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O Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul) aderiu na sexta-feira, 9, aos acordos coletivos referentes ao ressarcimento de perdas impostas pelos planos econômicos das décadas de 1980 e 1990 aos rendimentos de cadernetas de poupança. Também nesta semana, o Banco Safra e o Banco do Estado de Sergipe formalizaram a adesão ao acordo.

Itaú, Bradesco, Santander, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil já haviam aderido. O acordo foi firmado no fim de 2017, após meses de negociação entre bancos e poupadores, e já foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

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Sobre o acordo

O ressarcimento abrange as perdas dos planos Bresser, Verão e Collor II. O Plano Color I não está inserido no acordo, mediado pela Advocacia-Geral da União (AGU), e firmado no fim do ano passado entre o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), a Frente Brasileira pelos Poupadores (Febrapo) e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

A decisão da Corte encerrou disputa de cerca de três décadas. O acordo tem potencial de injetar R$ 12 bilhões na economia, de acordo com informações divulgadas pela AGU, Banco Central, Idec e Febraban nos autos do processo. Deve encerrar também mais de um milhão de processos judiciais sobre o tema.

Só podem aderir ao acordo os interessados que entraram com ações na Justiça contra as perdas na caderneta de poupança até o fim de 2016. Eles deverão buscar o pagamento por meio de uma plataforma digital, que vai validar as informações prestadas pelo poupador para que o repasse do dinheiro possa ser efetivado. Esse sistema ficará disponível pelo prazo de dois anos e deverá estar em funcionamento a partir do início de maio.

Pelo sistema, o pagamento da indenização à vista ou da primeira parcela deve ocorrer em até 15 dias após a validação da habilitação do poupador, segundo o Idec. O banco terá até 60 dias para conferir os dados e documentos fornecidos pelo consumidor na habilitação e validá-la.

Quem tiver indenização de até R$ 5 mil recebe o dinheiro à vista e sem desconto. Valores superiores terão descontos que variam entre 8% e 19%, e serão parcelados de 3 a 7 vezes.

O recebimento também funcionará por meio de filas e lotes, de acordo com o ano de nascimento, por isso os mais idosos serão os primeiros a receber. Para poupadores que ingressaram em ações coletivas, cujos órgãos representativos participaram do acordo com a AGU e bancos, a adesão é obrigatória. Já para as ações individuais a adesão é voluntária.

De acordo com a AGU e as partes envolvidas no processo, a tramitação das ações individuais fica suspensa durante o período de adesão.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou ao Supremo Tribunal Federal dois acordos de delação premiada. Segundo informações do Ministério Público Federal, os dois temos, somados, preveem a devolução de R$ 10 milhões. Os nomes dos delatores estão em sigilo. As delações dependem da homologação da Corte.

Segundo o site da Procuradoria-Geral da República, estes são os dois primeiros acordos assinados na gestão de Raquel. A PGR diz ainda que há outras tratativas em andamento. Outros oito acordos foram ajustados e devolvidos ao Supremo.

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"Somados, os dois acordos preveem a devolução de cerca R$ 10 milhões aos cofres públicos, em multas e ressarcimento pela prática de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Como a legislação estabelece sigilo das delações nesta fase do procedimento, não serão divulgadas informações referentes aos casos e nem aos colaboradores", afirma o MPF.

Segundo a Procuradoria, "nos últimos meses, os procuradores também dedicaram-se à análise de documentos e informações, reuniram-se com advogados e deram andamento nas tratativas considerando a indicação de elementos de provas referentes a investigações em curso tanto nos tribunais superiores (STF e STJ) quanto em outras instâncias".

"Em todos os casos, foi observada a existência de elementos de corroboração satisfatórios e cláusulas ajustadas com os termos da Lei 12.850/13, que trata do instrumento", afirma.

Em busca de apoio para aprovar a reforma da Previdência, o governo deu aval para Câmara e Senado aprovarem na noite desta quarta-feira, 6, um pacote de projetos com impacto de R$ 30,2 bilhões nas contas públicas ao longo dos próximos 15 anos. Agora, deputados e senadores tentam negociar com o Planalto mais R$ 3 bilhões para as emendas de bancada em 2018.

Na prática, a negociação tem o objetivo de engordar o Fundo Eleitoral, que vai bancar as campanhas do ano que vem. Pela legislação em vigor, 30% das emendas de bancadas são destinados ao fundo. O presidente Michel Temer pediu para a equipe econômica fazer os cálculos de quanto poderia ser remanejado no Orçamento de 2018 para as emendas, que já contam com R$ 4,2 bilhões. A proposta será apresentada como última cartada para a aprovação da reforma.

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Segundo apurou o Estado, a área econômica está com dificuldades de dizer não aos pedidos, mas falta espaço no Orçamento de 2018, que está muito mais apertado do que o de 2017. Nesta quarta, os deputados aprovaram novos programas de parcelamento de dívidas para micro e pequenas empresas do Simples Nacional e de débitos de produtores com o Funrural, contribuição previdenciária que incide sobre a receita da comercialização da produção. A renúncia estimada é de R$ 22,8 bilhões em 15 anos. A Câmara ainda aprovou projeto que prevê a concessão de R$ 1,9 bilhão a Estados e municípios para compensá-los pelas perdas com a Lei Kandir, que isentou de ICMS as exportações. Os três projetos precisam da aprovação dos senadores.

