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O juiz responsável pelas ações penais da operação Lava Jato, Sérgio Moro, afirmou nesta sexta-feira, 3, que vê com preocupação a polarização excessiva das discussões sobre corrupção no Brasil. Avisando que não poderia entrar no mérito das investigações da operação em palestra, Moro disse que em suas funções tenta não ser ofensivo com investigados. "Temos que tratar todo mundo com respeito", afirmou.

"Vejo com preocupação quando o debate cai para um nível ofensivo. Seja contra acusados, contra o PT ou contra mim", disse Moro, lembrando de ofensas que já sofreu. Perguntado pelo moderador do evento se já havia sofrido ameaças, disse que não concretamente, mas que tomava precauções.

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O juiz da Justiça Federal do Paraná participa do 10º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, em São Paulo. Ele concede entrevista assistida por jornalistas de todo o País.

O 10º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo foi aberto na quinta-feira, 2, em São Paulo, com debates, palestras, painéis e homenagens que tiveram sempre como foco o futuro da imprensa e da atividade jornalística no Brasil e no mundo.

Uma das participações foi a do norte-americano Evan Smith, cofundador e editor-chefe do jornal Texas Tribune. Ele apresentou um painel sobre jornalismo sem fins lucrativos baseado na experiência desenvolvida por ele e sua equipe nos Estados Unidos. Álvaro Pereira Junior, do programa Fantástico, da TV Globo, e Maurício Tuffani, da Scientific American Brasil, debateram os desafios do jornalismo científico.

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Nesta sexta-feira, 3, o jornalista Ricardo Galhardo, do Estado, faz a mediação de um debate sobre a cobertura política e a relação dos repórteres e colunistas com as fontes. Outros profissionais do jornal O Estado de S. Paulo também participam de mesas sobre jornalismo de dados e cobertura da área de educação.

No sábado, 4, os jornalistas Leão Serva e Matías Molina comandam um painel sobre os jornais brasileiros, que terá como base a pesquisa para o livro História dos Jornais no Brasil (Companhia das Letras), de Molina.

O evento promovido pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) se estenderá até amanhã. Só podem assistir às apresentações participantes devidamente inscritos. Além de palestras, o congresso conta com oficinas e minicursos.

Ontem, a ONG Contas Abertas promoveu seminário sobre fiscalização dos gastos públicos. E jornalistas aprenderam a usar o Twitter e o Google Maps na produção de reportagens.

Homenagens

Clóvis Rossi, repórter e colunista do jornal Folha de S.Paulo, e Cláudio Weber Abramo, atual vice-presidente da ONG Transparência Brasil, foram homenageados. Rossi, detentor de diversos prêmios internacionais de jornalismo, foi lembrado por seus mais de 50 anos de atuação na imprensa. A cerimônia foi conduzida por Ricardo Kotscho, amigo do colunista, com quem trabalhou no jornal O Estado de S. Paulo no fim dos anos 1960.

Abramo recebeu o Prêmio Abraji de Contribuição ao Jornalismo, que destaca pessoas e instituições cujo trabalho presta auxílio relevante à imprensa. Ele dirigiu por 15 anos a Transparência Brasil, entidade que tem como bandeira a luta contra a corrupção.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Entidades que representam jornalistas repudiaram a agressão ao cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade. A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) lembrou que ele é o terceiro jornalista ferido em manifestações este ano - as outras duas ocorrências foram em São Paulo, num protesto no dia do aniversário da cidade, 25 de janeiro. Em 2013, 114 profissionais se feriram em todo o País durante a cobertura de protestos de rua, segundo a Abraji. Santiago Andrade permanece internado em estado grave.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio contabilizou 49 casos na cidade no ano passado. A entidade ressalta que tem sido difícil obrigar as empresas a fornecer equipamentos de segurança para os jornalistas e que o Estado precisa agir para salvaguardar os profissionais - uma vez que as emissoras de TV exploram uma concessão pública, que deve ser fiscalizada.

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Em nota, a Abraji afirmou que "se faz necessária uma apuração célere do ocorrido para que procedimentos sejam revistos e para que o Estado proteja a liberdade de expressão, a liberdade de informação e o jornalista". O presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Celso Schröder, disse que a impunidade faz com que os profissionais continuem vulneráveis. "Não só jornalistas, mas a sociedade brasileira precisa reagir a essa crescente violência contra jornalistas. A punição tem que ser exemplar, seja quem for que tenha sido o autor". A Associação Nacional de Jornais (ANJ) considera que a agressão "constitui um atentado à liberdade de imprensa, ao direito da população de ser livremente informada e ao cidadão de exercer sua profissão".

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) divulgou nota em que repudia a agressão do repórter fotográfico Pablo Jacob, de O Globo, por policiais militares na última terça-feira (15), durante protesto no centro do Rio de Janeiro.

"A Abraji repudia este novo episódio de agressão, documentado em foto. Desde o começo dos protestos, em junho, houve pelo menos 85 casos de repórteres agredidos, hostilizados ou presos. Deste total, 20 ocorrências (agressões e hostilidade) envolviam manifestantes, e 65, policiais (agressão, hostilidade ou detenção)", diz a entidade no comunicado oficial.

