Tópicos | Aldir Blanc

O Congresso Nacional derrubou 13 dos 26 vetos analisados em sessão conjunta nesta terça-feira (5), entre os quais vetos sobre projetos de incentivo à cultura; sobre busca e apreensão em escritórios de advocacia; sobre regras de certificação de entidades beneficentes; e sobre o cumprimento de metas por entidades prestadoras do Sistema Único de Saúde (SUS).

Os vetos totais serão publicados como lei, e os trechos de vetos parciais serão incorporados às leis existentes. Para a derrubada de um veto, são necessários os votos contrários de 257 deputados e de 41 senadores, no mínimo.

##RECOMENDA##

Na sessão da próxima sexta-feira (8), deverão ser analisados os vetos ao PL 7535/17, que cria incentivos à indústria da reciclagem; ao PL 5829/19, sobre o marco regulatório da micro e minigeração distribuída de energia elétrica; e ao PL 3754/21, sobre novos modelos de exploração de ferrovias.

Incentivo à cultura

Na área da cultura, foram derrubados nesta terça-feira os vetos totais à proposta da Lei Aldir Blanc 2 (PL 1518/21) e ao projeto da Lei Paulo Gustavo (PLP 73/21).  A votação foi viabilizada após um acordo costurado pelo líder do governo, senador Eduardo Gomes (PL-TO), com vários líderes partidários.

Advogados

Do projeto que limita a busca e apreensão em escritórios de advocacia (PL 5284/20, do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG)), os parlamentares derrubaram vários dispositivos vetados para incorporá-los à Lei 14.365/22, como os que proíbem a concessão de medida cautelar para busca e apreensão em escritórios ou locais de trabalho de advogados (em casa, por exemplo) com base somente em declarações de delação premiada sem confirmação por outros meios de prova.

Outro trecho a ser publicado como lei prevê que, nas sociedades de advogados, a escolha do sócio-administrador poderá recair sobre advogado que atue como servidor da administração direta, indireta e fundacional se ele não estiver sujeito ao regime de dedicação exclusiva.

Já a sociedade de advogados e a sociedade unipessoal de advocacia deverão recolher seus tributos sobre a parcela da receita que ficar com elas, excluindo-se aquela transferida a outros advogados ou a sociedades que atuem em forma de parceria para o atendimento do cliente.

O Parlamento rejeitou ainda veto a trechos que exigem a presença de representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no momento da busca e apreensão e conferem a ele o dever de impedir retirada ou análise e registro fotográfico de documentos, mídias e objetos não relacionados à investigação.

Com a rejeição do veto, o advogado investigado terá o direito de acompanhar a análise do material apreendido, como documentos, computadores e outros dispositivos.

Para vetar, Bolsonaro argumentou que “a presença do advogado investigado e de representante da OAB em todos os atos poderia prejudicar a eficiência dos órgãos persecutórios na elucidação das infrações penais”.

Entidades beneficentes

Em relação ao Projeto de Lei Complementar (PLP) 134/19, que regulamenta a certificação de entidades beneficentes (Lei Complementar 187/21), foram derrubados itens como o que permitia às entidades beneficentes da área de educação compensarem, no exercício seguinte, a quantidade de bolsas que deveriam ter ofertado em um determinado ano.

O governo havia argumentado que isso incentivaria o descumprimento da lei e a assinatura irrestrita de termos de compromisso para obter o certificado.

Em relação ao atendimento ao idoso em casas de longa permanência, será incorporado à lei dispositivo que permite eventual cobrança de participação do idoso em patamar superior a 70% do benefício previdenciário que ele receber, se existir um termo de curatela.

Psiquiatra

Um dos projetos que será convertido em lei é o Projeto de Lei 9262/17, da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que inscreve o nome da psiquiatra Nise Magalhães da Silveira no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria.

Ao vetar a matéria, o presidente Jair Bolsonaro argumentou que “não é possível avaliar a envergadura dos feitos da médica e o impacto deles no desenvolvimento da Nação”.