No Senado, foi aprovada a jato ontem, em dois turnos, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que eleva o porcentual de recursos recolhidos para a União que serão destinados aos municípios. O aumento será escalonado até 2021, quando a medida vai proporcionar injeção adicional de R$ 5,5 bilhões nos cofres dos prefeitos, segundo estimativas do senador Armando Monteiro (PTB-PE). O texto seguiu para a Câmara.

Outros agrados já tinham sido feitos aos prefeitos: desembolso de R$ 2 bilhões neste ano e outros R$ 3 bilhões prometidos para 2018 se os votos a favor da reforma forem confirmados. O governo deve esperar até esta sexta-feira, 8, para verificar as condições de aprovação do texto. A expectativa era de que a data de votação fosse anunciada após encontro na noite de quarta do presidente com lideranças da base aliada no Palácio da Alvorada. Mas os governistas acertaram que o texto só vai a votação na semana que vem se tiverem no mínimo 290 votos a favor. Na Câmara, são necessários 308. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Superada a discussão sobre a relatoria do caso JBS, mantida com o ministro Edson Fachin, o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os acordos de delação premiada deverá se concentrar, nesta quarta-feira (28), na discussão sobre a possibilidade de revisão das cláusulas de colaborações já homologadas. Entre os ministros que já votaram, Ricardo Lewandowski foi o único a se manifestar favorável à possibilidade de revisão.

O julgamento será retomado com o voto de Gilmar Mendes, dois dias depois de o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentar denúncia contra Michel Temer. Gilmar fez duras críticas à atuação do Ministério Público na semana passada, quando começou a discussão sobre os limites de atuação do magistrado nos acordos de delação. "A Procuradoria pode muito. Mas pode tudo? É isso que a lei autoriza?", questionou Gilmar. "Me parece que nós temos de esclarecer o que se pode fazer, sob pena de ficarmos em platitudes."

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No STF, a expectativa é de que Gilmar faça um voto longo e contundente. Ele já reconheceu que o caso da JBS é ainda mais delicado", por causa da concessão de imunidade penal aos delatores. Como informou o Estado no sábado, integrantes da Corte dizem acreditar que o STF vai impedir a revisão de acordos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Durante julgamento sobre a homologação do acordo de colaboração firmado com executivos da JBS, nesta quarta-feira (21), o ministro Gilmar Mendes não poupou críticas à Procuradoria-Geral da República (PGR). O magistrado questionou se a procuradoria “pode tudo” em relação às delações. 

“Veja, a Procuradoria pode muito, mas pode tudo? É isso que a lei autoriza? Então, me parece que nós temos que esclarecer o que se pode fazer sob pena de ficarmos em platitudes”, declarou Gilmar. 

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Ele também denunciou que algumas delações firmaram compromisso que não estavam previstos na legislação. “Está se reescrevendo a lei, pode se fazer isso? A Procuradoria assumiu agora a função legislativa nos acordos? É uma mudança na Constituição? Mas foi feita por quem? Aqui há questões delicadas que precisam ser verificadas”, continuou a indagar. 

O julgamento que iniciou hoje decidirá se o acordo com a JBS, nos termos em que foi realizado com a Procuradoria-Geral da República, tem legalidade e se o ministro Fachin continuará à frente do processo. Durante a sessão, Gilmar Mendes também disse que ele está realizando um “magnífico trabalho” e que o relator da Lava Jato no STF detém uma posição “nada invejável diante da sobrecarga de trabalho e de controvérsias”. 

Os ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes votaram pela validade das delações dos sete executivos da JBS e para que Fachin seja mantido como relator do caso. A sessão foi suspensa por volta das 18h20 pela presidente da Corte, Cármen Lúcia, e será retomada amanhã.

O governo dos Estados Unidos pretende revisar os acordos comerciais do país com todas as nações, incluindo o Brasil, afirmou o secretário de Imprensa da Casa Branca, Sean Spicer, em coletiva de imprensa nesta tarde.

Ao ser questionado sobre o que a administração do presidente dos EUA, Donald Trump, pensa dos acordos bilaterais com o Brasil, Spicer respondeu que o governo norte-americano "celebra" o relacionamento entre os dois países, mas que a nova administração fará uma reavaliação de todos os acordos comerciais dos EUA com outras nações.

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Spicer ainda evitou falar sobre as questões políticas atuais do Brasil e disse que somente o Departamento de Estado pode tratar do tema.

Ainda na coletiva, o secretário de Imprensa voltou a afirmar que o governo espera divulgar um plano fiscal "nas próximas semanas", mas não entrou em detalhes. Trump já havia falado que o governo divulgaria o aguardado plano há duas semanas.

Spicer também comentou sobre a viagem do vice-presidente, Mike Pence, para a Europa, na última semana, que salientou a importância dos membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) cumprirem suas obrigações comerciais. "Somos um dos únicos países da OTAN que cumpre as regras comerciais do grupo", declarou.

