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A crise dos combustíveis, que teve seu ápice com a greve dos caminhoneiros, em maio deste ano, reacendeu o debate sobre a venda direta do etanol, uma reivindicação antiga de entidades que representam os produtores de Pernambuco e do Nordeste, como a Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), o Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco (SINDAÇÚCAR-PE) e o Sindicato da Indústria de Álcool dos Estados do Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí (SONAL). Essas entidades desejam ter a possibilidade de transportar o etanol produzido por eles para os postos próximos às suas usinas.

Atualmente, a resolução de número 43 de 22 de dezembro de 2009 da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) só permite que distribuidoras façam o transporte do combustível, embora os produtores defendam que a regra encarece o preço final do etanol, tornando o combustível menos competitivo.

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De acordo com o presidente da Feplana, Alexandre Andrade Lima, acontece que o etanol sai das usinas para as bases das distribuidoras e apenas depois é levado aos postos. “Há um deslocamento desnecessário que encarece o produto e um custo para os postos e produtores, que podem cuidar do transporte em caso de proximidade com o local de entrega. Só queremos a opção de oferecer concorrência e toda concorrência deve ser bem-vinda”, defende. Alexandre ressalta os benefícios que a alteração na legislação traria. “Se o etanol chega mais barato às bombas, vai se consumir mais etanol, que emite 92% menos CO2 do que a gasolina. O meio-ambiente também ganha a partir da diminuição de gasto de combustível com o percurso reduzido”, afirma.

Só neste ano, três projetos de venda direta foram apresentados pelos deputados João Henrique Caldas (PSB/Alagoas), Rogério Rosso (PSD/DF) e Mendonça Filho (DEM/PE), e mais dois no Senado, por Álvaro Dias (PODE/PR) e Otto Alencar (PSD/BA), cujo Projeto de Decreto Legislativo (PDL) já foi aprovado no dia 19/06/2018. Agora, a matéria segue para a Câmara dos Deputados. “É agora ou nunca. Estou bastante otimista com a aprovação que dará fim à obrigatoriedade do ‘atravessador’, algo que não existe em lugar nenhum do mundo”, comemora Alexandre Andrade Lima.

A assessoria de imprensa da ANP informou que a instituição considera que o assunto deve ser melhor estudado, tendo instituído um Grupo de Trabalho (GT), em parceria com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), para analisar a questão. “O GT terá como objetivo analisar a estrutura do mercado de combustíveis, avaliar a implementação das medidas propostas pelo Cade para repensar o setor de combustíveis e a possibilidade da adoção permanente das medidas regulatórias excepcionais apresentadas pela ANP. Também está no escopo do grupo a promoção da concorrência como instrumento para elevar a competitividade e a inovação na economia brasileira”, completou a nota oficial. Composto por seis membros, o grupo terá um prazo de 90 dias, contados a partir da data de sua primeira reunião, para apresentar seus resultados à ANP e ao CADE, que tomarão as devidas providências. 

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Importações desnecessárias?

Por meio de nota, Unida, Feplana, Sindaçúcar-PE e outras entidades ligadas ao setor sucroenergético também questionam supostas importações desnecessárias de álcool de qualidade considerada ao da cana, “notadamente já subsidiado em países exportadores e que são trazidos e despejados no Brasil, usando-se reservas cambiais de forma desprogramada em cima de licenças de importação”, afirma o documento.

Os produtores argumentam ainda que o setor de produção brasileira gera 300 mil empregos formais e diretos e acreditam que tal processo, além de não beneficiar o consumidor brasileiro, iria de encontro à produção socioeconômica nacional, sobretudo na região nordeste, onde os volumes seriam majoritariamente despejados. “Embora as importações sejam incentivadas, com rotineira e automática anuência pelo Governo Federal, o que as tornam abusivas e com efeitos maléficos para o produtor - que de fato é quem abastece o mercado do país -  há ainda uma robusta regulação protetora dos mecanismos privados e contratuais de ‘embandeiramento’ entre distribuidora e posto”.

O PT mineiro pretende filiar ao partido o empresário Josué Christiano Gomes da Silva, filho do ex-vice-presidente José Alencar (PRB), que morreu em março do ano passado. A filiação de Josué, presidente da Coteminas, é pretendida também pelo PMDB estadual. O filho de Alencar é visto pelas legendas como um quadro técnico para as eleições majoritárias de 2014.

