O vice-presidente nacional do PT, Alberto Cantalice, viu no veto da presidente Dilma Rousseff à alteração no fator previdenciário uma "tentativa de acertar". Como alternativa ao projeto aprovado no Congresso, o Planalto editará Medida Provisória mantendo a regra 85/95, mas promovendo ajustes de acordo com a expectativa de vida que darão um alívio de R$ 50 bilhões aos cofres públicos até 2030.
"Estudos que demonstravam que no futuro, com o fim do fator, a previdência ia entrar em grande dificuldade. Foi um caminho bom que ela empreendeu", ponderou Cantalice, integrante da corrente Construindo um Novo Brasil, a maior do PT. A CNB é a corrente petista que mais toma cuidado nas críticas à política econômica deste segundo mandato de Dilma Rousseff.
##RECOMENDA##Cantalice não vê problema de a alternativa do governo ser colocada via MP, desde que discutida com haja discussão com as centrais sindicais. "Não pode ser de cima para baixo", diz o petista. "Dialogando com as centrais sindicais e descobrindo um caminho de unidade, isso tende a avançar", completa.
Uma das principais críticas públicas de petistas ao ajuste fiscal é pela implantação sem discussão. Até o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu que faltou diálogo ao governo na edição das primeiras medidas provisórias, publicadas ainda no final de 2014. Outra reivindicação do PT é que o ajuste atinja também os mais ricos.