Em quase três anos de investigações, o Ministério Público Federal já acumula 159 pedidos de cooperação com autoridades estrangeiras para instruir ações penais relacionadas à Operação Lava Jato. A lista, de 37 países, inclui desde Estados Unidos e Suíça, que no mês passado divulgaram publicamente suas investigações, como Itália, Dinamarca, Suécia e Noruega, que têm obras e negócios sob suspeita e já solicitaram provas ao Brasil.

Até novembro, 17 países haviam pedido documentos para órgãos de investigação brasileiros, em 26 acordos de colaboração. Por outro lado, foram 32 países que receberam pedidos dos procuradores brasileiros - alguns deles estão nas duas listas. A maior parte das solicitações tem como objetivo a obtenção de documentos.

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São pedidos enviados a países como Cingapura, onde estão alguns dos estaleiros contratados pela Petrobrás, e Gibraltar, onde está um importante porto de reparos navais. Ou Liechtenstein, Ilhas Cayman e Uruguai, países usados para abertura de contas secretas e movimentações de dinheiro para lavagem.

"Os pedidos de cooperação internacional permitiram seguir as pegadas do dinheiro ao redor do mundo e foram uma das principais características do novo modelo de investigação inaugurado pela Lava Jato", afirmou o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa de Curitiba. Além da capital paranaense, os pedidos de colaboração partiram de investigadores em Brasília e no Rio.

Os acordos jurídicos - feitos com base em tratados e convenções internacionais - servem para autoridades de um país requisitarem a outros países oitivas de pessoas (testemunhas ou investigadas), para produzir e compartilhar provas documentais, para quebrar sigilos bancário, telefônico e de e-mails, para bloqueios de bens ou valores e para prisões e extradições.

Na China, por exemplo, país que tradicionalmente não mantinha acordos com o Brasil, a Lava Jato buscou dados sobre as contas usadas pelo doleiro Alberto Youssef para lavar dinheiro, em especial, da Odebrecht, via outro doleiro preso durante as investigações, Leonardo Meireles.

"A mancha de países com cooperação com o Brasil, nos grandes casos, sempre se centrou no Uruguai, ou no Caribe, Estados Unidos e Suíça. E hoje se vê, sobretudo na Lava Jato, que essa mancha no mapa transitou rumo aos países da Ásia, em operações que tiveram repercussão no caso", afirmou o secretário de Cooperação Internacional da Procuradoria-Geral da República, Vladimir Aras.

Há ainda os países que abriram investigações, mas não buscaram colaboração com o Brasil. E os que ainda devem ser citados oficialmente nas delações de executivos e ex-executivos da Odebrecht, como México e El Salvador, que poderão buscar cooperação para procedimentos internos.

Internacionalização

O caso Banestado, que registrou evasão de mais de R$ 20 bilhões em divisas, na década de 1990, é até hoje o caso com maior volume de acordos jurídicos internacionais do Brasil: 180, quase todos com os Estados Unidos.

"A previsão é de que a Lava Jato ultrapasse esse número de acordos", afirmou Aras.

Em 2017, novas apurações, dentro e fora do Brasil, em negócios do setor de óleo e gás e obras de outros setores, como os de transportes e energia, devem envolver mais empresas, em especial multinacionais, para o foco da Lava Jato, avaliam os procuradores.

Outro aspecto abordado pelos investigadores é de que a atenção internacional no caso brasileiro e o maior volume de investigações pelo mundo devem ajudar autoridades locais a enfrentar o que eles chamam de "contraofensiva" de políticos para frear a operação.

Como exemplo, eles citam as tentativas de aprovar mudanças na Lei de Abuso de Autoridade no Senado e as alterações feitas pela Câmara no pacote de 10 Medidas contra a Corrupção - projeto de iniciativa popular encabeçado pelo Ministério Público Federal.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os estudantes que estão ocupando as escolas contra a reforma do Ensino Médio, a Escola sem Partido, e a PEC do Teto dos Gastos, tem até a noite desta terça-feira (13) para se pronunciarem à Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco e desocupar, em um acordo pacífico, as 10 instituições de ensino estadual. Caso, isso não venha ocorrer o Estado irá pedir a reintegração de posse. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (12) durante a quinta reunião com os manifestantes, intermediada pela promotora em educação, Eleonora Rodrigues.

Sete escolas que estão ocupadas são exclusivamente ao ensino médio e três possuem turmas do ensino fundamental. De acordo com a Secretaria, um novo calendário será definido para repor as aulas perdidas no mês de dezembro ou janeiro do próximo ano, visto que o ano letivo acaba na quarta-feira (21). Os estudantes podem passar parte das férias de janeiro terminando o ano letivo ou terem o início das atividades do calendário de 2017 adiadas.

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Procurada pelo LeiaJá, a Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco disse que não irá divulgar o número das escolas que irão entrar em contato para realizar os acordos e a desocupação pacífica. 

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Os líderes do Japão e das Filipinas concordaram em cooperar com a promoção da paz e da estabilidade regional, nesta quarta-feira, e reconheceram a importância de suas alianças internacionais, sem citar os Estados Unidos especificamente, em um comunicado focado na contribuição japonesa na segurança marítima dos filipinos.

