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Nos comentários das postagens nas redes sociais do Shopping Recife, localizado na Zona Sul da capital, internautas cobram posicionamento sobre a suposta demissão do Papai Noel do mall e o ajudante. Segundo os comentários, os dois teriam sido demitidos após gravarem um vídeo dançando brega com dois jovens que usam farda de aluno do Governo do Estado. O shopping nega a demissão do Papai Noel, mas confirma que o outro homem filmado, que é o promotor, foi afastado.

A justificativa para a demissão do promotor foi desvio de função. De acordo com a nota enviada pelo shopping, ele estava “deixando de proporcionar melhor experiência e acompanhamento aos clientes do mall”.

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No período natalino, comenta o shopping, três Papais Noéis são contratados e eles se revezam no atendimento ao público. Ao todo, o Shopping Recife contrata cerca de 50 profissionais temporários para as ações de Natal.

No vídeo que circula nas redes sociais, o Papai Noel e o promotor dançam a música ‘Barulho da Kikada’, de MC Niago & Seltinho Coreano. Enquanto o Papai Noel demonstra não ter muita desenvoltura com a música, o promotor demonstra conhecer a coreografia.

Os internautas que criticaram a medida do shopping chamaram o estabelecimento de preconceituoso contra o brega e a cultura local e de elitista. Alguns comentários ameaçam boicote ao Shopping Recife. Confira o vídeo abaixo:

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Os lutadores de MMA pernambucanos Murilo Chacal, 30 anos, e Júnior Fialho, 24 anos, são aqueles típicos exemplos que orgulham e inspiram qualquer pessoa que corre atrás dos seus sonhos. Apesar dos dois atletas escolherem uma modalidade no esporte que aparenta precisar de frieza e coragem, a verdade é que Chacal e Fialho surpreendem ao revelarem as profissões que exercem conciliando com a vida corrida de um atleta: Chacal, natural de Santa Cruz do Capibaribe, é costureiro. Já Fialho, recifense, é ajudante de pedreiro. 

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Os dois possuem o mesmo sonho e mostram confiança e determinação para chegarem no ápice que miraram: lutar no UFC, um dos maiores eventos do mundo da categoria. Antes, neste sábado (28), os dois serão os maiores protagonistas da 61ª edição do GFC, que será realizado em Olinda, a partir das 19h, na Vila Olímpica, no bairro de Rio Doce. Fialho vai enfrentar Chacal, que é o dono do cinturão. Esta será a primeira que o município irá sediar o evento renomado que é conhecido internacionalmente por revelar campeões. 

A história de Fialho e Chacal, embora rivais neste domingo na “briga” pelo cinturão, é de superação. Nos caminhos oferecidos pela vida, optaram por seguir o correto. O esporte foi o que transformou um passado ainda incerto para um futuro mais do que promissor. “O esporte, além de tudo, é uma maneira da gente sair da rua porque além de tudo requer disciplina”, afirma Fialho com um orgulho no olhar. Ele começou aos 16 anos no Muay Thai, uma modalidade também bem intensa e de treinos puxados. 

Posteriormente, o ajudante de pedreiro daria um passo maior. Soube de uma seleção na Arena Feitosa com mais de 20 concorrentes e ficou em primeira colocação, o que despertou ainda mais entusiasmo para seguir em frente. Há mais de dois anos, vem treinando duro, como diz, e competido em eventos diversos. Garante que só perdeu uma vez. 

Para quem acha que foi fácil, Fialho responde de imediato. “Não foi nada fácil não, mas continuo firme e forte na rotina diária de treino, só quem sabe é quem vive isso, é uma vida de guerreiros. Quem está no sonho tem que prosseguir independente de qualquer coisa. Sonho em continuar competindo em grandes eventos como o GFC e também no UFC. Se você tem um sonho independente de ser o esporte, você tem que ir atrás”, incentivou. 

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O lutador costureiro 

Chacal também conta que do grupo de amigos, poucos seguiram o caminho do esporte. “Os outros que iniciaram na mesma época hoje tomaram rumos que não são sadios para a sociedade. Nessa parte diria que foi muito importante para mim e para as pessoas deixo essa informação de que praticando uma atividade física você estará sempre engajado em um grupo social que só leva a hábitos saudáveis e bons”. 

