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A Câmara de Comércio Exterior (Camex) publicou, nesta segunda-feira, 24, no Diário Oficial da União (DOU) duas resoluções reduzindo o imposto de importação para 199 bens de capital e de informática, todos na condição de ex-tarifários.

A Resolução Camex 45 altera para 2% as alíquotas do imposto sobre 11 bens de informática e telecomunicação. O benefício vale até 31 de dezembro de 2014. A Resolução Camex 46 também fixou em 2% as alíquotas do tributo para 188 bens de capital. A vigência da redução temporária do imposto para esses produtos vai até 31 de dezembro de 2014.

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Essa última resolução também prorrogou, até 31 de outubro de 2013, o prazo de vigência da condição de ex-tarifário para combinações de máquinas para regeneração de calor, classificadas no NCM 8419.89.99. A norma ainda revogou da condição de ex-tarifário guindastes hidráulicos autopropelidos classificados no NCM 8426.41.90.

Depois de uma hora e meia de reunião com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), atacou, nesta sexta-feira, 10, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), ao comentar a defesa pelo governo paulista de baixar a alíquota de ICMS na Zona Franca de Manaus. O prefeito tucano disse que esse posicionamento de São Paulo condena o Estado a não eleger "tão cedo" um presidente da República.

"A atitude predatória de São Paulo condena o Estado a não eleger tão cedo um presidente da República", disse Virgílio. Na terça-feira, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado rejeitou um destaque do senador Eduardo Suplicy ao parecer sobre o projeto de resolução de unificação das alíquotas do ICMS e decidiu manter em 12% a alíquota para a Zona Franca de Manaus. O destaque pedia redução da alíquota para 7%.

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A rejeição do destaque foi mais uma derrota para São Paulo na reforma do ICMS, cujo texto enviado pelo governo federal originalmente previa a adoção da alíquota única de 4% para todas as transações. Os paulistas defendem um único porcentual do imposto - o próprio Alckmin tratou do assunto com a presidente Dilma Rousseff na semana passada.

"(Essa) É uma questão federativa em que cada senador vota da melhor maneira. Alguns podem votar iludidos, quando vejo alguém de Tocantins votar junto com São Paulo, considero que é quase uma alienação. Nunca vi ovelha fazer acordo com lobo. Ovelha fala com outra ovelha", afirmou o prefeito. "Manaus é no máximo um carneirinho. São Paulo tem 34% do PIB, e o governador querer convencer, a quem quer que seja, de que esse carneirinho de 1,5% do PIB é capaz de destruir um gigante de 34% do PIB..."

Na avaliação de Virgílio, a visão de Brasil "exige de São Paulo concessões e não falácias". "Não é verdade que haverá desindustrialização (em São Paulo, com a manutenção da alíquota do ICMS na Zona Franca de Manaus). As fronteiras do Brasil vão além das fronteiras de São Paulo. Uma indústria sair de lá eventualmente significa que algum outro Estado ganhou oportunidade de gerar emprego", afirmou. "Aconselho que quando (Alckmin) for lá pra Manaus, vá de chapéu, bigode, todo disfarçado, porque as pessoas lá não morrem de alegria por ele, ao contrário de São Paulo, que me respeita muito, Manaus não gosta dele."

O prefeito de Manaus disse que, no momento, não tem "vontade" nem "necessidade" de conversar com o governador de São Paulo, apenas se a posição dele mudar, no sentido de buscar uma maior "flexibilidade". "É hora de deixarmos assentar a poeira para não ficarmos estimulando uma guerra de Brasil contra Brasil", afirmou.

Questionado sobre o posicionamento da presidente Dilma Rousseff acerca do assunto, Virgílio limitou-se a dizer que "a minha parte eu falo, a parte dela eu preferia não falar tanto". No entanto, o prefeito tucano afirmou que sentiu a presidente "sensibilizada" com a questão.

Na pauta da reunião no Palácio do Planalto, o prefeito e a presidente discutiram ICMS, obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e investimentos. Segundo Virgílio, as eleições do ano que vem não foram comentadas. "2014 é um outro jogo, uma outra história", desconversou.