A médica Nise da Silveira (1905-1999) é reconhecida internacionalmente pela contribuição para a psiquiatria, tendo introduzido no País a psicologia junguiana (ou analítica), que enfatiza, entre outros itens, o inconsciente pessoal e coletivo. Ela fundou no Rio de Janeiro, em 1952, o Museu de Imagens do Inconsciente.

Povos indígenas

A partir da conversão em lei do PL 5466/19, da deputada Joenia Wapichana (Rede-RR), o Dia do Índio, celebrado em 19 de abril, passará a ser nominado como Dia dos Povos Indígenas.

Ao vetar integralmente o projeto, Bolsonaro argumentou que não haveria interesse público na alteração porque a Constituição adota a expressão “Dos Índios”.

Rodovia João Goulart

Outro projeto com veto total que virará lei é o PL 4261/12, que denomina Rodovia Presidente João Goulart o trecho da rodovia BR-153 entre o município de Cachoeira do Sul (RS) e o município de Marabá (PA).

Violência contra a mulher

Na Lei 14.232/21, que cria a Política Nacional de Dados e Informações relacionadas à Violência contra as Mulheres (Pnainfo), será incorporado trecho vetado do PL 5000/16 prevendo a criação de um comitê federal formado por representantes dos três Poderes para acompanhar a implantação da política, com coordenação de órgão do Executivo federal.

Segurança em piscinas

De vários itens vetados no Projeto de Lei 1162/07, sobre requisitos mínimos de segurança para piscinas, será incorporado à Lei 14.237/22 apenas o que exige dos donos de piscinas a instalação de dispositivos para evitar o turbilhonamento, que pode provocar o enlace de cabelos e a sucção de partes do corpo humano.

Multa tributária

Também com veto total derrubado, o PL 4157/19 será publicado como lei para anistiar as infrações e anular as multas aplicadas a empresas por atraso na entrega da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (Gfip).

A justificativa para o veto havia sido que a renúncia fiscal contrariaria o teto de gastos e a Lei de Responsabilidade Fiscal por não prever aumento de receita ou corte de despesas a fim de compensar a renúncia.

Metas de saúde

Objeto de veto total, o Projeto de Lei 2753/21 será convertido em lei para garantir os repasses financeiros às entidades prestadoras do Sistema Único de Saúde (SUS), dispensando-as do cumprimento das metas em razão da pandemia de Covid-19.

A dispensa atingirá as metas quantitativas e qualitativas dos contratos até 30 de junho de 2022.

Conceito de praça

Na área tributária, foi derrubado veto integral ao PL 1559/15, que define o termo “praça” para efeito de tributação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

Pelo texto, “praça” é o município onde está situado o estabelecimento do remetente do produto. Em 2019, o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) definiu que o conceito de “praça” não se limita, necessariamente, ao de município, com a possibilidade de abranger também regiões metropolitanas.

Identidade de notários

Mais um dos projetos com veto total derrubado, o PL 9438/17, do deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE), cria um documento de identidade específico para notários, registradores e escreventes de cartório a ser emitida pela Confederação Nacional de Notários e Registradores (CNR), com validade para todo o território nacional como prova de identidade.

Da Agência Câmara de Notícias

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que os vetos presidenciais às leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo podem ser derrubados por senadores e deputados em razão de serem mecanismos que têm amplo apoio na Câmara e no Senado. 

Ele ressaltou que a aprovação de matérias pelos parlamentares, a sanção ou veto do presidente da República e a derrubada ou manutenção de vetos pelo Congresso são prerrogativas constitucionais do regime democrático. 

##RECOMENDA##

"Eu imagino que, pela força que esses projetos ganharam no âmbito do Congresso Nacional, a boa aceitação junto aos parlamentares, pode sim haver uma tendência pela derrubada do veto, mas é algo também que não é uma decisão da presidência mas da maioria dos senadores e deputados federais", afirmou

Pacheco ao avisar que haverá sessão do Congresso para votar vetos na próxima quinta-feira (12), mas a pauta ainda não está definida. 

Eleições 

Pacheco disse ainda não ter detalhes sobre o pedido do Ministério da Defesa para que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) dê publicidade às recomendações da pasta em relação às eleições de 2022. 