Em uma coletiva de imprensa após uma reunião com o primeiro-ministro, Shinzo Abe, o presidente filipino, Rodrigo Duterte, disse que espera que o Japão continue sendo uma importante parte da segurança marítima na região, incluindo o Mar Meridional da China, onde Manila e Pequim vêm sobrepondo reivindicações.

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Na reunião, os líderes não mencionaram suas alianças com os Estados Unidos, mas, em um comunicado emitido mais tarde, ambos os lados reconheceram a importância de suas "redes de amizade e alianças", particularmente entre Tóquio e Manila.

O vice-chefe de gabinete japonês, Koichi Hagiuda, disse a repórteres que suas alianças com os EUA foram reconhecidas, embora não no papel. Em sua segunda rodada de negociações entre aliados próximos, Duterte assegurou a Abe que não tem intenção de cortar os laços diplomáticos com os EUA, segundo Hagiuda.

Hoje, o Japão e as Filipinas assinaram acordos incluindo a provisão do Japão de duas embarcações da guarda costeiras e aviões de treino militar como parte da contribuição japonesa para aumentar a capacidade de segurança marítima das Filipinas.

O Japão também concordou em apoiar projetos de infraestrutura e agricultura nas Filipinas para ajudar no desenvolvimento econômico do arquipélago. Fonte: Associated Press.

 

O juiz federal Sérgio Moro homologou os acordos de delação premiada dos empresários Vinícius Veiga Borin, Luiz Augusto França e Marco Pereira de Sousa Bilinski. O trio ficou sócio em 2010, junto com um ex-funcionário da Odebrecht, do chamado “banco da propina”.

Pelo acordo de colaboração firmado, os sócios devem contar como funcionava o esquema e outras atividades ilícitas que tenham tido participação. Além disso, cada um deles terá que pagar multa de R$ 1 milhão. Eles também se comprometeram a repatriar todos os bens que tiverem no exterior, pagando os impostos às autoridades brasileiras. O valor desse patrimônio, porém, não foi divulgado.

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Com a homologação, as delações dos três executivos poderão ser usadas para novas investigações. Da multa cobrada, 90% deverão ressarcir a Petrobras e 10% serão destinados a órgãos de investigação, como o Ministério Público Federal e a Polícia Federal.

Os acordos foram homologados em 12 de julho. Com a publicação de ontem (22), as defesas dos executivos responsáveis pelos pagamentos de propina da empreiteira passam a ter acesso aos documentos. 

 

O chanceler brasileiro, José Serra (PSDB-SP), defendeu nesta segunda-feira, 23, em Buenos Aires, em sua primeira viagem no comando do Itamaraty, que os integrantes do Mercosul tenham maior liberdade para negociar acordos bilaterais. O senador reuniu-se ao longo do dia com a ministra das Relações Exteriores argentina, Susana Malcorra, o ministro da economia, Alfonso Prat-Gay, e o presidente Mauricio Macri.

"O Mercosul é uma união aduaneira. Não é uma zona de livre comércio, que é o que eu sempre defendi. O problema da união aduaneira é fazer acordos com outros países do mundo sem ser em conjunto. A nossa estratégia é flexibilizar isso. Às vezes um pode abrir a oportunidade e os outros vêm depois", disse o tucano em entrevista coletiva na embaixada brasileira, à noite. A proposta não seria permitir que um integrante do Mercosul estabeleça acordos com países de fora do grupo e os outros membros se somem posteriormente, de acordo com a experiência de cada um.

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Questionado se o governo Michel Temer teria legitimidade para propor mudanças profundas no bloco, o tucano disse que "decisões têm de ser tomadas" e há aval do Congresso. Ele ponderou que não via necessidade de grandes alterações no Mercosul antes dos seis meses que pode durar o afastamento de Dilma Rousseff.

A busca de alternativas para reativar duas economias em recessão esteve no centro de reuniões de Serra com Prat­Gay e, por último, com Macri. O intercâmbio comercial entre as nações caiu 42% entre 2011 e 2015, de US$ 39 bilhões para US$ 23 bilhões.

O governo de Macri, que reconheceu a legalidade da administração Temer minutos depois de o Senado abrir o processo de impeachment, reiteradamente disse ter interesse na retomada da atividade econômica no Brasil, responsável por 40% do comércio internacional argentino. Nos primeiros quatro meses, o déficit bilateral argentino triplicou e chegou a US$ 1,4 bilhão, em razão da queda no consumo brasileiro, segundo a consultoria Abeceb.

Do salão em que Serra falava, ouviam-se apitos de manifestantes contrários ao governo Temer. Os protestos, que ele classificou como irrelevantes, o acompanharam desde sua chegada a Buenos Aires, na noite de domingo, quando 35 ativistas jogaram bolinhas de papel contra seu carro. Na segunda, 150 pessoas exigiam a renúncia de Temer e chamavam o ministro de golpista. Parte do grupo era formado por militantes kirchneristas.