Mudanças aprovadas nesta terça-feira pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado na proposta de alteração do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), favorecendo os Estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, abriram um impasse nas negociações com o governo e puseram em risco o futuro da reforma tributária. O governo ameaçou retirar os recursos prometidos para os dois fundos que serão criados para auxiliar os Estados financeiramente com o fim da guerra fiscal. Em jogo, cerca de R$ 450 bilhões que seriam repassados para os Estados no período de 20 anos.

Sem os recursos da União para os Fundos de Compensação de Receita (FCR) e de Desenvolvimento Regional (FDR), a proposta de reforma do ICMS fica, na prática, inviabilizada. Após a votação da CAE, o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, advertiu que as mudanças introduzidas pelos senadores foram "muito além do acordado". "O Senado é soberano para fazer a sua avaliação, como nós também somos para colocar os recursos nos dois fundos da reforma. Precisamos reavaliar o impacto dessas modificações", disse Barbosa, que é o negociador oficial do governo.

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Com a ameaça de retirar os recursos dos fundos, o governo tentará reverter, no plenário do Senado, dois destaques aprovados pelos senadores da CAE que desvirtuam a proposta original de reforma encaminhada ao Congresso pela presidente Dilma Rousseff: a ampliação da alíquota de 7% para todas as operações e a extensão da alíquota diferenciada de 12% fixada para Zona Franca de Manaus também para as Zonas de Livre Comércio.

Riscos

Segundo Barbosa, o governo não concorda com a ampliação de 7% da alíquota do ICMS para comércio e serviços, setores em que há mais espaço para fraudes, maquiagem e o chamado "passeio de nota", práticas que são adotadas pelas empresas para pagarem menos ICMS nas operações interestaduais.

Na proposta negociada pelo governo com os Estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, a alíquota de 7% valeria apenas para produtos industriais, mas o acordo não foi seguido na hora da votação. Esses dois pontos serão agora objeto de análise da equipe econômica, para verificar se há riscos de manutenção da guerra fiscal com essas duas mudanças.

Cálculos

A proposta inicial do governo era unificar todas as alíquotas para 4%, à exceção da Zona Franca de Manaus e do gás natural. Mas, a pedido dos Estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste foi feita uma exceção somente para produtos industriais, quando as operações interestaduais fossem dessas três regiões para os Estados do Sul e Sudeste.

"Ainda tem muitos cálculos a serem feitos. Vamos avaliar se vale a pena prosseguir (com a reforma) com essa modificações ou não", disse. O secretário afirmou que o governo não quer fazer uma reforma que resolva apenas "metade dos problemas". Segundo Barbosa, o governo não tem segurança se a extensão da alíquota de 12% para as Zonas de Livres Comércio traz risco de migração de operações para essas áreas. Essa é uma das maiores preocupações do governo do Estado de São Paulo, que atacou duramente o texto aprovado pela CAE. "O governo está se comprometendo a colocar um volume expressivo de recursos e quer que a reforma resolva os principais problemas. Ela não deve ser vista como uma vitória de A sobre B e vice versa", disse o secretário.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) criticou nesta terça-feira o governo da presidente Dilma Rousseff por não estar à frente da condução do pacto federativo e permitir que os Estados briguem entre si. A reclamação do tucano se refere à aprovação, nesta terça-feira, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, da ampliação das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para operações interestaduais. O projeto pode ser votado a qualquer momento no plenário.

"Lamentavelmente, o governo tem permitido essa conflagração federativa por não assumir a condução para valer dessas questões. Aconteceu com os royalties, está acontecendo agora (com o projeto do ICMS) e vai acontecer com outras matérias que estão ainda no caminho", afirmou Aécio, em entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

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A CAE aprovou uma proposta que assegura para quaisquer transações ao final de um período de transição a alíquota de 7% do ICMS para as operações que saem das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e do Espírito Santo em direção às regiões Sul e Sudeste. Com raras exceções, como a Zona Franca de Manaus, que ficará com os atuais 12% de imposto, as transações que partem do Sul e Sudeste com o destino ao restante do País vão ter alíquota de 4%.