A trajetória de Murilo Chacal, que faz parte do time de atletas da academia Assírios, também é ligada ao esporte desde muito novo. Incentivado pelo irmão, ele iniciou na capoeira, depois foi para o boxe. Em 2010, inspirado nos campeões brasileiros André Silva e Minotauro, tomou a decisão de lutar profissionalmente no MMA. Na estreia, já saiu vitorioso. A caminhada agora também é para chegar no UFC. 

Para ele ser campeão de um evento do porte do GFC, é importante porque traz mais visibilidade, no entanto não esquece que o compromisso também aumenta. “É justamente isso que a gente quer: compromisso e crescer cada vez mais em eventos maiores e assim chegar no ápice da modalidade no UFC. Sempre digo aos meus colegas que um dia eles vão sentar em suas poltronas e me ver na telinha do UFC assistindo eu lutar, se Deus quiser”, disse com muita confiança em si. 

Ele concilia os treinos com a outra profissão: é costureiro. Em Santa Cruz do Capibaribe, onde mora, a rotina também é puxada. Precisa encaixar a vida de atleta com a costura. Chacal conta que, às vezes, são três treinos por dia. “De manhã corro, depois vou para a confecção da família, depois ao meio-dia faço musculação ou jiu jitsu e, à noite, boxe. Em épocas de pico como o São João e final de ano, às vezes nem treino completamente para cumprir o serviço”. 

Chacal afirma que gosta muito de costurar, como também de praticar atividade física. “Me sinto muito bem costurando e o esporte também representa tudo. Através do esporte consigo cuidar da minha alimentação, consigo ter muito carinho de alunos, amigos, família que apoia, eu consigo sentir mais carinho das pessoas, para mim é a minha vida. O esporte é a minha vida”. 

Sobre a luta de hoje, Fialho aparenta não se intimidar com Chacal, o atual campeão. Ele garante que hoje não será uma luta fácil em nenhum dos lados. “Nem do lado de cá, nem do lado de lá. Vai ser difícil para os dois lados. O mais importante é não desistir, independente da vitória eu sempre tenho uma frase que digo que eu prefiro perder bonito do que ganhar feio”. A expectativa de Chacal é semelhante. Ressaltou que espera por uma ótima luta do começo ao fim e que será um excelente espetáculo. “Vai ser atividade em todo minuto da luta, vai ser a melhor luta da noite pegada do começo ao fim”. 

Fialho (à esquerda) e Chacal (à direita) sonham em lutar no UFC

No entanto, Chacal garante que é mais importante não desistir do que vencer, embora esse seja o propósito sempre. “Não desistir é mais importante. Às vezes um tropeço, um degrau que você não subiu serve de degrau e de aprendizado e você só perde na vida se você quiser se não você só aprende e se torna um ser humano melhor”, finalizou. 

Formando campeões

O atleta e fundador do GFC, Evandro Silva, conta que a organização foi fundada em 2010, no município de Garanhuns e que, ao longo dos anos, tomou uma proporção nacional e internacional. Na 61º edição, o evento é palco de visibilidade para muitos atletas que ganharam o mundo saindo do GFC. 

O maior objetivo, segundo Evandro, é descobrir talentos nas cidades por onde passa, pois a organização entra em contato com as equipes de cada local. “Eu senti a necessidade de criar um evento para descobrir talentos. Foram atletas que o evento viu que tinha potencial, convidou para lutar e eles se deram muito bem, se destacaram no GFC como o atual campeão, dono do titulo. Eu tenho 10 campeões, formado pelo GFC, que estão preparados para lutar com qualquer lutador do mundo. São lutadores que realmente são campeões e fizeram por onde ganhar o título. Fialho pelo bom desempenho que vem obtendo nas últimas lutas recebeu a oportunidade de tentar tirar o cinturão do atual campeão”, explicou. 

Evandro conta que vivenciou muitas histórias de grandes atletas e de pessoas com profissão simples como engraxate que chegou no UFC, de baixa escolaridade, e até mesmo de pessoas que saíram da rua e agora são grandes lutadores. “Pessoas que escolheram ser lutadores e que vem vivendo da luta porque para mim dar certo na profissão é você viver dela, viver da profissão para mim já deu certo. Umas das maiores provas sou eu. Sou empresário, larguei minha empresa para ser empresário no MMA”. 