"Não conheço o pedido, nem as circunstâncias exatas do que contém nesse ofício ao TSE. Obviamente que há a autonomia do Tribunal Superior Eleitoral da decisão sobre as questões de eleição no Brasil. Isso tem que ser respeitado. Mas vejo que toda medida de se conferir mais transparência ao processo eleitoral é bem-vinda", disse. 

Questionado sobre o ofício para que a Presidência do Senado peça ao TSE que haja observadores europeus nas eleições de 2022, Pacheco disse que a proposta, apresentada pelo líder da Minoria no Senado, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), ainda está sendo avaliada.  "Vamos fazer a avaliação sobre a possibilidade de acolhimento ou não". 

*Da Agência Senado

Deputados derrubaram nesta terça-feira, 1º, vetos presidenciais à nova lei de licitações e à Lei Aldir Blanc. Os vetos já haviam sido rejeitados pelo Senado e seguem agora para promulgação.

Na nova Lei das Licitações (4.133/2021), o Congresso derrubou trecho que dispensava a publicação de extrato de edital de licitação em jornais diários de grande publicação.

##RECOMENDA##

Os deputados derrubaram também os vetos relacionados à Lei Aldir Blanc, que permitem o pagamento de auxílio emergencial a artistas durante a pandemia de covid-19. Os vetos derrubados vão permitir aos Estados transferir recursos a municípios autorizados em 2020 ao longo de 2021.

No dia 29 de janeiro de 2021 foi publicado o resultado final do edital audiovisual Aldir Blanc Pará, criado a partir da Lei Aldir Blanc, lei federal no. 14.017, que tem como intuito promover ações para beneficiar e garantir a renda dos artistas audiovisuais e movimentar o quesito cultural do Estado durante a pandemia. O edital foi lançado pela Associação dos Artistas Visuais do Sul e Sudeste do Pará, em conjunto com a Secretaria de Estado de Cultura (Secult Pará).

A artista educadora Ordoênia Lima Chaves, moradora da cidade de Itaituba, no oeste do Pará, foi uma das premiadas. Seu projeto chama-se “Beija-flor, o Cupido da Amazônia”. São aquarelas que têm como objetivo divulgar a importância do ecossistema e mostrar a degradação ambiental que ocorre na atualidade. Com um trabalho visual em forma de e-book, Ordoênia apresentará as diversas plantas, animais e elementos que compõem o ecossistema da Amazônia.

##RECOMENDA##

“O projeto é um desejo pessoal, pois já trabalho com o elemento beija-flor de forma pictórica. No desenvolvimento do e-book será usado como componente em todas as ilustrações o pássaro beija-flor, o qual já faz parte do meu trabalho autoral. Vislumbro nessa proposta uma gama de possiblidades, levando em consideração que o e-book por ser um livro digital, pode levar essas informações e ser lido em qualquer equipamento eletrônico, possibilitando mais celeridade à propagação deste trabalho visual”, disse.

Ordoênia falou como a composição com a aquarela é bem delicada e forte ao mesmo tempo. “O aspecto pictórico, da leveza da técnica, possibilita uma apresentação dos elementos visuais de forma harmônica com a temática em questão”, relatou.

A educadora também descreveu seu sentimento ao representar a Amazônia. “Apresentar a Amazônia é sempre algo fantástico, haja vista que estamos no seio de toda essa fauna e flora, e deixar perpetuado o trabalho visual de toda essa gama de elementos possibilita uma alegria ao artista”, comentou.

A artista destaca a relevância de seu projeto e a importância de ter ganhado o prêmio. “Acredito que pela temática, haja vista que o tema Amazônia é relevante, nosso ecossistema é o equilíbrio do planeta, e nesse momento de impactos ambientais como queimadas e desmatamento gera uma preocupação não só ecológica, mas também artística. Com a minha composição, criatividade e poética, posso demonstrar para todo o público a riqueza do nossa região, com aquarelas da fauna e da flora, fazendo necessário que se divulgue toda essa riqueza para as novas gerações”, assinalou.

Ordoênia disse que a contribuição do edital para o segmento das Artes Visuais é bastante significativa. "Não apenas pela premiação financeira, e sim pela satisfação em ter um trabalho reconhecido e divulgação de trabalhos belíssimos, que possibilitam uma maior visibilidade dos artistas, arte-educadores e demais fazedores de cultura”, finalizou.