A proposta original do governo federal encaminhada ao Congresso adotava a unificação da alíquota em 4% para todas as operações. Atualmente, Norte, Nordeste e Centro-Oeste e do Espírito Santo praticam 12% e Sul e Sudeste, 7%. Para Aécio, o governo Dilma Rousseff deveria tratar a pauta federativa "conjuntamente", de forma a compensar Estados em uma matéria caso tenham perdido em outra. O tucano criticou o Executivo por, segundo ele, não permitir a mudança em recursos que afetem a sua própria receita, como a troca do indexador das dívidas de Estados e municípios com a União.

O senador do PSDB disse acreditar que o projeto aprovado na CAE possa sofrer modificações na votação em plenário. Ele citou o exemplo da intenção do senador Armando Monteiro (PTB-PE) de apresentar uma emenda para reduzir a alíquota da Zona Franca de Manaus para 9%. Na prática, essa proposta, se aprovada, manteria a mesma diferença que atualmente é adotada em transações feitas a partir do polo industrial manauara. "É um processo que tende a sofrer modificações daqui até o final da votação em plenário. Está se buscando sair do radicalismo, de posições extremadas, para ter uma posição do País", destacou.

O senador Walter Pinheiro (PT-BA), relator da Medida Provisória 599/2012, que institui os fundos para compensar as mudanças nas alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações interestaduais, incluiu em seu parecer a criação de quatro áreas de livre comércio em municípios do Pará e do Maranhão. Pinheiro encerrou a leitura do parecer cuja votação deve ser realizada na quinta-feira, 09.

As quatro novas áreas de livre comércio atendem pedidos dos dois Estados, que se sentiram preteridos durante a votação dos destaques ao parecer do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) ao projeto que modifica as alíquotas do ICMS.

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Há duas semanas, Delcídio havia incluído nove localidades em Estados da região Norte em áreas de livre comércio, o que, na prática, garante uma alíquota do imposto de 12% nas operações interestaduais. Pará e Maranhão tinham ficado de fora, mas cada um foi contemplado com duas áreas com tributação especial: Santarém e Barbacena, no Pará; e Estreito e Grajaú, no Maranhão.

Confirmando a expectativa, Walter Pinheiro aumentou a fatia dos recursos orçamentários do Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR). A proposta aumenta de 25% para 50% esse tipo de recurso, o que o elevaria a verba para R$ 148 bilhões. Apesar das queixas, o relator não elevou o valor de R$ 8 bilhões anuais previsto para a ajuda da União aos Estados por conta das alterações da alíquota do ICMS.

Outra mudança foi prever a inclusão de bancos de desenvolvimento estaduais e interestaduais, de agências estaduais de fomento e de bancos comerciais estaduais como agentes operadores do fundo de desenvolvimento. O texto original da MP previa que os convênios só poderiam ser celebrados por instituição financeira oficial federal. "A alteração proposta é meritória, no sentido de aumentar a capilaridade dos recursos", destacou Pinheiro, no seu parecer de 49 páginas.

A MP tem até 6 de junho para ser votada na comissão mista e pelos plenários da Câmara e do Senado. A expectativa é que a medida provisória seja apreciada no mesmo momento em que o projeto de resolução que reduz as alíquotas do ICMS, cuja votação foi concluída na CAE nesta terça-feira, vá à votação pelo plenário do Senado.

Aquilo que começou como uma discussão para estabelecer uma alíquota única para o ICMS em todo o País terminou com a criação de um nível de alíquota adicional aos dois já existentes. A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado concluiu nesta terça-feira, 7, a votação de um texto que estabelece alíquotas de 4%, 7% e 12% para o tributo, no lugar dos atuais 7% e 12%. A avaliação de parte dos secretários estaduais de Fazenda presentes à reunião é que o resultado foi negativo, pois o texto aprovado não acaba com a guerra fiscal e nem ataca a complexidade do sistema tributário.

"Na verdade, a complexidade até aumenta, pois vai continuar o sistema de desigualdade de alíquotas", avaliou o secretário de Fazenda do Maranhão, Cláudio Trinchão, que é também coordenador do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Ele considera, porém, que foi positiva a criação de mecanismos de combate às desigualdades regionais.

