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Após o fechamento dos portões do segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), neste domingo (24), o ministro da Educação, Milton Ribeiro, comentou sobre o alto índice de abstenção e aprovou a organização das salas de aula. Por conta da pandemia, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) adotou um novo esquema para tentar evitar a proliferação do vírus nos locais de prova, entretanto a capacidade não foi respeitada em alguns locais.

"Se houve esse pensamento, de que a abstenção seria de pelo menos 30%, então estávamos certos porque ela foi de 51%. Temos que ver o outro lado também, e não estou querendo defender ninguém, mas imagine, se tivéssemos contratado tudo, o valor de dinheiro público que haveríamos de usar", afirmou o ministro, que acompanhou a entrada de candidatos na escola estadual Cesar Martinez, na Moema, considerado um bairro nobre de São Paulo.

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Apesar do registro recorde de faltosos, no primeiro dia do Exame, no domingo (17), concorrentes relataram que a própria organização os barrou de entrar em salas por superlotação. O anunciado era de que apenas 50% da capacidade seria preenchida.

A Defensoria Pública da União entende que o Inep mentiu sobre as medidas sanitárias e chegou a protocolar uma ação na Justiça Federal. A entidade acredita que o órgão responsável pela aplicação tinha conhecimento da lotação das unidades de ensino, contudo a ação foi rejeitada.

Ao considerar a economia com o vestibular de 2020, Ribeiro indicou que a operação do Inep foi assertiva. “Gastamos mais de R$ 700 milhões do Tesouro para a aplicação do Enem neste ano. Imagine se não tivesse feito uma mínima previsão [de abstenção] aí as coisas ficariam mais difíceis", ponderou.

O ministro ressaltou a importância dos centros acadêmicos particulares para a Educação. “No Brasil, 76% do ensino superior é tocado pelas instituições privadas. Elas são parceiras da educação brasileira, que não tem perna nem braço para dar vaga a todos os alunos. Elas não aguentariam mais um semestre sem mensalidade”, concluiu.

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