Entre as diretrizes da nova política externa brasileira, anunciadas na semana passada, Serra colocou a relação com a Argentina. Em seu discurso de posse, ele citou "referências semelhantes para reorganização da política e da economia", ao se referir­ ao governo de Macri, eleito no ano passado por uma coalizão de centro­direita. Serra salientou sua intenção de "despartidarizar" o Itamaraty, algo que Malcorra também assumiu como compromisso ao tomar posse em dezembro como chanceler, após 12 anos de administração kirchnerista.

Caracas

A situação da Venezuela, que criticou o processo de impeachment brasileiro e tem sido alvo frequente de críticas de Macri, também esteve na pauta do chanceler brasileiro. O presidente argentino pressiona Caracas pela libertação de presos políticos e já ameaçou pedir a suspensão do país do Mercosul. Questionado se exigiria a punição ao país governado por Nicolás Maduro, Serra disse defender um processo de mediação. Ele ressaltou que a turbulência brasileira impediria o País de exercer esse papel de intermediário.

Serra chegou à Argentina já com a definição do novo embaixador brasileiro em Buenos Aires, Sérgio França Danese. Ele ocupa a função de secretário-­geral do Itamaraty, segundo posto na hierarquia da instituição, cargo que será exercido por Marcos Galvão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A multiplicação das demandas de asilo solicitadas por migrantes que chegaram às ilhas gregas obrigará as autoridades a fazer uma pausa de 15 dias antes de retomar a operação de devolução à Turquia, disse nesta quarta-feira o ministro grego de Assuntos Europeus.

"Sabíamos que haveria uma pausa, um período intermediário antes que o programa" de reenvios previsto pelo acordo entre a UE e a Turquia prosseguisse, explicou Nikos Xyadakis à imprensa.

Para o funcionário, será necessário um prazo "de ao menos 15 dias para processar o primeiro pacote de solicitações de asilo" que a Grécia se comprometeu a examinar caso a caso, antes de enviar à Turquia os candidatos não selecionados. "Em 15 dias, as autoridades podem tratar entre 400 e 500 demandas", estimou.

A União Europeia prometeu enviar reforços à Grécia, especificamente a especialistas em direito de asilo, para ajudar os serviços a analisar as demandas. Mas, segundo Xydakis, apenas uma dezena de juristas foram enviados à Grécia.

O acordo estipula que as pessoas que chegarem depois de 20 de março serão devolvidas à Turquia se não fizerem um pedido de asilo ou se seu pedido for rejeitado. Na segunda-feira foi realizada a primeira operação para devolver à Turquia 202 migrantes que estavam nas ilhas de Lesbos e de Chios.

O governo grego disse que nenhum dos migrantes havia pedido asilo, mas a agência da ONU para os refugiados ACNUR alegou que 13 deles eram afegãos que manifestaram que queriam solicitar o refúgio político, mas que não puderam fazê-lo.

Enquanto isso, as demandas de asilo realizadas pelos migrantes que chegaram depois de 20 de março não param de aumentar. Dos 6.000 migrantes que chegaram nesta terça-feira, 2.300 iniciaram o procedimento.

Antes da publicação no Diário Oficial da União, o governo alterou o texto da medida provisória que modificou as regras para a celebração dos acordos de leniência no País. As mudanças abrandaram as condições estipuladas para que uma empresa envolvida em um esquema de corrupção possa voltar a firmar contratos com o governo.

O texto original, de 3 de dezembro de 2015, previa que a devolução do valor integral do dinheiro desviado era uma condição obrigatória para que as empresas pudessem participar dos acordos. Além disso, determinava que os administradores ou dirigentes das companhias envolvidas fossem afastados de suas funções por até cinco anos a partir da assinatura do acordo.

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A redação final, no entanto, perdeu esses trechos, conforme mostrou o jornal O Globo. O trecho com regras para ressarcimento e prazos também acabou eliminado. Segundo a norma, de 21 de dezembro do ano passado, quando estipular a obrigatoriedade da reparação - a palavra "integral" foi suprimida -, o acordo de leniência poderá conter cláusulas "que considerem a capacidade econômica da pessoa jurídica".

O acordo de leniência é uma espécie de delação premiada para empresas. O acerto, previsto na Lei Anticorrupção, serve para garantir que as pessoas jurídicas envolvidas em crimes contra a ordem econômica e tributária tenham as penas administrativas reduzidas desde que colaborem com as investigações e devolvam o dinheiro público desviado.

Facilidades

A medida provisória foi assinada pela presidente Dilma Rousseff em 18 de dezembro. Segundo o governo, o dispositivo serviu para dar celeridade aos acordos com as empresas processadas no âmbito da Operação Lava Jato.

A nova regra também permite que o acordo de leniência seja firmado por várias empresas, e não só pela primeira que manifestar interesse em colaborar com as investigações.

Críticas

Ministério Público questiona no Tribunal de Contas da União (TCU) os novos critérios do acordo admitidos pelo normativo editado pelo governo. Para o procurador Júlio Marcelo Oliveira, autor do parecer enviado à corte de contas, o texto abre brechas para limitar a responsabilização das empresas que cometeram crimes.

Procurada, a Advocacia-Geral da União (AGU) não respondeu por que as mudanças foram feitas no texto final.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Índia e o Japão firmaram neste sábado um acordo de US$ 15 bilhões para um trem de alta velocidade, além de uma série de outros documentos para fortalecer os laços. Os países asiáticos buscam, com essa aproximação, se contrapor à crescente assertividade da China em sua política regional.