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Para o secretário de Fazenda do Pará, José Tostes, o objetivo de racionalizar o ICMS não será alcançado com o texto aprovado. "Ficou uma estrutura tão complexa como a atual e de controle mais difícil que hoje", afirmou. Os Estados do Pará e Tocantins foram prejudicados porque, ao contrário dos demais da Região Norte, não poderão cobrar alíquota de 12%, pois não possuem áreas de livre comércio.

Para o secretário de Fazenda do Paraná, Luiz Carlos Hauly, o sistema tributário "vai ter uma piora". Em contraponto, o secretário de Fazenda de Goiás, Simão Cirineu, avaliou que a complexidade da tributação não piorará em relação ao que já existe hoje. Ele acrescentou que a guerra fiscal deverá diminuir porque o fundo de desenvolvimento regional que está sendo discutido em paralelo às mudanças do ICMS prevê que não haverá repasses para Estados que pratiquem guerra fiscal.

O relator do projeto de resolução nº 1 que trata do ICMS, senador Delcídio do Amaral (PT-MS), também refutou a avaliação de que o sistema ficará tão ou mais complexo do que hoje. Ele observou que 87% das transações comerciais no País se enquadrarão na faixa de 4%, o que na prática representa um avanço na direção da unificação de alíquotas. Mas, mesmo dentro da bancada governista, há quem tenha ficado pouco satisfeito com o resultado.

Questionado se a criação de três alíquotas, em vez de uma como pretendido inicialmente, era um resultado satisfatório, o presidente da CAE, senador Lindbergh Farias (PT-RJ), comentou: "Não era o que eu defendia, mas esse é um passo importante." Ele acrescentou que o texto aprovado na comissão ainda será submetido ao plenário do Senado e pode haver modificações. Farias citou como exemplo a inclusão do comércio nos novos níveis de alíquotas, pois esse ponto não estava acordado com o governo.

A equipe de Dilma Rousseff havia concordado apenas com as alíquotas de 4% e 7% para os produtos industriais. Lindbergh também acha que será possível negociar nova regra para a tributação de produtos de informática, que pelo texto aprovado hoje serão tributados em 12% nas transações interestaduais quando saírem da Zona Franca de Manaus. Isso, na avaliação do setor, provocará o fechamento de indústrias fora da Zona Franca. Lindbergh pretende propor que a alíquota de 12% seja estendida para todas as indústrias do setor, inclusive as que estão fora da Zona Franca de Manaus.

O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Lindbergh Farias (PT-RJ), afirmou nesta segunda-feira que "tudo pode acontecer" na votação dos destaques do projeto que altera as alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações interestaduais, que deve ocorrer nesta terça-feira, 7.

"O governo fez a parte dele: construiu um acordo, que é o relatório do senador Delcídio Amaral. Mas o Senado é a casa da federação, os Estados defendem seus interesses, então pode acontecer qualquer coisa nessas votações", disse. Segundo ele, não houve mudança na posição do governo em relação ao assunto.

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Ao ser questionado sobre a possibilidade de alguma emenda desfigurar o texto original, Lindbergh Farias disse que "há preocupações" e citou emenda do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), que fixa os 7% do imposto para operações do comércio, nos mesmos moldes da indústria e do beneficiamento agrícola. A proposta institucionaliza as alíquotas diferenciadas, ficando de fora poucos setores econômicos. Hoje em dia, o imposto é de 12% nas operações do Norte, Nordeste e Centro-Oeste e Espírito Santo para o resto do País e de 7% quando a mercadoria é transferida do Sul e Sudeste para as demais regiões.

Lindbergh Farias garantiu que, se não for possível votar todos os destaques amanhã, convocará sessões extraordinárias para que tudo seja apreciado até quinta-feira desta semana. Ele afirmou, ainda, que organizará as emendas em seis blocos, separados por assunto. Primeiro, devem ser votadas as emendas relacionadas à Zona Franca de Manaus. Os outros temas são informática, gás, Processo Produtivo Básico (PPB), prazos para alíquota, e intrablocos. "Queremos ter velocidade, mas vamos ter também um debate muito democrático", disse.