O fundador do GFC, Evandro Silva, é um grande apoiador do MMA

Amor ao esporte

O fundador do GFC, no entanto, salienta que é necessário, primeiro que tudo, amar o esporte porque as dificuldades são muito grandes. “Tem que amar o que faz. Eu digo que tudo na vida é difícil. Nem todo mundo vai conseguir ser repórter, nem todo mundo vai conseguir ser prefeito, ser lutador, eu acho que tudo vai ter que persistir, você tem que também ter nascido para aquilo. Eu me considero um cara excepcional para o que eu faço porque eu faço com tanto amor, com tanto empenho que eu termino sendo feliz no final em cima de qualquer resultado”. 

Ele garante que um atleta que consegue se destacar hoje consegue chegar a ganhar até um milhão de reais com o MMA. “É uma questão de destaque. Os atletas que se destacam também recebem uma ajuda um reforço de patrocínio, de apoio que é somente dele. A luta hoje é valorizada, você consegue viver da luta se você for um atleta que tenha um bom destaque como todo mundo sabe no esporte não é fácil porque se todos conseguissem, não teria espaço”. 

Os ingressos para o evento podem ser comprados na Academia Five, em Rio Doce, ou na Arena Feitosa, na orla de Olinda. Será montada toda uma estrutura com octógono, iluminação, som, camarote e área prime. Além da luta de Chacal e Fialho também serão realizadas mais outras sete, incluindo uma feminina. “Além de gerar emprego, também será bom porque desperta para quem quer praticar uma arte marcial termina despertando quem quer praticar outro tipo de esporte”. Mais informações: (81) 9.8721-5870/ (81) 9.9572-5628 ou (81) 3076-4541. 

Apoio em Olinda

O secretário-executivo de Esportes de Olinda, Chiquinho, sabe a importância do esporte. Ex-jogador de futebol, ele também encontrou no esporte uma forma de mudar de vida e conta que o órgão vem incentivando e criando projetos sociais para inclusão social. 

“O esporte é uma ferramenta de inclusão em todos os aspectos. Eu sou um grande exemplo disso. É ferramenta de inclusão direta. O Brasil tem muitos exemplos de inclusão social por meio do esporte e no MMA não é diferente. Um segmento parecido com o futebol geralmente são pessoas com um poder aquisitivo muito baixo, que encontra no esporte uma oportunidade de ter uma doutrina porque o esporte te molda, você tem que ter uma dedicação. Sem dedicação não acontece o êxito, no esporte é assim”. 

Chiquinho ressaltou que a gestão do prefeito Lupércio continuará em busca de parceiros e projeto no objetivo de deixar legados esportivos. “Mesmo com toda a dificuldade financeira que tem, tentamos apoiar todo tipo de evento e as artes marciais são eventos que estamos apoiando desde o inicio da gestão. Dessa forma, deixando legados, o trabalho se mostra presente”, pontuou. 

Fialho (à esquerda) e Chacal (à direita) sonham em lutar no UFC

No entanto, Chacal garante que é mais importante não desistir do que vencer, embora esse seja o propósito sempre. “Não desistir é mais importante. Às vezes um tropeço, um degrau que você não subiu serve de degrau e de aprendizado e você só perde na vida se você quiser se não você só aprende e se torna um ser humano melhor”, finalizou. 

Formando campeões

O atleta e fundador do GFC, Evandro Silva, conta que a organização foi fundada em 2010, no município de Garanhuns e que, ao longo dos anos, tomou uma proporção nacional e internacional. Na 61º edição, o evento é palco de visibilidade para muitos atletas que ganharam o mundo saindo do GFC. 

O maior objetivo, segundo Evandro, é descobrir talentos nas cidades por onde passa, pois a organização entra em contato com as equipes de cada local. “Eu senti a necessidade de criar um evento para descobrir talentos. Foram atletas que o evento viu que tinha potencial, convidou para lutar e eles se deram muito bem, se destacaram no GFC como o atual campeão, dono do titulo. Eu tenho 10 campeões, formado pelo GFC, que estão preparados para lutar com qualquer lutador do mundo. São lutadores que realmente são campeões e fizeram por onde ganhar o título. Fialho pelo bom desempenho que vem obtendo nas últimas lutas recebeu a oportunidade de tentar tirar o cinturão do atual campeão”, explicou. 

Evandro conta que vivenciou muitas histórias de grandes atletas e de pessoas com profissão simples como engraxate que chegou ao UFC, de baixa escolaridade, e até mesmo de pessoas que saíram da rua e agora são grandes lutadores. “Pessoas que escolheram ser lutadores e que vem vivendo da luta porque para mim dar certo na profissão é você viver dela, viver da profissão para mim já deu certo. Umas das maiores provas sou eu. Sou empresário, larguei minha empresa para ser empresário no MMA”. 