Um dirigente do PT teve pelo menos três encontros com o empresário nos últimos 15 dias, nos quais o assunto foi tratado com discrição, como manda a tradição da política em Minas. Embora tenha como "candidato natural" ao Palácio Tiradentes o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, a sigla petista estuda novos nomes para confrontar a hegemonia do PSDB no Estado. Josué é visto como opção para o Executivo ou para o Senado.

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"O nome do Josué tem sido lembrado no meio político. O pai dele, o José Alencar, é o único filiado honorário do PT", observou o presidente do diretório estadual petista, deputado federal Reginaldo Lopes. "Ele é um nome a ser considerado."

A doença de Alencar - que travou uma longa luta contra um câncer abdominal - aproximou nos últimos anos o filho empresário do meio político, no qual o ex-vice-presidente conquistou uma verdadeira legião de admiradores, principalmente no primeiro escalão do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O ex-ministro Patrus Ananias e a atual presidente Dilma Rousseff costumavam tratar o ex-vice-presidente com reverência. A presidente, segundo petistas, já chegou a brincar com o presidente da Coteminas, dizendo que ele deveria articular sua candidatura ao governo estadual.

Josué não descarta uma incursão na política, mas desconversa quando é questionado sobre o assunto. "A lembrança do meu nome é uma homenagem que estão fazendo ao meu pai", disse ao Estado. "É óbvio que fico lisonjeado. A atividade pública é uma atividade nobre e muito importante."

Se quiser mesmo ingressar na política partidária, o empresário terá como desafio preparar a transição no comando da indústria têxtil fundada por seu pai em 1967. Quando decidiu se dedicar à política, em 1994, com a frustrada campanha ao governo de Minas, José Alencar delegou a Josué, o filho mais novo, a missão de tocar a empresa. O herdeiro imprimiu a marca da internacionalização e ousadia ao grupo têxtil, mas também costuma ser descrito como um centralizador no comando dos negócios.

Além do PT, o PMDB mineiro trabalha para filiar o empresário. O diretório estadual do partido insiste no discurso da candidatura própria em 2014.

O senador Clésio Andrade, que se filiou ao PMDB em março, já é considerado pré-candidato da legenda ao Palácio Tiradentes, sede do Executivo mineiro. Mas o ingresso do filho de Alencar teria um impacto forte na política local, acredita o presidente estadual da legenda, deputado federal Antônio Andrade.

"A informação que tenho é de amigos, desse desejo dele (Josué) de se filiar a um partido", disse. "Assim que eu puder quero ter uma conversa com ele. O pai gostava de dizer que o Josué era muito melhor que ele." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente Dilma Rousseff voltou a se emocionar, hoje, em cerimônia no Palácio do Planalto. Ao participar da cerimônia de entrega do Prêmio Finep de Inovação 2011, Dilma se emocionou ao entregar um dos prêmios a Josué Gomes da Silva,filho do ex-vice-presidente da República, José Alencar, que foi homenageado no evento.

Em seu discurso, a presidente destacou que o atual cenário da economia exige competitividade em busca de mercados significativos e que a inovação será um dos maiores instrumentos na próxima década. "Não tenhamos dúvida: o Brasil só vai conseguir usufruir frutos nessa era de prosperidade que estamos construindo se investir metódica e sistematicamente em educação, pesquisa e tecnologia. E se for capaz de traduzir tal investimento em inovação", disse a presidente, ressaltando que não falta vontade política para isso.

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Ela destacou que o Brasil como sociedade também inovou ao construir uma sociedade democrática, com instituições plenamente equilibradas e quando mudou sua trajetória e passou a crescer distribuindo renda e tornando o país estável politicamente. "E acredito que todos nós inovamos ao decidirmos que o Brasil não podia mais ser um País estagnado economicamente com um futuro incerto desigual e injusto com o seu povo.

"Nós não conseguimos tudo o que queremos. Por isso temos de persistir e perceber que ainda falta muito para ser feito. Dependemos hoje ainda mais de nossa capacidade; conquistamos o patamar de autoestima e portanto somos plenamente capazes de inovar".

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