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Na nota, a Abraji informa ainda que "lamenta que a imprensa siga sendo alvo tanto de manifestantes quanto de agentes do Estado". "Tentar cercear o trabalho da imprensa é atentar contra o direito à informação e um risco para a democracia", diz a entidade.

Pablo Jacob cobria o protestos dos professores em greve e os conflitos que se seguiram. A agressão ao profissional foi flagrada pelo fotógrafo freelancer Alexandro Auler. A foto de Jacob cercado por PMs, que o espancavam, foi divulgada em órgãos de imprensa e nas redes sociais.

No último dia do 8º Congresso Internacional da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), a secretária nacional de Direitos Humanos, Maria do Rosário, defendeu a federalização dos crimes de violação dos direitos humanos, inclusive assassinatos de jornalistas, como forma de garantir investigação autônoma e combater a impunidade.

A ministra criticou a violência policial contra jornalistas durante as manifestações iniciadas em junho e propôs discussão sobre a desmilitarização da Polícia Militar. Levantamento da Abraji aponta que houve 83 ataques a jornalistas nos protestos - 85% praticados por policiais; 15% por manifestantes e outros grupos.

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Para a ministra, a violência contra quem cobre protestos representa violação à liberdade de expressão e deixa claro que os agressores tentam evitar que seja tornada pública a ação da PM nos protestos. Ela afirmou que é responsabilidade do Estado garantir mais segurança para o trabalho jornalístico.

"Todos os crimes de direitos humanos devem ser federalizados. Trabalho pela federalização de crimes como o praticado contra o jornalista Rodrigo Neto, em Minas Gerais, e também contra os ativistas de direitos humanos, os que lutam em defesa da terra, da floresta, pelos direitos dos indígenas, das mulheres", disse ela no debate sobre violência contra jornalistas promovido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República, em atividade paralela ao encontro internacional de jornalismo investigativo, que, em quatro dias, reuniu 1.300 pessoas de 87 países, na PUC do Rio.

O repórter policial e radialista Rodrigo Neto foi morto em Ipatinga (MG) em março passado. É um dos cinco jornalistas assassinados em 2013 no Brasil. "O cidadão médio tem a liberdade de informação como valor essencial para o País. É responsabilidade do Estado brasileiro identificar, monitorar e enfrentar as circunstâncias de violação deste direito e também a sociedade deve agir dessa maneira", disse a ministra, para quem o Brasil avançou em vários setores, mas não em segurança pública.

"Quando, no âmbito das manifestações, um policial ataca um profissional que tem uma câmera, um gravador, está impedindo o conhecimento de suas práticas pela sociedade. (...) É obrigação do Estado que seus atos sejam transparentes. O Brasil não fez a reforma democrática das polícias e da segurança pública, como fez em contextos sociais e econômicos. Os manuais pelos quais os policiais são formados, as práticas de abordagem, ainda são os que herdamos das ditaduras. (...) Debater o caminho da desmilitarização e trabalhar com estruturas de policiamento mais próximas da manutenção da ordem e da paz é um dos elementos mais importantes para a democracia no Brasil", disse.

Em dezembro, no Fórum Internacional de Direitos Humanos, em Brasília, o grupo de trabalho formado pela SDH para apurar a violência contra jornalistas apresentará relatório. "Identificamos que em geral os jornalistas são ameaçados por matérias que escrevem, porque desequilibram relações de poder."

Censura

Representante da Unesco no Brasil, o francês Lucién Muñoz disse que mais de 600 jornalistas foram mortos no mundo nos últimos dez anos, a maior parte deles onde moram e trabalham, não em coberturas fora. "Matar um jornalista é uma forma extrema de censura."

Diretor do Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil - seção RJ -, o italiano Giancarlo Summa destacou que pela primeira vez o Conselho de Segurança da ONU debateu, em agosto, os ataques a jornalistas, "alvos nos últimos anos". Segundo ele, a imprensa tinha antes "uma espécie de salvo conduto" em zonas de conflito. "Isso mudou. As mortes não acontecem por acaso, mas porque não querem que os jornalistas estejam presentes."

Deste sábado, 12, até terça-feira, 15, três grandes encontros internacionais sobre Jornalismo Investigativo reunirão cerca de 1.200 profissionais de 80 países na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Serão realizados 150 painéis e cursos, com 250 palestrantes e pelo menos 900 inscritos. Nos quatro dias, serão realizados, simultaneamente, o 8º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, a 8ª Conferência Global de Jornalismo Investigativo e a 5ª Conferência Latino-Americana de Jornalismo Investigativo.

Na segunda-feira, 14, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, falará sobre avanços e retrocessos institucionais no Brasil. Neste sábado, a plenária de abertura, Liberdade de Expressão em Crise, terá a participação dos relatores especiais para a Liberdade de Expressão da Organização dos Estados Americanos (OEA), Catalina Botero Marino, e para a Promoção e Proteção do Direito à Liberdade de Opinião e Expressão da Organização das Nações Unidas (ONU), Frank La Rue.