Corpos e rostos

A artista visual Rafael Moreira também falou sobre o conjunto de suas obras apresentadas no edital. Sua proposta é fruto de uma pesquisa que vem sendo realizada desde 2017, sobre questões relacionadas a identidades travestigêneres. “O projeto selecionado neste edital se refere a um conjunto de seis obras, em acrílica sobre vidro, que retratam rostos de mulheres trans e travestis em uma composição próxima à que existe no documento de RG. Por isso o nome do projeto é 'Registros Gerais', explicou.

Em entrevista, a artista falou sobre suas inspirações e o processo de criação do projeto. “A inspiração se encontra justamente no meu cotidiano, ao refletir sobre as vivências e narrativas dos corpos e rostos travestis e transexuais inseridos na nossa cultura e sociedade”, afirmou.

Sobre o processo, ela afirma ter tido uma certa facilidade, já que é pesquisadora e tem contato com a área. “Bom, eu sou pesquisadora então houve uma certa facilidade; porém, apesar do edital ter uma proposta de ser inclusivo e ser mais simples, eu entendo que para aquelas pessoas que mais precisam, me refiro a mestres artesãos e gente que está fora da universidade, deve ter sido difícil submeter o projeto neste edital”, comentou.

Rafael falou sobre a visibilidade e oportunidade. “Eu acredito que a importância está em poder produzir obras que viabilizem a nossa existência em um lugar que nega nossos corpos. A importância está na possibilidade de existir enquanto corpo possível. Fora isso eu fico muito feliz com a possibilidade de ter pago as meninas que participaram deste projeto, sem ele eu não teria condições. Nesse momento tão delicado, gerar renda para corpos trans e travestis é algo essencial.”

Para Rafael, o edital a ajudou em relação às artes visuais. “Eu acho que é uma possibilidade de conseguir sobreviver em um cenário que se mostra cada vez mais hostil àquelas pessoas que produzem arte. Tudo fechado, as prioridades são o básico para viver, como viver de uma produção em Artes? Não dá. O povo está condicionado a tentar sobreviver, a produção que faz pensar, que alimenta o espírito, está em segundo plano. Ter esse edital me possibilitou dar continuidade a minha pesquisa.”

É possível encontrar as artistas em suas redes sociais: @ordoenia e @rafaelmmartes

Por Ana Beatriz Coelho, Yasmin Seraphico e Maria Rita Araújo.

 

A Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult-PE) adiou até o dia 31 de outubro (sábado) o prazo para que artistas, trabalhadores e trabalhadoras da cultura solicitem o auxílio emergencial garantido pelo Inciso I da Lei Aldir Blanc. Até agora, dia  14 de outubro, mais de 3 mil pessoas já finalizaram a solicitação do seu benefício, através da plataforma Mapa Cultural de Pernambuco (www.lab.mapacultural.pe.gov.br). Mas existem ainda mais de 5 mil solicitações nos rascunhos do Mapa Cultural, ou seja, inscrições que não foram finalizadas.

Avaliando esta situação e tendo em vista que o número de inscrições ainda está aquém do estudo feito pela Secult/PE, a Secult-PE recalculou os prazos de modo a não comprometer os pagamentos e concluiu ser possível prorrogar o cadastro para a Renda Básica Emergencial, visando atender ao maior número de profissionais da cultura que possam solicitar o benefício do Inciso I da Lei Aldir Blanc.

##RECOMENDA##

Para multiplicar o número de solicitações ao auxílio emergencial da cultura, a Secult-PE tem realizado um grande esforço, a partir do seu corpo técnico e de parcerias com outras secretarias de governo e instituições, como o Sesc. Os Encontros LAB PE são birôs de atendimento virtuais, ministrados por gestores da Secult-PE, que tem como propósito esclarecer dúvidas e auxiliar tanto a potenciais beneficiários da lei quanto gestores públicos municipais que estão executando a lei em suas cidades, atendendo ao Inciso II e III (apoio a equipamentos culturais e editais). Cerca de 40 birôs de atendimento já foram realizados pela Secult-PE.

