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O governo brasileiro fechará uma série de parcerias com a França na tarde desta terça-feira. Entre as iniciativas há um projeto para montar um sistema de socorro emergencial integrado na fronteira norte do Brasil, na divisa com a Guiana Francesa, além de projetos para a produção de células voltaicas e um acordo de cooperação entre os Correios e o grupo postal francês La Poste.

Segundo informações antecipadas pelo Itamaraty, um dos principais atos que serão assinados entre os governos do Brasil e França é o que prevê a cooperação no socorro emergencial às margens do Rio Oiapoque, na fronteira da Guiana Francesa. Será criada uma faixa de 150 km em que os dois países poderão trabalhar de forma conjunta.

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O Ministério do Desenvolvimento e os ministérios franceses da Indústria e do Ensino Superior também acertarão detalhes para o desenvolvimento do setor de energia solar. A intenção é que o Brasil tenha tecnologia para o desenvolvimento de unidades fotovoltaicas completas, desde a purificação do silício até a produção das células e módulos. Ainda na área econômica, os Correios e a francesa La Poste pretendem assinar acordo de projetos de cooperação.

Entre os demais atos, está o memorando entre os ministérios da Educação dos dois países para a recepção, na França, de 2 mil estudantes brasileiros em três anos. Além disso, será oficializado um programa para formar professores nas áreas de biologia, física, matemática e francês.

Diante da escassez de recursos e do aumento da demanda por combustíveis, a Argentina tentará ampliar o acordo de troca energética com o Brasil. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, desembarca hoje em Buenos Aires para discutir acordos entre os dois países. Está previsto um jantar com o ministro de Planejamento da Argentina, Julio De Vido. Amanhã, os dois países deverão renovar o acordo de troca de energia elétrica.

O encontro é realizado em plena campanha do governo argentino para ampliar acordos de importação de combustíveis sem pagar dólares, ação que tem como objetivo preservar as divisas argentinas. Amanhã, o ministro brasileiro deve participar também da cerimônia de abertura das ofertas da licitação dos estudos de viabilidade econômica e socioambiental e do projeto básico de engenharia para aproveitamento hidrelétrico de Garabi e Panambi.

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A Argentina enfrenta escassez de dólares, declínio da produção de petróleo e gás e, consequentemente, aumento das compras externas e elevados custos de importação de combustíveis. Pelo acordo com o Brasil, a Argentina recebe até 1.500 megawatts de energia por dia, durante o inverno, e devolve o mesmo volume no verão, sem pagamentos em dinheiro. A Argentina quer estender esse tipo de modelo a outros países e pressiona pela mudança dos termos de pagamento de suas importações de gás. Fontes do mercado energético confirmaram à Agência Estado que o país está oferecendo biodiesel e alimentos como pagamento, além de pedir descontos nos preços.

A estatal energética argentina Enarsa enviou uma carta aos fornecedores de gás natural liquefeito (GNL), há pouco mais de duas semanas, pedindo um desconto de 15%. Com um gasto de US$ 2,8 bilhões, no ano passado, a Argentina importou 57 barcos de GNL, que foram regasificados em unidades instaladas nos portos de Bahia Blanca e Escobar. Para 2012, as estimativas são de importação de 80 barcos a um valor de US$ 4 bilhões, aproximadamente. Fonte da estatal evitou comentar sobre os valores, mas confirmou que "há conversas adiantadas para pagar uma parte dos carregamentos em biodiesel".

Operação similar já foi realizada em 2009, envolvendo o banco norte-americano Morgan Stanley, um dos principais agentes de comercialização de gás. Agora, uma missão comercial se encontra em Angola, liderada pelo secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, e pelo chanceler Héctor Timerman. O objetivo de Moreno é justamente o de intercambiar alimentos por petróleo e replicar o acordo que a Argentina tem com a Venezuela, pelo qual o governo local recebe óleo diesel em troca de alimentos.

Entre as múltiplas funções de Moreno, vigiar o saldo comercial argentino é uma delas. Por isso, o secretário decidiu partir para sua primeira missão comercial, porque as barreiras contra as importações da Argentina não seriam suficientes para manter o superávit comercial, em consequência das importações do setor energético. O pais importou US$ 9,4 bilhões de combustíveis no ano passado, um aumento de 110%. Esse volume se elevaria a US$ 12 bilhões em 2012, segundo estimativas oficiais.

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