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e o premiê japonês, Shinzo Abe, disseram que realizarão exercícios navais conjuntos e concordaram em transferir tecnologia para aumentar a produção de armas na Índia. Também avançaram em um pacto para o uso de energia nuclear para fins civis, mas disseram que detalhes técnicos devem ser fechados antes da assinatura de um acordo final nesse caso.

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"Nós fizemos um progresso enorme na cooperação econômica e em nossa parceria regional e na cooperação em segurança", disse Modi.

Os dois países anunciaram que fecharam um plano para construir um corredor de 500 quilômetros para um trem de alta velocidade, um avanço significativo para o sistema ferroviário antigo e lento da Índia. O acordo multibilionário para a construção da ferrovia entre Mumbai e a capital de Gujarat, Ahmedabad, é visto como o mais recente passo na rápida aproximação entre as duas maiores democracias da Ásia nos últimos 18 meses. Observadores veem isso como um esforço para contrabalançar a influência de Pequim.

O acordo ferroviário, que vem com financiamento de US$ 12 bilhões em termos que Modi qualificou como "muito cômodos", também representa um impulso para a indústria japonesa, que sofreu derrotas duras para a China em contratos para trens-bala na Indonésia e na Tailândia. Segundo o premiê indiano, a novidade representará um motor para a transformação econômica de seu país.

O acordo energético com o Japão permitirá que a Índia fortaleça sua produção de energia nuclear, reduzindo a pressão internacional para que o país reduza as emissões de carbono geradas por suas usinas de carvão. A Índia deseja tecnologia nuclear para melhorar a oferta de energia em sua economia em crescimento, mantendo as emissões de carbono sob controle. O Japão buscou garantias de que a Índia não disseminará armas nucleares.

Os dois líderes ressaltaram a "importância crucial" do Mar do Sul da China para a segurança regional e o comércio, pedindo que países evitem ações unilaterais que levem a tensões na região. A China reivindica o controle da área, mas é contestada pelos EUA e por outras nações no caso.

Japão e Índia ainda firmaram acordos para o compartilhamento de inteligência militar e para a transferência de tecnologia de defesa para a fabricação de armas em território indiano.

O Japão disse que apoia a candidatura da Índia para a Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec, na sigla em inglês), grupo de 21 membros que promove o livre-comércio na região do Pacífico. Tóquio ainda alocou 1,5 trilhão de ienes (US$ 12,41 bilhões) para promover o comércio bilateral com a Índia. Fonte: Dow Jones Newswires.

As dificuldades das negociações salariais do segundo semestre têm como exemplo de impasse os bancários. A categoria - formada por mais de 500 mil trabalhadores em todo o País - entrou em greve no dia 6. Eles reivindicam reajuste de 16%, enquanto os bancos oferecem 5,5%. "Poucas vezes a diferença entre o que se pede e o que é oferecido ficou tão distante", diz Hélio Zylberstajn, coordenador da pesquisa de negociação salarial da Fipe.

A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) afirma que a proposta mais ampla inclui o reajuste, um abono de R$ 2,5 mil e a participação nos lucros (PLR). Esse conjunto aplicado, por exemplo, ao piso salarial de um caixa bancário, de R$ 2,56 mil, pode garantir até o equivalente a quatro salários. "Essa proposta resulta num aumento de remuneração para a categoria que cobre a estimativa de inflação para os próximos 12 meses", diz a Fenaban.

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"Os bancos estão sendo oportunistas e querem se aproveitar da crise para acabar com o modelo de aumento real", rebate a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo e região, Juvandia Moreira. Ela afirma que, ao contrário de outros segmentos, "o momento não está difícil para o setor bancário, cujo lucro cresceu 27% nos seis primeiros meses do ano, para R$ 36 bilhões".

Os bancários conquistam aumentos reais, acima da inflação, desde 2004. Segundo a sindicalista, a proposta atual, se aprovada, "elimina os ganhos obtidos pela categoria nos últimos dois anos".

Só reposição

Nos últimos 14 anos, os trabalhadores representados pela Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da CUT (FEM/CUT) conseguiram aumento real nos dissídios, muitas vezes após greves. Neste ano, boa parte deles, incluindo os do ABC paulista, fechou acordos apenas com a reposição da inflação, de 9,8% em um ano, parcelada em duas vezes: 7,88% em setembro e 2% em fevereiro.

"Chegávamos para negociar num ambiente em que as empresas estavam anunciando lay-off (dispensa temporária de trabalhadores) e adesão ao PPE (Programa de Proteção ao Emprego)", diz o presidente da FEM/CUT, Luiz Carlos da Silva Dias. "É uma situação atípica em relação a outros anos."

Um dos setores que assinaram acordo com a federação foi o de máquinas. Neste ano, o setor de máquinas demitiu, até julho, 35 mil trabalhadores, cerca de 8% de seu efetivo. "As negociações estão muito difíceis porque o setor industrial enfrenta talvez a crise mais grave dos últimos 30 anos", afirma Hiroyoki Sato, diretor executivo da Associação Nacional da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). "Está em jogo a sobrevivência de algumas empresas."

