vantagem na decisão. Na segunda bateria, Medina começou melhor, mas houve uma paralisação por causa da presença de um tubarão perto da área de competição. No retorno, o surfista de Maresias manteve o foco e ganhou por 17,53 a 16,36, acertando um lindo back flipe e sagrando-se tricampeão mundial de surfe.

A Liga Mundial de Surfe (WSL, na sigla em inglês) soltou o "alerta amarelo" para a realização das finais do Circuito Mundial nesta segunda-feira (13). Isso significa que todos os dez surfistas estão de prontidão para competir pelos troféus no masculino e no feminino da temporada. O "yellow alert" dado pelos organizadores é um aviso de que o evento vai acontecer, a menos que as condições do mar mudem radicalmente.

"Acionamos o Yellow Alert para o Rip Curl WSL Finals acontecer possivelmente nesta segunda-feira", disse a vice-presidente de circuitos e competições da World Surf League, Jessi Miley-Dyer. "Estava ansiosa em dar essa notícia e estou muito feliz. O Yellow Alert é o aviso, com 24 horas de antecedência, para todos ficarem preparados para um possível início do evento. Então, basicamente, estamos anunciando que é grande a probabilidade de a competição rolar nesta segunda."

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O Brasil tem quatro representantes no WSL Finals: Gabriel Medina, Italo Ferreira e Filipe Toledo, no masculino; e Tatiana Weston-Webb, no feminino. A primeira bateria será realizada às 12h (horário de Brasília) entre a australiana Stephanie Gilmore contra a francesa Johanne Defay. Depois, às 12h35, será a vez do americano Conner Coffin enfrentar o australiano Morgan Cibilic.

As baterias são de 35 minutos e o primeiro brasileiro a competir será Filipe Toledo, às 13h45, que vai encarar quem passar do duelo entre Coffin e Cibilic. Logo depois é a vez de Tatiana Weston-Webb tentar sua vaga na final do evento, em adversária que será definida um pouco antes. Já Italo Ferreira aguarda quem passar da bateria de Filipinho e quem vencer encara Gabriel Medina na final.

Batizado de WSL Finals, a decisão do circuito mudou de formato nesta temporada. A última etapa não é mais no Havaí, onde ocorria a tradicional etapa de Pipeline, nem o campeão será decidido no sistema de "pontos corridos". Desta vez, a WSL optou por fazer um evento em dia único com os cinco surfistas de cada gênero mais bem colocados no ranking mundial.

O local escolhido foi Trestles, na Califórnia, que possui ondas para os dois lados e possibilita uma variedade de manobras. E o formato também é inédito. O quinto colocado do ranking enfrenta o quarto. Quem passar pega o terceiro. O vencedor desta fase disputa com o segundo do ranking a chance de ir para a decisão. E na final, Gabriel Medina, no masculino, e a havaiana Carissa Moore, no feminino, aguardam quem passar pela triagem para disputar o título em uma melhor de três baterias.

No masculino, o favoritismo é do Brasil. Medina é bicampeão mundial, Italo é o atual campeão mundial e olímpico e Filipinho é um surfista que vive na Califórnia e está bastante acostumado com as ondas de Trestles. Se ele ganhar sua bateria, o título já ficará com algum atleta do País. No feminino, Tati precisa vencer apenas uma bateria para ir à final em busca do inédito título para as mulheres do Brasil. O evento será transmitido ao vivo a partir das 11h, quando será anunciado se haverá competição, pelo WorldSurfLeague.com e pelo YouTube e aplicativo da World Surf League e pelos canais da ESPN Brasil.

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