Para firmar aliança, PT desvincula PRB do impeachment

Partido compõe a base aliada do presidente em exercício Michel Temer (PMDB). Para João Paulo e Silvio Costa Filho, que disputarão a Prefeitura do Recife, o assunto não gera incômodos ao palanque

por Giselly Santos | sex, 15/07/2016 - 16:25
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Apesar de o Partido dos Trabalhadores (PT) pregar que não firmaria alianças para as eleições municipais deste ano com partidos que apoiaram o processo de impeachment contra a presidente afastada Dilma Rousseff (PT), a tese não vigorou no Recife. A sigla vai disputar a prefeitura em chapa conjunta com o PRB, que integra a base do presidente em exercício Michel Temer (PMDB) e administra o ministério da Indústria e do Comércio da gestão. O assunto foi amenizado durante o anúncio da aliança nesta sexta-feira (15). 

Sob a ótica do pré-candidato a prefeito da capital pernambucana, João Paulo, não houve qualquer impedimento das direções nacionais dos dois partidos sobre o alinhamento. “O PT tirou como orientação estar com candidatos e partidos que não deram sustentação ao golpe, aqui tivemos Armando [Monteiro do PTB] que era ministro, Silvio Costa [do PTdoB] que defendeu ferrenhamente o mandato de Dilma... Estamos disputando uma política local, não houve nenhum impedimento nacional. Não vamos ter nenhuma dificuldade com Lula ou Dilma [no mesmo palanque do PRB], vamos somar para ganhar a eleição”, frisou. 

A postura foi corroborada pelo pré-candidato a vice, Silvio Costa Filho (PRB). Para ele, a discussão sobre o impeachment deve ser tratada pela bancada federal e não durante as eleições municipais. “O debate não deve ser a questão do impeachment ou contra o impeachment. Este debate a bancada federal vai fazer, a militância e os partidos. O que temos que fazer, tanto eu como João Paulo, é discutirmos a cidade, os problemas e as possíveis soluções. Este é o grande desafio. O debate sobre o processo nacional esta sendo feito e será feito, mas não há nenhuma dificuldade, pois o que nos une é a pauta do futuro do Recife”, amenizou.

Mesmo com a pregação de distanciamento, entre um discurso e outro dos políticos aliados as teclas de “partidos golpistas”, “defesa do impeachment” e a “retomada do mandato de Dilma” preenchiam as falas. 

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