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"É a primeira vez que os três congressos acontecem juntos. Por isso, teremos recorde de público e a maior diversidade de jornalistas de todos os encontros", disse o jornalista Guilherme Alpendre, diretor executivo da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), uma das organizadoras das reuniões, com a Global Investigative Journalism Network (Rede Global de Jornalismo Investigativo-GIJN) e o Instituto Prensa y Sociedad (Instituto Imprensa e Sociedade-Ipys).

Na noite de segunda-feira, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro (Cinelândia, no centro), a Abraji homenageará o jornalista Marcos Sá Corrêa, pioneiro do Jornalismo On-Line no Brasil e autor de reportagens históricas, como a revelação do apoio da Central Intelligence Agency (Agência Central de Inteligência-CIA) dos Estados Unidos ao golpe de Estado no Brasil em 1964.

Entre os convidados estrangeiros, estarão presentes os jornalistas norte-americanos Glenn Greenwald, que revelou o esquema de espionagem do governo dos EUA em vários países, Jon Lee Anderson, correspondente de guerra e autor da biografia de Che Guevara, e Hamoud Almahmoud, editor-chefe da revista Aliqtisadi.

Do jornal O Estado de S.Paulo, participarão os jornalistas Marcelo Beraba, José Roberto de Toledo, José Paulo Kupfer, Bruno Paes Manso e Andreza Matais. Além dos debates e painéis, haverá cursos práticos, laboratórios e treinamento com os maiores especialistas em Jornalismo de Dados do mundo. Na tarde de terça-feira, o último evento será uma discussão da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e da Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República sobre violência contra jornalistas, com a presença da ministra Maria do Rosário.

 

Um ano após a Lei de Acesso no Brasil entrar em vigor no Brasil, jornalistas ainda têm dificuldades para obter informações em órgãos públicos. Uma pesquisa feita pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) mostra que dois terços dos jornalistas declaram ainda ter problemas na obtenção de dados do poder Executivo nas esferas federal, estadual e municipal.

No formulário de pesquisa, os jornalistas foram perguntados e apontaram espontaneamente os órgãos que consideram mais problemáticos. Casa Civil e Presidência da República foram os mais citados, com quatro menções. A Assembleia Legislativa de São Paulo vem logo abaixo com três.

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Os jornalistas consultados também deram sugestões sobre o que precisa mudar na divulgação de informações pelos órgãos públicos. O formato dos dados divulgados, a capacitação dos servidores e a adoção de padrões de dados abertos foram algumas das principais reivindicações.

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) celebrou nesta segunda-feira (10) uma década de existência com um seminário no auditório Freitas Nobre, na Escola de Comunicações e Artes (ECA-USP), em São Paulo, mesmo local onde a entidade foi criada. O assassinato do jornalista Tim Lopes (TV Globo), morto em serviço seis meses antes por traficantes no Rio, serviu de mote para a fundação da Abraji.

O diretor da sucursal do Rio do Estado e ex-presidente da Abraji, Marcelo Beraba, disse que a morte de Tim Lopes significou um "corte" na atividade jornalística no Brasil. O atual presidente da associação, Marcelo Moreira, da Rede Globo, destacou que a Abraji capacitou, neste ano, 14 jornalistas aptos a replicar para colegas de trabalho as técnicas de segurança profissional em coberturas de risco.

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O professor Rosental Calmon Alves, da Universidade de Austin, no Texas, foi homenageado por ter contribuído, inclusive com aportes financeiros do Centro Knight para o Jornalismo nas Américas, para a criação e desenvolvimento da Abraji.

O próximo congresso da Abraji será realizado no Rio, em outubro de 2013, e agregará a primeira edição da Global Investigative Journalism Conference (GIJC) organizada fora da Europa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Um curso intensivo de dez dias irá formar treinadores brasileiros especializados em segurança para jornalistas. O International News Safety Institute (INSI) fechou acordo de financiamento com a Embaixada Britânica no Brasil para a realização do curso, com apoio da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). O Sindicato dos Jornalistas do Rio e o Sindicato das Empresas de Radiodifusão no Estado do Rio de Janeiro também apoiam a iniciativa. Os recursos são oriundos do Fundo de Direitos Humanos e Diplomacia.

A iniciativa é inédita e irá gerar um importante legado para a promoção da segurança de jornalistas no Brasil. De 29 de outubro a 10 de novembro, 12 profissionais da imprensa serão capacitados a ministrar cursos sobre segurança para atuação em áreas de risco semelhantes aos oferecidos pelo INSI em diversos países do mundo. Técnicas para evitar multidões e proteger-se de eventuais disparos, além de noções sobre funcionamento e uso de equipamentos de segurança serão repassadas. 

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Os 12 participantes foram selecionados dentre os 45 profissionais que passaram pela etapa anterior do treinamento, em agosto. Além da equipe que vai para as ruas, o grupo inclui produtores e jornalistas em cargo de chefia. O curso não tem custo para os profissionais.

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