A Secult-PE também estabeleceu parceria com as secretarias de Trabalho, Emprego e Qualificação (STEQ-PE) e Desenvolvimento Social, Criança e Juventude de Pernambuco (SDSCJ). Gestores estaduais e municipais de várias regiões do Estado pensaram juntos em melhores formas de ajudar o fazedor de cultura pernambucano a se cadastrar no Mapa Cultural de Pernambuco e ser beneficiado pela Lei Aldir Blanc. Por meio desta parceria, o cadastramento será feito em conjunto com os municípios, que vão ceder o espaço, computador, impressora e pessoal para o auxílio do preenchimento cadastral. Os fazedores de cultura deverão procurar as Casas de Juventude de seus municípios, ou ainda, as Secretarias de Assistência e Juventude.

A parceria com o Sesc-PE também tem sido de grande importância para o suporte na execução da Lei Aldir Blanc no Estado. Uma equipe de 30 instrutores e instrutoras está capacitada e atuando em 14 unidades do Sesc, em 13 municípios pernambucanos. Eles prestam atendimento presencial aos trabalhadores e trabalhadoras da cultura que têm dificuldade de realizar sozinhos a sua solicitação. O atendimento do Sesc também está voltado aos gestores municipais.

As unidades disponibilizadas pelo Sesc-PE para atendimento presencial da Lei Aldir Blanc são: Araripina, Arcoverde, Belo Jardim, Bodocó, Caruaru, Casa Amarela (Recife), Garanhuns, Goiana, Jaboatão dos Guararapes, Petrolina, Santo Amaro (Recife), São Lourenço da Mata, Surubim e Triunfo. Clique aqui para saber os endereços, horários e profissionais disponíveis para o atendimento presencial no Sesc-PE.

A Secretaria de Cultura de Pernambuco recomenda, no entanto, que os trabalhadores e trabalhadoras da cultura não deixem para fazer suas inscrições novamente no último dia, evitando que algum transtorno os impeça de realizar seus cadastros na Renda Básica Emergencial.

Em caso de dúvidas, entre em contato com o Suporte da Lei Aldir Blanc em Pernambuco por meio do telefone 81 3184-3018 (apenas WhatsApp), ou acesse o endereço www.cultura.pe.gov.br/leialdirblanc.

*Via Assessoria de Comunicação

 

O Diário Oficial da União saiu, nesta terça-feira (18), com uma notícia muito esperada pela classe artística: após uma expectativa que durou exatos 49 dias, o Governo Federal assinou o decreto que regulamenta a distribuição dos recursos da Lei de Emergência Cultural, que recebeu o nome de Lei Aldir Blanc. As regras para o repasse também estavam sendo bastante aguardadas pelas gestões públicas dos estados e municípios brasileiros, que ficarão responsáveis pelo repasse direto aos artistas, trabalhadores, técnicos e espaços culturais impactados pelas restrições sociais causadas pela pandemia do coronavírus. A publicação ainda não define a data do repasse a ser feito pelo Governo Federal.

Os recursos totais são da ordem de R$ 3 bilhões para todo o País, ficando destinado para Pernambuco R$ 143 milhões – em valores aproximados –, a serem distribuídos com o Governo do Estado (R$ 74 milhões) e todos os municípios pernambucanos (R$ 69 milhões). Esse valor abrange três categorias distintas (incisos I, II e III da Lei): 1) auxílio emergencial de R$ 600 por no mínimo três meses para trabalhadores e trabalhadoras da cultura (pessoas físicas) com atividades interrompidas durante a pandemia; 2) um apoio financeiro entre R$ 3 mil e R$ 10 mil para espaços culturais e artísticos, microempresas e pequenas empresas culturais, organizações culturais comunitárias, cooperativas e instituições culturais que também tiveram suas atividades suspensas pelo isolamento social; 3) e um percentual mínimo de 20% do valor destinado para cada unidade federada a ser investido em editais, chamadas públicas, prêmios, aquisição de bens e serviços vinculados ao setor cultural.