A Abimaq ainda terá de negociar com os metalúrgicos do interior de São Paulo, ligados à central Conlutas, e com aqueles representados pela Força Sindical - cerca de 700 mil, com data-base em novembro.

Miguel Torres, presidente da Força, afirma que a categoria não pretende abrir mão do aumento real. "Sabemos que o cenário é ruim, mas quanto menos dinheiro entrar na economia será pior para todos, inclusive para os patrões", afirma o sindicalista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente Dilma Rousseff (PT) continua nesta terça-feira (29) as conversas para definir a reforma administrativa. Nesta manhã, ela recebeu o vice-presidente Michel Temer, que é também presidente do PMDB. Ao ser chamado por Dilma, Temer reforçou posição manifestada anteriormente de que não faria indicações em nome do partido para que a presidenta pudesse fazer as escolhas que considerasse mais adequadas.

O encontro ocorreu no gabinete da presidenta no Palácio do Planalto e durou cerca de 30 minutos. Também de manhã, Dilma recebeu o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, que vem atuando na articulação política do governo e é cotado para continuar na função após a reforma administrativa. A presidenta deixou, há pouco, o Palácio da Alvorada, onde não tinha agenda oficial, e seguiu para o Planalto.

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Na semana passada, a presidenta se reuniu com líderes de vários partidos antes de viajar para Nova York, onde participou da Assembleia Geral das Nações Unidas. A promessa feita pelo governo no mês passado foi de cortar, até o fim de setembro, dez dos atuais 39 ministérios.

Para a nova composição, Temer já havia sido consultado anteriormente, mas preferiu não indicar nomes, tarefa que coube aos líderes do PMDB na Câmara dos Deputados e no Senado. Ontem (28), ele disse que o "PMDB é muito grande" e que não cabe todo mundo no governo, mas que a representação do partido será definida pela presidenta.

Dois ex-executivos da Sete Brasil - empresa criada pela Petrobras para fornecimento de navios-sonda - concordaram em devolver aos cofres públicos R$ 7,5 milhões e repatriar US$ 5,1 milhões ocultos em contas secretas fora do País, em seus acordos de delação premiada fechados com a força-tarefa da Operação Lava Jato.

Ferraz foi presidente da Sete Brasil, empresa criada em 2011 pela Petrobras em parceria com a fundos de pensão da Petros, Previ e Funcef e os bancos Santander, Bradesco e o BTG Pactual para fornecimento de 28 navios-sonda para exploração de petróleo em alto mar nos campos do pré-sal. Contrato de US$ 22 bilhões.

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Musa era ex-gerente-geral da Diretoria de Internacional da Petrobras e foi diretor de Operações da Sete Brasil. Ferraz se comprometeu R$ 3 milhões e repatriar US$ 1,9 milhão mantidos em contas secretas. Musa admitiu devolver R$ 4,5 milhões e repatriar US$ 3,2 milhões ao Brasil.

"O perdimento do produtor do crime com a devolução integral dos valores mantidos no exterior, recebidos a título de pagamento de vantagem indevida, sendo no mínimo (de acordo com o relato do próprio colaborar) de USD 3,2 milhões", diz o contrato de delação de Musa.

O valor de R$ 4,5 milhões diz respeito a multa civil compensatória, que pode ser usada para ressarcimento mínimo das empresas lesadas. Os valores devem ser pagos em três parcelas. "1ª parcela de R$ 1,5 milhão em até 30 dias da homologação do acordo; 2ª parcela de R$ 1,5 milhão até seis meses após a homologação do acordo; 3ª parcela de R$ 1,5 milhão a ser paga até 12 meses após a homologação."

Contrato bilionário

O acordo com os dois ex-executivos e ex-funcionários da Petrobras foi assinado no dia 7 de agosto, com os procuradores do Ministério Público Federal em Curitiba. Além de revelar o envolvimento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na contratação de navio-sonda pela Diretoria Internacional, as delações dos dois ex-executivos aprofundam os dados sobre o esquema de corrupção no setor do pré-sal.

O ex-gerente de Engenharia da Petrobras Pedro Barusco, que atuou diretamente na criação e na gestão da Sete Brasil, foi o primeiro a confessar propina nos contratos bilionários da empresa - subcontratada da estatal.

Barusco disse em depoimento a propina paga foi de 1% do valor dos contratos, dos quais dois terços seriam destinados para o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, dentro da cota do partido, e um terço para ele mesmo e para Ferraz e Musa.

A uma semana da visita da presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos, o plenário da Câmara dos deputados aprovou nesta terça-feira, 23, três projetos com acordos firmados entre os governos dos dois países.

Um dos projetos aprovados trata de medidas relativas à segurança de informações militares sigilosas. A visita de Dilma tenta justamente superar a crise gerada pela revelação de que a agência de espionagem americana (NSA) teria monitorado a comunicação da presidente brasileira, que chegou a cancelar uma vista de Estado que faria a Washington em outubro de 2013.