O fundador do GFC, Evandro Silva, é um grande apoiador do MMA

Amor ao esporte

O fundador do GFC, no entanto, salienta que é necessário, primeiro que tudo amar o esporte porque as dificuldades são muito grandes. “Tem que amar o que faz. Eu digo que tudo na vida é difícil. Nem todo mundo vai conseguir ser repórter, nem todo mundo vai conseguir ser prefeito, ser lutador, eu acho que tudo vai ter que persistir, você tem que também ter nascido para aquilo. Eu me considero um cara excepcional para o que eu faço porque eu faço com tanto amor, com tanto empenho que eu termino sendo feliz no final em cima de qualquer resultado”. 

Ele garante que um atleta que consegue se destacar hoje consegue chegar a ganhar até um milhão de reais com o MMA. “É uma questão de destaque. Os atletas que se destacam também recebem uma ajuda um reforço de patrocínio, de apoio que é somente dele. A luta hoje é valorizada, você consegue viver da luta se você for um atleta que tenha um bom destaque como todo mundo sabe no esporte não é fácil porque se todos conseguissem, não teria espaço”. 

Os ingressos para o evento podem ser comprados na Academia Five, em Rio Doce, ou na Arena Feitosa, na orla de Olinda. Será montada toda uma estrutura com octógono, iluminação, som, camarote e área prime. Além da luta de Chacal e Fialho também serão realizadas mais outras sete, incluindo uma feminina. “Além de gerar emprego, também será bom porque desperta para quem quer praticar uma arte marcial termina despertando quem quer praticar outro tipo de esporte”. Mais informações: (81) 9.8721-5870/ (81) 9.9572-5628 ou (81) 3076-4541. 

Apoio em Olinda

O secretário-executivo de Esportes de Olinda, Chiquinho, sabe a importância do esporte. Ex-jogador de futebol, ele também encontrou no esporte uma forma de mudar de vida e conta que o órgão vem incentivando e criando projetos sociais para inclusão social. 

“O esporte é uma ferramenta de inclusão em todos os aspectos. Eu sou um grande exemplo disso. É ferramenta de inclusão direta. O Brasil tem muitos exemplos de inclusão social por meio do esporte e no MMA não é diferente. Um segmento parecido com o futebol geralmente são pessoas com um poder aquisitivo muito baixo, que encontra no esporte uma oportunidade de ter uma doutrina porque o esporte te molda, você tem que ter uma dedicação. Sem dedicação não acontece o êxito, no esporte é assim”. 

Chiquinho ressaltou que a gestão do prefeito Lupércio continuará em busca de parceiros e projeto no objetivo de deixar legados esportivos. “Mesmo com toda a dificuldade financeira que tem, tentamos apoiar todo tipo de evento e as artes marciais são eventos que estamos apoiando desde o inicio da gestão. Dessa forma, deixando legados, o trabalho se mostra presente”, pontuou. 

O pajem negro que ajuda São Nicolau a distribuir presentes para as crianças no começo de dezembro na Holanda viola a convenção dos direitos infantis e pode representar assédio, exclusão e discriminação, indicou nesta sexta-feira a defensora dos direitos infantis.

Com o rosto pintado de preto e os lábios vermelhos, "Zwarte Piet" ("Pedro, o Negro"), vestindo uma roupa medieval e uma peruca de cabelo encaracolado, tem que "se desvincular destas características discriminatórias e estereotipadas", destacou Margrite Kalverboer em um comunicado.

"Muitas crianças negras são vítimas de discriminação em sua vida cotidiana e afirmam que é pior neste período de São Nicolau", no início de dezembro, afirma o relatório.

Para a defensora, "Zwarte Piet" precisa "ser adaptado para que as crianças não recebam os efeitos negativos durante a festa de São Nicolau" e "se sintam seguras" nesta época do ano.

Kalverboer lembra que, segundo a Convenção sobre os Direitos da Criança das Nações Unidas, "as crianças têm o direito de ser tratadas da mesma maneira e protegidas contra a discriminação".

No ano passado, o comitê da ONU para a eliminação da discriminação racial afirmou que o ajudante de São Nicolau estava "representado às vezes de uma maneira que reflete esterótipos negativos" e muitas pessoas encaram isso como "um vestígio da escravidão".