O senador afirmou, ainda, que é representativa a insatisfação que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, expressou na semana passada em relação ao projeto. "As emendas que eles parlamentares do Estado de São Paulo estão colocando mais força estão relacionadas à Zona França e gás. Eles são contra 12% para Zona Franca, queriam redução para 7%", afirmou. O senador Walter Pinheiro (PT-BA) também participou da reunião. "O que vamos fazer amanhã é uma conversa entre Estados. Essa é uma matéria que você tem que costurar com os Estados", disse após o encontro.

O governo de São Paulo pretende realizar uma força-tarefa para tentar impedir que a proposta de três alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) seja aprovada nesta terça-feira (07) na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Após encontro nesta segunda-feira com representantes sindicais e da indústria, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que o governo do Estado usará "uma estratégia do convencimento" para que a proposta fique somente com duas alíquotas. "O senador Delcídio Amaral (PT-MS), que é o relator da matéria, é aberto ao diálogo", afirmou.

Presente no encontro desta tarde, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) afirmou que pretendia conseguir até esta terça-feira mais assinaturas para defender o pleito paulista. "Essas emendas foram assinadas pelos três senadores de São Paulo, assim como pelos senadores do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina", afirmou.

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De acordo com Suplicy, o importante é chegar a um entendimento. "É claro que os representantes do Amazonas e de outros Estados também têm o seu ponto de vista, querem dialogar, mas vamos ter de harmonizar", avisou. O secretário de Estado de Planejamento, Julio Semenghini, que irá a Brasília nesta terça-feira, afirmou que a estratégia paulista é "simplificar ao máximo". "(O objetivo) é evitar que se crie a terceira alíquota, como está sendo feito", disse.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu que o governo poderá reduzir a alíquota incidente sobre faturamento das empresas para que mais setores aceitem participar do Plano Brasil Maior. No ano passado, somente três setores aderiram ao programa e a alíquota mais baixa sobre faturamento foi de 1,5% para calçados e confecções. "Estamos discutindo as alíquotas. Pode ser menor do que 1,5%", afirmou ao sair do ministério da Fazenda. Mantega conversou sobre o tema hoje com representantes de quatro setores: têxteis, móveis, autopeças e indústria aeroespacial.

O ministro disse que a desoneração do setor produtivo é muito bem-vinda neste momento. "Na disputa internacional outros países reduzem o custo do trabalho com menores salários e menores benefícios. Temos de reduzir, aqui, também, mais encargos", comentou.

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Segundo ele, a medida proporcionará maior competitividade para a indústria e para os exportadores brasileiros. A proposta do governo é acabar com a contribuição de 20% pago de INSS sobre a folha de pagamento e passar a cobrar uma alíquota menor sobre o faturamento das empresas.

No Plano Brasil Maior, anunciado no ano passado, as alíquotas acertadas com três setores foram de 1,5% (calçados e confecções) e 2% (informática). Na avaliação de Mantega, a medida também ajuda a desonerar o exportador. Esse ato do governo será compensado para a União, segundo Mantega, por meio da expansão da indústria, que contratará mais funcionários.

Em resumo, ele espera que a compensação venha por meio de pagamentos de outros tributos. Quando perguntado sobre se as medidas oferecidas pelo governo terão uma contrapartida da indústria, ele respondeu: "claro". Segundo o ministro, uma das contrapartidas é o compromisso de que não haverá demissões nas empresas que participarem do Plano. "O Brasil está quase em pleno emprego e, em 2012 o Brasil será um dos países a gerar vagas", afirmou.

Autopeças

O presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), Paulo Butori, no encontro com o ministro, fez vários pedidos ao governo, além da desoneração da folha de pagamento. Ele disse que o setor precisa de mais prazo para fazer recolhimento de tributos e mais facilidade de acesso a linhas de crédito e empréstimos de bancos estatais. "Estamos vendo o anúncio de linhas de crédito do Banco do Brasil e da Caixa, mas meus associados dizem que está difícil conseguir".

Butori afirmou também que a redução da alíquota de 1,5% sobre o faturamento, que substitui a contribuição patronal sobre a folha de pagamento, ajudará a beneficiar mais empresas. "Quanto menor o porcentual, mais empresas serão incluídas", afirmou. Ele disse esperar uma resposta do governo até o final do mês em relação à desoneração.

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