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O acordo de cooperação mútua para assegurar a proteção de informações militares sigilosas transmitidas direta ou indiretamente entre Brasil e Estados Unidos prevê que o acesso às informações será concedido apenas a quem desempenhar funções oficiais que exijam tal acesso e aos quais tenha sido concedida uma credencial de segurança. São consideradas informações militares sigilosas aquelas produzidas pelo Ministério da Defesa de cada país. Este acordo tem validade de cinco anos. Depois deste período, ele passa a ser renovado automaticamente a cada ano.

A Câmara também aprovou o projeto que prevê a validação do acordo entre o Brasil e Estados Unidos sobre a cooperação em matéria de Defesa, assinado em Washington, em 12 de abril de 2010.

O acordo estabelece que a cooperação entre os dois países signatários inclui visitas de delegações de alto nível a entidades civis e militares, contatos em nível técnico, encontros entre instituições de defesa, troca de estudantes, instrutores e pessoal de treinamento, participação em eventos de treinamento e aperfeiçoamento, visitas de navios, realização de eventos esportivos e culturais, facilitação de iniciativas comerciais relacionadas à defesa, e desenvolvimento e implementação de programas e projetos de tecnologia de defesa.

O terceiro acordo prevê a melhoria da "Observância Tributária Internacional e Implementação da Lei de Conformidade Tributária sobre Contas no Exterior" (Foreign Account Tax Compliance Act - Fatca), também conhecido como Acordo Intergovernamental (Intergovernmental Agreement - IGA), assinado em setembro de 2014.

O objetivo é viabilizar o intercâmbio automático de informações financeiras para fins tributários entre os dois países, em conformidade com o formato e com os prazos previamente estipulados, de forma a coibir a prática de ilícitos. Os textos serão encaminhados ao Senado.

O deputado estadual Antônio Moraes será confirmado, no próximo sábado (20), como novo presidente do PSDB de Pernambuco. A eleição simbólica acontece durante a Convenção Estadual do partido, a partir das 10h. 

Sem disputa, o PSDB de Pernambuco decidiu por uma presidência estadual compartilhada na sucessão do atual presidente já que deputado federal Bruno Araújo abdicou do direito de reeleição. A presidência da legenda no estado será dividida em dois períodos de um ano cada. O primeiro será comandado por Moraes. 

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Já no segundo ano quem ficará à frente da legenda será o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes. O entendimento se estendeu à escolha dos demais cargos da executiva estadual que serão anunciados no sábado. 

A construção da unidade interna, de acordo com a assessoria de imprensa do PSDB, contou com a participação de vários integrantes do partido como deputados federais e estaduais, prefeitos e também do presidente nacional da legenda, senador Aécio Neves. Este, inclusive, não participará da convenção, mas deve, segundo informações de bastidores, vir a Pernambuco em agosto para se reunir com a nova direção estadual do PSDB. 

Promotores de Justiça de São Paulo rebelaram-se contra acordos firmados por outros promotores com duas instituições financeiras, UBS e Citibank, no âmbito do caso Paulo Maluf - investigação sobre valores que o ex-prefeito de São Paulo (1993-1996) movimentou secretamente na Suíça e na Ilha de Jersey, segundo o Ministério Público do Estado.

Por meio desses acordos, celebrados em fevereiro, os bancos concordaram em pagar o equivalente a US$ 25 milhões ao Tesouro municipal como indenização pelo fato de ter circulado em contas das instituições dinheiro atribuído a Maluf que teria sido desviado de obras de sua gestão, o Túnel Ayrton Senna e a Avenida Água Espraiada (hoje Jornalista Roberto Marinho), ambas na zona sul.

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UBS e Citibank não se envolveram nos desvios, segundo os promotores que subscrevem os acordos, mas concordaram em recolher aquele montante por terem sido depositários de valores confiscados de Maluf.

Em memorial enviado na semana passada ao Conselho Superior do Ministério Público do Estado, três promotores - Marcelo Camargo Milani, Nelson Luís Sampaio de Andrade e Otávio Ferreira Garcia - alertam que, "se há comprovação de que UBS e Citibank receberam valores subtraídos dos cofres municipais e, obviamente, foram remunerados pelo serviço, concorreram de forma direta para a prática do ato de improbidade".

"Por qual razão não constaram (os bancos) como investigados em regular inquérito civil? Se responsabilidade alguma lhes é atribuída, por qual razão firmaram acordo, a nosso ver ilegal, concordando em recompor o erário?". Ainda segundo os promotores, "se foi possível a celebração de acordos com as instituições financeiras, forçoso concluir que estas não figuram ou figuraram, como investigadas, em nenhum procedimento em trâmite".

As transações questionadas foram assinadas pelos promotores Silvio Antonio Marques, José Carlos Blat, Valter Foletto Santin e Karyna Mori.

A petição expõe um racha histórico na Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e Social, que conduz inquéritos civis contra improbidade e corrupção. A ruptura é flagrante desde a investigação do cartel dos trens que teria operado de 1998 a 2008, nos governos Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, todos do PSDB. Também nesta demanda os promotores divergem sobre os rumos das ações.

O Conselho Superior é formado por 11 procuradores de Justiça - cabe a ele homologar, ou não, arquivamentos de inquéritos e celebração de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) da Promotoria. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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