A polêmica sobre o suposto caráter racista do personagem de "Zwarte Piet" reaparece todos os anos na Holanda quando estas festas se aproximam. Os opositores desta tradição alegam que "Pedro, o Negro" lembra a época em que os holandeses exploravam os escravos, sobretudo no Suriname.

As festas de São Nicolau são uma tradição que remonta ao século XVI na Holanda, e a primeira aparição do "Zwarte Pie" é dos anos 1850.

O ajudante Alexandre da Silva Thomaz, de 30 anos, ficou 4 meses na cadeia por um crime que não cometeu. Ele foi acusado de participar de um roubo de carro. Abordado pela Polícia Militar, um dos agentes fez foto dele e mandou pelo aplicativo WhatsApp para a vítima que, naquele momento, o reconheceu.

Só que a Polícia Civil não fez o procedimento considerado básico nesses casos: o reconhecimento pessoal. O ato só foi realizado no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste, na semana passada. E ele acabou absolvido, porque a vítima não o reconheceu. Segundo ela, o ladrão "era mais forte".

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O caso aconteceu na noite de 8 de janeiro. Uma cabeleireira de 35 anos, a filha de 19 e mais três filhos pequenos foram abordados por quatro assaltantes quando pararam o carro, uma Tucson, em um semáforo da Avenida Conceição, na Vila Maria, zona norte da capital.

O carro foi abandonado na Rua Major Roberto dos Santos. A PM encontrou o veículo graças a um rastreador. Segundo a polícia, Thomaz e um amigo estavam de carro em uma rua próxima e foram abordados.

O advogado Bruno Benevento Lemos de Lira, que defende o acusado, diz que os PMs mandaram a foto de Thomaz pelo telefone para a vítima. "A proprietária do veículo não estava no local. Depois que a foto foi enviada, os policiais foram buscá-la. Em nenhum momento, ela saiu da viatura ou viu o rosto do meu cliente", contou.

Lira disse que, quando chegou ao 73ºDP (Jaçanã), onde o caso foi registrado, o delegado José Carlos de Castro Morales o informou que o reconhecimento pessoal já havia sido feito e "dado positivo". Thomaz foi autuado em flagrante por roubo e encaminhado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) da Vila Independência.

O advogado impetrou recursos no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ), pedindo a liberdade provisória de Thomaz. Todos foram negados. O argumento principal é que seria prudente aguardar a primeira audiência do processo, antes de qualquer decisão.

Mentira

Foi no dia 8 de maio, na 27ª Vara Criminal, que Lira, o Ministério Público e a Justiça descobriram que o delegado Morales não fez o reconhecimento pessoal do acusado pela vítima na delegacia. Em depoimento, a vítima afirmou que fez apenas o reconhecimento por foto do suspeito e a imagem mostrada não era a do réu.

Na sentença, a juíza Carla Santos Balestreri afirmou que a vítima reconheceu o acusado, porque a mãe dele foi até a casa dela e mostrou uma foto. Mas não o reconheceu como o autor do roubo. Diz ainda que as vítimas não fizeram reconhecimento pessoal na delegacia. Ressaltou também que os policiais que prenderam Thomaz apresentaram versões contraditórias. No fim, a juíza determina a absolvição. "Entendo que não há elementos suficientes para comprovar a prática do roubo por parte do acusado, devendo prevalecer, no caso, o princípio da presunção da inocência."

Liberdade

Thomaz foi solto na sexta-feira. Divorciado, saiu do CDP da Vila Independência e foi direto encontrar os dois filhos, um de 13 anos, e outro de 1 ano e 4 meses.

"Estava com muita saudade deles", disse. Durante o período na prisão, ele proibiu os filhos de visitá-lo. "Não queria que me vissem naquele lugar horrível. Seria traumático demais." Apenas a mãe, de 53 anos, o visitava no CDP.

Thomaz continuou empregado na empresa onde trabalhava antes de ser preso. Na segunda-feira, ele voltou ao trabalho. "O patrão pediu para entrar às 6 horas para não ter tempo de ficar pensando besteira." Lira disse que vai processar o Estado e as vítimas por danos morais. "Também vou abrir queixa na Corregedoria contra o delegado. Um erro básico custou a liberdade de um inocente", afirmou.

Procurada, a Secretaria da Segurança Pública informou que as vítimas fizeram reconhecimento pessoal na delegacia, mas o documento não foi elaborado. "A falta de elaboração do Auto de Reconhecimento impediu que o documento constasse no processo. A Polícia Civil informa que, constatada irregularidade, será aberto procedimento administrativo."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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