##RECOMENDA##

        Aos governos estaduais ficará a responsabilidade de fazer os pagamentos às pessoas físicas, deixando os pagamentos aos espaços culturais e aos coletivos a cargo das prefeituras. As duas esferas de governo (estados e municípios) também precisarão definir os critérios para os editais e prêmios ligados ao inciso III.

“À frente das mobilizações que envolveram a aprovação da Lei Aldir Blanc, o Governo de Pernambuco – por meio da Secult-PE e da Fundarpe – foi e continua sendo um dos protagonistas na articulação nacional para criação de modelos transparentes e democratizados de execução da Lei Aldir Blanc. A situação requer a máxima responsabilidade dos gestores públicos, não apenas na execução, bem como na garantia de que os benefícios cheguem o mais rápido possível aos artistas, trabalhadores da cultura e equipamentos culturais que mais necessitam”, declara o secretário de Cultura de Pernambuco, Gilberto Freyre Neto.

A Secult-PE já realizou, desde maio, quase uma centena de reuniões virtuais abertas com representantes da sociedade civil, comissões setoriais de cultura e com os conselhos estaduais de Preservação, Política Cultural e Consultivo do Audiovisual. Destacam-se entre esses encontros seis webconferências, sendo quatro regionalizadas (para cada macrorregião do Estado), todas com ampla audiência e participação, que permanecem disponíveis para consulta no canal www.youtube.com/secultpe. “As duas primeiras webconferências estaduais foram o ponto mais importante nesse momento de articulação da classe artística e dos gestores públicos. Há alguns anos que eu não sentia esse envolvimento tão intenso nas discussões e na mobilização por uma política pública para o setor. Estamos, todos e todas, bastante entusiasmados com o momento”, comentou a secretária-executiva de Cultura, Silvana Meireles.

Com a regulamentação federal, a Secult-PE agora fica encarregada de publicar sua regulamentação estadual, juntamente com cada gestor municipal. Além das regras, cada ente federado precisa entregar um plano de ação para a execução dos recursos da Lei, que serão incluídos na Plataforma + Brasil, por onde o Governo Federal irá acompanhar a destinação dos recursos.

CONTROLE SOCIAL – Na etapa de aplicação dos recursos, os gestores estaduais e municipais vão contar com o suporte, apoio, vigilância e fiscalização dos conselhos estaduais e municipais de Cultura. “É papel da sociedade civil, juntamente com os órgãos de controle e as casas legislativas (Assembleia e Câmaras Municipais), a fiscalização da aplicação desse auxílio emergencial. Será com o envolvimento e compromisso de todos e todas, que os artistas, técnicos, profissionais, coletivos, cooperativas, empresas e equipamentos ligados à cadeia produtiva da Cultura poderão sair da situação que se encontram desde o início da pandemia”, opinou Jocimar Gonçalves, presidente do Conselho Estadual de Política Cultural.

 

*Via assessoria de imprensa. 

Morreu aos 73 anos, na madrugada desta segunda (4), o compositor Aldir Blanc. Autor de “O Bêbado e o Equilibrista”, música imortalizada pela voz de Elis Regina, ele estava internado com Covid-19 e não resistiu às complicações causadas pela doença.

O compositor foi internado no dia 15 de abril no Hospital Pedro Ernesto, no bairro de Vila Isabel (RJ), e teve seu diagnóstico confirmado de Covid-19 no dia 23 do mesmo mês.

##RECOMENDA##

Nascido em 2 de setembro de 1946, Aldir Blanc Mendes chegou a cursar medicina, com especialização em psiquiatria, mas acabou abandonando o curso para se dedicar à música, especialmente com sua parceria icônica com João Bosco, com quem dividiu a autoria de diversas músicas.

Além de “O Bêbado e o Equilibrista”, Blanc escreveu muitas outras canções, como Bala com Bala”, “O Mestre-Sala dos Mares”, “De Frente Pro Crime” e “Caça à Raposa”.

Em 1996, o disco “Aldir Blanc - 50 Anos”, em homenagem ao compositor, reuniu várias participações especiais, entre elas, o MPB4 com a participação o sociólogo Hebert de Souza, o Betinho (irmão do Henfil), Edu Lobo, Paulinho da Viola, Danilo Caymmi e Nana Caymmi.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando