O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou duramente o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, ao chegar nesta terça-feira, 29, no Congresso, para a reunião da comissão geral, convocada na semana passada pelos parlamentares, para debater o preço dos combustíveis no Brasil. Ao ser questionado sobre a possibilidade de novos aumentos de impostos para compensar as medidas tomadas pelo governo para atender as reivindicações dos caminhoneiros em greve, Maia foi enfático nas declarações.
"Não vai ter aumento de imposto porque isso aqui é uma democracia e ele (Guardia) não manda no Congresso Nacional. Aliás, o que ele fez ontem foi muito irresponsável, num momento de crise em que está se tentando debelar, diminuir a mobilização, tentar colocar o Brasil no eixo novamente, ele vem falando de aumento de imposto. O movimento todo tem de fundo a questão de não ter aumento de imposto, de ter redução de imposto. E ele fala o contrário", criticou o deputado, pré-candidato à Presidência da República.
Maia não citou o nome do ministro nenhuma vez, mas fez questão de frisar que medidas que indiquem aumento de impostos têm de ser aprovadas pelos parlamentares. Demonstrando irritação, ele rebateu qualquer possibilidade de discussão do tema este ano. "Enquanto eu for presidente da Câmara, não tem a menor chance de se votar aumento de imposto", declarou.
E continuou com as críticas às declarações feitas na segunda-feira por Guardia, durante a entrevista em que detalhou o impacto fiscal das medidas que selaram o acordo com os caminhoneiros.
"Ele (Guardia) sabe muito bem que no Congresso não haverá aumento de impostos. O que ele deveria ter proposto é algumas saídas onde se possa conseguir receita sem precisar mexer num assunto tão delicado. Ele está colocando gasolina, com a pouca gasolina que o governo tem, na sociedade brasileira", insistiu o deputado.
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